05 de julho de 2015
Leituras
Ezequiel 2,2-5
Salmo 122/123,1-4
2Coríntios 12,7-10
Marcos 6,1-6
“APENAS CUROU ALGUNS DOENTES,
IMPONDO-LHES AS MÃOS”
1- PONTO DE PARTIDA
Domingo do profeta
Jesus na sinagoga de Nazaré. O domingo é nossa Páscoa semanal em que celebramos
a festa da vida que vence a morte. Celebramos a fé naquele que se encarnou no
seio de Maria, fez-se homem, sofreu, foi morto, sepultado e ressuscitou.
Entramos em comunhão com Ele, assumindo nossa história humana com todos os
riscos: indiferença e rejeição, injúrias, perseguições e angústias.
Hoje somos
chamados a passar da morte para a vida, comprometendo-nos a agir com mais
generosidade para realizar a vontade do Pai na terra, tão bem como no céu.
Celebramos a
Páscoa de Jesus que experimentou a rejeição em sua própria terra, de seu
próprio povo e, hoje, continua rejeitado na vida de tantas pessoas
marginalizadas e excluídas da vida social, política e até de nossas
comunidades.
Recebemos, ó
Deus, a tua misericórdia no meio da tua casa. Teu louvor se estende, com o teu
nome, até os confins da terra. Toda a justiça se encontra em tuas mãos (Salmo
48,10-11), antífona do canto de abertura de hoje.
2- REFLEXÃO BÍBLICA,
EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Primeira leitura – Ezequiel 2,2-5. “Que
ouçam ou não, saberão que há um profeta entre eles”. A primeira leitura faz
parte da longa narrativa da vocação de Ezequiel (capítulos de 1 a 3). Dominado pela magnífica
visão da glória divina, o profeta estava prostrado por terra. Ma a voz de Deus
lhe ordena que se ponha de pé para ouvir o encargo da missão (2,1). Ezequiel
sente-se invadido e dominado pela força do Espírito de Deus (cf. 3,12.24; 8,3;
11,1), à medida dos juízes (Juízes 14,6.19; 15,14) ou dos antigos profetas,
Elias (1Reis 18,12; 2Reis 2,16) e Eliseu (2Reis 2,15). Como os profetas que
vieram antes de Ezequiel, ele tem consciência clara de ser um enviado de Deus.
Diante de um
povo insensível, rebelde, “cabeça dura e coração de pedra (2,4), Ezequiel
deverá se apresentar como encarregado de uma missão divina (“tu lhes dirás”) a
ser autenticada com a fórmula “oráculo do Senhor Deus”.
Esta leitura
nos mostra que Deus sempre envia profetas para nos chamar à conversão, mesmo
quando não queremos escutá-los. A atividade de Ezequiel pode ser situada entre
593-571 a .C.,
período de dificuldades e sofrimentos para o povo de Deus exilado na Babilônia.
Em ambiente difícil e hostil, ele precisa manter lucidez profética.
Sua missão é dramática: está junto ao povo, mas
não deve dizer palavras agradáveis. É chamado de “filho do homem”, o que
significa que pertence à frágil raça humana. Ele nada mais é que um homem, um
servo.
Ezequiel
caído, prostrado como todo povo exilado, recebe o espírito de profecia que o
põe de pé e lhe permite discernir em meio a situações difíceis e obscuras o que
Deus fala. Gostando ou não, deve ser porta-voz de Deus no meio do povo. Profeta não é diplomata. Sua missão
tem duplo sabor: experimenta a doçura do mel que brota da Palavra de Deus, mas
esta mesma Palavra lhe causa a amargura. Deve proclamá-la, sendo aceita ou não,
oportuna ou inoportunamente, mesmo rejeitado.
Ser profeta é
por em risco a própria vida. Para ele não há previsão de elogios e aplausos. O
exílio da Babilônia não foi fruto do acaso, como não o é a miséria, a
dependência e a opressão em que vive o povo hoje. O sofrimento de muitos era
responsabilidade da elite que também se encontrava na Babilônia: a “nação de
rebeldes, filhos de cabeça dura e coração de pedra” (2,4). Ela se torna surda
aos apelos que Deus faz por meio de Ezequiel. Mesmo sem ser ouvido, o profeta é
um sinal de que Deus não abandona seu povo.
Ezequiel, a
exemplo dos demais profetas, tem certeza de ser um enviado de Deus. Quando fala
não o faz por interesse pessoal, mas por
imperativo divino. Como outros profetas foi por isso rejeitado e
incompreendido (Ezequiel 33,30-33; cf. Isaias 6,9s; 28,9-22; Jeremias
11,19-21), pois a pretensão de falar em nome de Deus é sempre vista com
desconfiança por parte das pessoas. Teve
que denunciar o pecado e anunciar o castigo (Ezequiel 4-24), e
depois reanimar o povo abatido (Ezequiel 37), na certeza de que o Senhor
estava com ele. Teve que lutar sozinho contra a correnteza da opinião pública,
acostumada a ouvir as palavras agradáveis
dos falsos profetas, anunciadores
de uma segurança ilusória (Ezequiel 13). Só com o passar do tempo, quando os
fatos históricos dessem razão (Ezequiel 24,25-27; 33,21-22) para Ezequiel, é
que o povo “ficaria sabendo que houve um profeta entre eles” (2,5).
Como aconteceu
com Ezequiel e outros profetas, haveria
de acontecer com Jesus. Também
Ele foi investido pelo Espírito no momento do seu batismo no Jordão para
anunciar a Boa-Nova do Reino. Os primeiros a rejeitá-Lo foram seus próprios
conterrâneos de Nazaré (cf. Marcos 6,1-6). Somente após a sua morte e
ressurreição é que a figura de Jesus de Nazaré seria reabilitada.
Salmo responsorial 122/123,1-4. Este
salmo data, sem dúvida, dos tempos que se seguiram à volta do Exílio da
Babilônia ou da época de Neemias, quando a comunidade renascente era alvo do
desprezo e dos ataques pagãos (cf. Neemias 2,19; 3,36). É uma súplica coletiva.
É o povo todo (“os nosso olhos”, “de nós”) que clama (“compaixão de nós”,
“estamos fartos”, “nossa vida”). Clamando a Deus, pedindo compaixão diante de
algo que atingiu toda a comunidade.
O rosto de
Deus no salmo 122/123. Deus aparece em dois momentos. É apresentado como Senhor
do povo, mas um Senhor que, em lugar de dar ordens
mudas, atende com respostas de
compaixão, traduzida em liberdade e vida. Sua característica mais importante neste Salmo é, de fato, a
compaixão pelo povo, farto de miséria e desprezo dos grandes.
Lucas é o
evangelista que gosta de apresentar Jesus e o Pai compadecendo-se (Lucas 7,13;
15,20). Se no Salmo o povo não reclama inocência, confessando a própria culpa
com o olhar que pede compaixão, Jesus se apresenta como Aquele que conhece o
que há dentro das pessoas e, por isso, perdoa pecados (Lucas 7,36-50; Marcos
2,5). Jesus atendeu a todos os clamores, de uma pessoa ou de várias. Não tratou
os seus como servos, mas como amigos (João 15,14-15).
O Salmo
122/123 é expressão do povo cheio de sofrimento e de desprezo. Contudo, em vez
de abaixar a cabeça e o olhar, está com os olhos fixos em Deus, até que dele se
compadeça. É uma oração coletiva de pedido de socorro.
Cantando este
salmo na liturgia desse Domingo, apresentemos ao Senhor o sofrimento de todos
os oprimidos da América Latina e do mundo.
Segunda leitura – 2Coríntios 12,7-10. Talvez
ninguém recebeu tantos dons extraordinários como Paulo. Em vez de revelar o seu
mundo divino, detém-se em seu mundo humano e fraco. No versículo 5 ele
distingue dentro dele dois homens: - o cristão que é divino e se apóia na união
vital com Cristo, e – o humano, com suas debilidades. Afirma que poderia
gabar-se das revelações divinas, mas prefere se engrandecer de suas fraquezas, que são coisas próprias (versículo
5-6). Além disso, declara algo importante: perante seus privilégios, para não
cair na soberba, como contrapeso, foi-lhe posto um como espinho na carne.
Segundo os exegetas, tal “espinho na carne” seria uma referência a uma
enfermidade corporal que o fazia sofrer de modo exagerado, física e moralmente,
impedindo-lhe o bom desempenho de sua missão apostólica; muito se escreveu e
pouco se pode afirmar sobre a natureza dessa doença: febre? oftalmia? ataques
de nervos? Parece tratar-se da mesma doença de Gálatas 4,13-14. Padres da
Igreja, seguidos por modernos, julgam ver ai claramente as perseguições que
Paulo passou. Há quem sugere que o
“espinho na carne” significa até as tentações da carne. Todas são posições
justificáveis.
Para Paulo,
somente a fraqueza exterior desvenda a natureza profunda de sua missão. Por
isso, prefere ver a garantia desta última nos mensageiros de Satanás e no
espinho da carne (versículos 7-9), que provavelmente também simboliza a
inimizade dos falsos irmãos (sentido desta expressão está em Números 33,55;
Josué 23,13; Ezequiel 28,24).
O verbo
“esbofetear” significa humilhação, desprezo, visando prevenir da vaidade. Paulo
pediu por bem três vezes ao Senhor – como Jesus no Getsêmani (cf. Mateus 26,44)
– que lhe tirasse o vexame (versículo 8). Ele ora “ao Senhor”, a Jesus
glorioso, cheio de poder sobre as potencias do mal (Mateus 12,29; Colossenses
2,15). Assim Paulo e a Igreja rezam a Cristo, coisa pacífica para nós hoje.
Porém nem sempre foi assim: nos primórdios da cristandade, a oração era
dirigida de preferência a Deus Pai, sem excluir Jesus Cristo, por isso que os
cristãos são os que invocam o Nome do Senhor Jesus Cristo (Atos 9,14) e a
Igreja é a comunidade dos que suplicam ao Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo
(1Coríntios 1,2).
Esta leitura
mostra-nos o que ampara o discípulo de Jesus em sua missão. Paulo experimenta
um “espinho na carne”; conflitos que quem segue Jesus encontra e enfrenta
dentro e ao redor de si mesmo. Por dentro a pessoa se sente repleta de fraqueza
e de necessidades. Por outro lado, já os conflitos que vem de fora: “fraquezas,
injúrias, perseguições e angústias sofridas por amor de Cristo”.
“A você, basta
a minha graça”. Nasce, assim, uma espiritualidade do conflito, uma mística que
descobre Deus não no sucesso, mas justamente no aparente fracasso de pessoas e
projetos, pois o próprio Deus se
manifestou vitorioso no suposto fracasso de Jesus na cruz. É uma
presença que é graça, força, dinamismo. “Quando sou fraco, então é que sou
forte”, porque o que o amparo na missão é a graça de Deus.
Evangelho – Marcos 6,1-6. Na passagem
de uma viagem missionária, Jesus passa por Nazaré, a cidade de sua família. Toma
a palavra no dia de sábado na sinagoga, segundo as regras admitidas então para
a homilia da segunda leitura (Lucas 4,16-30), mas só recebe desprezo e recusa.
Na época, a
liturgia da sinagoga estava centrada em duas leituras. A primeira, tirada da
lei (Pentateuco), era lida e comentada por um doutor da lei; a segunda, de
origem mais tardia, devia ser tirada dos profetas e podia ser lida e comentada
por qualquer pessoa que tivesse pelo menos trinta anos de idade. Ora, Jesus
acaba de celebrar seu trigésimo aniversário e, por isso, reivindica o direito
de ler e comentar a segunda leitura. Portanto, seu primeiro discurso público é
uma homilia litúrgica (cf. Lucas 4,16-30).
Sua própria
família recusa-lhe confiança que Ele reclama (versículo 4; cf. João 6,44, a
referencia aos seus parentes é própria de Marco).
Os judeus
indicam aqui Jesus com o termo de “filho de Maria” (versículo 3), modo de falar
que faz referencia a um nascimento ilegítimo. Maria teve que sofrer estes enganos (cf.
o sentido a ser dado talvez a Lucas 2,35) e freqüentemente ausentou-se de
Nazaré, precisamente no momento de sua gravidez (Lucas 1,56); Mateus 2,21-22).
Ser Mãe do Messias não é apenas um privilégio: Maria aprende a carregar a
injúria como Jesus aprende a carregar a cruz.
O evangelista
apresenta uma teologia da missão da comunidade e da Igreja à qual ele pertence
e para a qual ele escreve. A atividade missionária da década de sessenta e
setenta depois de Cristo é revista e interpretada à luz da pregação e da sorte
de Jesus. O evangelista mostra que Jesus continua presente na pregação do
Evangelho em todos os tempos.
“Ficaram
espantados”. Significa ferir, chocar, espantar e até ficar fora de si. Isto
significa que a figura de Jesus e a doutrina dele questionam a assembléia e
exigem uma tomada de posição. Pode ser uma posição a favor ou contra Ele, mas
exclui-se uma atitude neutra.
Ora, a própria
liberdade da fé supõe a ambigüidade da personalidade de Jesus. E esta
ambigüidade não se separa pelo fato de que Ele é Deus e homem ao mesmo tempo. A sua humanidade esconde e ao
mesmo tempo revela a sua divindade. Marcos em sua teologia quer dizer assim: quanto mais a divindade se esconde por trás
da humanidade de Jesus tanto mais ela se revela.
O que o
evangelista fez para o seu tempo e ambiente é tarefa contínua da Igreja: rever
sua caminhada e sua missão à luz do Evangelho e da memória de Jesus. A religião
cristã não consiste em construir e manter uma fachada que enfeita o nosso mundo
com recintos sagrados e sinais religiosos e cristãos, nem em varias o ritmo da
vida com certas celebrações esotéricas e
manifestações públicas religiosas que deixam o próprio mundo, isto é, as
pessoas e sua história sem serem atingidos com celebrações alienantes (cf.
Mateus 7,21-23; Lucas 13,25-27; 6,46 e textos do Primeiro Testamento como
Jeremias e contexto).
Na teologia
que Marcos desenvolve entre 1,21-27 e 6,1-6 ele esmiúça bem claramente o que
vem a ser a religião cristã. É entrar no processo histórico que Jesus
inaugurou; é participar da sorte Dele e entrar no seu caminho, que é o do divino no humano, do sagrado no profano, do
transcendente no imanente; em outras palavras é o caminho de encontrar o Reino
de Deus na história e da “santificação” do mundo e das pessoas.
No início da
missão na Galiléia, Jesus foi aceito com entusiasmo pela multidão que o ouvia e
acolhia a Boa-Nova, principalmente entre os pobres
e doentes. Mas ao mesmo tempo sofreu rejeição em sua terra natal, por parte
de seus familiares e vizinhos. Seus conterrâneos esperavam um Messias forte e
dominador e não podiam imaginá-lo simples carpinteiro e filho de Maria. É o
símbolo da não aceitação de um povo que mata os profetas enviados por Deus.
Jesus vai a
Nazaré e ensina na sinagoga. É uma visita marcada pela admiração. No início,
quem se admira são os ouvintes. Porém, tal admiração não os leva à fé em Jesus,
e sim à rejeição, pois vêem Nele “uma pedra de tropeço”. No final desse
Evangelho, é Jesus quem se surpreende com a falta de fé do povo, o que impede a
realização de milagres. Fora do contexto
da fé, um milagre perde o sentido. O poder da fé não se limita a curas, mas
à chegada e à manifestação do Reino de Deus.
O que é
extraordinário em Jesus-Messias é o fato de em nada ser diferente da pessoa
humana comum: é justamente sua encarnação. O Filho de Deus se fez como qualquer
um de nós, inseriu-se na história de seu povo, onde aprendeu e cresceu em
humanidade. “Pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do
pecado” (Hebreus 4,15b)
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
A Palavra de
Deus, neste domingo, nos faz um apelo: não depositar a nossa confiança nos
grandes. Também não precisamos ter medo de nossa pequenez e fraqueza. Na
trajetória de Jesus, o maior fracasso se transforma em vitória e ressurreição. Junto a Ele há lugar para os fracos. Em
Cristo somos fortes. Como nos diz Paulo na segunda leitura, podemos descobrir
que a nossa força pode estar escondida em nossa própria fraqueza.
Jesus fica
admirado com a falta de fé das pessoas de sua terra, as quais não acreditam que
Deus possa falar através de pessoas simples. A Palavra de Deus se reveste de roupagem humana e vem a nós com o
auxílio da história e de pessoas frágeis, enviadas por Ele. A fraqueza humana
dos enviados por Deus cria um espaço de liberdade; quem ouve pode decidir a
favor ou contra. Às vezes, gostaríamos que Deus se revelasse mediante atos
maravilhosos e assim evitaríamos o trabalho de discernir quando e por meio de
quem Deus se revela.
Jesus se fez
servo e, por isso, entra em choque com os que preferem o privilégio e o poder. A encarnação continua nos questionado.
Jesus de
Nazaré foi motivo de escândalo para os que O viram com os olhos humanos. A quem
não quer crer, Ele nada revela, não faz milagre nenhum. Mas a nós, reunidos na
fé, Ele se revela em toda a profundidade. A celebração é momento de assumir
diante de Deus as nossas fraquezas, acreditando que só o que é assumido, pode
ser transformado.
A missão
profética se insere numa realidade de conflitos. Hoje as fraquezas e
necessidades que batem à porta de quem se dedica ao trabalho pelo Reino de Deus
são o medo, diferentes modelo de igreja, insegurança, despreparo, falta de
recursos materiais e humanos. Como transformar a fraqueza, a ponto de ser nela
que a força de Deus se mostra perfeita?
O documento de
Puebla nos fala do “potencial evangelizador dos pobres”. O que podem nos dizer
os pobres, os deficientes de nosso país? Aceitamos a revelação de Deus vinda na
fraqueza de nossos irmãos e irmãs, na simplicidade do dia-a-dia?
4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO
A escola de Nazaré
O anúncio de
Jesus continua hoje na celebração, isto é, a Palavra se faz celebração. Ele nos
reúne, apesar de nossa cabeça dura e nossas limitações, para acolher com fé a
sua mensagem. Dirige-nos sua Palavra e nos ensina, ainda que estejamos pouco
abertos para acolher a sua Palavra de vida. Coloca-nos ao redor de sua mesa,
mesmo que nossos olhos ainda estejam um tanto obscurecidos para reconhecer sua
presença ao partir o pão. Nos sinais do pão e do vinho encontramos a verdadeira
metáfora da rejeição de Nazaré, narrada pelo Evangelho: como pode um alimento
tão cotidiano, tão simples nos transportar à comunhão com a divindade do Filho
de Deus? Como um fruto trivial, esmagado e dado como bebida, tantas vezes
apreciado nas mesas por puro prazer, leva-nos a realizar a nova e eterna
Aliança? Os sinais da fé que nos reúnem são igualmente desacreditáveis. E, de
fato, para muitos o são... Mas a fé cristã, que só pode ser compreendida
segundo a dinâmica sacramental da salvação, em que Deus se dá a conhecer ao
modo humano (simples, simbólico, frágil), indica-nos esse caminho: “é pela
humanidade que Ele nos salva” (Constituição Conciliar Sacrossanctum Concilium,
sobre a Sagrada Liturgia nº 5. Sem olhar para Nazaré e para a escola que o
pequeno vilarejo significou na vida de Jesus, não entenderemos o valor da sua
humanidade para a nossa salvação. O saudoso Papa Paulo VI o compreendeu:
“Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do
Evangelho. Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o
significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão
humilde e tão bela, do Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a
imitá-lo. Aqui se aprende o método que nos permitirá compreender quem ó o
Cristo. Aqui se descobre a necessidade de observar o quadro de sua permanência
entre nós: ... tudo de que Jesus se serviu para revelar-se ao mundo.
A nossa Nazaré
Se quisermos
entender quem é Jesus, façamos o caminho inverso daquele palmilhado por seus
conterrâneos. Olhemos para a “nossa Nazaré”, na qual o Cristo sempre se revela.
Nazaré é hoje o nosso lugar, a nossa vida, a nossa cruz. Aqui Jesus se esconde
a retorna para nos buscar. A fé vivida na comunidade tem a ver com essa
experiência de Jesus, com esse lugar que Ele deseja ocupar. O lugar dos
pequenos e dos frágeis que, segundo a norma da fé, não mais nos entristece, mas
nos alegra. Com o Apóstolo Paulo, comprazendo-nos “nas fraquezas, nas injúrias,
nas necessidades, nas perseguições e nas angústias sofridas”, assim
encontraremos o caminho trilhado por Jesus e encontraremos sua força.
5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA
A Palavra de
Deus hoje nos convida a renovar nossa adesão a Jesus, consagrando-nos mais
generosamente à cauda do Reino de Deus.
Esta nossa
profissão de fé nos leva a confirmar que seguimos aquele que foi rejeitado por
ser trabalhador, filho de Maria, uma pessoa comum de seu tempo, vindo de uma
aldeia e, por isso, motivo de desprezo e rejeição.
Movidos por
essa fé, nos reunimos em assembléia celebrante onde, pela sua Palavra, Jesus
nos leva a assumir nossa evidente fragilidade sem precisar mascará-la com falsa grandeza e a buscar em sua graça a
nossa força. Hoje, particularmente, nossas preces precisam expressar esta
realidade.
Acima de
qualquer expectativa humana, o Senhor manifesta sua grandeza na singeleza do
pão e do vinho, frutos da terra e do nosso trabalho. Na simplicidade da
partilha entre nós, ele nos confirma no seu caminho. É em nossa fraqueza que Deus continua manifestando sua força.
6. ORIENTAÇÕES GERAIS
1. Cada
ministério litúrgico seja exercido com verdadeira humildade e espírito de
serviço. Todo batizado é um anunciador do Pai, e também profeta. Na celebração
litúrgica, alguns são chamados a colocar-se a serviço da Igreja e da comunidade
reunida, como proclamadores da Palavra divina. Deus serve-se da voz dos
leitores e salmistas para falar à assembléia, isto é, Deus fala pela boda dos
leitores e salmistas. Quem exerce este
ministério é sinal vivo da Palavra.
2. As pessoas
que forem proclamar as leituras sejam devidamente preparadas. Elas têm a
dignidade do próprio Cristo, que é quem nos convoca e fala a seu povo. Leia-se
compassadamente. Cuidemos sempre para que os leitores, equipe de canto e salmistas
sejam pessoas com um mínimo de formação bíblica e litúrgica e que,
efetivamente, vivam a fé que proclamam.
3. É preciso
valorizar o uso da veste litúrgica por leitores e salmistas, pois ela torna
visível o serviço de quem proclama a Palavra, ela é a marca da função
ministerial, isto é, colocar-se a serviço de Deus e da assembléia orante.
4. Lembrar que
dia 09 de julho, a Igreja no Brasil faz memória de Santa Paulina do Coração
Agonizante de Jesus. Ela foi beatificada pelo papa João Paulo II, em 1991,
quando ele visitou oficialmente o Brasil. Depois o mesmo papa a canonizou em
2002. Assim, Madre Paulina tornou-se a primeira Santa do Brasil. No dia 11 é
dia do abade São Bento, patriarca do monaquismo ocidental.
7- MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas,
executados com atitude espiritual e,
condizentes com cada domingo do Tempo
Comum, ajudam a comunidade a penetrar no mistério celebrado. Portanto, não
basta só saber que os cantos são do 14º Domingo do Tempo Comum, é preciso executá-los com atitude
espiritual. A escolha dos cantos deve ser cuidadosa, para que a comunidade
tenha o direito de cantar o mistério celebrado. Jamais os cantos devem
ser escolhidos para satisfazer o ego de um grupo ou de um movimento ou de uma
pastoral. Não devemos esquecer que toda liturgia é uma celebração da Igreja
corpo de Cristo e não de um grupo, de uma pastoral ou de um movimento.
Antes da
celebração, evitar a correria e agitação da equipe litúrgica e a equipe de
canto, com afinação de instrumentos e testes de microfone. Tudo isso deve ser
feito antes. A equipe de canto não deve ficar fazendo apresentação de cantos
para entretenimento da assembléia É importante criar um clima de silêncio
orante.
1. Canto de abertura. Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no
meio do vosso templo (Salmo 47/48/10-11). Para o canto de abertura, sugerimos
este Salmo. “No meio da tua casa recebemos, ó Deus, a tua graça!”, CD: Liturgia
VI, melodia da faixa 19. As estrofes são do Salmo 32/33, nos convida a
alegrar-nos no Senhor que é bom, que cumpre o que promete. Outra opção seria outra
versão desse mesmo salmo: “Nós recebemos, Deus, vossa misericórdia no interior
de vosso templo”, Hinário Litúrgico III da CNBB, página 384.
Ensina a
Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além
de unir a assembléia, inseri-la no mistério celebrado (IGMR nº 47). Nesse
sentido o Hinário Litúrgico III da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão
gravados no CD: Liturgia VI.
2. Ato penitencial. “Senhor,
servo de Deus, que libertastes a nossa fraqueza”, CD: Partes Fixas Ordinário da
Missa, melodia da faixa 2. A letra é muito oportuna para este 14º Domingo do
Tempo Comum
3. Hino de louvor. “Glória a
Deus nas alturas...” Vejam o CD Tríduo
Pascal I e II e também no CD Festas Litúrgicas, Partes fixas do Ordinário da
Missa do Hinário Litúrgico III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por
Irmã Miria e outros compositores.
O Hino de
louvor “Glória a Deus nas alturas” é antiqüíssimo e venerável, com ele a
Igreja, congrega no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro.
Não é permitido substituir o texto desse hino por outro (cf. IGMR n. 53). O CD:
Festas Litúrgicas I propõe, na faixa 2, uma melodia para esse hino que pode ser
cantado de forma bem festivo, solista e assembléia. Ver também nos outros CDs
que citamos acima.
4. Salmo responsorial 122/123. Prece
do homem saturado do desprezo dos zombadores. “Os nossos olhos estão fitos no
Senhor: tende piedade, ó Senhor, tende piedade!”, mesma melodia da faixa 7 do
CD: Liturgia IX.
A função do
salmista é de suma importância. Sua função ministerial corresponde à função dos
leitores e leitoras, pois o salmo é também Palavra de Deus posta em nossa boca
para respondermos à sua revelação. Por isso, o salmo dever ser proclamado do
Ambão e, se possível, cantado.
5. Aclamação ao Evangelho. O
Espírito profético em Jesus: evangelizar os pobres. (Lucas 4,18) ou “E o Verbo
se fez carne e habitou entre nós...” (João 1,14.12) “Aleluia... Já se fez carne, o Verbo encarnou
a sua tenda entre nós levantou”, CD: Liturgia VII, mesma melodia da faixa 7. O
canto de aclamação ao evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário
Dominical.
Preserve-se a
aclamação ao Evangelho cantando o texto proposto pelo Lecionário Dominical. Ele
ajudará a manifestar o sentido litúrgico da celebração, conforme orientações da
Igreja na sua caminhada litúrgica.
6. Apresentação dos dons. A Palavra semeada em nosso coração, nos chama
à conversão. A prova da conversão é a partilha. Devemos ser oferenda com as
nossas oferendas. “Bendito e louvado
seja o Pai nosso criador”, CD: Liturgia VI, melodia da faixa 14.
7. Canto de comunhão. “Um
profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”
(Marcos 6,4). “Quantas vezes, Senhor, desprezamos tua voz que nos quer
libertar”, CD: Liturgia VI, mesma melodia da faixa 16. Outra ótima opção é
Romanos 8,35-39, o famoso cântico de Paulo: “Quem nos separará? Quem vai nos
separar do amor de Cristo?”, CD: Cantos de Abertura e Comunhão, melodia da
faixa 21 ou CD: Festas Litúrgicas II, faixa 19. Sem dúvida, estes dois cantos são
os mais adequados pra esse Domingo.
O Canto de
Comunhão “Quem nos separará”, isto é, O Cântico de Paulo, Romanos 8, do Hinário
Litúrgico da CNBB, III, página 368 gravado pela Paulus, também articula-se com
a Liturgia da Palavra, o que permite estabelecer e experimentar a unidade das
duas mesas, considerando a Liturgia um único ato de culto. O canto de comunhão
deve retomar o sentido do Evangelho do dia. Esta é a sua função ministerial. Na
realidade, aquilo que se proclama no Evangelho nos é dado na Eucaristia, ou seja:
é o Evangelho que nos dá o “tom” com o qual o Cristo se dirige a nós em cada
celebração eucarística reforçando estes conteúdos bíblico-litúrgicos,
garantindo ainda mais a unidade entre a
mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia.
8- ESPAÇO CELEBRATIVO
1.
Prepara o espaço da celebração bem festivo, porque cada Domingo é Páscoa
semanal. Os enfeites não podem ofuscar as duas mesas principais: mesa da
Palavra e o altar.
2. “O altar
dentro da Igreja goza da mais alta dignidade, merece toda honra e distinção,
pois nele se realiza o mistério Pascal de Cristo, do qual é o símbolo por
excelência. Pela sua dignidade e valor simbólico, o altar não pode ser um móvel
qualquer ou uma peça sem expressão, mas precisa ser nobre, belo, digno,
plasticamente elegante. Nada se sobrepõe ao altar. Ele pode ser realçado com a
toalha, as velas, a cruz processional, as flores. Todos estes elementos devem
enfatizar a sua nobreza e sobriedade, sem escondê-lo ou dificultar as ações
litúrgicas”.
3. Os detalhes
merecem cuidado especial, pois nunca devem se sobrepor ao essencial. As flores
por exemplo, não são mais importantes que o altar, o ambão e outros lugares
simbólicos. Nem a toalha é mais importante que o altar. Os excessos
desvalorizam os sinais principais. A sobriedade da decoração favorece a
concentração no mistério celebrado” (Guia Litúrgico Pastoral, página 110).
9. AÇÃO RITUAL
Valorizar os
ritos iniciais da celebração, como momento de reunião de irmãos, constituindo
uma assembléia de iguais. Fazer uma alegre acolhida das pessoas. Valorizar
também a participação de pessoas deficientes. Muitas ainda sofrem rejeição na
família, na sociedade e mesmo na comunidade.
Ritos Iniciais
1. É
importante que não se diga nenhuma palavra antes da saudação: nem “Bom dia ou
“Boa noite”, nem comentários ou introduções! Bom dia e boa noite não é
saudação. Primeiro devemos saudar a Trindade.
2. O
sinal-da-cruz é a primeira ação litúrgica
do povo de Deus reunido para celebrar a Eucaristia. Fazer de maneira orante
para que a assembléia se sinta abraçada pela Santíssima Trindade.
3. A pós a
saudação o presidente ou o diácono ou outra pessoa pode dar o sentido litúrgico
da celebração com estas palavras ou outras semelhantes:
Domingo do profeta Jesus nas sinagoga de
Nazaré. Testemunhando a dificuldade do povo de Nazaré em acolher Jesus, somos
chamados a crer no Senhor. Jesus volta à sua terra, acompanhado de seus
discípulos. Celebramos a Páscoa de Jesus Cristo que se manifesta na vida de
Jesus rejeitado em sua própria terra, e na vida de todas as pessoas que são
excluídas.
4. Em seguida
fazer a recordação da vida trazendo os fatos que são as manifestações da Páscoa
do Senhor na vida da comunidade, do país e do mundo, mas de forma orante e não
como noticiário.
5. O Ato
Penitencial na Missa pode ser concebido como uma atitude de confiança e
esperança na misericórdia do Senhor que socorre os seus na sua fraqueza e
limitação. O amor visceral do Senhor (misericórdia, segundo Lucas 1,78) nos
alcança. Essa é a experiência da piedade divina. Lembrando-nos que piedade é a
tradução de “pietas” que em latim traduz o grego “eleos”, palavra conservada
ainda no Kyrie “eleison”, significando o carinho de Deus para com suas
criaturas e a confiança dessas em sossegar-se em seu aconchego. Não confundir o
Ato penitencial com pedidos de perdão como muitas vezes acontece. Nunca dizer:
Vamos fazer o Ato penitencial pedindo perdão dos nossos pecados.
6. Sugerimos
que a motivação para o Ato Penitencial seja a fórmula I da página 391 do Missal
Romano:
No início desta celebração eucarística,
peçamos a conversão do coração, fonte de reconciliação e comunhão com Deus e
com os irmãos e irmãs.
Após uns
momentos de silêncio cantar:
Senhor, servo de Deus, que libertastes a
nossa vida, tende piedade de nós!
(CD: Partes
Fixas, Ordinário da Missa, melodia da faixa 2).
7. Cantar de
maneira festiva o Hino de louvor (glória).
8. A Oração do
Dia nos leva a reconhecer que a humilhação de Cristo é instrumento de salvação.
Peçamos a Deus que nos enche de santa alegria. O Pai realizou seu plano, na
suprema fraqueza do Cristo: sua morte na cruz.
Rito da Palavra
1. O Evangelho
merece destaque especial. Fazer a proclamação com entusiasmo, seguida da
apresentação do evangeliário para toda a assembléia.
2. Pode-se
cantar como responso, após a homilia e o silêncio, o seguinte canto: “Dá-nos um
coração grande para amar” (Ofício Divino das Comunidades, nº 430).
3. Pensando
numa liturgia inculturada do Evangelho de Marcos, pode-se após a homilia e o
responso, fazer a imposição das mãos nas pessoas doentes.
4. As preces,
como ressonância da Palavra proclamada, sejam elevadas do Ambão, evitando-se
formas indiretas: “para que...”, “pela nossa...”, “a fim de que...”. recordem o
aspecto memorial e a suplica seja feita com base no que foi recordado. São
formas de se valorizar a Palavra na celebração. Lembrar dos(as) “profetas” de
hoje que também são rejeitados por causa de sua missão. Suplicar também para
que o Senhor confirme a luta dos pobres em sua busca por libertação.
Rito da Eucaristia
1. Destacar
toda a liturgia eucarística, momento em que o Pai nos entrega seu Filho como
alimento e bebida. Toda sua grandeza se manifesta neste ato de entrega e doação
a nós.
2. Na Oração
sobre as o pão e o vinho suplicamos que nossa oferenda santificada por Deus,
nos leve a vivenciar cada dia mais o Reino.
3. Sugerimos o
Prefácio dos Domingos do Tempo Comum II, página 428 do Missal Romano sobre o
mistério da salvação, manifesta mais claramente o mistério celebrado. Seguindo
esta lógica, cujo embolismo reza: “Compadecendo-se da fraqueza humana, ele
nasceu da Virgem Maria. Morrendo no lenho da Cruz, ele nos libertou da morte”.
Pode ser também o Prefácio VII sobre a salvação pela obediência de Cristo.
Vejamos também a lógica do embolismo: “E ele, na obediência até à morte,
restaurou o que nossa desobediência fizera perder”, Missal Romano página 434. O
grifo no texto identifica aqueles elementos em maior consonância com o Mistério
celebrado neste Domingo e que pode ser aproveitado na própria, ao modo de
mistagogia. Usando este prefácio, o presidente deve escolher a I ou a III
Oração Eucarística. A II admite troca de prefácio. As demais não admitem um
prefácio diferente.
Ritos Finais
1. Na Oração
depois da comunhão suplicamos que enriquecidos pela comunhão eucarística,
possamos sempre acolher os dons de Deus e nunca cessar seu louvor.
2. As palavras
do rito de envio devem estar em consonância com o mistério celebrado: “Sejam profetas
em todos os momentos das vossas vidas”. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe!”
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não podemos
recuar, alegando que somos fracos, sem jeito ou sem coragem. Pois é justamente
em tudo isso que Deus realiza e cumpre o seu reino, sua promessa de libertação
e salvação. Mesmo que haja contradição, ou melhor, justamente quando há
contradição, é que devemos firmar a nossa atitude, lembrando-nos de todos
aqueles e aquelas que, com toda a sua fraqueza, se entregaram e se decidiram à
missão cristã no mundo, não se valendo de si mesmos, mas também não duvidando
da ação e da força divinas. Sabendo que para Deus não existe o fracasso. Que
para Ele fracasso e vitória são uma
coisa só. Que o fracasso mais profundo
foi o êxito definitivo do plano de Deus: a cruz de Jesus Cristo, transformada
em ressurreição.
Celebremos a
Páscoa semanal do Senhor valorizando os ministérios que existem dentro da casa
de nossa comunidade.
O objetivo da
Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as
comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa
diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos
Pe. Benedito
Mazeti
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