segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

4º DOMINGO DO ADVENTO - ANO B

21 de dezembro de 2014

Leituras

         2Samuel 7,1-5.8b-12.14a.16
         Salmo 88/89,2-5.27.29
         Romanos 16,25-27
         Lucas 1,26-38


“ALEGRA-TE, CHEIA DE GRAÇA, O SENHOR ESTÁ CONTIGO!”


1- PONTO DE PARTIDA

Domingo de Maria grávida. Estamos bem próximos! É o Quarto Domingo do Advento. Neste Domingo, já se forma um clima de expectativa e preparação final.

Estamos reunidos com Maria, a “mulher cheia de graça”, como ouvimos da boca do anjo! Com Maria ouvimos a Palavra. Com Maria celebramos a Eucaristia: memória da Páscoa de Jesus que deu sentido pleno ao Natal. Se não fosse a Páscoa, o Natal não seria o que é: tão importante para nós! Nem mesmo Maria seria o que ela é: tão importante para a humanidade como Mãe do Salvador e nossa mãe!

Lembrando a espera de Maria, preparemo-nos para a novidade de Deus que chega para nós neste Natal. Bendigamos o Pai pela manifestação do seu Filho em nossa vida, fazendo que toda a humanidade entre no dinamismo do seu amor e da sua fidelidade.

2- REFLEXÃO BÍBLICA, EXEGÉTICA E LITÚRGICA

Primeira leitura – 2Samuel 7,1-5.8b-12.14. O Filho de Davi. O Deus que tirou Israel do Egito e fez com ele uma Aliança (Êxodo 20,2; 24,3-8), também estabeleceu Davi como rei, como “Servo” predileto (2Samuel 7,5). Quando Davi quer construir uma “casa” (= templo) para Deus, este manda Natã dizer que nunca precisou de casa alguma, mas acompanhou Israel numa tenda (7,6b), em todas as circunstâncias (7,9) Por isso, Deus construirá uma “casa” (= dinastia) para Davi, firme para sempre. Esta promessa é plenamente realizada em Jesus, Filho de Maria, na linguagem de Davi (cf. 1Crônicas 17,1-15 – 2Samuel 7,1-3 cf. Deuteronômio 12,9-10; Salmo 131/132,1-5 – 2Samuel 7,8-11 cf. 1Samuel 16,11; salmo 77/78,70-71; 88/89,4.28-30 – 2Samuel 7,16 cf. 2Samuel 23,5; Lucas 1,32-33).

Na verdade a tradição primitiva teve que responder à dupla apreensão de Davi: o futuro de sua dinastia, e o futuro de seu povo. Sabemos que Davi não é rei de uma nação homogênea: suas sucessivas unções no Sul (2Samuel 2,1-4), no Norte (2Samuel 5,1-3) e depois em Jerusalém (2Samuel 5,6-10) demonstram, claramente, que sua realeza ainda era feita de fragmentos e porções.

Toda a passagem (7,1-16) está moldada de um jogo de palavras. O versículo 5: “Eis o que diz o Senhor: Não és Tu quem me edificará uma casa para eu habitar”; versículo 11: “O Senhor anuncia-te que Ele quer fazer-te uma casa”; versículo 16: “Tua casa e teu reino estão estabelecidos para sempre diante de Mim”. Casa significa alternadamente templo, descendência e dinastia. Todo este jogo de palavras é usado para ensinar, de um lado, que Deus é totalmente independente da dinastia davídica, a partir de seu fundador (cf. versículos 8-9), é totalmente dependente de Deus. Deus não precisa de uma casa ou de um templo para estar presente no meio de seu povo ou para manifestar essa presença. Sua ação na história não está ligada a um lugar santo e não é de nenhum modo geograficamente limitada. Um templo não servirá a título nenhum de garantia da presença de Deus, nem de meio de pressão para obrigá-Lo a agir (cf. 1Reis 8,27; Isaias 66,1ss; Atos 7,48).

Estas intuições teológicas chega ao seu auge em textos do Novo Testamento como João 1,14: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós”, isto é armou a sua tenda entre nós; João 2,21: “O templo do qual Jesus falava era o seu próprio corpo (ressuscitado)”; cf. João 4,20-26; 1Coríntios 3,16-17). Em Cristo todos são assumidos na Aliança filial entre Deus e as pessoas, que Nele, o descendente de Davi por excelência, se tornam Pai e filhos e morada de Deus viva.

Salmo responsorial – Salmo 88/89,2-5.27.29. O Salmo reflete uma liturgia de louvor no Templo de Jerusalém. O termo e tema central é sem dúvida o de “rei da glória” (versículos 7-8). Mas a fórmula assumirá significado profundamente novo em Belém: aí o cenário será simples e muito humano. É considerado um Salmo real ou régio.

O hino começa com uma introdução (versículos 2-5) Aí aparecem as duas palavras-chave deste Salmo: “amor e fidelidade de Deus”. Afirma-se que o amor foi construído para sempre e a fidelidade é mais firme que o céu (versículo 3). Essas duas palavras aparecem, respectivamente, sete e dez vezes ao longo dos 53 versículos do Salmo. Estão em jogo o “amor e a fidelidade” divinos, traduzidos na história do povo como “Aliança” feita ao rei Davi. Em outras palavras, o amor e a fidelidade de Deus aliado produziram uma dinastia para o Povo de Deus: Davi terá sempre um descendente no trono.

O rei é considerado filho primogênito de Deus, Altíssimo sobre os reis da terra (versículos 27-28). Deus lhe mantém para sempre seu amor e fidelidade na Aliança (versículo 29), também quando os descendentes dele ocuparem seu lugar no trono.

Qual o rosto de Deus no Salmo 88/99? O Salmo revela um Deus aliado que caminha com seu povo. Israel se orgulha de ser o escolhido de Deus, Senhor do universo e da história. É o Deus do amor e da fidelidade que produzem justiça e direito. Indiretamente, o Salmo aponta também para a função da autoridade política: ser agente da justiça e do direito que Deus quer na sociedade. Portanto, o Deus deste Salmo tem os pés no chão e faz história com seu povo.

Jesus Cristo é a expressão máxima do amor e da fidelidade de Deus (João 1,17), palavras que atravessam de ponta a ponta todo o Salmo 88/89. O tema da Aliança encontra também em Jesus seu ponto alto. A nova e eterna Aliança é selada no sangue de Cristo. O tema da unção está presente no batismo de Jesus e em toda a sua vida. O Espírito está sobre Ele para dar início à grande utopia do reinado de Deus na história. Jesus é o Messias.

Cantemos ao Senhor de todo coração porque se revela fiel às suas promessas e ao seu amor por nós para sempre.

Ó SENHIOR, QUERO CANTAR O VOSSO NOME
DESDE AGORA E PARA SEMPRE!

Segunda leitura – Romanos 16,25-27.  O Mistério de Deus revelado em Jesus Cristo e a fé universal. No hino final de Romanos, aparece o poder salvador de Deus, que confirma a comunidade nascida do Evangelho. O sentido daquilo que, como um germe, estava escondido nas antigas Escrituras, fica agora visível, e isso, para todas as nações. Porém, esta manifestação não se impõe pela força, mas exige a fé em Jesus Cristo e sua obra (cf. Efésios 3,20-21; 1Coríntios 1,8; Colossenses 2,7; 1,26-27; Efésios 3,3-12).

A revelação do Mistério é o cerne desta doxologia de Paulo. Este Mistério. Em geral, na literatura paulina, é o do acesso dos pagãos à salvação, no raiar dos últimos tempos (versículo 26); cf. Efésios 3,8-9; Romanos 11,25; Colossenses 1,25-27). Este Mistério é concebido pela sabedoria de Deus, e “sábio por excelência” (versículo 27), que pode prever o desfecho de uma história além dos séculos, no século futuro (mesmo sentido em Daniel 2,20-28).

Este Mistério estava antes escondido no tempo (versículo 25b); cf. 1Coríntios 2,6-8), mas agora foi manifestado, primeiro por Jesus Cristo e sua morte por toda a humanidade (tema essencial da Carta aos Romanos), em seguida por Paulo e pelo Evangelho que ele deve proclamar ao mundo (tema do começo da carta: Romanos 1,5).

O Mistério também é o segredo do mundo por vir, a constituição de uma humanidade reconciliada com Deus e consigo mesmo. A sabedoria de Deus realiza este Mistério na Cruz de Cristo; os Apóstolos Dele são as testemunhas e os realizadores.

O desígnio de Deus é sempre o mesmo, salvar todas as pessoas (cf. 1Timóteo 2,4), pois Deus é fiel. Essa realidade, Paulo chama de Mistério. O Mistério corresponde à Sabedoria de Deus (versículo 27); 1Coríntios 2,7; Efésios 3,9; Colossenses 2,2-3) escondido e agora revelado (versículo 25; 1Coríntios 2,7; Efésios 3,5.9s; Colossenses 1,26).

Agora, este Mistério de Deus, isto é, sua vontade salvífica para com judeus e pagãos, que sendo revelada e comunicada revela a própria pessoa de Deus em Cristo, tornou-se conhecido das pessoas. As pessoas poderão então andar na “luz do Mistério” revelado por Deus em Cristo, isto é, viver na esperança-certeza de que Deus quer salvar todas as pessoas, viver na fé, que sendo resposta ao Evangelho engaja a pessoa humana toda e por isso é sempre obediente, obediência que é fé.

Diante do Mistério revelado, só há aceitação ou rejeição, não há meio termo. E a decisão deve ser tomada agora, não pode ser deixada para amanhã. Cristo, chave da história e do destino das pessoas, coloca toda a cada pessoa em crise, quando tem de se decidir a favor ou contra Ele.
Evangelho – Lucas 1,26-38. Maria faz parte da comunidade dos pobres que esperavam a libertação de Deus. Mas jamais esperava que podia ser ela a mãe do Salvador, pois não tinha ainda se casado. Por isso ela ficou sem entender... Ficou pensando no coração o sentido daquele anúncio... ficou confusa...

É preciso entender o quadro e o contexto histórico dos versículos 26-27. A aparição do Anjo Gabriel situa a cena da Anunciação e a situa no seu contexto profético e escatológico. Desde Daniel 8,16; 9,21.24-26, Gabriel era considerado como o depositário do segredo do computo das “setenta semanas”, fixadas antes do estabelecimento do Reino definitivo.

O anjo aparece, inicialmente em Lucas 1,17 no Templo a Zacarias; seis meses depois (180 dias) a Maria (Lucas 1,26), após nove meses (270 dias) Cristo nasce, e 40 dias mais tarde é apresentado no Templo de Jerusalém. Ora, esses números perfazem um total de 490 dias ou “setenta semanas!”. Cada etapa é, aliás, assinalada pela expressão “completados os dias...” (Lucas 1,23; 2,6; 2,22), que dá aos eventos a significação de cumprimento profético.

Cristo é, portanto, o Messias previsto em Daniel 9, ao mesmo tempo Messias humano e misterioso Filho do homem, de origem quase divina (Daniel 7,13).

A Cena de desenrola numa pequenina casa da Galiléia, região desprezada (João 1,46; 7,41), em sensível contraste com a grandiosa cena da anunciação do Batista, no Templo de Jerusalém (Lucas 1,5-25): já se insinua aqui a oposição entre Maria e Jerusalém. Define-se desde a saudação do anjo. Este produz, com efeito, a saudação de Sofonias 3,16 e Zacarias 9,9 que faziam de Jerusalém uma saudação messiânica, destinada a anunciar-lhe a próxima vinda do Senhor “em seu seio” (sentido literal da fórmula de Sofonias 3,16). O ano Gabriel transpõe, portanto, para a Virgem, os privilégios até então atribuídos a Jerusalém.

A expressão “cheia de graça” na fórmula de Lucas indica que a Virgem era “graciosa” como Rute de Booz (Rute 2,2; 10,13), Ester perante Assuero (Ester 2,9,15,17; 5,2,8; 7,3; 8,5), como qualquer mulher aos olhos de seu marido (Provérbios 5,19; 7,5; 18,22; Cântico dos Cânticos 8,10). Esse contexto matrimonial é, pois, profundamente evocativo: há muito Deus procura uma esposa que Lhe seja fiel. Interpelada por uma expressão freqüente nas relações entre esposos, Maria compreende que Deus vai realizar, com ela, o mistério dos esponsais prometidos no Primeiro Testamento. Esse mistério atingirá mesmo um realismo inédito, pois as duas naturezas – divina e humana – vão unir-se na pessoa de Jesus.

O anjo não exige que a Virgem imponha a seu Filho o nome de Emanuel, previsto em Isaias 7,14. Nenhuma tradição, entretanto, pensava em “Jesus”, que significa “Javé nosso salvador”. Este nome evoca dois personagens do Primeiro Testamento: determinaram importantes ocorrências de salvação na história do povo: Josué, “salvador” do deserto (Eclesiástico 46,1-2) e Jesus, sacerdote por ocasião de Babilônia (Zacarias 3,1-10; Ageu 2,1-9). Jesus Cristo realizará uma salvação bem mais decisiva quando ocupar o primeiro lugar da fileira, através do sofrimento e da morte, para obter a salvação da humanidade inteira.

A criança que vai nascer será fruto de uma intervenção especial de Deus; pertencerá àquele mundo divino e celeste que a nuvem geralmente simboliza (versículo 35).

É importante refletir que um Messias que não fosse homem não poderia associar a humanidade na obra da salvação; um Messias que não fosse Filho de Deus não poderia nos ensinar a única via possível de salvação: a filial adesão ao Pai.

3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA

Queremos acolher e viver a Palavra de hoje, assim como Maria a acolheu e viveu. Com Maria, queremos “dar à luz” Jesus e sua mensagem para o mundo, onde há milhões de pobres excluídos, na expectativa de um futuro mais humano para todos. “a missão do anúncio da Boa-Nova de Jesus Cristo tem destinação universal. Seu mandato de caridade alcança todas as dimensões da existência, todas as pessoas, todos os ambientes da convivência e todos os povos. Nada do humano pode lhe parecer estranho” (Documento de Aparecida, 380).

Maria aceita com fé a proposta divina e declara-se a serva do Senhor. Ela é modelo do discípulo cristão e mãe da humanidade. “Com sua fé, Maria chega a ser o primeiro membro da comunidade dos que crêem em Cristo, e também se faz colaboradora no renascimento espiritual dos discípulos. Sua figura de mulher livre e forte emerge do Evangelho, conscientemente orientada para o verdadeiro seguimento de Cristo. Ela viveu completamente toda a peregrinação da fé como Mãe de Cristo e depois dos discípulos, sem estar livre da incompreensão e da busca constante do projeto do Pai” (Documento de Aparecida, 266).

O Evangelho de hoje pode ser lido como a concretização perfeita e definitiva da promessa feita a Davi na primeira leitura. Os dois textos revelam a gratuidade da ação de Deus ao escolher Davi e Maria e, através deles, realizar suas maravilhas. Davi, um simples pastor de rebanhos, é ungido para ser chefe do povo de Israel; Maria, moradora de uma aldeia sem importância, torna-se a Mãe do Filho de Deus, Aquele que herdará o trono de Davi e reinará para sempre. O Deus de Israel cumpre as promessas feitas aos patriarcas, a Davi, a Maria. Davi e Maria experimentam a gratuidade da ação de Deus.

Por isso, pedimos no início da Missa: “Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações para que, conhecendo a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição”.

4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO

“Cumpra-se em mim tua Palavra”
           
A Palavra da Salvação se faz gente no ventre da Mãe Maria. A fé cristã entende que, em Jesus, Deus realiza aquilo que desde a criação guardou para Israel e foi revelando pelo trabalho dos reis, pela voz dos profetas e pela lira dos cantores. No boca de Maria, imagem do povo de Israel em aliança com seu Senhor, ícone da fidelidade ao pacto que seus antepassados aceitaram de Deus, ressoa o sim às suas promessas. Não por outro motivo, ela é chamada Arca da Aliança, uma referência clara à “shechinah” (divina presença) que peregrina em meio ao povo, guardada em seu interior. É imagem da Igreja, ainda por ser claramente “Casa da Palavra”, pois em seu seio está o Verbo feito carne. Conseqüentemente se torna “Bet-Lehem”, Casa do Pão, pois o Verbo feito carne deu a si mesmo como alimento, para que vivamos a vida que o anima.

Ao celebrar Palavra, proclamando as narrativas e cantando os hinos das Escrituras, a comunidade cristã ocupa o seu lugar e se reconhece não somente grávida do Verbo, mas, sobretudo, lugar onde Ele se torna história, na concretude da vida no mundo.

O mesmo Espírito nos santifica na caminhada.

A Liturgia celebrada é interpretação cultual e existencial das Escrituras. Nesse sentido, aquilo que é “dito” nos textos é “visto e vivido” nos ritos. Podemos notar esse “procedimento” na oração sobre as oferendas, que reza: “(...) o mesmo Espírito que trouxe a vida ao seio de Maria, santifique estas colocadas sobre o vosso altar” e poderíamos completar com a epiclese sobre os comungantes: “afim de que participando co Corpo e Sangue de Cristo sejamos reunidos pelo (mesmo) Espírito Santo num só corpo”. Quando nos reunimos, portanto, no amor de Cristo, faz-se a passagem do “antigo” para o “novo”, não só dos “Testamentos”, passagem essa em que reconhecemos o Novo realizando o Antigo se florescendo no Novo, mas, sobretudo, da velha criatura que rejuvenesce e volta à condição de parceira fiel de Deus.

5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA

Neste Quarto Domingo do Advento, vivemos este grande mistério: a Igreja está grávida de Cristo. Ela está para dar à luz Jesus, no hoje do nosso tempo: Deus que vem morar entre os empobrecidos; encarnar-se neles para salvá-los. Seria interessante retomar o número 401 do Documento de Aparecida, que apresenta os “novos rostos pobres”, “os novos excluídos”, frutos da globalização em que vivemos.

Em cada Eucaristia que celebramos tornamo-nos, em Cristo, corpo dado, dispostos a colocar-nos a serviço dos necessitados, a exemplo de Maria modelo do discípulo e da discípula.

É precisamente celebrando a Eucaristia que sentimos a salvação nascer dos pobres que Maria tão bem representa. Por isso, na Oração Eucarística louvamos, bendizemos e glorificamos a Deus pelo mistério da Virgem Maria, Mãe de Deus.

Celebrando a Eucaristia, entramos em comunhão com o Pobre mais pobre de todos os pobres: O Verbo eterno do Pai, que, nascido Ca virgem Maria, viveu em tudo a condição humana (menos o pecado!), morreu e ressuscitou pela salvação de todos, e agora, na condição humilde de pão e vinho, se torna Corpo entregue e Sangue derramado. Comungando deste Corpo entregue e deste Sangue derramado, assimilamos, dentro de nós, o Pobre que Cristo é, para que com Ele sejamos também servos uns dos outros na construção de uma sociedade nova, onde reinem a justiça, a comunhão e a paz. É isso que Deus quer de nós ao celebrarmos o Natal do Senhor.

Por isso, depois da comunhão, quem preside reza em nome de todos: “Ó Deus todo-poderoso, tendo recebido hoje o penhor da eterna redenção (o Corpo de Cristo entregue por nós!), fazei que, ao aproximar-se a festa da salvação, nos preparemos com maior empenho para celebrar dignamente o mistério do vosso Filho, que vive e reina para sempre. Amém”.

6- ORIENTAÇÕES GERAIS

1. Neste domingo valorize-se, especialmente, a acolhida de todos que vêm para a celebração, com a mesma alegria que a Virgem Maria acolheu o Salvador em seu seio.

2. Valorizar a participação das mães gestantes nos vários momentos da celebração.

3. Embora estejamos perto do Natal, ainda é Advento. É oportuno, portanto, garantir ainda o seu clima, evitando elementos festivos tipicamente natalinos (cantos de Natal, luzes, muitas flores, etc.).

7- MÚSICA RITUAL

O canto é parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas, executados com atitude espiritual e, condizentes com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são do Tempo do Advento, é preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos deve ser cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério celebrado. A função da equipe de canto não é simplesmente cantar o que gosta, mas cantar o mistério da liturgia deste 2º Domingo do Advento. Os cantos devem estar em sintonia com o Ano Litúrgico, com a Palavra proclamada e com o sacramento celebrado. Não devemos esquecer que toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de uma pastoral ou de um movimento.

Ensina a Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além de unir a assembléia, “inseri-la no mistério celebrado” (IGMR nº 47). Nesse sentido o Hinário Litúrgico I da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão gravados no CD: Liturgia VIII, Advento – Anos B e C. Encontramos também no Ofício Divino das Comunidades ótimas opções.

1. Canto de abertura.  O orvalho do Céu faz o Salvador brotar da terra (Isaias 45,8). Para este Quarto Domingo do Advento é muito oportuno o canto “Oh! Vinde, enfim, eterno Deus, descei, descei dos altos céus”, CD: Liturgia VIII, melodia da faixa 7. Esta canto é inspirado em vários textos bíblicos. Outra ótima opção é o canto “Das alturas orvalhem os céus e as nuvens, que chovam justiça...”, tirado de Isaias 45,8 e articulado com o Salmo 84/85, CD: Liturgia IV, música da faixa 5.

2- Canto para o acendimento das velas da Coroa do Advento. “Acendamos a lamparina”, CD, Cristo, Clarão do Pai, melodia da faixa 2, Paulus. Ver no google.

3- Ato penitencial - O Ato penitencial neste período pode ser feito conforme a terceira fórmula do Missal Romano, página 395. A música ver no CD, Campanha da Fraternidade 2013, melodia da faixa 4.

4. Salmo responsorial  88/89. Bondade e fidelidade de Deus para com a casa de Davi. “Ó Senhor, quero cantar o vosso nome desde agora e para sempre!”, CD: Liturgia VIII, música da faixa 8.

Para a Liturgia da Palavra ser mais rica e proveitosa, há séculos um salmo tem sido cantado como prolongamento meditativo e orante da Palavra proclamada. Ele reaviva o diálogo da Aliança entre Deus e seu povo, estreita os laços de amor e fidelidade. A tradicional execução do Salmo responsorial é dialogal: o povo responde com um refrão aos versos do Salmo, cantados um ou uma salmista. Deve ser cantado da mesa da Palavra.

5. Aclamação ao Evangelho. “Eis a serva do Senhor” (Lucas 1,38) “Aleluia... Eis a serva do Senhor! Que em mim venha cumprir-se tudo quanto me disseste”, CD: Liturgia VIII, música igual a faixa 9. O canto de aclamação ao evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário Dominical.

A aclamação ao Evangelho é um grito do povo reunido, expressando seu consentimento, aplauso e voto. É um louvor vibrante ao Cristo, que nos vem relatar Deus e seu Reino no meio das pessoas. Ele é cantado enquanto todos se preparam para ouvir o Evangelho (todos se levantam, quem está presidindo vai até ao Ambão).

6. Apresentação dos dons. A escuta da Palavra e colocá-la em prática, deve despertar na assembléia a esperança da chegada do Senhor. A partilha nos torna sinal vivo do Senhor. O canto de apresentação dos dons, conforme orientamos em outras ocasiões, não necessita versar sobre pão e vinho. Seu tema é o mistério que se celebra acontecendo na fraternidade da Igreja reunida em oração. Neste Quarto Domingo do Advento o canto mais apropriado seria: “Muito suspira por ti teu povo fiel, tua Israel, ó santo Messias!”, CD: Liturgia VIII, música da faixa 10.

7. Canto de comunhão. “A Virgem conceberá o Emanuel, “Deus conosco” (Isaias 7,14). A melhor opção para o canto de comunhão para este Quarto Domingo do Advento é o canto: “Salve, Maria, tu és a estrela virginal de Nazaré”, CD Festas Litúrgicas III, melodia da faixa 16. Se a equipe de canto não conhecer, a Igreja oferece outras opções como: “A minha alma engrandece o Senhor, meu coração muito se alegrou...”, CD: Liturgia VIII, música da faixa 11; “O Senhor fez por mim maravilhas, Santo é seu nome, CD: Liturgia IV, música da faixa 12; “O Senhor fez por mim maravilhas, santo, santo, santo é teu nome.” CD: Liturgia VIII, música da faixa 6.  Estes cantos retomam o Evangelho na comunhão de maneira autentica. Veja orientação abaixo.

O fato de a Antífona da Comunhão, em geral, retomar um texto do Evangelho do dia revela a profunda unidade entre a Liturgia da Palavra e a Liturgia, Eucarística e evidencia que a participação na Ceia do Senhor, mediante a Comunhão, implica um compromisso de realizar, no dia-a-dia da vida, aquela mesma entrega do Corpo e do Sangue de Cristo, oferecidos uma vez por todas (Hebreus 7,27).

            8. Canto de louvor a Deus após a comunhão: Durante o Tempo do Advento omite-se este canto

8- ESPAÇO CELEBRATIVO

1. Contemplando o lugar em que celebramos, a partir da espiritualidade que nasce dos textos bíblicos e eucológicos deste 4º Domingo, não podemos deixar de reconhecer nele a esterilização da Arca da Aliança. É lugar de cumprimento daquilo que se anuncia na Liturgia da Palavra e que nos nutre, ao comungarmos do Pão e Vinho Eucaristizados.

2. Nesse domingo, a imagem de “Nossa Senhora grávida” pode estar no átrio (entrada) do lugar da celebração ou no presbitério próximo à Mesa da Palavra. Velas podem estar acesas ao seu redor. O aroma do incenso queimando aos pés aos pés da imagem, que pode ser um ícone, recorda o sacrifício de louvor daqueles e daquelas que se dedicam a fazer a vontade do Senhor (cf. Hebreus 10,5-10/ II leitura), como Maria de Nazaré.

3. Durante o tempo do Advento, como já é costume, tem destaque a Coroa do Advento. Evite-se utilizar flores e matérias artificiais e espalhafatosos, muitas vezes típicos da linguagem comercial: pisca-pisca, festões, papai noel, etc. Fiel à sua origem, a Coroa do Advento é confeccionada apenas com galhos verdes em forma circular, símbolo do eterno que mergulha e se deixa entrever no tempo. A nossa exagerada criatividade fez a coroa tomar outras formas e, conseqüentemente, perder seu sentido. As quatro velas acesas uma a cada domingo, de forma crescente, anunciam que a Luz vence as Trevas. Proclamam o porvir da Páscoa do Natal. A Coroa pode ser colocada próximo ao altar ou da mesa da Palavra.

4. Uma orientação, em vista do Natal: evita-se enfeitar com pisca-pisca a árvore de Natal localizada à frente da assembléia ou perto do presépio, como em muitas comunidades se faz! É que o show de pisca-piscas durante a Missa transforma-se em “ruído”, “rouba a cena”, pois distrai as pessoas do verdadeiro centro de atenção, que é o mistério celebrado na mesa da Palavra e na mesa da eucaristia. São símbolos da onda consumista das festas natalinas e de final de ano que invade as mentes e os corações das pessoas já desde o mês de outubro. Não se deixem influenciar por esta onda consumista que queima etapas e deturpa o Mistério do Natal.

5. Que o presépio seja, o quanto possível, expressão de nossa fé cristã e de nossa cultura. É muito significativo construir o presépio em mutirão. Ele deve ser simples como foi simples e pobre a manjedoura onde Jesus nasceu. Muitas vezes enfeitamos o presépio de luzes, pisca-pisca e cores, enfeitamos tanto que talvez nem dê muito para perceber que se trata de uma cena rural simplíssima num lugarejo sem importância. Aliás, mesmo quando não há luzes e enfeites, a cena é contemplada com os olhos da fé ou da milenar tradição histórica, e ambas conseguem ampliar o que vemos, tornar tudo mais imponente do que realmente foi no momento em que acontece. Da pequena Belém vem um grande sinal. O símbolo fala por si mesmo. Se houver árvore de Natal, pode-se colocar nela frutos de nossa terra e outros símbolos que expressem nossos sonhos e esperanças.

9. AÇÃO RITUAL

A celebração deste quarto Domingo do Advento põe em evidência a figura de Maria como símbolo que acontece cada vez que fazemos assembléia em torno da Palavra e do Pão e Vinho Consagrados: o Verbo se faz carne e habita entre nós. No seio da Igreja é gerado o Cristo, como verdadeiro dom de Deus para que todos tenham vida e a tenham em abundância (João 10,10).

Ritos Iniciais
1. Após o sinal da cruz e a saudação inicial, abrindo para a recordação da vida, convidar a assembléia a recordar situações por meio das quais as pessoas se preparam para acolher a visita do Senhor. Onde as condições permitem, proponha-se uma breve partilha destas situações. Nos lugares em que não for possível, faça-se a recordação em silêncio e nomeiam-se, com antecedência, algumas pessoas para compartilhar com a comunidade alguns fatos que evoquem a preparação para o Natal do Senhor. Isto também pode ser feito no início da Liturgia da Palavra, antes de ouvir a Palavra que Deus fala pela Bíblia, quando a comunidade abre-se para ouvir a Palavra d’Ele na vida.

2. A saudação de quem preside, usando a fórmula “d”, manifestará a esperança e a certeza da realização das promessas em Maria e também em nós:

“O Deus da esperança, que nos cumula de toda a alegria e paz em nossa fé, pela ação do Espírito Santo, estejam convosco”.

3. Alguém pode introduzir a assembléia no mistério celebrado, após a saudação do presidente com palavras semelhantes:

4. Com a intenção de exprimir o sentido da Coroa do Advento e de recuperar o seu sentido original e litúrgico, sugerimos que, a cada domingo, nos ritos iniciais, depois do sinal da cruz, da saudação do presidente e da recordação da vida, antes de dar o sentido litúrgico, acende-se solenemente a terceira vela da coroa com a seguinte oração de benção, dentro do rito proposto. Lembre-se que as velas não são símbolo, mas a luz que elas irradiam, sim. Portanto, a cor das velas não interfere no significado da Coroa do Advento, podendo, pois, utilizar quatro velas brancas.

- Acendimento Solene da Coroa do Advento:

Alguém se aproxima da coroa, trazendo uma pequenina chama ou uma vela pequena acesa (evitem-se os fósforos que criam ruído, apagam-se facilmente, enfraquecendo a ação simbólica, do ponto de vista exterior, o que acarreta na assembleia dispersão e impaciência). Depois de acesa a primeira vela, cantar este refrão que está no CD, Cristo Clarão do Pai, melodia da faixa 2, Paulus. Se a equipe de canto não tiver o CD, é só entrar no google que encontra-se a música e também a partitura.

Acendamos a lamparina, acendamos a lamparina.
Sentinela a vigiar:
logo o Senhor virá, logo o Senhor virá.
Deus-Conosco: luz a brilhar. Deus-Conosco: luz a brilhar!
5. Terminada esta ação ritual, dirigi-se para a Mesa do Altar e do Ambão para acender as velas que ladeiam tais peças.

6. Alguém pode introduzir a assembleia no mistério celebrado, após a saudação do presidente com palavras semelhantes:

Irmãos e irmãs, realização das promessas ocorreu no seio de Maria e se prolonga no seio da comunidade cristã. A Igreja, e exemplo de Maria, é a santa habitação preparada por Deus, pois nela se prolonga a ação do Espírito Santo que fecunda em nós o Verbo Eterno do Pai. Que a celebração nos ajude a mergulhar nesse grande Mistério, a fim de que sejamos sensíveis e operosos no cuidado dos pobres, habitação desse mesmo Mistério.

7. O Ato penitencial neste período pode ser feito conforme a segunda fórmula do Missal Romano, página 395, que fala de um Deus que defende os pobres, que é refúgio dos fracos e a esperança dos pecadores.

8. Na oração do dia pedimos a Deus que derrame a graça em nossos corações, para que possamos compreender que o Mistério da Salvação, entrou no mundo com a Anunciação e vai até a Ressurreição.

Rito da Palavra

1. Antes da Primeira Leitura em vez de comentário que já caiu do uso, é interessante cantar a repetição do Ofício Divino das Comunidades preparando o coração da assembléia para acolher a Palavra:

- Abram-se os portões, o Rei vai chegar! (bis)
- Portas escancaradas para o Rei passar! (bis)

2. Destacar a procissão com o Evangeliário do Altar para a Mesa da Palavra.

3. Após a proclamação do Evangelho, pode-se fazer a benção da árvore de Natal, iniciando-se com este texto de Isaías:

“Para ti virá o esplendor do Líbano, pinheiros, olmeiros e ciprestes virão enfeitar minha morada” (Is 60,13). Oração: “Bendito sejais, Senhor nosso Pai, que nos concedestes recordar com fé os mistérios do nascimento de vosso Filho no meio dos pobres! Concedei a todos nós, reunidos ao redor desta árvore, que sejamos enriquecidos com os exemplos de vida de Jesus Cristo, que vive e reina para sempre. Amém!”.

4. Deixar sempre uns instantes de silêncio após cada leitura e também após a homilia, para um diálogo orante de amor e compromisso da comunidade com o Senhor.

5. Seria interessante “cantar” a resposta das preces expressando o desejo e expectativa, retomando o clamor das comunidades do Apocalipse: “Vem, Senhor Jesus!”.

6. Outra alternativa é nos quatro domingos do Advento, as preces podem ser cantadas na forma de Ladainha do Advento, do CD: “Luz do Universo”, do Mosteiro da Anunciação do Senhor, cidade de Goiás, ou também numa bonita versão de Ir. Miria Kolling. Quem não tiver o CD, a Litania do Advento (Ladainha) pode ser recitada no momento das preces, substituindo-as. Em todos os domingos, preceda-se assim:

Oh, Senhor... Aleluia!                                       Sabedoria... Aleluia!
Vem, Messias... Vem, Senhor Jesus!               Vem, nos renova... Vem, Senhor Jesus!
Oh, Justiça... Aleluia!                                        Nosso desejo... Aleluia!
Mora entre nós... Vem, Senhor Jesus!             Nosso anseio... Vem, Senhor Jesus!
Misericórdia... Aleluia!                                     Oh prometido... Aleluia!
Vive entre nós... Vem, Senhor Jesus!              Nosso Messias... Vem, Senhor Jesus!
Nossa força... Aleluia!                                       Oh Esperado... Aleluia!
Dentro de nós... Vem, Senhor Jesus!               Luz das nações... Vem, Senhor Jesus!
Liberdade... Aleluia!                                         Luz das trevas... Aleluia!
Salva teu povo... Vem, Senhor Jesus!              Ressuscitado... Vem, Senhor Jesus!
Nossa cura... Aleluia!                                        Senhor da Glória... Aleluia!
Tira a dor... Vem, Senhor Jesus!                      Oh Desejado... Vem, Senhor Jesus!
Oh conforto... Aleluia!                                      Oh Amado... Aleluia!
Dá esperança... Vem, Senhor Jesus!                Entre nós... Vem, Senhor Jesus!
Nossa alegria... Aleluia!                                    Dentro de nós... Aleluia!
Nos preencha... Vem, Senhor Jesus!

Rito da Eucaristia

1. Na oração sobre as oferendas suplicamos a Deus que o mesmo Espírito Santo e santificador que trouxe a vida ao seio de Maria, santifique as nossas oferendas.

2. Na Oração Eucarística, a reunião de todos em torno do Altar suscitará a experiência da Virgem na experiência da Igreja “O Verbo se fez carne e habitou entre nós”. A mesma Palavra que encontrou abrigo no seio da Virgem encontrará abrigo no pão e no vinho e na vida dos comungantes.

3. O Prefácio do Advento II nos parece bastante oportuno para este Quarto Domingo. “Predito por todos os profetas, esperado com amor de mãe pela Virgem Maria”. Também indicamos o Prefácio IIA que realça o papel importante de Maria na história da salvação. O Hinário Litúrgico I, página 73, apresenta para este domingo a louvação, em melodia popular, própria do Advento, muito apropriada para o eito de Ação de graças na Celebração da Palavra.

Ritos Finais

1. Na oração depois da comunhão suplicamos a Deus depois de nutridos pela Eucaristia penhor da eterna redenção, preparemos dignamente o Mistério de Jesus Cristo.

2. A bênção solene do Advento encerrará de modo especial este tempo bonito e dedicado à espera do Senhor.

3. Lembrando a gravidez de Maria, pode-se dar uma bênção especial às mães gestantes presentes na celebração, e a todo o povo a bênção própria do Advento (página 519 do Missal Romano).

Sugestão de oração sobre as mães gestantes:

Presidente: Ó Deus, ternura de paz, nós vos contemplamos na gravidez de Maria e na gravidez destas nossas irmãs. Dai saúde a estas crianças que estão para nascer e tranqüilidade às suas mães. Elas nos ajudam a esperar, com toda a criação que geme e sofre em dores de parto, a libertação e a adoção de filhos e filhas de Deus. Bendito sejais pela alegria da vinda de Jesus Cristo, nosso Salvador.

Todos: Amém.

Presidente: O Deus, defensor da vida, confirme estas mulheres na fé e na missão de acalentar a vida que está para nascer.

Todos: Amém.

Que elas acompanhem sempre estas novas vidas com o seu amor maternal.

Todos: Amém. 

4. As palavras do rito de envio podem estar em consonância com o mistério celebrado: Vivei na graça de Deus como Maria viveu. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.

5. O Tempo do Advento é oportuno para motivar a genuína devoção mariana, orientando-a, pela liturgia, para seu verdadeiro fim: A contemplação daquela que se faz aberta para que a Palavra do Senhor viesse habitar entre nós. É o que afirma o papa Paulo VI na encíclica Marialis Cultus (cf. n. 4). Ela, Maria de Nazaré, é a última testemunha da Antiga Aliança e a Primeira da Nova Aliança, pois recolhe a esperança de Israel que em seu ventre se vê cumprida. Seus olhos se mantêm permanentemente abertos, em estado de vigília e expectação. Assim, podemos dar o devido destaque a sua “imagem ou ícone” e lhe seja dedicada uma saudação no fim da celebração eucarística, nos ritos finais preferencialmente. Assim, após a bênção final, é oportuno saudar a Virgem Maria Neste Quarto Domingo é muito oportuno rezar a tradicional oração do Ângelus:

O anjo do Senhor anunciou à Maria...

10- REDESCOBRINDO O MISSAL ROMANO

1. “Os dias de semana dos dias 17 a 24 de dezembro inclusive visam de modo mais direto a preparação do Natal do Senhor.” (IGMR, nº 42).

11- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Maria, por sua palavra e por suas atitudes, fez-se modelo para todos os que crêem. O Primeiro Testamento começa com a fé de Abraão (Gênesis 15,6). O Novo Testamento começa com a fé de Maria. Ela é a Mãe e o exemplo de todos os membros da Nova Aliança, assim como Abraão foi pai e exemplo dos crentes de Israel. Somente nela a Igreja, comunidade dos fiéis, se realiza plenamente, porque sua fé foi completa e perfeita.

O objetivo da Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.

Um abraço fraterno a todos
           

Pe. Benedito Mazeti

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...