quinta-feira, 23 de julho de 2015

17º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B

26 de julho de 2015

Leituras

         2Reis 4,42-44
         Salmo 144/145,10-11.15-18
         Efésios 4,1-6
         João 6,1-15


“RECOLHEI OS PEDAÇOS QUE SOBRARAM, PARA QUE NADA SE PERCA”


1- PONTO DE PARTIDA

Domingo da multiplicação dos pães. A partir deste domingo, interrompendo a seqüência do Evangelho de Marcos, a liturgia nos propõe, por cindo domingos, o capítulo 6 do Evangelho de João, com a narrativa da multiplicação dos pães e o discurso sobre o Pão da Vida.

A multiplicação dos pães não é apenas uma imagem da Eucaristia, mas também do banquete messiânico no final dos tempos, quando todos serão saciados e a morte, vencida. Este é o verdadeiro sentido da missão de Jesus.

Neste domingo, celebramos Jesus ressuscitado, pão que alimenta, dá sentido a nossa vida e é proposta de saciedade para tido tipo de fome que angustia a humanidade.

Unimos ao memorial da Páscoa de Jesus e a ação solidária de todas as pessoas e grupos que se empenham fraternalmente na luta contra a fome e a miséria crescente do povo, desafiando o sistema de acumulação que domina nosso mundo.

Acolhemos com carinho todas as pessoas, mas hoje, especialmente a presença dos avós em nossa celebração.

2- REFLEXÃO BÍBLICA, EXEGÉTICA E LITÚRGICA

Primeira leitura – 2Reis 4,42-44. A intenção da narrativa desta leitura é a de revelar que Eliseu não foi inferior a Elias, em carisma e em poder. Como na missão profética de Elias relatava uma multiplicação de pães (1Reis 17,1-15), era preciso que um milagre semelhante pudesse ser atribuído a Eliseu. É a finalidade da breve passagem lida hoje na liturgia.

Multiplicando os pães, Elias estava principalmente atento à miséria dos pobres; a multiplicação feita por Eliseu retém, por seu lado, a abundância de pães, a importância dos restos e o caráter prodigioso do acontecimento (versículos 43-44).

Eliseu deu uma ordem ao servo: “Dá os pães a estes homens... Ma o servo respondeu: Como poderei dar de comer a cem pessoas com isto”. Em seguida o servo “lhes deu e comeram”.  “Eis o que diz o Senhor: Comerão e ainda sobrarás”. Esta ordem dada por Eliseu ao servo não era mera palavra humana de um homem qualquer, mas uma palavra cheia de vigor do homem de Deus Eliseu (versículo 42a).

Segundo os especialistas da Bíblia, é certo que a multiplicação dos pães feita por Elias e Eliseu influenciou a redação das narrações evangélicas sobre a multiplicação dos pães de Jesus. Qual era a intenção desta referencia e alusões a 2Reis 4,42-44? A resposta é simples. Jesus veio para cumprir a Lei os Profetas. Era, pois, conveniente mostrar que Ele autenticava sua missão através de sinais que os profetas fizeram. O evangelista João acentua esta perspectiva, anotando a exclamação do povo: “Este é verdadeiramente o Profeta que há de vir ao mundo!” (João 6,14).

A atividade profética de Eliseu teve lugar no Reino do Norte. No seu tempo, muitos pobres, para sobreviverem, submetiam-se a dívidas com os latifundiários, vendendo seu trabalho por nada. Eliseu homem de Deus, ajuda o povo a se organizar para sair de tal situação. A libertação não é um favor,

A multiplicação dos pães sacia cem pessoas, com vinte pãezinhos de cevada, lembrando a fartura do maná, no tempo de Moisés. Embora à primeira vista pareça não ser suficiente para tanta gente, quando partilhado, satisfaz a todos e ainda sobra.

Fartura, abundância, alimento à vontade são frutos da partilha, a qual é sinal da realização do projeto de Deus, da chegada do tempo messiânico que se realiza em Jesus Cristo.

Salmo responsorial 144/145,10-11.15-18. É um hino de louvor à grandeza de Deus, abrindo o grande louvor final do livro. É um hino de louvor de uma pessoa que convida outras a fazer o mesmo. O contexto é público e o motivo do louvor são as obras de Deus na história do povo. De fato, daqui até o fim, todos os salmos são desse tipo.

O convite começa na primeira pessoa do singular. Domina o tema do Reino de Deus. O tema comum é a misericórdia de Deus. O Salmo 144/145, diante da beleza da criação, que é reflexo da magnitude e perfeição do Criador, bendiz o nome do Senhor. Afirma que o Senhor é misericórdia, piedade, amor, paciência e compaixão. O Senhor ama a todos e é bom para com todos: sua ternura abraça toda a criatura. Vale a pena retomar as afirmações do Salmo a respeito de Deus, pois resumem e expressam muito bem o que a liturgia toda proclama.

O salmo destaca como é o rosto de Deus. Os títulos dado a Javé sintetizam o rosto de Deus neste salmo: grande, piedoso, bom, fiel, amoroso e justo. Um Deus que se interessa pelas pessoas e se aproxima com o seu rosto. “Sua ternura abraça toda a criatura” (versículo 9). Um Deus aliado que faz justiça, defendendo os oprimidos da ganância dos injustos. Aparece também como Criador e doador de vida para todos.

Demos graças ao Senhor porque Ele sempre se aproxima de nós e sempre nos dá provas do seu amor. Que Ele nos ajude a buscar de novo a sua face. Com o Salmo 144, louvemos a fidelidade de Deus, traduzida em suas obras amorosas: ele ampara, endireita, dá alimento, estende a mão e sacia. Ao cantar este salmo em nossas celebrações, renovemos a nossa confiança no Deus que quer vida e fartura para o seu povo.
SACIAI OS VOSSOS FILHOS, Ó SENHOR!

Segunda leitura – Efésios 4,1-6. O apóstolo Paulo tem diante de si um dos três problemas que ameaçavam a Igreja nascente, a discórdia (versículos 1-3), os outros dois eram as divisões dos ministérios (versículos 7-11) e as heresias (versículos 14s). A esses perigos Paulo opõe a unidade em Cristo (versículos 4-6) como único modo de superar discórdias e ciúmes (versículos 12s) e heresias (versículo 16), assim ele faz uma advertência mais longa sobre a união dos membros da Igreja na caridade e na paz.

A nossa conduta é decorrência normal de uma opção de fé. Dogma e vida, fé a ação estão permanentemente unidos. Assim na vida concreta da comunidade deve-se manifestar a fé.

Paulo prisioneiro, por ter andado segundo sua vocação de Apóstolo, anunciando Jesus Cristo, exorta os que estão livres a orientarem suas vidas segundo o chamado que tiveram. Assim sendo, o cristão foi chamado, escolhido e predestinado por Deus para ser seu filho (Efésios 1,4s), por isso deve andar de modo especial (cf. Atos 14,16).

Passa-se a indicar, então, qual o modo de se trilhar o novo caminho: humildade, mansidão, generosidade e paciência. Como vemos, são virtudes concretas do bem viver, da vida em comum, que têm por base a humildade, que não é esporádica, mas um constante renunciar a ser o primeiro, a mandar, a fazer prevalecer a sua própria opinião e que se caracteriza pelo servir, isto é, procurar o desprezível, agir de maneira discreta sem dar na vista, deixar morrer o seu eu. Como o Cristo, entrar num processo de Kenosis, isto é, de esvaziamento.

Humildade provém do latim humilis, que por sua vez deriva de húmus (= terra) Humildade é, pois, o que está ao nível do solo e se move perto da terra. Algo que corresponde exatamente à nossa pequenez e condição de criatura, parte pequena do cosmos. Humilde é aquele que com sabedoria e realismo reconhece a distância que o separa do seu Criador. Por isso, “humildade é caminhar na verdade” (Santa Teresa).

Ser generoso, longânime é repartir o que se tem (Atos 2,44s; 4,32.34s). Tudo isso no amor, que faz um suportar o outro. Afinal de contas todos foram unidos num único povo por Cristo (Efésios 2,14) e devem se aceitar e amar como são. Vivendo na paz, dom de Deus que frutifica pelo esforço de cada pessoa humana, realizarão concretamente na vida a união que possuem no Espírito, fonte de unidade.

Não resta dúvida que este leitura é uma exortação à unidade. Paulo, na prisão suplica aos efésios que vivam de acordo com a vocação a que foram chamados e se esforcem para manter a unidade, já que receberam um mesmo batismo. O reconhecimento da paternidade de Deus nos leva a admitir que os “demais” são nossos irmãos.

A unidade é a essência da Igreja: um corpo, um espírito, um Senhor, uma fé, um batismo, um só Deus e Pai de todos. E para manter essa unidade é preciso: humildade, paciência e suportar-se mutuamente na caridade. A humildade e a modéstia desempenham papel muito importante onde a unidade é ameaçada. A mansidão, o espírito pacífico e a docilidade são comportamentos que distanciam toda espécie de rixa, evitam a agressividade e o sentimento de superioridade. A paciência é um sinal essencial do amor e torna possível a unidade e a paz. É o Espírito que cria e conserva a unidade.

Paulo descreve essa fonte de unidade em três partes, cada uma com três elementos: o Espírito que anima o Corpo de Cristo e a esperança que ele faz nascer (versículo 4); o Senhor ressuscitado, a fé que o professa e o batismo que dele faz participar (versículo 5); enfim, o Pai, acima de todos, por todos e em todos (versículo 6).

Portanto, trata-se de uma fórmula trinitária: com efeito, é na vida comum das três pessoas divinas que reside o segredo da unidade na comunidade e a unidade das pessoas. Mas a fórmula menciona o Pai em terceiro lugar, em vez do primeiro (cf. Efésios 1,3-14), porque a unidade que se trata se faz progressivamente pela ascensão da humanidade, com o Espírito e Cristo, até o próprio Pai.

Para mostrar de que modo a vida divina faz a unidade com a humanidade mas também a da pessoa, Paulo estabelece uma relação entre cada virtude teologal e cada pessoa da Trindade; o Espírito sustenta a esperança (1Coríntios 12,13; Efésios 2,18; Romanos 8,26-27), Cristo chama à fé (Romanos 10,8-17) e o Pai está “em todos” para neles fazer nascer amor e comunhão (2Coríntios 13,13; Filipenses 2,1).

No entanto, a Trindade confere seu verdadeiro sentido a todo processo de amor, pois ela realiza a unidade perfeita entre pessoas que não deixam de ser perfeitamente distintas. Não é com essa unidade que toda pessoa sonha, em seu encontro de amor com o outro?

Participamos do mistério Trinitário entrando num tipo de comunhão com todas as pessoas, onde cada um só pode ser feliz em relação com todos. Ligando cada virtude teologal a cada pessoa da Trindade, Paulo afirma que a pessoa humana partilha da vida trinitária na medida em que vive sua vida como um dom de Deus, adquirido em Jesus Cristo que veio estabelecer a paz e a unidade.

Sem a Trindade, todo o nosso empreendimento de unidade é destinado ao fracasso, quer ele divida as individualidades, quer aglutine as personalidades. Na relação com a Trindade, pelo contrário, cada pessoa pode ser verdadeiramente ela mesma.

Evangelho – João 6,1-15. João tem muitas vezes o hábito de relatar um acontecimento e fazê-lo seguir de um discurso que explicita seus temas.

Basta compararmos a versão da multiplicação dos pães em São João com a de Mateus, Marcos e Lucas, para localizar essas características e esses temas. Enquanto que nos outros três evangelhos, a multiplicação se situa no fim de um dia de pregação, em São João, ela ocupa todo o lugar, a ponto de deixar a impressão de que a multidão vem para comer. Jesus se apresenta de início, na versão de São João, preocupado em dar de comer (versículo 5), enquanto que, nos outros evangelhos, ele só dá de comer depois de ter percebido que nenhuma solução era possível (Mateus 15,32-33).

A multiplicação dos pães é o quarto sinal do Evangelho de João, sinal central dentre os sete que simbolizam toda a ação de Jesus. Este sinal é apresentado seis vezes nos quatro evangelhos.

È fundamental notar que Jesus se encontra na Galiléia, região de trabalhadores pobres, mantida por latifundiários que moram na corte de Herodes. A Páscoa dos judeus está próxima, mas o povo prefere não ir a Jerusalém, e seguir Jesus; libertam-se, assim, do poder explorador concentrado no templo de Jerusalém.

Jesus é o verdadeiro libertador que conduz à Páscoa autentica: é o novo Moisés, que sobe ao monte e é rodeado por muita gente que deseja escutá-lo. Às vezes vinham de longe, atraídos pela fama dos sinais que realizava. Jesus aproveita um desses momentos para ensinar a partilha, característica fundamental de seu projeto. Começa interpelando os discípulos como solucionar o problema da fome do povo.

É a mesma situação apresentada na primeira leitura. Pão de cevada era comida modesta, de pobres ou gente simples, e o único alimento que tinham para partilhar naquele momento.

Jesus não dá esmola; Ele ajuda as pessoas a repartir o que têm, mesmo que seja cinco pães e dois peixes... Há uma grande diferença entre dar esmola e o ato de repartir. A solidariedade, o partilhar gera irmandade, trazem a alegria da salvação a todos. A esmola o paternalismo podem produzir desigualdade, descontentamento, divisão, dependência, humilhação.

Jesus encarna a generosidade de Deus. O povo come o quanto precisa e ainda sobram doze cestos. Doze é número simbólico que, às vezes, se refere à organização do povo. Mas o que se torna claro é que não se deve desperdiçar o dom de Deus.

O primeiro tema com o qual João da uma colorida no relato é o do maná do deserto e, de um modo mais geral, o da experiência do deserto. A conversa inicial entre Cristo e Filipe lembra a que se passa entre Deus e Moisés, antes que Deus multiplicasse, até que todos ficassem saciados, a carne reclamada pelo povo (Números 11,21-23).

O cuidado dispensado pelos apóstolos, especialmente designados para isto (contrariamente à versão de Mateus, Marcos e Lucas), com o recolhimento dos restos (versículo 13), tende a mostrar que, ao contrário do maná que logo apodrecia (Êxodo 16,16-21), o pão de Jesus é imperecível (João 6,27.51) e, consequentemente, sinal de eternidade.

O segundo tema da narrativa é o da refeição escatológica. A questão colocada por Jesus, no versículo 5, faz imediatamente pensar em Isaias 55,1-3; 65,13. O fato de que o pão abençoado por Jesus seja um pão de cevada, o pão dos pobres (detalhe ressaltado apenas por João), reforça a idéia de que o banquete oferecido por Jesus satisfaz plenamente os “pobres de Javé” com a plenitude messiânica.

Outro detalhe importante é notar que Cristo se antecipa mais na narrativa de João do que nas narrativas dos outros três evangelhos: ele próprio fornece a matéria prima, dirige o diálogo inicial (versículos 5-10) pronuncia a bênção da mesa e distribui o pão (versículo 11). Nos outros três evangelhos, Jesus manda os apóstolos saciarem o povo (idéia de missão) e em João o próprio Jesus distribui a pão. Portanto, trata-se realmente de um relato destinado a revelar a pessoa de Jesus, isto é, a refeição é destinada a conduzir os discípulos até o mistério de sua pessoa.

Mas o povo entende a multiplicação dos pães numa mentalidade de messianismo político; não entende a referência do sinal. Nos versículos 14-15 se anuncia a palavra de Jesus diante de Pilatos: “sou rei, mas meu reino não é deste mundo”. Este é o sentido profundo da ambigüidade de João: sob os sinais matérias esconde-se uma realidade espiritual, que só se revela a quem procura Jesus na fé em sua palavra; e este recebe o verdadeiro alimento messiânico.

Jesus saciou concretamente pessoas que tinham fome e, se revelou o pão da vida eterna, ele o fez a partir de uma realidade terrestre. O pão que ele fornece não é somente o símbolo do pão sobrenatural: não é possível revelar o pão da vida eterna sem se engajar verdadeiramente nas tarefas de solidariedade humana: o amor dos pobres, assim como o dos inimigos, é o teste por excelência da qualidade da caridade. Reconhecer aos pobres o direito de receber o pão da vida é engajar-se até o fim das exigências do amor e traduzir por uma nova multiplicação dos pães em escala universal, o gesto empreendido por Cristo.

A Eucaristia distribui o pão da vida em abundancia e em todas as dimensões, mistério da pessoa de Cristo, sinal da escatologia, sacramento da Páscoa. Mas só existe verdadeira recepção desse pão da vida no despojamento e numa disponibilidade absoluta, que faz de cada participante um irmão dos mais pobres entre as pessoas.

3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA

A fome é uma questão que atinge a todos nós. Jesus se deparou com a fome, assim como seus discípulos, a Igreja primitiva e também atinge a humanidade até hoje. O desequilíbrio entre nações ricas e a multidão de pobres é assustador. Como cristãos somos seguidores de Jesus, que, a partir da realidade de seu tempo, saciou concretamente pessoas que tinham fome e se revelou como pão.

Com os critérios da sociedade torna-se impossível saciar a fome dos pobres. O poder público lida com grandes somas, mas nunca direciona esses recursos para resolver o problema do povo. É preciso mobilizar e descobrir a força que se encontra no meio dos pobres. Jesus usa os pães dos pobres (menino), sem criar dependência do dinheiro.

Quantas vezes vemos grupos que se organizam com um mínimo de estrutura. Cooperativas surgem do nada e se desenvolvem com o esforço suado dos seus membros. Em vez da confiança no dinheiro, aposta-se na eficácia da solidariedade que se apóia na partilha generosa, que faz crescer em dignidade e autonomia. Ao contrário, há projetos que se sustentam com muito dinheiro. O risco do monopólio e da dominação de uns sobre os outros, nestes casos, é muito maior e nem sempre os resultados são proporcionais aos recursos empregados; nem sempre os resultados são de partilha e compaixão.

A revelação de Jesus como pão só se realiza no compromisso com a solidariedade, a partilha e o engajamento em uma nova “multiplicação de pães”, em escala nacional e mundial. Compete a nós a sétima multiplicação de pães, para ser plena.

Se o povo passa fome, não é tanto pela pobreza em si, mas pelo fechamento de quem não se importa com os demais. A partilha marcou profundamente as primeiras comunidades cristãs. Ao partir o pão, descobre-se a presença nova do Ressuscitado!

A salvação trazida por Jesus atinge a nossa vida em todas as suas necessidades; é total, não deixa ninguém com fome. Por isso, nossa atuação e responsabilidade com as questões sociais, econômicas e políticas são sinais da salvação que Deus quer realizar, hoje, através da nossa ação.

Ao multiplicar os pães, Jesus nos oferece critérios evangélicos fundamentais para vivermos a fraternidade, a partilha e a solidariedade. É repartindo e sendo solidários que vamos realizar o projeto de Jesus, banquete de fartura e de alegria entre irmãos que se amam. O dinheiro, a terra, os bens ou servem para criar a fraternidade ou acabam dividindo e matando as pessoas.

Jesus ensina que a dinâmica do Reino é a arte de repartir. Todo o dinheiro do mundo não seria suficiente para comprar alimento necessário para os que estão passando fome... o problema não se soluciona comprando, mas repartindo.

A dinâmica do mundo capitalista é precisamente o dinheiro. Cremos que sem dinheiro nada podemos fazer. Convertemos tudo em moeda. No mundo puramente capitalista, não há espaço para a gratuidade. Tudo tem seu preço! Nós já nos esquecemos de que a vida nos é dada por pura gratuidade de Deus.

Na celebração, comendo o pão à mesa do Senhor, realiza-se para a assembléia reunida em nome do Senhor o milagre da multiplicação dos pães e chama-se à missão para vencer a fome no mundo. Acolhemos Jesus como aquele que se põe a serviço e nos ensina o caminho de Deus.

4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO

Deus nos alimenta com fartura

O salmista convida ao louvor a Deus, que alimenta seu povo: “Que vossas obras todas vos celebrem, Senhor, e vossos fiéis vos bendigam... em vós esperam os olhos de todos e no tempo certo vós lhes dais o alimento”. O refrão constata a generosidade de Deus revelada na pessoa do Messias: “Saciai os vossos filhos, ó Senhor!” No Evangelho, Jesus, com autoridade e soberania, mata a fome daqueles que estão na busca de meros sinais. As pessoas são acomodadas na grama. Jesus não pede ajuda aos discípulos para a tarefa da distribuição do alimento. Toma-os, dá graças ao Pai e os reparte com fartura. Este gesto nos remete à “fração do pão” sob ação de graças, remete-nos à Eucaristia: “característica da assembléia cristã dos primeiros tempos – refeição ao mesmo tempo fraterna e messiânica”, como afirma Johan Konings em sua obra sobre o Evangelho de João.

A mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia

Para a Eucaristia vamos famintos do Pão da Palavra e do Pão da Eucaristia. A assembléia se serve de duas mesas, indo para casa com o coração saciado de Deus. No entanto, convém estar atentos à Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, que afirma que a sagrada liturgia não é a única atividade da Igreja, “pois, antes de ter acesso à liturgia é preciso ser conduzido à fé e se converter”. A participação ativa e frutuosa na liturgia deve ter reflexos na espiritualidade cristã. O Catecismo da Igreja Católica nos inspira ao compromisso com os pobres: “Para recebermos na verdade o Corpo e o Sangue de Cristo entregues por nós, devemos reconhecer Cristo nos mais pobres, seus irmãos” (cf. Mateus 25,40). A realização do milagre da multiplicação dos pães no banquete eucarístico nos desafia a partilhar e a lutar por novas formas de convivência, nas quais o pão cotidiano, por nós compartilhado, é sinal da vida em abundância que se encontra no Cristo, Pão para a vida do mundo!

4- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA

Necessitados de força, de coragem, de sentido para a vida e de perseverança, participamos da ceia do Senhor onde se realiza entre nós a multiplicação dos pães.

Jesus, o Pão da vida, sacia nossa fome com a Palavra que nos revela o sentido da vida e com a ceia eucarística, sacramento da salvação, sinal e antecipação do banquete sem fim a que somos destinados.

Ele nos convida a abrir nossas mãos e nosso coração “que para tudo guardar se fecham” para gestos de partilha e solidariedade, a fim de vencermos nossas dificuldades, a fome e a miséria do mundo.

A eucaristia é o pão que sacia a necessidade que temos de alimento para conservar a vida, ter coragem perseverança e segurança; o pão que nos dá forças para superar as atribulações que existem e atormentam nossa vida. É a segurança de que Deus nos ama, e a certeza da Ressurreição; é Deus-conosco.

5. ORIENTAÇÕES GERAIS

1. É importante e decisivo, na formação litúrgica das equipes, oferecer pequenas vivências, como: proclamação das leituras de maneira serena e calma tendo uma boa postura, preparação do Altar, animação do canto, proclamação das preces dos fiéis, distribuição da comunhão, modo de caminhar e sentar-se

2. É preciso valorizar o uso da veste litúrgica por leitores e salmistas, pois ela torna visível o serviço de quem proclama a Palavra, ela é a marca da função ministerial, isto é, colocar-se a serviço de Deus e da assembléia orante.

3. O CD: Liturgia VI, Ano A, CD: Liturgia IX, Ano B e o CD: Cantos de Abertura e Comunhão Tempo Comum I e II, da coleção Hinário Litúrgico da CNBB nos oferecem cantos adequados para cada Domingo. O repertório bem ensaiado manifestará, mais harmonicamente, o mistério celebrado.

6- MÚSICA RITUAL

O canto é parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas, executados com atitude espiritual e, condizentes com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são do Tempo Comum, é preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos deve ser cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério celebrado. A função da equipe de canto não é simplesmente cantar o que gosta, mas cantar o mistério da liturgia deste 17º Domingo do Tempo Comum. Os cantos devem estar em sintonia com o Ano Litúrgico, com a Palavra proclamada e com o sacramento celebrado. Não devemos esquecer que toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de uma pastoral ou de um movimento.

1. Canto de abertura.  Deus reúne seu povo, lhe dá força e poder. (Salmo 67/68,6-7.36). Para o canto de abertura, sugerimos este Salmo que mostra a compaixão do nosso Deus acolhendo os oprimidos. “Acolhe os oprimidos em tua casa, ó Senhor”, CD: Liturgia VI, mesma melodia da faixa 24. As estrofes são do Salmo 33/32, nos dá a certeza de que o Senhor protege sempre quem espera em seu amor. Sugerimos outra excelente opção como canto de abertura: “Eis meu povo o banquete”, CD: Cantos de Abertura e comunhão ou Hinário Litúrgico III da CNBB, página 312.

Como canto de abertura da celebração, sugere-se o canto proposto pelas Antífonas do Missal Romano e ricamente musicadas pelo Hinário Litúrgico III da CNBB. Isso não significa rigidez. Mas a equipe de liturgia, a equipe de celebração, a equipe de canto juntamente com o padre têm a liberdade de variar sua escolha, desde que isso manifeste o Mistério celebrado e seja fiel aos princípios que regem a escolha de uma música adequada para a celebração. Uma sugestão, para entender bem o que significa isto, seria o canto: “Vós sois o Caminho, a Verdade e a Vida”, CD: Cantos de Abertura e Comunhão, melodia da faixa 10 é uma boa opção para iniciar a celebração

2. Hino de louvor. “Glória a Deus nas alturas...” Vejam o CD Tríduo Pascal I e II e também no CD Festas Litúrgicas, Partes fixas do Ordinário da Missa do Hinário Litúrgico III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por Irmã Miria e outros compositores.

O Hino de louvor “Glória a Deus nas alturas” é antiqüíssimo e venerável, com ele a Igreja, congrega no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto desse hino por outro (cf. IGMR n. 53). O CD: Festas Litúrgicas I propõe, na faixa 2, uma melodia para esse hino que pode ser cantado de forma bem festivo, solista e assembléia. Ver também nos outros CDs que citamos acima.

3. Salmo responsorial 144/145. “Abres tua mão generosa e nos sacias”. “Saciai vossos filhos, ó Senhor! Melodia da faixa 7 do CD: Liturgia IX, melodia da faixa 8.
A função do salmista é de suma importância. Sua função ministerial corresponde à função dos leitores e leitoras, pois o salmo é também Palavra de Deus posta em nossa boca para respondermos à sua revelação. Por isso, o salmo dever ser proclamado do Ambão e, se possível, cantado.

4. Aclamação ao Evangelho. Um grande profeta surgiu entre nós; Deus visitou seu povo. (Lucas 6.16). “Aleluia... Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo sofrido”, CD: Liturgia VII, mesma melodia da faixa 11. O canto de aclamação ao evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário Dominical.

Preserve-se a aclamação ao Evangelho cantando o texto proposto pelo Lecionário Dominical. Ele ajudará a manifestar o sentido litúrgico da celebração, conforme orientações da Igreja na sua caminhada litúrgica.

5. Canto de Apresentação dos dons. O canto de apresentação das oferendas, conforme orientamos em outras ocasiões, não necessita versar sobre pão e vinho. Seu tema é o mistério que se celebra acontecendo na fraternidade da Igreja reunida em oração, no Domingo da multiplicação dos pães. Devemos ser oferendas com nossas oferendas para socorrer os necessitados. Expressemos nossa compaixão para com os que sofrem. “Dai-lhes vós mesmos de comer, que o milagre vai acontecer”, CD: Festas Litúrgicas II, melodia da faixa 9.

6. Canto de comunhão. “Levantando os olhos e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro...” (João 6,5). “Senhor, a fome no mundo faz tanta gente sofrer”, CD: Liturgia IX, melodia da faixa 16.

O Evangelho de hoje, como no Domingo passado, é contexto de deserto, onde Jesus se depara com a multidão desamparada e faminta.  Sente compaixão e sacia a todos. Outra ótima opção para o canto de comunhão seria “O pão da vida, a comunhão, nos une a Cristo e aos irmãos”, CD: Cantos de Abertura e Comunhão, melodia da faixa 16. Estes cantos também permitem estabelecer e experimentar a unidade das duas mesas, considerando a Liturgia um único ato de culto. O canto de comunhão deve retomar o sentido do Evangelho do dia. Esta é a sua função ministerial. Na realidade, aquilo que se proclama no Evangelho nos é dado na Eucaristia, ou seja: é o Evangelho que nos dá o “tom” com o qual o Cristo se dirige a nós em cada celebração eucarística reforçando estes conteúdos bíblico-litúrgicos, garantindo ainda mais a unidade entre a mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia.

7- ESPAÇO CELEBRATIVO

            1. Preparar o espaço da celebração bem festivo, porque cada domingo é Páscoa semanal. Os enfeites não podem ofuscar as duas mesas principais: mesa da Palavra e o altar.

2. “A decoração da Igreja deve manifestar o caráter festivo da celebração. As flores, as velas e as luzes devem colaborar para que as celebrações sejam de fato memória da Páscoa de Jesus.”

            3. A cor litúrgica é o verde nos paramentos no ambão. Pode-se também destacar com um detalhe o verde na mesa do altar.

8. AÇÃO RITUAL

A segunda leitura nos propõe paixão pela unidade. Nesse sentido, nos ritos iniciais, a comunidade constitui um só corpo no Senhor que nos congrega. Um gesto fraterno de acolhimento entre as pessoas logo no início da celebração, mostra a compaixão do nosso Deus para com todos. O Evangelho narra que foi um menino que trouxe os cinco pães e os dois peixes no momento de saciar a fome da multidão. Colocar crianças pra acolher o povo que vem chegando para a celebração.

Ritos Iniciais

1. A celebração tem início com a reunião da comunidade cristã (IGMR 27.47). O canto de abertura começa tendo em conta essa realidade eclesial, e vai introduzir a assembleia no Mistério celebrado.

2. A opção “d”, do Missal Romano para a saudação presidencial é muito oportuna para iluminar o sentido litúrgico deste domingo:

“O Deus da esperança, que nos cumula de toda a alegria e paz em nossa fé, pela ação do Espírito Santo, esteja convosco” (Romanos 15,13).

1. O sentido litúrgico, após a saudação do presidente, pode ser feito por quem preside, pelo diácono ou um ministro devidamente preparado como orienta o Missal Romano, na página 390, número 3, com palavras semelhantes às que seguem:

Domingo da multiplicação dos pães. Jesus é o Bom Pastor, por compaixão, cuidado e ternura, alimenta a multidão faminta. Reunimo-nos, hoje, ao redor de sua mesa, sabendo que não voltaremos para casa sem antes nos ter saciados com sua Palavra e com os dos da Eucaristia, sua vida dada pela salvação do mundo. O gesto de Jesus nos convoca a lutar contra a fome e a miséria, grande pecado da humanidade.

2. Em seguida fazer a “recordação da vida” trazendo os fatos que são as manifestações da Páscoa do Senhor na vida da comunidade, do país e do mundo, mas de forma orante e não como noticiário.  Deve ter presente a realidade de sofrimento em que vive hoje a multidão de empobrecidos, a grande massa sobrante e excluída do processo de desenvolvimento social, econômico e político em nosso país e no mundo usando alguns símbolos. Trazer os acontecimentos de maneira orante e não como noticiário.

3. Rezar ou cantar o Ato Penitencial da formula 4, para os domingos do Tempo Comum na página 394 do Missal Romano, que evidencia a preocupação de Deus para com os excluídos.

Senhor, que vieste procurar quem estava perdido, tende piedade de nós...

4. Cada Domingo do Tempo Comum é Páscoa semanal. Cantar de maneira festiva o Hino de louvor (glória).

5. Na Oração do Dia supliquemos a Deus nosso amparo, que nos ajudem a usar dos bens deste mundo de maneira fraterna para que possamos abraçar os bens eternos.

Rito da Palavra

1. As preces, como ressonância da Palavra proclamada, sejam elevadas do Ambão, evitando-se formas indiretas: “para que...”, “pela nossa...”, “a fim de que...”. recordem o aspecto memorial e a suplica seja feita com base no que foi recordado. São formas de se valorizar a Palavra na celebração. Ao formular as preces não deixar de contemplar a fome do mundo: de pão, de trabalho, de saúde, de educação. De vida digna que Deus concede a todos, mas que, infelizmente, não repartimos.

Rito da Eucaristia

1. Na preparação das oferendas, incluir produtos da roça, frutos da terra e do trabalho agrícola, além de pães que possam ser abençoados e, no final da celebração ser partilhado. Valorizar nesse dia a procissão das oferendas levadas pelos próprios fiéis, especialmente por crianças, pois “embora os fiéis já não tragam de casa, como outrora, o pão e o vinho destinados à liturgia, o rito de levá-los ao altar conserva a mesma força e significado espiritual” (IGMR, nº 73).

2. Na Oração sobre o pão e o vinho suplicamos a Deus que o mistério da Eucaristia nos santifique na vida presente e nos conduza à vida eterna.

3. A mesa eucarística seja expressão daquilo que foi proclamado no Evangelho. Além das observações do domingo anterior, seria muito conveniente o uso de pães ázimos em lugar de hóstias.

5. A Oração Eucarística VI-D – Jesus que passa fazendo o bem – ajudará a ressaltar o caráter de compaixão da comunidade cristã com as palavras do prefácio: “Ele sempre se mostrou cheio de misericórdia pelos pequenos e pobres, pelos doentes e pecadores, colocando-se ao lado dos perseguidos e marginalizados”.

6. Se for escolhida outra oração eucarística sugerimos o Prefácio Comum V, página 460 do Missal Romano o qual evidencia “a caridade”. Seguindo esta lógica, cujo embolismo reza “Unidos na caridade, celebramos a morte do vosso Filho, proclamamos com fé a sua ressurreição e aguardamos, com firme esperança, a sua vinda gloriosa no fim dos tempos”. Outra opção é o Prefácio para os Domingos do Tempo Comum I, o qual evidencia o “Povo de Deus, para anunciar suas maravilhas”, página 428 do Missal, cujo embolismo reza “Por ele, vós nos chamastes das trevas à vossa luz incomparável, fazendo-nos passar do pecado e da morte à glória de sermos o vosso povo, sacerdócio régio e nação santa, para anunciar, por todo o mundo, as vossas maravilhas”. O grifo no texto identifica aqueles elementos em maior consonância com o Mistério celebrado neste Domingo e que pode ser aproveitado na própria, ao modo de mistagogia. Usando este prefácio, o presidente deve escolher a I, II ou a III Oração Eucarística. A II admite troca de prefácio. As demais não admitem um prefácio diferente. As demais não podem ter os prefácios substituídos sem grave prejuízo para a unidade teológica e literária da eucologia.

7. Quem preside deve realçar bem o gesto da “fração do pão” acompanhado pelo canto do “Cordeiro de Deus”. Para preservar o caráter de ladainha do Cordeiro de Deus, seria interessante que um solista cantasse a primeira parte e a assembléia respondesse o tende piedade de nós e por último o dai-nos a paz. Quando se usa o pão ázimo demora-se mais para terminar a fração do pão. É bom saber que o canto do “Cordeiro de Deus”, deve durar até o término da fração do pão como diz o Missal Romano e não somente cantar três vezes.

8. A comunhão expressa mais nitidamente o mistério da Eucaristia quando distribuída em duas espécies, como ordenou Jesus na última ceia, “tomai comei, tomai bebei”. Vale todo esforço e tentativa no sentido de se recuperar a comunhão no Corpo e Sangue do Senhor para todos, conforme autoriza e incentiva a Igreja. “A comunhão realiza mais plenamente o seu aspecto de sinal quando sob as duas espécies. Sob essa forma se manifesta mais perfeitamente o sinal do banquete eucarístico e se exprime de modo mais claro a vontade divina de realizar a nova e eterna Aliança no Sangue do Senhor, assim como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico no Reino do Pai” (IGMR, nº 240).

Ritos Finais

1. Na Oração depois da comunhão suplicamos que a Deus que a Eucaristia, memorial da Paixão do Cristo, dom inefável e caridade de Deus nos traga a salvação.

2. No envio em missão, sejam propostos gestos concretos de partilha e ações de solidariedade para serem assumidos pela comunidade durante a semana. O milagre da multiplicação acontece, em especial, pelo nosso empenho coletivo contra a miséria e a fome, que não se reduz apenas a nível de emergência, mas também estrutural, educacional e político. Como gesto concreto, podemos ver em nosso bairro famílias que estão passando por dificuldade como doença, desemprego e sermos solidários. Mesmo os avisos não deixem de recordar aos fiéis todas as iniciativas da comunidade para acabar com a fome.

3. As palavras do rito de envio devem estar em consonância com o mistério celebrado: “Tendes compaixão dos necessitados. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe!”

9- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Hoje, comendo o pão à mesa do Senhor, a gente se recorda que a multiplicação dos pães é apenas sinal do banquete que Deus prepara todos os povos e, amo mesmo tempo, é o começo de um tempo novo, sem sofrimento e sem fome. A eucaristia nos convida a abrir as mãos e o coração para apressar a vinda deste tempo de fartura que esperamos.

Celebremos a Páscoa semanal do Senhor valorizando os que assumem a sua missão em nossa diocese e no mundo inteiro aliviando a fome de muitas pessoas.

O objetivo da Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.

Um abraço fraterno a todos
           
Pe. Benedito Mazeti


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