23 de setembro de 2018
Leituras
Sabedoria 2,12.17-20. Virá alguém em
seu socorro.
Salmo 53/54,3-6.8. Ó meu Deus, atende
minha prece.
Tiago 3,16--4,3. O fruto da justiça é
semeado na paz.
Marcos
9,30-37. Jesus e seus discípulos atravessavam a Galiléia.
“TRÊS DIAS APÓS SUA MORTE ELE
RESSUSCITARÁ”
1- PONTO DE PARTIDA
Domingo do
serviço desinteressado. Neste 25º Domingo do Tempo Comum, prosseguimos a
caminhada com Jesus, segundo o Evangelho de Marcos. O Senhor se põe no meio de
nós, pergunta-nos sobre nossas vidas e nos anuncia o caminho da pequenez e do
serviço. O Mestre continua a missão e vê se aproximar a hora da cruz.
Os discípulos
se envolvem em discussões sobre quem dentre eles é o maior. Jesus aponta o
serviço como condição para seguir seus passos pelas estradas da vida. A
tentação da ambição que tomou conta do grupo dos discípulos, atualmente, está
na base de muitos problemas sociais, de muitos conflitos, violências e tensões produzidas
por este mundo desigual, incapaz de respeitar a dignidade das pessoas.
2- REFLEXÃO BÍBLICA,
EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Primeira leitura – Sabedoria 2,12.17-20.
A leitura de hoje o autor previne os judeus, sobre a tentação do paganismo. O
livro da Sabedoria foi escrito no Egito para os judeus da diáspora, isto é, que
viviam fora de Israel em contato com o mundo pagão.
A leitura diz
que os princípios dos ímpios são marcados pelo materialismo. Mesmo que não
sejam ateístas teóricos, querem banir Deus e toda dimensão espiritual de sua
vida (Sabedoria 2,1-5). Mas sempre há os justos, que por sua importante
presença importunam e incomodam a consciência dos aproveitadores. Uma vez que é
impossível negar a existência e a presença dos justos, os ímpios querem eliminá-los.
A procura dos
prazeres da vida é uma conseqüência lógica dos princípios dos ímpios. Por esta
razão vivem em uma inquietação embaraçada, que experimentam mais agudamente ao
perceberem a vivência convicta de princípios opostos. Não podendo desmentir os
justos, recorrem à humilhação, desmoralização e perseguição. São tentativas
falsas para salvar as aparências e calar por algum tempo a consciência
perturbada.
No versículo
11 os ímpios estão cheios de desprezo pelos fracos e proclamam o direito do
mais forte. Este recurso ao direito do mais forte é uma tentativa de se
legitimar a subversão da ordem estabelecida por Deus.
Os versículos
de 12 a 16a mostram que quando a injustiça em regime “legítimo” a perseguição e
a eliminação dos justos não tardam. A simples presença dos justos já representa
uma contestação intolerável. Existe uma oposição total entre os modos de ver,
julgar e agir dos justos e dos ímpios.
Nos versículos
16b a 20 há também uma oposição entre a disposição de espírito dos justos e dos
ímpios. Da parte dos justos reina tranqüilidade, firmeza e paciência, resultado
da certeza de que tem Deus do seu lado. Da parte dos ímpios, insegurança
desconfiança e pânico que leva a toda espécie de perseguições, através das
quais desesperadamente põem Deus à prova nas suas vítimas.
O texto mostra
de maneira bem clara os conflitos existentes na comunidade de judaica de
Alexandria no Egito, no século I antes de Cristo.
Os capítulos
de 1 a 5 do livro da Sabedoria foi muito explorado pelos primeiros cristão.
Eles encontraram ai muitas pistas para entendem devidamente a paixão e morte de
Jesus. Os compositores do novo Lecionário dos anos A, B e C, ao procurarem no
Primeiro Testamento um texto que concordasse com a segunda predição da paixão,
morte e ressurreição de Jesus (Marcos 9,31), recorreram ao livro da Sabedoria
2,12.17-20. Jesus morreu como um homem indesejado e perseguido, porque era
justo como os justos, e seus perseguidores impiedosos como os ímpios de
Sabedoria 1-5.
O detalhe pelo
qual estes justos ganham, em Sabedoria 1-5, o nome de “filho (os) de Deus”
(2,13.18;5,5) que têm “Deus por Pai (2,16) também atraiu a atenção dos
primeiros cristãos para estes capítulos do livro da Sabedoria e desempenhou um
papel importante no reconhecimento e na confissão da filiação divina de Jesus.
Documentos
recentes da Igreja, como o de Puebla nº 20, mostram que nem os Cânticos do
Servo de Javé, nem Sabedoria 1-5, nem a (interpretação) paixão e morte de Jesus
de Nazaré nada perderam de seu valor como modelo.
Salmo responsorial – 53/54,3-6. 8. O
Salmo 53/54 começa invocando nome de Deus. O nome é o substituto da pessoa (cf.
Êxodo 3,14). O Salmo é uma súplica individual diante do perigo, da perseguição
do inimigo e da certeza da bondade de Deus que nunca falha. O salmista suplica
a Deus a justiça. Há quatro pedidos: Salva-me, faze justiça, ouve, dá ouvidos
(3-4), sinal de que essa pessoa necessita urgentemente de socorro e de justiça.
O rosto de
Deus neste salmo aparece com três nomes: Deus (versículos 3.4.5.6), Senhor
(versículo 6) e Javé (versículo 8). Além disso, no começo e no fim se fala do
nome Dele (3a e 8b), salientando que esse nome
é bom (8b). É, portanto, o Deus do êxodo, da Aliança, que ouve, desce, faz
justiça e liberta aquele que chama. Se
Deus não fosse isso, o salmo seria apenas poesia, retórica. A bondade do nome
Dele consiste justamente em libertar.
É importante,
ainda, ter presente que Deus é socorro (versículo 6a). Essa palavra é muito
importante em todo o Antigo Testamento. Às vezes a pessoa (ou o povo) não tem
mais a quem recorrer.
Nos outros
salmos de súplica individual vimos como Jesus atendendo a todos os que clamam a
Ele, salvando-os (milagres) e fazendo-lhes justiça (libertando). Mostrou também
que o Pai não deixa órfãos seus filhos (João 14,18), mas lhes dá tudo o que
necessitam (Mateus 7,7-11).
O próprio
Jesus suplicou ao Pai várias vezes (por exemplo, Mateus 26,42; João 11,41b), e
Ele próprio enfrentou falsas acusações durante a vida (Marcos 3,22) e diante do
Sinédrio, o tribunal superior dos judeus (Mateus 26,60-61). O Pai atendeu seu
clamor e o libertou da morte (cf. Hebreus 5,7-9).
Nas palavras
deste salmo, unimo-nos à oração os que são perseguidos e sofredores por causa
da justiça. Cantemos com toda confiança.
É O SENHOR
QUEM SUSTENTA MINHA VIDA!
QUEM ME AMPARA
E PROTEGE É MEU DEUS!
Segunda-leitura – Tiago 3,16-4,3. No
capítulo 3, Tiago se ocupa de mais outra falha na vida cristã: os pecados da
língua, do não-controle no falar. Segue-se um apelo para que se domine a
língua, sujeitando-a ao espírito de fé e caridade. O apóstolo Tiago adverte: a
perfeição implica em não pecar por palavra (3,2ss), em refrear a língua, cujo
poder é tremendo (3,5ss), sendo fonte de males por vezes incontroláveis (3,7s).
O órgão da fala deveria, ao invés, louvar a Deus e abençoar as pessoas
(3,9-12). É antinatural ser a língua fonte de bem e de mal, como não pode a
mesma bica jorrar água doce e salgada ao mesmo tempo.
Nos versículos
17 a 18, Tiago descreve a fonte e os produtos da verdadeira sabedoria, que vem
do alto (Sabedoria 1,4; 7,25ss) e tende a efetuar o consentimento divino no
mundo – o crescimento interno e externo da Igreja. Essa sabedoria não se
exalta, não se arroga direitos, mas quer servir, dar bons frutos – o contrário
da sabedoria do mundo, auto-suficiência e, por isso, destinada ao
desaparecimento (cf. 1Coríntios 3,18s). Como discernir a sabedoria autentica?
Apontam-se vários sinais. A sabedoria do alto é pura, sem hipocrisia (Sabedoria
7,22-27), não tem ambição e nem paixões, sem exibicionismos, evitando o erro;
só pretende agradar a Deus, sem egoísmos ou segundas intenções; é bondosa,
misericordiosa e indulgente (Salmo 85,5; 1Pedro 2,18) para com todos, sabe
perdoar e ajudar aos necessitados (1,27; 2, 14;-16); - renuncia a direito e privilégios,
se o bem comum o exige - abstém-se de
particularismos, de parcialidades, mas trabalhando em promover a paz e a
unidade na Igreja (cf. Provérbios 3,17; Romanos 8,6). Quem procede assim é
sábio, filho e filha de Deus, porque imita a Cristo que se propôs servir e não
ser servido, com palavras e obras (virtudes cristãs). O versículo 18 imita a 7ª
Bem-Aventurança (Mateus 5,9): para ser tal sábio, só mesmo um grande amor! A
verdadeira sabedoria produz a justiça na paz. A discórdia destrói, somente a caridade
constrói a comunidade.
Tiago adverte
que a origem das contendas são as injúrias sociais que produzem contraste entre
ricos e pobres (Tiago 2,1-9; 5,1-6). Os pobres, ao reivindicar seus direitos,
não podem cair no esquema dos opressores dando oportunidade a violências
descontentamentos e discórdias. Não podem reproduzir os mesmos esquemas
violentos dos opressores. No fundo, sobrevivem ainda motivações terrenas e
egoístas nos cristãos que aos poucos precisam ser eliminadas com um processo
contínuo de conversão.
Toda dádiva
boa provém de Deus (Tiago 1,17); logo, a Ele deverá o ser humano ordenar sua
vida para haver paz em si e na comunidade cristã. Sem a paz de Deus não haverá
paz nas pessoas, o que implica em desapego, ausência de egoísmo, controle das paixões.
Tiago não impede que os pobres reclamem seus direitos principais, mas indica o
caminho a seguir: buscar esses dons de Deus com confiança, isto é, uma vida
realizada, segura, que resulte em alegrias e satisfação, próprias de quem
cumpre a vontade de Deus. Acontece que o homem decaído, sempre, julga-se dono
exclusivo de sua vida caindo em decadência moral.
Se a vida do
cristão não muda para melhor é porque não se pede a Deus com sinceridade de
coração. Pedindo de maneira correta Deus atende. Quem pede recebe (Mateus
7,7s). O versículo 3 responde como devemos pedir: se pedir e não receber, é
porque se pede mal, isto é, não para superar a fragilidade humana, mas para
satisfazer as paixões. É oração desorientada, sem reta intenção: em vez de
pedir que se faça a vontade de Deus, que se realize seu Reino (Mateus 6,33),
pedimos que se faça a nossa, manipulamos a bondade de Deus a serviço de nosso
egoísmo. Tiago desmascara a tentação de muitos cristãos que não levam a sério o
seu Cristianismo, deixando-se envolver pelas propostas do mundo materialista.
Ter fé é entregar-se sem reservas a Deus: “Faça-se a tua vontade, não a minha”
(cf. Marcos 14,36).
Evangelho – Marcos 9,30-37. Fazendo uma
leitura contínua do Evangelho de Marcos, é lido nos próximos domingos, Marcos
9,30-10,52. Incluindo-se a segunda parte da leitura de domingo passado
(8,31ss), corresponde praticamente à Parte
Central do Evangelho de Marcos.
Vários autores o dividem em três partes, com uma introdução (1,1-13):
I: Capítulo 1,
versículo 14 até capítulo 8 versículo 29: O Mistério do Messias: a revelação de
Deus e a cegueira das pessoas.
Ponto alto: a
confissão de Pedro: “Tu és o Messias” (8,29) lido domingo passado na liturgia.
II: Capítulo 8
versículo 30 até o capítulo 10 versículo 52: O Mistério do Filho do Homem: o
seguimento de Jesus.
Pontos altos:
as predições da paixão e capítulo 10 versículo 45.
III: Capítulo
11 versículo 1 até o capítulo 16 versículo 8: A revelação do Mistério: ação,
paixão e morte, e ressurreição de Jesus em Jerusalém.
Pontos altos:
a confissão do centurião romano “Este homem era Filho de Deus” (15,39) e o
querigma pascal, isto é, o anuncio da Páscoa (16,6).
Na Parte Central pode-se descobrir uma
estrutura de três partes:
A: O Primeiro
Anúncio da Paixão e o que lhe segue
- Primeiro Anúncio da Paixão (8,31-32a),
24º Domingo;
- Incompreensão da parte de Pedro e dos
discípulos (8,32b-33), 24º Domingo;
- Instrução de Jesus sobre o verdadeiro
seguimento (8,34-9,1);
- O que se segue (9,2-29).
B: O Segundo
anúncio da Paixão e o que lhe segue
- Segundo anúncio da Paixão (9,30-31), 25º
Domingo;
- Incompreensão da parte dos discípulos
(9,32-34), 25º Domingo;
- Instrução de Jesus sobre o verdadeiro
seguimento (9,35-37), 25º Domingo;
- Outras instruções (9,38 até o capítulo
10,31).
C: O Terceiro
Anúncio da Paixão e o que lhe segue
- Terceiro Anúncio da Paixão (10,32-34);
- Incompreensão da parte de Tiago e João
(10,35-40) e dos outros dez
dez discípulos (10,41), (29º Domingo);
- Instrução de Jesus sobre o verdadeiro
seguimento (10,42-45), 29º Domingo.
Encerramento da Parte Central e
transição para a Ultima Parte (que traz a
Revelação do mistério!): Jesus abre os
olhos de um cego (10,46-52), 30º
Domingo.
A estrutura
interna da passagem que se lê na celebração deste domingo (Marcos 9,30-37) é
semelhante àquela de Marcos 8,27-35 (cf. o Evangelho de domingo passado!).
Jesus anda sozinho com os discípulos pelas aldeias de Cesaréia de Filipe (8,27)
e através da Galiléia (9,30). Jesus instrui os discípulos a respeito de seu fim
doloroso (8,31 e 9,31). Pedro (9,32b-33) e os demais apóstolos (9,32) mostram
incompreensão para com esta instrução de Jesus.
A discussão no
caminho sobre a questão quem (dos discípulos) seria o maior (no Reino
messiânico de Jesus) 9,33-34 é rejeitada por Jesus (9,35-37) como uma
preocupação que não sintoniza com a causa, se quiser, “política” (do Reino) de
Deus, mas com a dos homens (cf. 8,33).
Jesus destaca
sua instrução com um gesto simbólico, abraçando uma criança e explicando de que
maneira um discípulo se aproxima seja d’Ele mesmo seja do Pai, a saber, pelo
amor aos pequenos (9,36-37). É neste amor aos pequenos que o discípulo de
Cristo “renuncia-se a si mesmo, toma a sua cruz, segue Jesus e perde a sua vida
por amor a Jesus Cristo e da Boa-Nova” (cf. 8,34-35).
Certamente
Cristo não quis reduzir a ética do Reino a comportamentos infantis. Ele tem em
vista uma sociedade que respeita o pequeno e leva em conta suas reações, mas,
sobretudo, deseja que seus discípulos se assemelhem com as crianças, aceitando
depender dos outros: o homem, principalmente o cristão, não pode pretender
salvar-se sozinho.
Pode-se ainda
constatar como nesta parte volta o tema da incompreensão dos discípulos, já
presente na primeira parte (cf. 6,52;7,17-18; 8,4.15-21). Em um primeiro passo,
esta incompreensão dos discípulos é ultrapassada pela compreensão de Pedro
(8,27-30), que consiste em uma identificação de Jesus como o Messias esperado.
Nesta Parte Central, porém, a incompreensão diz respeito à verdadeira missão de
Jesus, à sua paixão e morte. De agora em diante acrescenta-se ao tema da
incompreensão o do medo (cf. 9,32; 10,32).
Através destra
estruturação de sua mensagem, Marcos repete por três vezes (8,27-35; 9,30-37;
10,32-45) que não é suficiente reconhecer em Jesus o Messias e aclamá-Lo como
salvador ou libertador. A profissão de fé
batismal (“Tu és o Messias”: 8,29) em que culmina a Primeira Parte do
Evangelho é somente o início de uma conversão constante e de uma mudança
contínua de mentalidade e de maneira de agir através das quais o cristão
sintoniza sempre mais os seus critérios com os critérios que Jesus revelou por
Suas palavras e por Suas obras; e a sua vida à vida de Jesus, que é toda disponibilidade
ao Pai e fidelidade para com as pessoas, às quais é enviado como servo, e servo
sofredor (9,35; 10,43-45).
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
O Evangelho de
hoje começa com Jesus pedindo silêncio,
atravessava a Galiléia com seus discípulos e não queria que ninguém soubesse,
porque estava ensinando os seus discípulos numa profunda meditação. Ele também
sabe que o povo não tem condições de aceitar um Messias sofredor.
A sabedoria da
Palavra divina, que hoje nos é proposta, parece andar na contramão da história.
Observando friamente o cotidiano da sociedade, tem-se a impressão de quem leva
a melhor vantagem são os violentos, os corruptos e os opressores; e
ultrapassados os que não aproveitam a onda da moda (sabedoria do mundo). A mídia
“faz a cabeça do pessoal”, sobretudo dos jovens. O modelo de beleza é tal
modelo, tal artista. Paira na sociedade a mentalidade de que tem valor quem é
maior. Cair para a segunda divisão representa vexame. Vive-se no culto do “ser
o herói”, do “ser o maior”. É importante cultivar a todo o custo a auto-estima.
Não podemos esquecer que “herói de
verdade” é aquele que cumpre sua tarefa cotidiana, suas obrigações com espírito
de serviço. Herói de verdade são os milhões de desempregados ou empregados
por um salário mínimo que se conservam capazes de manter a serenidade, de
acordar todo dia e partir em busca do pão sem lançar mão à violência, à
corrupção etc. Heroína ou grande é a mãe que, depois de um dia de trabalho
cansativo, encontra forças para alimentar e cuidar dos filhos, acolher o marido
e arrumar a casa, no outro dia bem cedo, retomar o caminho do trabalho. Heróis
de verdade são aqueles que têm a audácia de andar na contramão da “sabedoria”
da sociedade dominante. Herói de verdade são aqueles grupos organizados que
apesar das leis contrárias, lutam pela partilha da terra e do pão.
Jesus de
Nazaré aparece perante o povo com fama de poderoso e milagreiro. Mas Ele não
aceita essa proposta. Apresenta outra maneira de servir e se revela como
verdadeiro Messias, mas um Messias Sofredor que passa pelo caminho da cruz por
amor ao Pai e a seu povo. Diante da opção de Jesus, e “servo que doa a vida e
que exige o mesmo de quem o segue”, seria preciso muita audácia para perguntar
alguma coisa.
Em casa à
vontade, o Mestre chama todos para junto de si e, contra todas as pretensões,
sentencia: “Se alguém quer ser o primeiro, deverá ser o último, e ser aquele
que serve a todos”. Fazer-se último e servo de todos é condição do seguimento.
Seguir a
Jesus, na perspectiva da lógica da cruz, supõe abandonar todo o sonho de
grandeza. O seguimento não tem em vista alcançar posições de prestígio ou de
domínio sobre os outros. É, sim, o espaço onde cada um, conforme os dons
recebidos do Pai, celebra a própria grandeza, servindo os irmãos, começando
pelos mais pequeninos. Na lógica do serviço, se cada um quiser de fato servir,
todos serão igualmente grandes, tanto quem ocupa cargo de liderança, quem sabe
se comunicar bem, como aquele que desempenha tarefas humildes.
Jesus propõe
uma criança como modelo para os discípulos e afirma que aquele que recebe uma
criança, recebe a Ele mesmo e ao Pai que O enviou. A criança personifica os destinatários do serviço. Estes podem ser
as próprias crianças ou as pessoas adultas desamparadas, os idosos, os
portadores de deficiência... Ao se identificar com os pequenos, Deus não está
excluindo ninguém. Quando até os menores,
os mais fracos estão sendo atendidos, todos estão bem. Ninguém é excluído
do plano da salvação.
A celebração
nos coloca, sempre de novo, diante do Mistério do amor que vence a prepotência
e a ambição. Corrige uma visão distorcida que vê na Igreja uma oportunidade de
carreira ou de se garantir economicamente. Ao mesmo tempo, confirma o caminho
dos que seguem Jesus, adotando uma conduta fiel ao seu Evangelho.
4- A PALAVRA SE FAZ
CELEBRAÇÃO
O Evangelho
mostra um itinerário em passos muito claros e articulados: Jesus faz o segundo
anúncio de sua paixão no Evangelho de Marcos, Ele senta para ensinar, dá como
modelo aos discípulos uma criança (sinal de pequenez e entrega). Encontramos na
liturgia esses mesmos três elementos, expressos em linguagem simbólica.
Anúncio da paixão e ressurreição
A memória do
Mistério Pascal de Jesus Cristo na celebração é um elemento constante: “celebrando,
pois, a memória da morte e ressurreição do vosso Filho...” (oração eucarística
II). O mistério da cruz e ressurreição de Jesus é o mistério da fé:
“Anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição”.
Cadeira de quem preside, o lugar do primeiro servidor
Outro elemento
importante do espaço celebrativo de nossas igrejas é a sédia, ou cadeira
presidencial, ocupada por quem preside a celebração. Não é um “trono” de honra,
mas um lugar do servidor maior da assembléia. A sédia é, na liturgia, um sinal
da autoridade do Cristo Mestre e servidor, não do autoritarismo dominador. Autoridade tem a ver com ensino. Muitas
das vezes em que Jesus ensina, é relatado que Ele se assenta, como no Evangelho
de hoje. “Jesus sentou-se, chamou os discípulos e lhes disse: Se alguém quiser
ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos”
(versículo 35). Assim faziam os mestres de seu tempo. Mas de Jesus se dizia que
Ele ensinava como quem tem autoridade (Marcos 1,22). O maior ensino de Jesus é
o amor serviçal, capaz de dar pelo outro a vida.
5. ORIENTAÇÕES GERAIS
1. Dia 26
celebramos a memória dos santos Cosme e Damião, médicos e mártires; dia 27
celebramos a memória de São Vicente de Paulo, pai dos abandonados; dia 29
celebramos a Festa dos três Arcanjos, Miguel, Gabriel e Rafael nomeados nas
Sagradas Escrituras.
2. O
repertório litúrgico para este domingo está no CD: Liturgia VII; CD: Cantos de
Abertura e Comunhão; CD: Tríduo Pascal I e II e CD: Festas Litúrgicas II.
6- MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas,
executados com atitude espiritual e,
condizentes com cada domingo do Tempo
Comum, ajudam a comunidade a penetrar no mistério celebrado. Portanto, não
basta só saber que os cantos são do 25º Domingo do Tempo Comum, é preciso executá-los com atitude
espiritual. A escolha dos cantos deve ser cuidadosa, para que a comunidade
tenha o direito de cantar o mistério celebrado. Jamais os cantos devem
ser escolhidos para satisfazer o ego de um grupo ou de um movimento ou de uma
pastoral. Não devemos esquecer que toda liturgia é uma celebração da Igreja
corpo de Cristo e não de um grupo, de uma pastoral ou de um movimento.
1. Canto de abertura. “Eu sou a
salvação do povo... serei seu Deus para sempre” (Eclesiástico 36,18). “Eu sou a
salvação do povo meu, quem diz é o Senhor”, CD: Liturgia VII, mesma melodia da
faixa 9 articulado com o Salmo 124/125.
Como canto de
abertura da celebração, sugere-se o canto proposto pelas Antífonas do Missal
Romano e ricamente musicadas pelo Hinário Litúrgico III da CNBB. Isso não
significa rigidez. Mas a equipe de liturgia, a equipe de celebração, a equipe
de canto juntamente com o padre têm a liberdade de variar sua escolha, desde
que isso manifeste o Mistério celebrado e seja fiel aos princípios que regem a
escolha de uma música adequada para a celebração. Uma sugestão, para entender bem
o que significa isto, seria o canto: O canto de abertura desse domingo poderá
ser: “Nós somos o Povo de Deus”, CD: “Cantos de Abertura e Comunhão, melodia da
faixa 8, Anos A,B,C.
Forma de
executar o canto de abertura. A vantagem de o povo responder com um refrão
(cantado de cor!) a alguns versos, entoados por um cantor ou a equipe de canto,
é a de a assembléia mais livremente poderem olhar e contemplar a procissão de
entrada dos ministros, às vezes precedidos pelas crianças da primeira
eucaristia, pelos jovens a ser crismados, pelo casal de noivos que vai se unir
em matrimônio etc. O canto de abertura
deve nos introduzir no mistério celebrado.
2. Hino de louvor. “Glória a
Deus nas alturas...” Vejam o CD Tríduo
Pascal I e II e também no CD Festas Litúrgicas e também a versão da CNBB
musicado por Irmã Miria e outros compositores.
O Hino de
Louvor é chamado de “doxologia maior” em contraposição com a “doxologia menor”
que é o “Glória ao Pai...”. Trata-se de um hino antiqüíssimo, iniciando com o
louvor dos anjos na noite do Natal do Senhor (Lucas 2,14), desenvolveu-se
antigamente no Oriente, como homenagem a Jesus Cristo. Não constitui uma
aclamação à Santíssima Trindade, mas um hino Cristológico, isto é, os louvores
se concentram no Filho Jesus. É um hino pelo qual, a Igreja reunida no Espírito
Santo entoa louvores ao Pai e dirige súplicas ao Filho, Cordeiro e Mediador.
3. Salmo responsorial 53/54. O
justo pede salvação da opressão. “É o Senhor quem sustenta minha vida”, CD:
Liturgia IX, mesma melodia da faixa 10.
Para a
Liturgia da Palavra ser mais rica e proveitosa, há séculos um salmo tem sido
cantado como prolongamento meditativo e orante da Palavra proclamada. Ele
reaviva o diálogo da Aliança entre Deus e seu povo, estreita os laços de amor e
fidelidade. A tradicional execução do Salmo responsorial é dialogal: o povo
responde com um refrão aos versos do Salmo, cantados um ou uma salmista. Deve
ser cantado da mesa da Palavra.
4. O canto ritual do Aleluia. “O
mistério é revelado aos pequenos”, (Mateus 11,25). “Eu te louvo, ó Pai santo,
Deus do céu, Senhor da terra”, CD: Liturgia VI, mesma melodia da faixa 10. O
canto de aclamação ao evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário
Dominical.
Mais do que
qualquer outra aclamação (Amém ou Hosana), o Aleluia é expressão de pura
alegria de êxtase. É o júbilo, a que Santo Agostinho se referia como “a voz de
pura alegria, sem palavra”. Este júbilo nos ensina que não podemos racionalizar
muito o mistério da Palavra. A Palavra deve tocar não nosso intelecto, mas o
coração.
O canto ritual
do Aleluia (ou aclamação do Evangelho é executado de forma “responsorial”.
- Aleluia (por
um solista);
- Aleluia
(retomado por toda a assembléia);
- Versículo
(por um solista)
- Aleluia
(retomado por toda a assembléia).
Esta forma
responsorial só é completa, quando o versículo bíblico é cantado, pois, caso
contrário, a resposta não tem seu verdadeiro efeito.
5. Apresentação dos dons. Momento de partilha para com as necessidades
do culto e da Igreja. Devemos ser oferendas com as nossas oferendas para
socorrer os necessitados. “As mesmas mãos que plantaram a semente aqui estão”,
CD: Liturgia VII, melodia da faixa 4.
6. Canto de comunhão. “Se alguém
quer ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos”, (Marcos
9,35). “Primeiro quem será? O último há de ser”, ou “Eu sou o Bom Pastor”,
articulado com o Salmo 138/139, CD: Liturgia IX, mesma melodia da faixa 11.
O que se diz
do canto de abertura, vale também para o canto de comunhão. Isso não significa
rigidez. Mas a equipe de liturgia, a equipe de celebração, a equipe de canto
juntamente com o padre têm a liberdade de variar sua escolha, desde que isso
manifeste o Mistério celebrado e seja fiel aos princípios que regem a escolha
de uma música adequada para a celebração. “Um cálice foi levantado, um pão
entre nós partilhado”, CD: Cantos de Abertura e comunhão, melodia da faixa 19.
Estes dois cantos são os mais apropriados para retomarem o Evangelho neste
domingo.
7- ESPAÇO CELEBRATIVO
1. Dia 22,
iniciou a primavera. Toda a natureza irrompe exuberante, sinalizando a força da
vida gerada no período sombrio, mas fecundo, do inverno. Ela também “aguarda
ansiosa a manifestação dos filhos de Deus”. Com moderação, preparar o ambiente
com mais flores, lembrando a início da primavera.
2. A respeito
do uso do data-show nas celebrações, a CNBB orienta que deve ser colocado
somente os cantos, produções de imagens para a homilia e avisos. Não se deve
colocar as leituras bíblicas e nem a Oração Eucarística para que não seja
ofuscado as duas peças principais do espaço celebrativo que é o Altar da ceia e
a mesa da Palavra ou ambão.
3. Não colocar
cartazes em frente do Ambão ou do Altar. A mesa da Palavra e a mesa da
Eucaristia falam por si; não precisam de enfeites para revelar sua
dignidade.
4. O
simbolismo da cruz traz presente o anúncio da paixão e ressurreição do Senhor.
A cruz processional, a mesma que será usada na procissão de abertura, esteja na
entrada da Igreja, por onde todos passam. É uma forma de trazer presente o
mistério que será celerado. Ela pode ficar aí até o início da celebração,
ladeada de velas e flores, de forma que chame a atenção de todos os que vão
chegando para a celebração.
8- REDESCOBRINDO O MISSAL ROMANO
1. É muito
importante, de tempos em tempos, retomar a Instrução Geral do Missal Romano,
não para apenas conhecer as regras que regem a celebração, mas para compreender
a teologia que brota da liturgia da Igreja.
2. Sobre a
teologia do Altar como símbolo de nosso Senhor Jesus Cristo, pedra angular,
podemos ler a Instrução Geral ao Missal Romano nos números 298 e seguintes.
Podemos aproveitar a reflexão proposta pata tornar a homilia ainda mais
“mistagógica”, conduzindo a assembléia ao mistério celebrado a partir do
próprio espaço sagrado.
9. AÇÃO RITUAL
O Evangelho de
hoje começa com Jesus pedindo silêncio. No cotidiano de um mundo demasiadamente
barulhento, a liturgia é o lugar – por excelência – da experiência como o
Mistério de Deus. A liturgia é o lugar da contemplação do grande Outro. Nesse
caso, o silêncio ajuda a comunidade a se preparar com essa experiência. O
Senhor nos convida à escuta. Seria muito oportuno, no início desta celebração,
convidar a assembléia a um instante de silencio
litúrgico que deve haver entre as leituras proclamadas na liturgia da
Palavra.
Valorizar os
momentos de silêncio durante a
celebração (no início da celebração, após cada leitura e o canto do salmo, após
a homilia, após a comunhão...) para que o louvor bote do coração e da vida, não
só dos lábios.
Ritos Iniciais
1. Na
procissão de entrada a cruz, como de costume, pode ser trazida à frente,
ladeada por velas como no Domingo anterior. Quando chegar ai santuário
(presbitério), ela é depositada no lugar de costume, e as velas permanecem
ladeando-a.
2. A celebração
tem início com a reunião da comunidade cristã (IGMR 27.47). O canto de abertura
começa tendo em conta essa realidade eclesial, e vai introduzir a assembléia no
Mistério celebrado.
3. A opção
“c”, do Missal Romano para a saudação presidencial é muito oportuna para
iluminar o sentido litúrgico deste domingo:
“O Senhor, que encaminha os nossos corações
para o amor de Deus e a constância de Cristo, esteja convosco” 2Tessalonicenses
3,5).
4. O sentido
litúrgico, após a saudação do presidente, pode ser feito por quem preside, pelo
diácono ou um ministro devidamente preparado com palavras semelhantes às que
seguem:
Domingo do serviço desinteressado. O Senhor
se põe no meio de nós, pergunta-nos sobre nossas vidas e nos anuncia o caminho
da pequenez e do serviço. Celebremos a Páscoa de Jesus Cristo que se manifesta
na vida de todas as pessoas e grupos que acolhem os pequenos.
5. Em seguida
fazer a “recordação da vida” trazendo os fatos que são as manifestações da
Páscoa do Senhor na vida da comunidade, do país e do mundo, mas de forma orante
e não como noticiário.
6. A
conformação a Cristo se dá pelos sacramentos do Batismo e da Eucaristia. É
oportuno, para essa celebração, que se faça o rito de Aspersão da assembléia no
lugar do Ato penitencial.
7. Se optar
pelo Ato penitencial. Quem preside pode convidar a assembléia a uma breve
meditação de joelhos, contemplando a cruz do Senhor.
8. A Oração do
Dia nos convida a nos convida a chamar a Deus de Pai para que possamos amar a
Deus e ao próximo e assim chegar à vida eterna.
Rito da Palavra
1. Jesus é a
Palavra definitiva de Deus. Sua pessoa nos revela a verdadeira lei, a do amor.
Nesse caso é oportuno o uso do Evangeliário. É importante lembrar que o livro
dos Evangelhos entra na procissão de entrada e é depositado no Altar, até o
momento do canto ritual do Aleluia, quando é levado em procissão, ao Ambão.
2. Após a
homilia, é louvável um momento de silêncio, para que a Palavra proclamada
ressoe no coração da assembléia. Para encerrar o momento, o refrão meditativo “Até que Cristo se forme em vós, em mim, em
ti, em nós” ajuda a fazer o eco àquilo que a liturgia deste domingo nos
convida: à conformação à pessoa do Cristo.
3. O
presidente da celebração chama todas as crianças e estende as mãos sobre elas e
a rezar em silêncio. Depois conclui:
Deus de bondade, teu Filho Jesus mandou-nos
acolher o menor. Seguindo
Sua Palavra, nós te pedimos: abençoa nossos
pequeninos.
Sê para eles compaixão e força. E dá a todos
nós a graça de construir
Comunidades e sociedades que sempre
respeitem e valorizem as crianças.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
Os as(os)
catequistas podem se aproximar e fazer o sinal da cruz na fronte das crianças.
Rito da Eucaristia
1. Na hora da
procissão das oferendas onde houver o costume de levar para a celebração
alimentos, roupas e outros objetos para serem repartidos entre as pessoas
necessitadas, conduzir as ofertas ao altar com o pão e o vinho da eucaristia. A
procissão das oferendas, como a procissão de entrada, deve partir do átrio da Igreja,
passando pela nave, com destino ao presbitério.
2. Na Oração
sobre o pão e o vinho suplicamos a Deus que acolha nossas oferendas. Que
recebemos nos sacramentos o que proclamamos na fé.
3. Como no 24º
Domingo, o Senhor faz o segundo anúncio da paixão. Sugerimos o Prefácio
Paixão/Ramos, página 231 do Missal Romano o qual destaca que a morte do Senhor
apagou os nossos pecados. Seguindo esta lógica, cujo embolismo reza: “Inocente,
Jesus quis sofrer pelos pecadores. Santíssimo, quis ser condenado a morrer
pelos criminosos. Sua morte apagou nossos pecados e sua ressurreição nos trouxe
vida nova”. Outra opção é o Prefácio é o Prefácio para os Domingos do Tempo
Comum II o qual destaca o mistério da encarnação e da salvação. “Compadecendo-se
da fraqueza humana, ele nasceu da Virgem Maria. Morrendo no lenho da cruz, ele
nos libertou da morte. Ressuscitando dos mortos, ele nos garantiu a vida eterna”.
O grifo no texto identifica aqueles elementos em maior consonância com o
Mistério celebrado neste Domingo e que pode ser aproveitado na própria, ao modo
de mistagogia. Usando este prefácio, o presidente deve escolher a I, II ou a
III Oração Eucarística. A II admite troca de prefácio. As demais não admitem um
prefácio diferente. As demais não podem ter os prefácios substituídos sem grave
prejuízo para a unidade teológica e literária da eucologia.
4. A
assembleia, reunida no amor de Cristo, para o louvor de Deus, revela o rosto
plural da Igreja, realidade na qual todos são chamados a viver o amor a Deus e
ao irmão e a irmã. Para expressar que não há rivalidades entre nós e que
vivemos e desejamos viver na paz e na unidade, valorize-se o “abraço da paz”,
no rito da comunhão. Recordamos que seja realizado em silêncio, sem canto, para
criar a oportunidade de todos se cumprimentarem bem
5. No momento
da fração do pão, a assembléia canta o “Cordeiro de Deus”. Jesus é o cordeiro
imolado de modo brutal que não reagiu com violência aos seus inimigos.
6. Também
neste Domingo no momento do convite à comunhão, quando se apresenta o Pão
consagrado e o cálice com o sangue de Cristo, é muito oportuno o texto bíblico
de João 8,12, que é a fórmula “b” do Missal Romano:
“Eu sou a luz do mundo; quem me
segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”. Eis o Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo.
Ritos Finais
1. Na oração
pós-comunhão pedimos a Deus que nos auxilie sempre com os sacramentos para que
possamos colher os frutos da redenção na liturgia e na vida.
2. O rito do
envio pode ser em consonância com o mistério celebrado: O Senhor nos chama a
servir a todos. Ide em paz e o Senhor
vos acompanhe. Outra sugestão: buscai a sabedoria que vem do alto. Ide em
paz...
3. Na bênção
final o ministro reza em favor da assembléia a Oração n. 17 (Missal Romano,
página 533). Enfatizar a missão de renunciar a si mesmo, tomar a cruz e seguir
a Jesus, o Messias Servo Sofredor.
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Só quem decide
a caminhar na mesma estrada é capaz de aceitar um sofredor como o enviado de
Deus; só a convivência da Galiléia até Jerusalém é que poderá abrir o coração
para o entendimento da cruz.
Celebremos a
Páscoa semanal do Senhor valorizando os que assumem a sua missão em nossa
diocese e no mundo inteiro, levando a cruz de Jesus Cristo para que todos
assumam a missão do Servo Sofredor.
O objetivo da
Igreja é ajudar os padres e as comunidades de nossa diocese e todas aquelas
outras comunidades fora de nossa diocese que acessar nosso site celebrar melhor
o mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos
Pe. Benedito
Mazeti
Nenhum comentário:
Postar um comentário