domingo, 22 de julho de 2012

Diácono Juarez de Araujo Rodrigues será ordenado sacerdote


No dia 27 de julho o diácono Juarez de Araujo Rodrigues será ordenado sacerdote em cerimônia presidida por Dom Caetano Ferrari, às 20h, na Catedral do Divino Espírito Santo, na praça Rui Barbosa, no Centro de Bauru. Todos estão convidados a participar desse importante momento de comunhão e alegria para a Diocese de Bauru.
Natural de Cafelândia, Juarez tem 43 anos e mora em Bauru desde 1980. Sua paróquia de origem é a Santo Antônio, no Jardim Bela Vista, mas sua caminhada pastoral teve início na Paróquia Santa Clara de Assis, desde que ela foi criada em 2001. Como seminarista e diácono, atuou nas paróquias de Santa Clara de Assis e Nossa Senhora da Assunção, e na Catedral do Divino Espírito Santo. Ele foi ordenado diácono no dia 10 de fevereiro de 2012. Após a ordenação sacerdotal, seguirá em missão para Cristalândia, no Tocantins. Veja uma entrevista com Juarez.

1. Como foi a experiência como diácono?
“Foi uma experiência curta, mas muito gratificante, de extrema importância para o amadurecimento e crescimento vocacional. O primeiro grau da Ordem nos proporciona uma maior participação nas liturgias e podemos também celebrar alguns sacramentos. Com isso, ganhamos confiança e aos poucos vamos nos preparando para o presbiterato. O mais gratificante nesse período e poder observar o quanto as pessoas (o povo de Deus), rezam pelas vocações e esperam muito de nós. Trata-se de uma caminhada longa que nós fazemos juntos com a comunidade e, quando chegamos nessa etapa da formação, podemos ouvir dos leigos: ‘rezei muito por você, pela sua vocação’”.

2. Qual é a expectativa “às vésperas” da ordenação sacerdotal?
“É um momento único de nossa vida! Vivo cada instante como diácono, sabendo que em pouco tempo serei mais um sacerdote; um colaborador do Senhor aqui na terra, para servir e anunciar a sua Palavra ao povo de Deus. Meu lema é “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres, e para anunciar um ano da graça do Senhor” (Lc 4, 18-19). Exatamente após esse anúncio, Jesus iniciou o seu ministério público, sob a ação do Espírito de seu Pai; estava com os mais fracos e humildes os pobres e doentes, os menos favorecidos. Espero, de coração, e desejo realizar o meu ministério justamente como o Senhor Jesus o fez, voltado para os necessitados da Palavra de Deus e do Pão da vida! Isso significa entrega total e desapego de tudo em vista do Reino dos Céus. Com o auxílio de Deus e do vosso Espírito Santo desejo ser um instrumento nas mãos do Senhor”.

3. Como está se preparando para a missão no Tocantins?
“Quando falamos em missão logo vem em nossa mente dificuldades, isolamento de tudo e de todos ou algo nesse sentido... Mas estou tranquilo. Primeiro vamos celebrar a liturgia da ordenação presbiteral com dignidade e com espiritualidade, viver os momentos que vão acontecer em breve com amor e dedicação. A missão vai acontecer ao seu tempo. Dom Caetano não estipulou ainda quando irei, e também quanto tempo será a minha missão em Cristalândia, que é uma prelazia que fica no Estado de Tocantins. É uma região carente em todos os sentidos, que necessita também de sacerdotes para atender e evangelizar o povo de Deus que lá está. Não tenho nada programado para essa missão. Vamos na verdade buscar compreender como é aquela realidade, em todos os seus aspectos: cultural, religioso e social para depois ver como poderemos contribuir com aquele povo de Deus. Não vamos ensinar, vamos trocar experiências de vida, transmitir a Palavra de Deus com simplicidade e humildade”.

4. O que vai levar da Diocese de Bauru para essa experiência?
“São realidades bem diferentes que vamos encontrar, não posso comparar nossa Diocese de Bauru com a Prelazia irmã de Cristalândia, mas é claro que muito teremos a contribuir, pastoralmente falando. Acredito que vou aprender muito mais do que ensinar. A piedade popular por lá é maior que a nossa realidade urbana de Bauru, trata-se de um povo mais piedoso, sofrido, que não tem muitas opções de acesso à Liturgia (missa) como nós temos aqui. Portanto, vou ser uma presença no meio do povo com o propósito único de evangelizar e anunciar a Palavra de Deus exercendo o meu ministério com amor e dedicação, com a ação do Santo Espírito do Senhor”.

5. Como surgiu a sua vocação?
“Desde meus oito anos de idade sempre estive ligado a uma comunidade. Depois da primeira Eucaristia, participei de grupos de perseverança, grupos de jovens, auxiliando a catequese de primeira eucaristia e catequista de crisma; participei de várias comunidades (capelas) como a São Lucas, onde recebi a minha Primeira Eucaristia, Nossa Senhora das Dores, onde recebi a minha Crisma, além de ser Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística e da Palavra. Minha vocação religiosa foi despertada na comunidade”.

6. Que ponto foi mais marcante na sua formação no seminário?
“Primeiro marco importante em minha vida de formação nos seminários foi a experiência vivida juntos aos Franciscanos da Ordem Menor, onde fiquei por três anos aprendendo um pouco mais do carisma de São Francisco de Assis e a vida em fraternidade. Outro momento decisivo foi o início dessa experiência diocesana que estou vivendo. Espero com a graça de Deus perseverar e realizar o desejo de ser sacerdote”.

7. Quais foram as principais dificuldades e conquistas nesse processo?
“A maior dificuldade é a separação, a volta para nossa casa depois do tempo de formação no seminário e na faculdade, deixar os amigos e o convívio com os demais seminaristas da Arquidiocese de Botucatu, com os quais estabeleci uma forte amizade. As conquistas são exatamente as amizades e os laços estabelecidos em nossa formação acadêmica; saber também que aprendemos muito e chega o momento de partilhar a nossa formação com nossos irmãos na fé”.

Fonte: www.bispadobauru.org.br


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