17 de junho de 2018
Leituras
Ezequiel 17,22-24. Eu, o Senhor, digo e
faço.
Salmo 91/92,2-3.13-16. Anunciar pela
manhã vossa bondade.
2Coríntios 5,6-10. Caminhamos na fé e
não na visão clara.
Marcos
4,26-34. Jesus anunciava a palavra usando muitas parábolas.
“O REINO DE DEUS É COMO QUANDO ALGUÉM
ESPALHA A SEMENTE NA TERRA”
1- PONTO DE PARTIDA
Hoje é o
Domingo da parábola das sementes. Celebramos a Páscoa semanal, necessitados da
graça do Senhor para vivermos conforme sua vontade e seguir os seus caminhos na
esperança de um mundo transformado.
Na celebração
deste domingo sua Palavra nos fortalece, ajudando-nos a descobrir todas as
pequenas manifestações de sua presença entre nós. O crescimento do Reino
ultrapassa nossas fragilidades e não se baseia na eficiência de nossas
organizações, de nossas inúmeras atividades e programas bem, elaborados. Está
intimamente ligado à escuta atenta da Palavra de Deus, à confiança em sua graça,
ao confronto freqüente com o Evangelho, na humildade e na oração.
2- REFLEXÃO BÍBLICA,
EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Contemplando os textos
Primeira leitura – Ezequiel 17,22-24. No
capítulo 17 Ezequiel ocupa-se dos últimos reis de Judá, Joaquim e Sedecias. O
texto poético assume a forma de alegoria ou parábola (versículo 2). Melhor
dizendo, temos aqui uma fábula, pois entram em cena animais e plantas, que
falam e agem como homens.
Ezequiel
está preocupado com o futuro do cedro, ou seja, da dinastia de Davi, cujo representante
estava no exílio da Babilônia. Segundo o profeta, o próprio Deus,
contrapondo-se às potências terrestres e a seus planos (cf. 17,3.12s),
intervirá em favor da dinastia de Davi.Tomará um galho da copa do cedro e o
transplantará para a montanha de Jerusalém. Este ramo se tornará “um magnífico
cedro”, e na sua frondosa copa viriam se abrigar as aves. Assim anunciava o
profeta o renascimento prodigioso da dinastia e do reino de Davi, quase
aniquilado pelo Império da Babilônia. O texto reafirma assim a fidelidade de
Deus às promessas feitas a Davi (cf. 2Samuel 7), apesar do aparente fracasso
deste “humilde arbusto.
O
profeta Ezequiel vê o próprio Deus tomando a iniciativa de replantar uma árvore
no monte Sião, a partir de um broto tirado do antigo cedro apodrecido
(versículo 22). Este torna-se uma árvore, desenvolve-se e estende seu império
sobre o mundo todo (Daniel 4,1-34, Ezequiel 31,6). O pequeno “Resto” do povo
torna-se o povo messiânico dos últimos tempos (versículo 23).
O profeta Ezequiel, deportado no
ano 587 para a Babilônia, vive o peso da opressão; de sacerdote do Templo de
Jerusalém que era, transforma-se em agricultor
e profeta para transmitir esperança e animar o povo exilado. Apresentando
Deus como agricultor, anuncia que Ele tira um galho da copa do cedro e o planta
sobre o monte onde se encontra o Templo de Jerusalém. É Deus quem o fará crescer. A história não sai dos trilhos. O
futuro está em suas mãos: faz a “árvore” elevada abaixar-se, eleva a que
rasteja e torna verde tudo o que está seco. A destruição de Israel, de sua
monarquia, seu Templo, sua capital, não é motivo para duvidar da fidelidade de
Deus em cumprir sua promessa. A descrição da árvore majestosa, cheia de frutos,
com pássaros se aninhando em seus galhos e à sua sombra, aponta para uma
sociedade igualitária, acolhedora de todos os povos, sonho e promessa de Deus.
O
tema da árvore ocupa um lugar importante na Bíblia. O símbolo da árvore da vida
(Gênesis 2,9) tem origens místicas, mas a tradição judaica purificou-as fazendo
depender da obediência a Deus a satisfação de seus frutos (Gênesis 3,22). Na
tradição profética a árvore ideal é o próprio Israel, produzindo frutos
maravilhosos em função de sua fidelidade à Aliança (Isaias 5,1-7; Jeremias
2,21; Ezequiel 15; 19,10-14; Salmo 79/80,9-20).
Outra corrente
profética compare o Rei (e também o Messias) a uma árvore (Juízes 9,7-21;
Daniel 4,7-9; Ezequiel 31,8-9).
A
mensagem a ser transmitida é que o justo é por sua vez comparado a uma árvore
de frutos repletos de sabor e de bondade, perdida no meio das outras árvores
permanecidas estéreis (Salmo 1; 91/92,13-14, salmo responsorial de hoje;
Cântico dos Cânticos 2,1-3; Eclesiastes 23,12-22). Mais ainda é preciso que
esta árvore seja irrigada por Deus. Cristo denuncia efetivamente a árvore de
Israel que não produziu frutos (Mateus 3,8-10; 21,18-19) e se propõe a si mesmo
como a árvore que dá fruto (João 15, 1-6) e nela devemos estar enxertados para
produzir frutos. Finalmente, esta árvore da vida é plantada definitivamente no
Paraíso, cercada de todas as árvores que frutificam para a eternidade
(Apocalipse 2,7; 22,1-2.14.19).
Os
frutos que podemos produzir, estando enxertados na árvore da vida, são os
“frutos do Espírito Santo” (Gálatas 5,5-26; 6,7-8; 15-16), ou seja, as obras
que suscitam em nós a presença da vida nova, de pertencer á nova humanidade, ou
seja, o novo povo de Deus.
O
Evangelho deste domingo retoma, na parábola do grão de mostarda (Marcos
4,30-32), a imagem profética de Ezequiel, para falar do misterioso crescimento
do Reino de Deus. A Igreja primitiva, consciente de suas insignificantes
origens palestinas, maravilhava-se nesta parábola com a prodigiosa expansão do
Evangelho no mundo greco-romano.
Esta
mesma força oculta do Reino de Deus age também hoje na Igreja, especialmente
entro o povo humilde e nos Movimentos Populares, nas Comunidades Eclesiais de
Base, nos grupos de rua. Deus continua sendo ainda hoje fiel às suas promessas,
“abatendo a árvore e exaltando o humilde arbusto” (versículo 24).
Salmo responsorial – 91/92,
2-3.13-14.15-16. É um salmo de ação de graças pelo nome do Altíssimo, pelo
seu amor fiel, pelos atos de justiça de nosso Deus. A ação de graças é
constante, dia e noite, a vida inteira. O salmista nos garante que é bom
celebrar o Senhor nosso Deus. É um hino didático que desenvolve a doutrina
tradicional dos Sábios: destino feliz dos justos e ruína dos ímpios (cf. Salmo
37; 49 etc.).
O rosto de
Deus neste Salmo é de fundamental importância. Deus é chamado de “Altíssimo”
(versículo 2b), “Deus” (versículo 14b) e “Rocha” (16b). Chama a atenção o que
diz na introdução: “anunciar pela manhã pela manhã o teu amor e tua fidelidade
pela noite” (versículo 3). Amor e fidelidade são as características do Deus
aliado. Foi assim que Ele fez Aliança com Israel.
A prática da
justiça foi preocupação fundamental de Jesus (cf. Mateus 3,15; 5,20; 6,33). A
nova justiça trazida por Ele faz surgir o Reinado de Deus. Os atos, obras, e
projetos de Jesus vão todos nessa direção. Basta, por exemplo, ver o que dizia
a lei em relação ao leproso (Levítico 13,45-46) e comparar com o modo de ser e
agir de Jesus quando se tratava de aplicar essa lei (Mateus 8,1-4).
Entoando este
salmo em nossa celebração, peçamos que o Senhor renove todas as coisas e nos
confirme na fé e na Aliança do seu amor fiel.
Segunda leitura – 2Coríntios 5,6-10. Paulo
compara o nosso corpo a uma tenda que, cessando o acampamento é desfeita. O
mesmo acontece com o corpo após a morte. A morte é descrita como mudança para
outra morada, que não é bem o céu, mas o
novo corpo que Deus nos dará e
que já está preparado, desde a eternidade, junto a Deus. A pessoa humana, com a
morte, perde a velha corporalidade, ficando assim “despido” enquanto não
assumir a nova corporalidade, ou seja, o corpo
espiritual. Eis porque deseja a
nova roupagem para não continuar desnudo, isto é em estado precário! Paulo
preferiria que o corpo mortal fosse revestido do corpo celestial sem passar
pelo “despir-se”, ou seja, a morte.
Se estamos com
Cristo, com Ele ressuscitaremos (1Coríntios 15,12-23). O mesmo divino princípio
da Ressurreição de Cristo transformará nosso corpo de morte em corpo glorioso
(Romanos 8,11). Por isso devemos agradar a Deus, cumprindo sua vontade.
Se
conseguirmos, nesta vida, o favor de Deus, então poderemos contar com Ele no
céu, e ao deixarmos este mundo, vamos habitar junto do Senhor. Caso contrário,
ficamos incluídos no seu juízo (versículo 10; juízo particular). É muito importante para todos conseguir as boas
graças do Senhor para o dia em que haveremos de comparecer perante o tribunal
de Cristo, juiz universal de todas as pessoas, com seus atos internos e
externos. Tal juiz, no Primeiro Testamento, é o Senhor. No Novo Testamento quem
julga é Deus Pai (cf. Romanos 3,6) e também Jesus Cristo (cf. Mateus 25,31ss;
João 5,22; Romanos 2,16; 14,10; 1Coríntios 4,4s; 2Coríntios 5,10). Se Cristo
possui tarefa idêntica à de Deus Pai, compreende-se
daí a sua divindade.
A recompensa
será segundo o nosso bom ou o mau procedimento. Mas não somos justificados por
nossas próprias obras, mas pela generosidade divina (Romanos 3,24). Precisamos
entender bem: se é Deus quem realiza a grande obra da redenção, nem por isso
ficamos sem fazer nada (cf. Filipenses 2,12s). Ambos, Deus e a pessoa humana, trabalham em conjunto.
O dom de Deus
(proposta) representa para todos nós tarefa e dever (resposta). Na obra da
salvação, Deus não age sozinho, mas é nosso parceiro. A pregação da graça não
nos dispensa das boas obras, mas nos obriga. Segundo Paulo, todos nós teremos
que dar conta do que fizemos nesta vida. Paulo não afirma que aqueles que
partiram desta vida devem esperar até a segunda vinda de Cristo para receberem
seu destino eterno, mas afirma claramente o juízo particular, logo a pós a morte, exercido por
Cristo, sem esperar a Parusia, ou seja, a segunda vinda de Cristo. O juízo particular é necessário para que
nós possamos entrar na familiaridade com Cristo.
A história que
vivemos enquanto moramos no corpo é comparável ao exílio, uma existência longe
do Senhor, caminhando na fé e não na visão de Deus. “Habitar junto do Senhor”
será a recompensa a quem tiver feito o bem quando estava no corpo, colocando-se
na caminhada ascendente da história, como quem deixa o exílio e volta para a
pátria. A história tem sentido e a pós-história pode ser o seu grau máximo de
plenitude!
Evangelho – Marcos 4,26-34. No Sermão em Parábolas Marcos
apresenta três parábolas: a do semeador (4,3-9), da semente que cresce
(4,26-29) e a do grão de mostarda (4,30-32). Estas últimas são ligadas como em
Mateus 13,31-33 e Lucas 13,18-21 as parábolas do grão de mostarda e do
fermento. Nestas parábolas Jesus não compara o Reino de Deus com o próprio grão
de mostarda ou com a semente, mas com
aquilo que acontece ao grão e à
semente ou, melhor ainda, com a árvore que desenvolve do grão e a colheita
produzida pele semente. A questão está no contraste entre o início
aparentemente insignificante e o fim impressionante. De fato destaca-se, no
caso do grão de mostarda, tanto a pequenez
do início como o tamanho final. Os três evangelistas narram com
particularidade que as aves vêm abrigar-se nos seus ramos. Trata-se de uma
imagem bíblica, usada por Daniel (4,9.11.18) e Ezequiel (17,23; 31,6), onde uma
árvore que abriga os pássaros simboliza um Reino grande que abrange todos os
povos.
Na parábola da
semente pode-se destacar a descrição detalhada do processo de crescimento como
portadoras de uma mensagem secundária. O lavrador a ela assiste “sem que ele
saiba como” a semente germina e cresce “por si mesma”. Esta parábola acentua de
maneira especial que a vinda do Reino é misteriosa. Por uma referencia
implícita a Joel 4,13 em Marcos 4,29: “o homem mete a foice, porque o tempo da
colheita chegou” a palavra colheita ganha o sentido simbólico que muitas vezes
tem no Primeiro Testamento e no Novo Testamento, o significado de “juízo
final”. Em Apocalipse 14,15.18.20; 19,15 refere-se ao mesmo texto de Joel 4,13
neste sentido.
Na parábola do
lavrador paciente (versículos 26-29), o Reino de Deus é comparado ao lento
crescimento da semente até sua colheita e, ao mesmo tempo, com a falta de
atuação prolongada do lavrador antes da difícil exaltada colheita (aliás,
descrita a partir de Joel 4,13; cf. também Apocalipse 14,14-16). Esta colheita,
como quer toda a Bíblia e a referência de Joel, certamente designa o julgamento
de Deus inaugurando o seu Reino definitivo. Em outras palavras, Deus é o
lavrador que não tardará a agir, e de maneira tão espetacular quanto um
trabalhador na colheita.
Jesus é
atacado pelos judeus: se Ele é o Messias, que forneça, pois, sinais precursores
do Reino! Jesus lhes responde que não há sinais que não há sinais
extraordinários: Deus deixa sua semente crescer lentamente.
A parábola do pequeno
grão de mostarda alimenta a confiança em Deus acentuando o contraste entre os
humildes inícios do Reino (versículo 31) e a grandeza de sua tarefa
escatológica (versículo 32, onde o tema do ninho é tomado das escatologias
judaicas consagradas à incorporação dos pagãos no povo de Deus; cf. Ezequiel
17,22-24), “Estenderá ramos, produzirá frutos, tornar-se-á um cedro magnífico.
Todos os tipos de aves ali habitarão; eles habitarão à sombra de seus ramos”
(cf. Ezequiel 31,6 e Daniel 4,12-21. O Reino de Deus é uma árvore frondosa, larga e acolhedora. Nas colinas do mar da Galiléia, o pé de
mostarda atingia três metros de altura, ou mais; porém sua semente é minúscula.
Por este relato, Jesus sem dúvida quis responder à oposição daqueles que não
concordavam com a pequenez de seus meios à glória do Reino esperado, e que
ridicularizavam a pobreza e a ignorância dos discípulos de Jesus, comparadas
com o cortejo triunfal que devia inaugurar os últimos tempos.
Na realidade,
no pequeno já age o que é grande: num mundo que não conhece o Reino, ele já
está atuando. No coração do mais endurecido pecador, uma pequena claridade pode
ainda despertar e tornar-se glória e fogo devorador! Trata-se de levar Deus a
sério, apesar de todas as aparências.
A parábola
ensina que o Reino de Deus vem com a mesma certeza com que a semente uma vez
semeada germina e cresce e produz frutos. Esta certeza que, apesar das
aparências em contrário de fragilidade e hostilidade, o Reino de Deus está
chegando na pessoa, na mensagem e na missão de Jesus e que este começo a
consumação, inspira nos cristãos a mesma atitude que marca a do lavrador. Ele,
sintonizado com as forças e mistérios da natureza, segue o seu ritmo: deita-se
e se levanta, até que chegue a hora da colheita. Da mesma maneira, quem estiver
sintonizado com as forças e mistérios do Reino não se deixa desanimar nem
paralisar pelas forças contrárias. “Não tenhais medo, não desanimeis, pequeno
rebanho, pois foi do agrado do vosso Pai dar-vos o Reino” (Lucas 12,32).
Cada uma das
parábolas tem o seu colorido próprio: a parábola da semente significa o Reino
em intensidade e a do grão de mostarda o Reino em extensão.
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
A Palavra
deste domingo nos orienta que em meio a oposições, hostilidades e resistências
é preciso continuar semeando. É o que Jesus fez e o que devem fazer os cristãos
de todos os tempos. O processo é lento. Para os apressados e os que querem tudo
pronto, essa parábola é um alerta. E necessário deixar espaço para o
Espírito Santo agir na história. Quando nossas comunidades estão sufocadas pela
burocracia, legalismo e estruturas estreitas, a semente do Reino não pode
crescer.
A Palavra de
hoje também nos incentiva à fé na ação de Deus na história, tornando-a presente
cheia de sentido, plena do Reino, aberta a toda a humanidade. Chama-nos à
esperança no processo lento do crescimento da semente e do broto do Reino,
frágeis e pequenos, mais resistentes pela ação constante de Deus.
O Reinado de
Deus não crescerá por puro esforço humano, nem se desenvolverá com força e
violência; seu desenvolvimento é misterioso como o crescimento da semente
plantada no silêncio e escuro da terra. Exige esperança e paciência, como
acontece com quem prepara e planta a terra. Embora cultivemos o terreno, plantemos
e cuidemos, a vitalidade, a capacidade de crescer se encerra na semente. O
poder escondido e misterioso da vida acontecerá a seu ritmo. Foi Deus quem
inseriu a força vital e continua agindo na semente. É Deus quem faz crescer o
Reino (Tiago 5,7; 1Coríntios 3,67).
Há os que
identificam Reino de Deus com a Igreja. Estes apenas dizem uma meia-verdade. A
Igreja não se identifica totalmente com o Reino; o Reino está nela, mas também
fora dela; a Igreja é o maior sacramento do Reino de Deus, vale dizer, o maior
sinal e instrumento do Reino de Deus. Reino de Deus é o desígnio de amor e
felicidade que Deus vai construindo lentamente ao longo da história humana. A
criação é o lugar de realização do Reino de Deus; a Igreja se encontra dentro
da criação. Este desígnio vai se realizando, apesar dos fracassos humanos que
não conseguem, entretanto, desviar do rumo da viagem. Tudo o que de grande, de
bom, de belo, de virtuoso, de justo, de santo, de sábio e de honesto se
construir entre as pessoas, desde os seus primórdios mais escuros até nas
civilizações mais distantes de hoje, é concretização do Reino de Deus e
realização do desígnio de Deus acerca de sua criação. Não cabe ao ser humano
destruir este desígnio de Deus. Ele é infalível e sempre virtuoso. O que as
pessoas podem, é furtar-se, não querer entrar na procissão de Deus e trabalhar
contra. Mas isso não estraga o desígnio divino, apenas prejudica a própria
pessoa humana.
Ele foi
plantado na terra pelo mistério da Encarnação, vida e ação de Jesus Cristo. Ele
crescerá em direção ao projeto indestrutível de Deus. O acontecimento “Jesus
Cristo” jamais será apagado da história. Esta é a nossa fé e nossa esperança
inquebrantáveis. O mundo, muitos homens e seus projetos, podem recusar a
realidade trazida por Jesus de Nazaré, mas não será capaz de destruí-la jamais!
Jesus de
Nazaré e seu projeto são sementes de mostarda, pequenas, mas fecundas. Ele é o novo ramo de cedro; é a árvore frondosa,
nascida de pequena semente verde, e onde todos podem se abrigar, principalmente
os pobres, os doentes, os idosos, e os abandonados.
Nossa
esperança não é um risco, mas uma certeza. Jesus é o Senhor da história humana,
sua meta final, mesmo que os projetos dos grandes e opressores da terra teimem
em desmentir essa verdade esperançosa. A luta da comunidade cristã para a
transformação do mundo não é medida pelos êxitos e fracassos imediatos, porém
pela confiança com que contempla e adere ao seu único Senhor e caminha
fielmente sobre os seus passos.
A Palavra de
Deus deste domingo ajuda a nos desligarmos da ideologia de um Reino de Deus
ostensivo, de uma religião triunfalista, que se anuncia com ufanismo, sucesso,
grandeza visível e numérica. E nos convida a dedicarmos à missão e ao serviço
na comunidade que cresce organicamente, a partir do que é pequeno e às vezes
até invisível ao mundo.
O Reino de Deus
está crescendo dentro do mundo. Não sabemos a que altura está o seu
crescimento. Jesus disse que “quando as espigas estão maduras o homem mete a
foice, porque o tempo da colheita chegou” (Marcos 4,29). Então será o fim e
Deus terá levado a sua criação para o termo feliz em sua eternidade. Devemos
ajudar a madurar o Reino pela nossa vida honesta, procurando sempre o melhor.
Cada ser humano resume, em pequeno, o que acontece, em grande com a história.
Quando estivermos pessoalmente maduros podemos ser colhidos por Deus; podemos
partir para a posse do Reino. Nossa vida deve marchar para uma perfeição cada
vez mais completa. Tomara, que por nossas virtudes, o Reino se acelere e a
criação chegue antes ao ponto que Deus lhe apontou”!
A celebração
litúrgica, fazendo memória de Jesus que venceu o fracasso e a morte pelo amor,
é momento forte para despertar a esperança de que um novo mundo é possível, a
esperança de que Deus nos dará a vitória, apesar de todos os sinais contrários.
Quais são os
sinais de esperança que nossa comunidade planta e ajuda a crescer?
4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO
A experiência da Palavra de Deus
O versículo da
Aclamação ao Evangelho nos oferece uma primeira aproximação da narrativa
evangélica: “Semente é de Deus a Palavra,
o Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou”.
A partir deste trecho de explicação alegórica, tirado do Evangelho de Lucas
8,11, podemos concluir que o Reinado de Deus se dá onde é realizada a
experiência de sua Palavra. A primeira parábola fala deste ato fecundante de
Deus que, ao depositar a semente na terra, permite que ela germine e
frutifique. Utilizando a lógica da alegoria, apresentada no versículo da
aclamação ao Evangelho, percebemos que a semente que se torna planta apta à
colheita ou a grande hortaliça, maior que todas as outras (2ª parábola), é a
Palavra de Deus lançada na terra. Pode-se dizer: a Palavra de Deus no ventre do
mundo, da criação e da história humana. Uma Palavra que também é lançada no
momento da celebração, isto é, ela se faz celebração. Aplicando estas noções ao
Evangelho que compara o Reinado de Deus a uma semente que, fincada na terra,
desenvolve-se em plenitude, concluímos que esse Reinado acontece quando as
pessoas escutam a Palavra do Senhor. Quando vivem segundo sua soberania e se
tornam, elas mesmas, frutos da Palavra.
O Reinado de Deus em nosso meio
Insistindo,
ainda na oração do dia, seria importante perceber o quanto ela, de fato,
insere-nos no caminho a ser percorrido na celebração deste Domingo, cuja culminância
no rito de comunhão é apresentada com as seguintes palavras: “esta comunhão prefigura a união dos fiéis no
vosso amor; fazei que realize também a comunhão na vossa Igreja”. Aquilo
que se espera do Reinado de Deus deve ter ressonâncias óbvias na vida fraterna,
em nosso mundo, em nosso corpo mortal, se quiséssemos usar a expressão do
Apóstolo Paulo. Uma celebração eucarística que não nutrisse em nós o gérmen do
homem e mulher novos, que nos foram concedidos por Deus no batismo, seria
idolatria. Sair da assembléia dominical da mesma fora que entramos não é uma
experiência que se possa dizer “de Deus”. Não, pelo menos, do Deus anunciado
por Jesus. Pois, o Reinado de Deus, mais do que aqui e ali, “está no meio de
nós!”
Na celebração,
fazemos memória de Jesus que, como pequeno grão, aceitou ser lançado na terra
pelo Pai, assumindo a miséria humana; e, na força amorosa do Espírito,
rompeu-se e desabrochou vitorioso no mistério de sua Páscoa. Inaugurou um Reino
de muitos, aberto a todos, a partir dos pequenos, eliminando os limites de
espaço e de tempo.
Por isso,
confessamos confiantes e humildes nossa fragilidade e pequenez. Mas nos
alegramos porque nos reúne em seu amor, como povo consagrado para o serviço de
seu Reino.
5. ORIENTAÇÕES GERAIS
2. Proclamar
bem as leituras e o canto do Salmo, de maneira que a comunidade participe do
diálogo de Aliança com o Senhor, acolhendo e respondendo com fé e humildade à
Palavra proclamada.
3. O
repertório litúrgico para este domingo está nos CDs Liturgia VI; Liturgia IX e
CD: Cantos de Abertura e Comunhão, produzidos pela Paulus.
6- MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas,
executados com atitude espiritual e,
condizentes com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério
celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são do Tempo Pascal, é
preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos deve ser
cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério
celebrado. A função da equipe de canto não é
simplesmente cantar o que gosta, mas cantar o mistério da liturgia deste 11º
Domingo do Tempo Comum. Os cantos devem estar em sintonia com o Ano Litúrgico,
com a Palavra proclamada e com o sacramento celebrado. Não devemos esquecer que
toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de
uma pastoral ou de um movimento.
A equipe de
canto faz parte da assembléia. Não deve ser um grupo que se coloca à frente da
assembléia, como se estivesse apresentando um show. A ação litúrgica se dirige
ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo. Portanto, a equipe de canto deve se
colocar entre o presbitério e a assembléia e estar voltada para o altar, para a
presidência e para a Mesa da Palavra.
Antes da
celebração, evitar a correria e agitação da equipe litúrgica e a equipe de
canto, com afinação de instrumentos e testes de microfone. Tudo isso deve ser
feito antes. A equipe de canto não deve ficar fazendo apresentação de cantos
para entretenimento da assembléia É importante criar um clima de silêncio
orante.
1. Canto de abertura. Senhor, ouve minha voz (Salmo 26/27/7-9). Para o canto de abertura,
sugerimos este Salmo. “O Senhor é minha luz”, CD: Liturgia VI, melodia da faixa
12. As estrofes também são do Salmo 26/27. Como canto de abertura não podemos
deixar de entoar este canto que introduz a assembléia no mistério celebrado.
Ensina a
Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além
de unir a assembléia, inseri-la no mistério celebrado (IGMR nº 47). Nesse
sentido o Hinário Litúrgico III da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão
gravados no CD: Liturgia VI, IX e CD: Cantos de Abertura e Comunhão gravado
pela Paulus.
2. Ato penitencial. Nesse
Domingo seria oportuno rezar ou cantar o ato penitencial da fórmula 5 do Missal
Romano página 394.
3. Hino de louvor. “Glória a
Deus nas alturas...” Vejam o CD Tríduo
Pascal I e II e também no CD Festas Litúrgicas, Partes fixas do Ordinário da
Missa do Hinário Litúrgico III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por
Irmã Miria e outros compositores.
O Hino de
louvor “Glória a Deus nas alturas” é antiqüíssimo e venerável, com ele a
Igreja, congrega no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro.
Não é permitido substituir o texto desse hino por outro (cf. IGMR n. 53). O CD:
Festas Litúrgicas I propõe, na faixa 2, uma melodia para esse hino que pode ser
cantado de forma bem festivo, solista e assembléia. Ver também nos outros CDs
que citamos acima.
4. Salmo responsorial 91/92. “O
justo cresce como a palmeira, eleva-se como o cedro do Líbano”. “Como é bom
agradecermos ao Senhor”, melodia igual à faixa 5 do CD: Liturgia IX.
A função do
salmista é de suma importância. Sua função ministerial corresponde à função dos
leitores e leitoras, pois o salmo é também Palavra de Deus posta em nossa boca
para respondermos à sua revelação. Por isso, o salmo dever ser proclamado do
Ambão e, se possível, cantado.
5. Aclamação ao Evangelho. A
semente da Palavra. (Lucas 8,11) “Aleluia... Vem abrir nosso coração, Senhor!”,
CD: Liturgia IX, melodia da faixa 7. O canto de aclamação ao evangelho
acompanha os versos que estão no Lecionário Dominical.
Preserve-se a
aclamação ao Evangelho cantando o texto proposto pelo Lecionário Dominical. Ele
ajudará a manifestar o sentido litúrgico da celebração, conforme orientações da
Igreja na sua caminhada litúrgica.
6. Apresentação dos dons. A Palavra semeada em nosso coração, nos chama
à conversão. A prova da conversão é a partilha. Devemos ser oferenda com as
nossas oferendas. “Bendito e louvado
seja o Pai nosso criador”, CD: Liturgia VI, melodia da faixa 14.
7. O canto do Santo. Um lembrete
importante: para o canto do Santo, se for o caso, sempre anunciá-lo antes do
diálogo inicial da Oração Eucarística. Nunca quando o presidente da celebração
termina o Prefácio convidando a cantar. Se o (a) comentarista comunica neste
momento o número do canto no livro, quebra todo o ritmo e a beleza da ligação
imediata do Prefácio como o canto do Santo.
8. Canto de comunhão. “O Reino
de Deus é como um grão de mostarda, que ao ser semeado na terra, é a menor de
todas as sementes da terra” (Marcos 4,31). “O Reino de Deus, qual grão de
mostarda, se faz grande arbusto, das aves pousada”, CD: Liturgia VI, mesma
melodia da faixa 7. Sem dúvida, este é o canto de comunhão mais adequado pra
esse Domingo.
O Canto de
Comunhão “O Reino de Deus, qual grão de mostarda”, do Hinário Litúrgico da
CNBB, III, página 265 gravado pela Paulus, articula-se com a Liturgia da
Palavra, o que permite estabelecer e experimentar a unidade das duas mesas,
considerando a Liturgia um único ato de culto. O canto de comunhão deve retomar
o sentido do Evangelho do dia. Esta é a sua função ministerial. Na realidade,
aquilo que se proclama no Evangelho nos é dado na Eucaristia, ou seja: é o
Evangelho que nos dá o “tom” com o qual o Cristo se dirige a nós em cada
celebração eucarística reforçando estes conteúdos bíblico-litúrgicos,
garantindo ainda mais a unidade entre a
mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia.
7- ESPAÇO CELEBRATIVO
1.
Prepara o espaço da celebração bem festivo, porque cada domingo é Páscoa
semanal. Não ofuscar as duas mesas principais: mesa da Palavra e o altar.
3. Colocar
próximo à mesa da Palavra, um arranjo e sementes de plantas próprias do lugar,
as quais poderão ser distribuídas no final da Missa para serem levadas para
casa.
8. AÇÃO RITUAL
Fazer uma
fraterna e alegre acolhida aos irmãos que chegam para a celebração.
Ritos Iniciais
1. É
importante que não se diga nenhuma palavra antes da saudação: nem “Bom dia ou
“Boa noite”, nem comentários ou introduções! Bom dia e boa noite não é
saudação. Primeiro devemos saudar a Trindade.
2. A pós a
saudação o presidente ou o diácono ou outra pessoa pode dar o sentido litúrgico
da celebração com estas palavras ou outras semelhantes:
Domingo da parábola das sementes. Escutando
de Jesus a parábola das sementes, que cresce por si, e do pequeno grão de
mostarda que depois se desenvolve, somos fortalecidos na confiança do seu amor.
Celebramos a Páscoa de Jesus Cristo que se manifesta na vida dos pequenos que
se deixam guiar pela força de Deus.
3. Em seguida
fazer a recordação da vida, trazendo presente os fatos da vida da comunidade,
da cidade, do pais e do mundo, mas em forma orante.
4. O Ato
Penitencial na Missa pode ser concebido como uma atitude de confiança e
esperança na misericórdia do Senhor que socorre os seus na sua fraqueza e
limitação. O amor visceral do Senhor (misericórdia, segundo Lucas 1,78) nos
alcança. Essa é a experiência da piedade divina. Lembrando-nos que piedade é a
tradução de “pietas” que em latim traduz o grego “eleos”, palavra conservada
ainda no Kyrie “eleison”, significando o carinho de Deus para com suas
criaturas e a confiança dessas em sossegar-se em seu aconchego. Não confundir o
Ato penitencial com pedidos de perdão.
5. Sugerimos
que a motivação para o Ato Penitencial seja a fórmula I da página 390 do Missal
Romano:
O Senhor Jesus, que nos convida à mesa da
Palavra e da Eucaristia, nos chama à conversão. Reconheçamos ser todos
pecadores e invoquemos com confiança a misericórdia do Pai.
Após um momento de silêncio, usar
a fórmula 5 do Missal Romano, página 394:
Senhor, que sois a plenitude da verdade e da
graça,
Cristo, que nos tornastes pobre para nos
enriquecer,
Senhor, que viestes para fazer de nós um
povo santo,
6. Cada
Domingo é Páscoa semanal, cantar de maneira festiva o Hino de louvor (glória).
7. Na Oração
do Dia tomamos consciência de que sem Deus, o homem, na sua fraqueza, não pode
nada; precisa da graça para querer e agir conforme a vontade de Deus.
Rito da Palavra
1. Motivar
para um momento de silêncio após a homilia, relacionando-o ao silêncio da
semente que germina embaixo da terra. Em seguida um(a) solista entoa,
alternando com a assembléia, em forma de responso: “A Palavra do Pai do céu/ É
semente que cai no coração” (bis). Prepara bem teu terreno,/ Cuida da tua
plantação!” (bis). Está no Ofício Divino das Comunidades nº 307, página 424.
2. As preces,
como ressonância da Palavra proclamada, sejam elevadas do Ambão, evitando-se
formas indiretas: “para que...”, “pela nossa...”, “a fim de que...”. recordem o
aspecto memorial e a suplica seja feita com base no que foi recordado. São
formas de se valorizar a Palavra na celebração. Por exemplo: Jesus, Divino
Semeador, a vossa Palavra foi espalhada qual semente pelo mundo, dai-nos a
graça de cultivá-la e, dando frutos de justiça em nossa comunidade, seja
compartilhada em todos os ambientes nos quais nos fazemos presente. A aclamação
da assembléia deve ter caráter de súplica, como por exemplo: “Atendei-nos,
Senhor”.
Rito da Eucaristia
1. Na procissão
das oferendas, além do pão e do vinho, levar uma porção de sementes que, no
final da celebração, poderão ser abençoadas e distribuídas para quem quiser
plantá-las.
2. Na Oração
sobre as Oferendas, contemplamos o pão e o vinho como alimento de renovação da
vida cristã.
3. A Instrução
Geral do Missal Romano (IGMR) nos ensina no número 74: “o canto da preparação
das oferendas acompanha a procissão das oferendas e se prolonga pelo menos até
que os dons tenham sido colocados sobre o altar”. Na celebração de hoje, que o
canto termine neste momento, a fim de que a assembléia acompanhe as duas belas
orações de apresentação, com as quais o presidente da celebração bendiz a Deus
pelos dons: “Bendito sejais, Senhor, Deus
do universo, pelo pão que recebemos da vossa bondade, fruto da terra e do
trabalho humano, que agora vos apresentamos, e para nós se vai tornar o pão da
vida.” E “bendito sejais, Senhor Deus do universo, pelo vinho que recebemos de
vossa bondade, fruto da videira e do trabalho humano, que agora vos
apresentamos a para nós vai tornar o vinho da salvação”. Outra opção é não
ter canto nesse momento e assembléia acompanhar em silencio contemplativo as
duas orações.
4. Sugerimos o
Prefácio dos Domingos do Tempo Comum IX, página 436 do Missal Romano. A
assembléia está reunida para escutar a Palavra de Deus e repartir o Pão
consagrado. Pode ser também o Prefácio Comum VI, onde contemplamos Cristo como
Palavra viva, isto é, Palavra fecunda, página 461 do Missal.
Ritos Finais
1. Na Oração
depois da comunhão suplicamos que a comunhão eucarística sacramento da união
dos fiéis, nos mantenha no amor de Deus e na comunhão da Igreja.
2. Antes da
bênção final, fazer a bênção das sementes:
Pres: “Ó Deus
da vida, fazei frutificar toda boa semente e toda obra boa. Abençoai estas
sementes símbolos do vosso Reino, para que cresçam e produzam abundantes
frutos. Com elas, cresça também o nosso compromisso de orientar toda a nossa
vida no serviço do vosso Reino e nossa vida seja uma constante ação de graças. Por
Cristo, nosso Senhor. Amém”. Em seguida distribuir as sementes.
Dar a bênção
solene do Temo Comum V, Missal Romano, página 526.
3. As palavras
do rito de envio devem estar em consonância com o mistério celebrado: “Sejam
semeadores da Palavra de Deus”. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe!”
4. Após a
bênção final, com a exemplo da Liturgia das Horas, caberia muito bem uma
saudação a Mãe do Senhor que acolheu a Semente do Verbo no seu ventre fecundo.
9- CONSIDERAÇÕES FINAIS
A semente
lançada na terra, que vai germinado, crescendo, expandindo-se, é nossa atuação
como discípulos missionários em meio a uma sociedade que nem sempre atende os
valores evangélicos. Nossa atuação deve visar sobretudo sobre os ensinamentos
de Jesus Cristo, para que todos possam conhecê-Lo e entrar no Seu seguimento.
Celebremos a
Páscoa semanal do Senhor manifestando o seu Reino.
O objetivo da
Igreja é ajudar os padres e as comunidades de nossa diocese e todas aquelas
outras comunidades fora de nossa diocese que acessar nosso site celebrar melhor
o mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos
Pe. Benedito
Mazeti
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