02 de fevereiro de 2014
Leituras
Malaquias 3,1-4. Será então aceitável
ao Senhor a oblação de Judá e de Jerusalém.
Salmo 23/24,7-10. O rei da glória é o
Senhor onipotente.
Hebreus 2,14-18. Para se tornar um sumo
sacerdote misericordioso.
Lucas 2,22-40. Movido pelo Espírito
Santo, Simeão veio ao templo.
“LUZ PARA ILUMINAR AS NAÇÕES”
1- PONTO DE PARTIDA
Domingo da
Apresentação do Senhor. A festa de hoje celebramos é uma das mais antigas que
existem no Cristianismo. Quarenta dias depois do Natal, a liturgia celebra
neste dia, em forma festiva, o mistério da Apresentação de Nosso Senhor Jesus
Cristo no Templo de Jerusalém, conforme a narração de Lucas 2,22-40. É também
chamada Festa das Luzes, e teve origem no Oriente com o nome de “Hipapante”,
isto é, “Encontro”.
No século VI
estendeu-se ao Ocidente com desdobramentos próprios: em Roma, com caráter mais
penitencial e na Gália, atual França, com a solene bênção e procissão das velas
popularmente conhecida como a “Candelária”. É chamada de festas das luzes ou
festa do encontro.
Festa das
luzes porque no dia de hoje Cristo é levado ao templo, e ali é chamado por
Simeão como “luz para iluminar as nações”. Festa do encontro, porque neste dia,
a Liturgia vê o encontro do Antigo Testamento, simbolizado em Simeão e Ana, e,
o Novo Testamento, simbolizado em Jesus Cristo.
Entre nós,
esta festa mantém ainda um acentuado caráter mariano. Nossa Senhora, por essa
razão, é chamada no dia de hoje, como Nossa Senhora da Luz, ou Nossa Senhora
das Candeias, que significa Velas e também Nossa Senhora de Belém. Chamamos
assim Nossa Senhora neste dia porque ela trouxe a luz, que é Jesus Cristo./
É o encontro
de duas gerações simbolizadas no idoso Simeão e no Menino Jesus.
A Apresentação do Senhor encerra
as celebrações natalinas e com a oferta da Virgem Mãe e a profecia de Simeão,
abre o caminho rumo à Páscoa.
2- REFLEXÃO BÍBLICA, EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Contemplando os textos
Primeira leitura – Malaquias 3,1-4. Quando
Malaquias redige suas profecias, o Templo de Jerusalém já se acha reconstruído
(século V antes de Cristo). Mas a casta sacerdotal ainda está longe de ser
reformada, apesar da legislação do Levítico.
Na realidade,
impõe-se uma reforma de todo o povo. O profeta, porém, preocupa-se
principalmente com o Templo e com o seu culto: o mal que corrói o povo, com
efeito, repercute sobre o Templo e, também, um culto degenerado é um fermento
de decadência para o povo.
O texto de
hoje usado na liturgia faz parte as seção 2,17-3,5 corresponde ao quarto
oráculo poético do livro de Malaquias. Estes poemas foram escritos por volta do
460 antes de Cristo, quando a situação dos judeus era muito difícil (para a
história dessa época, cf. o comentário da primeira leitura do 33º Domingo do
Tempo Comum, Ano C.
Malaquias está desgostoso com a situação:
apesar de Deus ter dado provas concretas e suficientes de que ama o Seu povo
(Malaquias 1,2-5), os sacerdotes de Jerusalém desprezam-no. Como? Oferecendo a
Deus sacrifícios indignos e impuros ao tomar do rebanho só o restolho, isto é,
vítimas com defeito; não cumprindo seus deveres e obrigações, mas competindo
eternamente entre si; permitindo casamento com estrangeiras, o que ameaça a
unidade da comunidade. Chama os sacerdotes à conversão (cf. 31º Domingo do
Tempo comum, Ano A).
Por outro
lado, alguns acusam os ímpios de prosperarem enquanto os justos sofrem: e onde
está Deus que prometia a retribuição (terrena) para quem observasse seus
preceitos (Malaquias 2,17)? O profeta responde: chegará um dia que Deus
intervirá pessoalmente para colocar as coisas em seu devido lugar.
Só que antes
disso virá um precursor: “meu mensageiro”, mal’akî ou “o mensageiro da
aliança”, mal’ak habberît, para preparar o caminho do Senhor, há’adon
(Malaquias 3,1). Não se sabe se o texto está falando de um ou mais
precursoreres, ou se as três expressões indicam, de maneira diferente, o mesmo
Javé. De qualquer modo, um acréscimo posterior feito ao livro identifica o
precursor com Elias (Malaquias 3,23) e os evangelhos reconheceram-no em João
Batista (Marcos 1,2; Mateus 11,10.).
O texto
descreve este dia na linguagem das grandes intervenções de Deus na história de
Israel: ele será como o fogo do ourives e como a potassa das lavadeiras
(Malaquias 3,2).
O Senhor se
manifestará no Templo e, em primeiro lugar, purificará os sacerdotes (os filhos
de Levi) como são purificados o ouro e a prata (Malaquias 3,3): só assim os
sacrifícios serão novamente aceitos por Deus, como nos tempos antigos (Malaquias
3,4).
Em todas as
situações difíceis, o povo de Israel aguardava uma intervenção de Deus que as
resolvesse, marcada por um castigo. Era o que esperava os contemporâneos de
Malaquias, e também o que esperam muitos cristãos dos nossos dias. O Senhor, é
verdade, não fica indiferente ao mal e não deixa sem castigo, mas o Seu
comportamento é o de uma espera confiante: “Porventura sentirei prazer com a
morte do injusto? [...] O que eu quero é que ele se converta dos seus maus
caminhos, e viva” (Ezequiel 18,23). Nós também devemos esperar os tempos de
Deus. Para levar avante o Seu projeto, Deus enviará Seu “mensageiro” para
preparar a Sua vinda (cf. Malaquias 3,1a; cf. Isaias 40,3). Este “entrará no
seu templo” (versículo 1b) para purificar “os filhos de Levi” (versículo 3), duramente censurados pelo
profeta (cf. Malaquias 1,6 – 2,9). O Novo Testamento irá identificar esta
figura do precursor com João Batista (cf. Mateus 11,14; Marcos 1,2). A entrada
de Jesus no Templo de Jerusalém preanuncia a grande purificação redentora que
Ele realizará em favor de todos com a Sua morte na Cruz.
O versículo 5,
que não faz parte do texto de hoje, conclui o poema, no melhor estilo profético,
condenando os males sociais da época que vale também para os males sociais de
hoje que arruína a vida de tantas pessoas.
Salmo responsorial 23/24,7-10. Nos
versículos anteriores o salmo enuncia os requisitos morais paras entrar no
Templo e receber assim a bênção de Deus (Salmo 23,3-6). Agora
inspirando-se porventura em alguma
procissão litúrgica com a Arca, o suplicante descreve o próprio Deus que entra
no Templo e ao qual devem abrir as portas.
O rosto de
Deus neste salmo. Nos versículos de hoje, Deus é apresentado como Rei dos
Exércitos, valente e também Rei da glória. Em todos os momentos, trata-se
sempre do Deus que caminha com o povo e habita no meio dele. Um Deus que entra
pelas portas do Templo, que participa da vida das pessoas. De qualquer forma, a
expressão “Rei da glória” encerra sempre uma crítica ao poder absolutizado dos
reis. O salmo proclama que somente Deus é Rei. E a Arca da Aliança o recorda
como parceiro e aliado do povo. Deus é apresentado com o rosto de “Rei da
glória”.
Jesus
denunciou as liturgias vazias do seu tempo. Além disso, Ele entrou em Jerusalém
aclamado pelo Povo (Mateus 21,1-11; Marcos 11,1-11; Lucas 19,28-38; João
12,12-16) como aquele que trouxe a nova e definitiva Aliança entre Deus e a
humanidade. A Arca recordava Deus caminhando no meio do Povo. Ora, Jesus viveu
com e para o Povo, sobretudo os empobrecidos e excluídos da Galiléia.
O Templo de
Jerusalém e seus ritos eram apenas sombra, preparação e imagem de Cristo,
verdadeiro Templo de Deus, verdadeiro Rei da glória por sua gloriosa
ressurreição. Em Cristo, Deus se tornou presente para todos e, no ato
litúrgico, no sacrifício cotidiano, no ritmo do advento, Cristo torna a vir à
sua Igreja: a Igreja O leva com em procissão, e Ele vem até os seus. Os
cristãos também devem buscar Cristo sinceramente: “Bem-Aventurados os puros de
coração, porque verão a Deus (Mateus 5,8).
O REI DA
GLÓRIA É O SENHOR ONIPOTENTE!
Segunda leitura – Hebreus 2,14-18. Após
mostrar a superioridade de Jesus Cristo, Filho de Deus, sobre os anjos (Hebreus
1,5-14) e exortar os leitores à fidelidade (Hebreus 2,1-4), o autor conclui a
primeira parte da carta apresentando Cristo como irmão e salvador dos homens
(Hebreus 2,5-18). Nesta última seção procura mostrar que o caminho da glória
para Cristo é o da humilhação.
No texto que
lemos hoje o autor quer explicar melhor o sentido da humilhante morte de Jesus,
mencionada no versículo 9, e à luz da citação de Isaias 8,18 (versículo 13),
tirar a conclusão teológica: Deus nos quis “filhos” no Filho e “irmãos” de
Cristo; por isso tornou-o solidário conosco também na morte. Cristo assumiu o
“sangue e a carne” daqueles que teria de ajudar “para destruir pela morte o
diabo que tinha o império da morte (versículo 14). A expressão “carne e sangue”
indica o ser humano (Efésios 6,12; João 1,13). Insistindo também na
significacão teológica do “sangue” como sede da vida e na sua capacidade de
expiar; sugere-se assim a morte a morte de Cristo por derramamento de sangue.
Pela morte expiadora de Cristo devia vencer o maligno que domina sobre a morte.
Somos “filhos” no Filho. Já éramos filhos de Deus (Hebreus 2,10-13b), mas agora
o somos de modo renovado, puro, porque o Filho que é Santo nos faz entrar na
comunhão com o Pai (Hebreus 2,14-15 cf. João 12,31; 1João 3,8; Apocalipse 12,10
+ Hebreus 2,16-18 cf. Isaias 41,8-9; Filipenses 2,7; 1João 2,2; 4,10; Hebreus
4,15).
A salvação
trazida pela morte de Cristo modifica fundamentalmente a situação humana
(versículo 15): o homem é libertado da escravidão do pecado e da morte. O que
mais escraviza o ser humano é a certeza de um fim tenebroso e absoluto. O
significado libertador da morte de Cristo corta, pois, pela raiz o absurdo mais
angustiante da existência humana: a morte sem esperança. O melhor combate
contra o desespero é a certeza de que Deus não abandonou o homem. Cristo, com
efeito, “estendeu a mão” (versículo 16) tornando-se solidário coma
“descendência de Abraão”, isto é, com todos os crêem.
Os versículos
17-18 concluem a reflexão sobre o sentido do mistério da Encarnação e da morte
redentora de Cristo, e introduzem o tema principal da carta que é reflexão
sobre o sacerdócio de Cristo: o Filho torna-se semelhante aos homens para
expiar como sumo sacerdote os pecados do povo, a fim de que, sofrendo e sendo
tentado, pudesse ajudar os que são provados pelas tentações. O autor qualifica
Jesus como “sumo sacerdote” misericordioso e fiel. O termo “misericordioso”
caracteriza, como vimos, a missão do Filho em relação aos homens. O termo
“fiel” sublinha a maneira de Jesus cumprir a missão que Deus lhe confiou,
explicada na parte seguinte da carta (Hebreus 3,1 – 4,13. Com o título “sumo
sacerdote” (cf. Hebreus 3,1; 4,14 – 5,10; 7,1 – 7,18) o autor relaciona o
sentido da ação redentora de Cristo com a história da salvação do Primeiro
Testamento.
Estas
reflexões da carta aos Hebreus iluminam o sentido mais profundo da Festa da
Apresentação do Senhor. Já o nome recebido na circuncisão e o sangue então
derramado (Lucas 2,21), apontam para a missão salvadora de Jesus. Ela é
anunciada com alegria por Simeão e Ana no Evangelho (Lucas 2,22-40), pois pela
circuncisão Jesus se tornou solidário com os judeus para salvá-los. Esta
alegria é tanto maior porque Jesus é o Salvador não só para os judeus, mas para
“todos os povos”. “Porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste
diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo
Israel (Lucas 2,30-32), para toda “a descendência de Abraão” (Hebreus 2,16),
que são também os cristãos.
Evangelho – Lucas 2,22-40. A passagem divide-se em quatro partes:
a apresentação de Jesus no Templo de Jerusalém (versículos 22-28); o cântico de
Simeão (versículos 29-32); as profecias de Simeão e Ana (versículos 33-38) e
uma breve indicação sobre a vida de Jesus em Nazaré (versículos 39-40).
Maria vai ao
Templo para ser purificada, conforme as Escrituras (Levítico 12,2-8), e leva
Jesus para resgatá-lo como primogênito (Êxodo 13,11-13; 22,18-29; Levítico
5,7). Ora, a apresentação do Menino no Templo se devia fazer quarenta dias após
o nascimento. Estes, ajuntados aos nove meses de gestação e aos seis meses
(Lucas 1,26) que separam a concepção de Jesus da manifestação do anjo Gabriel
no Templo, fazem setenta semanas, isto é, o espaço de tempo anunciado por
Daniel 9,21-26 como prelúdio ao advento
de Deus (cf. Lucas 1,26-38).
As referências
a Malaquias 3 são freqüentes neste relato (comparar Malaquias 3,1 a Lucas 2,22;
o “dia” de Malaquias 3,2 a Lucas 2,22; o “justo” de Malaquias 3,18-20 a Lucas
2,25; a “luz” de Malaquias 3,19 a Lucas 2,32; a “oblação” de Malaquias
3,3-4,6-10 a Lucas 2,22; as “nações” de Malaquias 3,12 a Lucas 2,32. Lucas, que
viu na aparição de Gabriel no Templo (Lucas 1,11) o cumprimento do envio do
anjo anunciado por Malaquias 3,1a, vê agora na entrada de Deus em seu Templo a
aparição mesma de Javé, prevista por Malaquias 3,1b)
Jerusalém
desempenha um papel muito importante no Evangelho de Lucas. As tentações de
Jesus não acontecem sobre a montanha, como em Mateus, mas em Jerusalém (Lucas
4,9-12). Lucas menciona mais de trinta vezes o nome de Jerusalém. A narração da
infância começa em Jerusalém (Lucas 1,8-22) e culmina em duas idas do Menino
Jesus a Jerusalém (Lucas 2,22-38; 2,41-50). Situa-se em Jerusalém a principal
aparição de Jesus ressuscitado (Lucas 24,33-49). E o Evangelho de Lucas termina
onde começou: no Templo de Jerusalém (Lucas 24,53; cf. 1,8-22).
Maria e José
cumprem a Lei do Senhor, que prescrevia a purificação da mãe (Levítico 12,1-8)
e o resgate do primogênito mediante o sacrifício de um animal (Êxodo
13,1-2.11-16). A oferta de um par de rolas ou dois pombinhos constitui o
sacrifício dos pobres (Levítico 5,7; 12,8) Jesus é apresentado no Templo como o
Santo, o Consagrado do Pai por excelência, desde o ventre materno (Lucas 1,35).
Ele é acolhido por Simeão e Ana, representantes dos que permaneceram fiéis à
Aliança e esperavam o início do tempo da salvação. Simeão (= Deus ouviu) é
consolado pela presença do Messias esperado. Ana (= graça, favor) é cheia de
esperança profética, como Simeão Ela associa
o destino final de Jesus ao de Jerusalém, lugar onde culmina sua obra
redentora.
Simeão disse a
Maria que o Messias trará a divisão e a contradição (versículo 34; cf. Isaias
8,12-15). Por causa dele, uma espada traspassará a alma de Maria (versículo
35), conforme as profecias de Ezequiel (Ezequiel 5,1; 6,3; 21,1-22 e
principalmente 14,17), onde a espada simboliza o castigo próximo de uma parte
de Israel. Maria é convidada por Simeão a tomar consciência de que sua dor
pessoal simboliza a de todo o poço (Lucas 1,26-38) e de que seu próprio caminho
de fé a obrigará a rupturas que a associarão ao “Messias transpassado”
(Zacarias 12,10).
A primeira ida
de Jesus a Jerusalém é de grande importância teológica para o evangelista
Lucas. Nessa viagem culmina o Evangelho da Infância. Desde a aparição do anjo
Gabriel no Templo para a Anunciação do nascimento de João Batista até a
concepção de Jesus por ocasião da Anunciação a Nossa Senhora decorrem seis
meses ou 180 dias (Lucas 1,26); da concepção de Jesus até o nascimento passam
nove meses ou 270 dias. Do nascimento de Jesus até a purificação de Maria,
conforme Levítico 12,2s, mais quarenta dias. Isto faz um total de 490 dias.
Este número indica o significado da apresentação de Jesus no Templo de
Jerusalém. Neste momento completaram-se as 70 semanas de anos até a unção do
Santo (ou Santuário?) por excelência, mencionadas por Daniel (Daniel 9,20-27).
Cada etapa é, aliás, assinalada pela expressão “completados os dias...” (Lucas
1,23; 2,6; 2,22), que dá aos eventos a significação de cumprimento profético.
Realiza-se a também a profecia de Malaquias 3,1: O próprio Senhor vem ao Seu
Templo.
Maria e José
ouviram e cumpriram a Palavra de Deus, por isso foram ao Templo de Jerusalém
apresentar Jesus, conforme está escrito na Lei do Senhor. Busquemos, também
nós, ouvir e compreender a Palavra proclamada e cumprir o compromisso a que ela
nos conduz.
O Evangelho
proclamado hoje faz parte do chamado Evangelho da infância de Jesus. Os
escritos sagrados não se preocuparam em narrar fatos ou episódios do período
infantil da vida de Cristo, o que importa saber é quem é Ele e qual sua missão.
Lucas evidenciou estes aspectos pela fala e pela ação de dois personagens.
Primeiro o discurso de Simeão: “Agora, Senhor, conforme tua promessa, podes
deixar teu servo partir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação, que
preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar todas as nações e glória
do teu povo Israel”, depois o agir da profetiza: “Ana chegou nesse momento e
pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a
libertação de Jerusalém”.
Notemos como
Maria e José, ao levarem Jesus para ser apresentado no Templo, obedeceram ao
que previam as Escrituras, isto é, submeteram-se à Palavra de Deus por estarem
comprometidos com ela, porque a haviam interiorizado e a tornado significativa
em suas vidas. Isto tem muito a ver com a missão de Jesus, que previa sua
obediência à vontade do Pai Celeste, pois Ele encontrou, em sua comunidade
familiar, em seu lar, o forte testemunho da obediência à Palavra, aos preceitos
de Deus.
Pela ação de
Maria e José, pelas palavras de Simeão, pela reação de Ana, configura-se tanto
quem é Jesus – o Messias, o Salvador, o Libertador – como vai ser sua missão:
ser luz para as nações, glória do povo escolhido e, na obediência ao Pai
Celeste, salvação da humanidade.
Cristo será,
portanto, luz para as nações, mas, ao mesmo tempo, causa de crise no povo
dilacerado pelo tipo de salvação proposto e pelo tipo de Messias apresentado.
Maria viverá esta dilaceração até o Calvário: dor de seu coração de mãe diante
da morte de seu filho Jesus e caminho doloroso na fé.
O Menino volta
a Nazaré com Maria e José e cresce pleno de sabedoria e da graça de Deus.
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
A festa de
hoje, está ainda imbuída do espírito de Natal, encena a apresentação de Jesus
ao Senhor Deus, conforme prescrevia a Lei judaica para os primogênitos
masculinos (Êxodo 13,11-16). Neste Domingo, quarentas dias depois do Natal,
celebramos o mistério da Apresentação de Jesus no Templo de Jerusalém, nos
braços de Maria e José.
Jesus é
“apresentado”, isto é, oferecido como sacrifício existencial a Deus, fato que
deve repetir-se com cada um de nós. “Irmãos [...] peço que ofereçais (em grego,
“apresentar”, como em Lucas 2,22) os vossos corpos como sacrifício vivo, santo
e agradável a Deus” (Romanos 12,1. É o que na celebração eucarística, a Igreja
pede a Deus: que “também nós, de alma purificada, nos apresentemos diante de
vós” (Oração do Dia). Como Simeão, também nós sejamos alcançados pela ação do
Espírito Santo e assim descubramos a grandeza da Apresentação-oferta de Jesus:
tal como a profetisa Ana, nos tornemos anunciadores do que experimentamos.
O Evangelho de
Lucas apresenta Simeão como o homem que é movido pelo Espírito Santo. No
encontro com Simeão seriam muitas as coisas úteis a recordar. Mas focamos
apenas numa. Além de “justo e piedoso” (versículo 25), Simeão é guiado pelo
Espírito Santo: “O Espírito Santo estava nele” (versículo 26) e também esperava
a vinda do Messias (cf. versículo 25). Com essa insistência sobre o Espírito
Santo, mencionado duas vezes, Lucas quer antecipar na pequena comunidade de
Simeão e Ana, o que acontecerá na Igreja nascente, sobre a qual descerá a
abundância do Espírito Santo. O que aconteceu com Simeão e Ana, o que deu
início à Igreja, repete-se conosco quando participamos na celebração
eucarística: a ação do Espírito Santo atua sobre o pão e sobre o vinho, para
que se tornem Corpo e Sangue de Jesus Cristo; e sobre cada um de nós, para que
nos tornemos em Cristo um só corpo e um só espírito (epiclese de comunhão).
Mais ainda,
Lucas diz-nos que Simeão, sempre sob a ação do Espírito Santo, faz duas coisas:
“recebe-O em seus braços” (Lucas 2,28) e eleva a Deus o seu cântico de louvor
(cf. Lucas 2,29-32). Deus, que deu a Simeão a alegria de “receber em seus
braços a Cristo seu Filho” (Oração depois da Comunhão), deve ajudar a cada um
de nós a acolher dignamente Jesus em todas as nossas comunhões sacramentais
(cf. João 6,56). Depois Simeão celebra com entusiasmo aquela criança “luz” para
todos os povos; que é “glória” suma para Israel, do qual o recém-nascido provém
(Lucas 2,32). Também nós, sob a ação do mesmo Espírito Santo, proclamamos Jesus
Salvador universal, glória de Israel e luz dos povos.
Ana,
finalmente é chamada “profetisa” (Lucas 2,36), porque reconheceu no Menino a
“redenção” de Jerusalém. Simeão esperava a “consolação” (versículo 25) de
Israel, Ana a “libertação” (versículo 38), isto é, o resgate. São duas imagens
que ao mesmo tempo falam de salvação: a consolação supõe uma condição de
tristeza, o resgate uma condição de escravidão. A vinda de Jesus liberta-nos de
ambas.
A profetisa
Ana, que a Providência quis presente no Templo no momento da Apresentação de
Jesus, vive em profundidade esse encontro e “fala do Menino a todos os que
esperavam a libertação de Jerusalém” (Lucas 2,38. Cada encontro com Jesus na
Eucaristia deve despertar em nós o espírito consolador, libertador e
missionário.
A 1ª leitura
descreve a visita do Senhor ao Templo através de seu mensageiro, para renovar a
Aliança com a purificação dos corações. Assim, os fiéis tornam-se aptos para a
oferta para a oferta agradável. O salmista convida a abrir as portas, para que
entre o Rei da glória. A 2ª leitura destaca que Cristo ao assumir plenamente a
condição humana, tornou-se o sumo sacerdote fiel e misericordioso, que nos
santifica e reconcilia.
4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO
Hoje, Jesus, o
consagrado do Pai, foi apresentado no Templo como oferta agradável e, com Ele,
nós renovamos nossa consagração batismal a serviço do Reino na celebração
litúrgica.
Nesta
celebração, caminhando em procissão com nossas velas acesas, expressemos nossa
fé na força da luz que, em Jesus, vence as trevas do mundo. Na Eucaristia nos
oferecemos ao Pai, como povo a Ele consagrado, entregando todas as nossas dores
e alegrias, unindo-nos às dores e às alegrias da humanidade que sofre e caminha
na esperança.
5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA
Com nossas
velas acesas, hoje somos apresentados e oferecidos com Cristo ao Pai,
suplicando que sejamos plenamente renovados em sua Páscoa e iluminados por Seu
Espírito, como lâmpadas flamejantes.
Em cada
Eucaristia, ao apresentarmos os dons do pão e do vinho, frutos da terra e de
nosso trabalho, revivemos o gesto de oferenda de Maria e José ao recebermos em
troca o sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, contemplamos e participamos,
agradecidos da salvação como Simeão e Ana, enquanto aguardamos Sua vinda
gloriosa.
Nossa atitude
é de alegria cheia de esperança, inspirada pelo casal de idosos, o pequeno
resto fiel, ao acolherem o Menino em seus braços e também de humilde oferenda,
como Maria e José, apresentando-nos em ação de graças, com Cristo ao Pai. O
cuidado e a defesa da vida em todas as fases e a irradiação da luz de Cristo em
todas as nossas ações, são conseqüências desta celebração, na liturgia da vida.
6- ORIENTAÇÕES GERAIS
1. Combinar
com antecedência o local para iniciar a bênção e procissão das velas. É muito
oportuno destacar o Círio Pascal na celebração de hoje.
2. A
celebração de hoje é semelhante ao Domingo de Ramos.
3. Os cantos e
músicas devem expressar o sentido desta festa. Para isso temos os cantos
gravados no CD: Festas Litúrgicas I, gravado pela Paulus. Outra opção é o
Ofício Divino das Comunidades e o Hinário Litúrgico III da CNBB.
4. Cada pessoa
que chega deve sentir-se de fato na Casa aconchegante de Deus. Por isso, é de
suma importância que todos sejam bem acolhidos, como o velho Simeão e a
profetisa Ana acolheram o Menino, Maria e José. Tanto fora como dentro da
Igreja, o ambiente deve ser de acolhida. Não de Maneira formal, artificial,
como acontece muitas vezes em ambientes de prestação de serviços públicos. Mas
de maneira profundamente humana, carinhosa, afetuosa, divinamente humana.
Acolher na celebração é uma forma de oração!
7-
MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas,
executados com atitude espiritual e,
condizentes com cada domingo, cada Solenidade e com cada Festa, ajudam a
comunidade a penetrar no mistério celebrado. Portanto, não basta só saber que
os cantos são da Festa da Apresentação do Senhor, é preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos deve
ser cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério
celebrado. Jamais os cantos devem ser escolhidos para satisfazer o
ego de um grupo ou de um movimento ou de uma pastoral. Não devemos esquecer que
toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de
uma pastoral ou de um movimento.
1. Canto de abertura. A
misericórdia de Deus no seu templo (Salmo 47/48, 10,11). Sem dúvida, o canto de
abertura mais adequado pra essa Festa é: “O que o coro dos profetas celebrou em
profecia CD: Festas Litúrgicas I, melodia da faixa 9.
Ensina a
Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além
de unir a assembléia, inseri-la no mistério celebrado (IGMR nº 47). Nesse
sentido o CD: Festas Litúrgicas I, gravado pela Paulus, nos oferece ótimas opções
para a Festa de hoje.
2. Bênção da velas e procissão.
3. Hino de louvor. “Glória a
Deus nas alturas...” Vejam o CD Tríduo
Pascal I e II e também no CD Festas Litúrgicas, Partes fixas do Ordinário da
Missa do Hinário Litúrgico III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por
Irmã Miria e outros compositores.
O Hino de
Louvor, na versão original e mais antiga, é um hino cristológico, isto é,
voltado para Cristo, que exprime o significado do amor do Pai agindo no Filho.
O louvor, o bendito, a glória e a adoração ao Pai (primeira parte do Hino de
Louvor) se desdobram no trabalho do Filho Único: tirar o pecado do mundo,
exprimindo e imprimindo na história humana a compaixão do Pai. Lembremo-nos: o
Hino de Louvor não se confunde com a “doxologia menor” (Glória ao Pai, ao Filho
e ao Espírito Santo). O Hino de Louvor encontra-se no Missal Romano em prosa ou
nas publicações da CNBB versificado numa versão que facilita o canto da
assembléia.
4. Salmo responsorial 23/24. A
entrada do Rei da glória no templo. “O ‘rei da glória é o Senhor onipotente”, CD:
Festas Litúrgicas I, melodia da faixa .....
Para a
Liturgia da Palavra ser mais rica e proveitosa, há séculos um salmo tem sido
cantado como prolongamento meditativo e orante da Palavra proclamada. Ele
reaviva o diálogo da Aliança entre Deus e seu povo, estreita os laços de amor e
fidelidade. A tradicional execução do Salmo responsorial é dialogal: o povo
responde com um refrão aos versos do Salmo, cantados por um ou uma salmista.
Deve ser cantado da mesa da Palavra.
O Salmo
responsorial é uma resposta que damos àquilo que ouvimos na primeira leitura.
Isto mostra que o salmo é compromisso de vida e também atualiza e leitura para
a comunidade celebrante. Valorizar bem o ministério do salmista.
5. Aclamação ao Evangelho. Luz
das nações (Lucas 2,32). “Que a paz de Cristo reine em vossos corações...”, CD:
Liturgia V, melodia da faixa 3. O canto de aclamação ao evangelho acompanha os
versos que estão no Lecionário Dominical, página 87
A aclamação ao
Evangelho é um grito do povo reunido, expressando seu consentimento, aplauso e
voto. É um louvor vibrante ao Cristo, que nos vem relatar Deus e seu Reino no
meio das pessoas. Ele é cantado enquanto todos se preparam para ouvir o
Evangelho (todos se levantam, quem está presidindo vai até ao Ambão).
6. Apresentação dos dons. O canto de apresentação das oferendas,
conforme orientamos em outras ocasiões, não necessita versar sobre pão e vinho.
Seu tema é o mistério que se celebra acontecendo na fraternidade da Igreja
reunida em oração. Para
a Festa da Apresentação do Senhor, sugerimos o canto “Brilhe a vossa luz,
brilhe para sempre”, CD: Festas Litúrgicas I, melodia da faixa 12.
7. Canto de comunhão. “Meus
olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos...” (Lucas 2,30). Sem dúvida nenhuma o canto de comunhão
mais adequado para a celebração de hoje é o Cântico de Simeão, Lucas 2,29-35: “Agora,
Senhor, podes deixar partir em paz teu servidor”, CD: Festas Litúrgicas I, melodia
da faixa 13. Estes cantos retomam o Evangelho na comunhão de maneira autentica.
Veja orientação abaixo.
O fato de a
Antífona da Comunhão, em geral, retomar um texto do Evangelho do dia revela a
profunda unidade entre a Liturgia da Palavra e a Liturgia, Eucarística e
evidencia que a participação na Ceia do Senhor, mediante a Comunhão, implica um
compromisso de realizar, no dia-a-dia da vida, aquela mesma entrega do Corpo e
do Sangue de Cristo, oferecidos uma vez por todas (Hebreus 7,27).
8- ESPAÇO CELEBRATIVO
Simeão é Ana,
acolheram Maria José e o Menino com alegria de coração. Valorizar o símbolo da
luz. Ladear com velas acesas a mesa da Palavra expressando assim, a Palavra
como Luz que ilumina todos os povos, nações e culturas.
9. AÇÃO RITUAL
É muito
importante valorizar a assembléia, como morada de Deus, chamada a irradiar a
luz, acolhendo o Menino, hoje presente nos sinais sacramentais da Palavra, da
Eucaristia e nos irmãos, principalmente nos pobres e pequenos.
Ritos Iniciais
Bênção e procissão
das velas
Primeira forma: Procissão
1. Na hora
marcada, os fiéis se reúnem numa igreja menor, numa praça, numa rua ou em outro
lugar adequado, fora da igreja para a qual se dirige a procissão. Os fiéis trazem
nas mãos velas apagadas.
2. Após
acenderem as velas e o canto, o presidente da celebração faz a saudação ao povo
reunido, e faz também uma breve exortação.
Ver as orientações no Missal Romano, página 547.
Segunda forma: Entrada solene
3. Caso não
seja possível a procissão, outra opção é a entrada solene. Os fiéis de reúnem
na igreja com as velas apagadas nas mãos. O presidente da celebração, com os
acólitos e um grupo de fiéis, dirige-se a um lugar apropriado. Pode ser na
porta da igreja, no interior, onde favoreça grande a participação do povo na
ação ritual com facilidade.
4. Quando o
presidente chegar ao lugar designado, acendem-se as velas ao canto de abertura.
Ver as orientações no Missal Romano, página 549.
5. Seria muito
oportuno o uso do incenso na Festa de hoje.
6. O Hino de
Louvor (Glória) é, sem dúvida, um dos momentos alto da festa de hoje. Deve ser
cantado solenemente por toda a assembléia. Deve-se estar atento na escolha dos
cantos para o momento do glória. Ideal seria cantar o texto mesmo, tal como nos
foi transmitido desde a antiguidade, que se encontra no Missal Romano, ou, pelo
menos, o mesmo texto em linguagem mais adaptada para o nosso meio e também a
versão da CNBB musicado por Irmã Miria e outros compositores (como já existe!).
Evitem-se, portanto, os “glórinhas” trinitários! O hino de louvor (glória) não
de caráter Trinitário e sim Cristológico. Caso contrário matamos a genuína
Tradição da Igreja.
7. A Oração do
dia destaca que o Filho revestido da nossa humanidade, é apresentado no Templo.
Suplicamos a Deus que nós também sejamos apresentados diante Dele com os
corações purificados.
Rito da Palavra
1. Dar destaque
especial à Liturgia da Palavra, proclamando bem as leituras, especialmente o
Evangelho para que a assembléia possa perceber o seu encontro com o Senhor na
divina liturgia celebrada no templo. A assembléia é morada de Deus e de Sua
Palavra. O Evangeliário pode ser acompanhado de tochas e incenso. E a
proclamação deve ser feita de tal maneira que a comunidade viva e experiência
da Encarnação de Jesus o Verbo (Palavra) que se fez carne e habitou entre nós.
Palavra que é o próprio Cristo, recebendo acolhida na assembléia reunida, seu
Corpo.
2. A Palavra é
realçada também por momentos de silêncio,
por exemplo. Após as leituras, o salmo e a homilia, fortalecendo a atitude de
acolhida à Palavra de Deus. No silêncio, o Espírito torna fecunda a Palavra no
coração da comunidade e de cada pessoa.
3. Nunca é demais
insistir: proclamem-se bem as leituras até mesmo fazendo um breve silêncio
entre cada uma delas. Por exemplo, após o salmo responsorial, não iniciar logo a segunda leitura. Dar
uma pequena pausa para assimilar-se a riqueza do salmo.
Rito
da Eucaristia
1. A oração
sobre os dons do pão e do vinho, destaca a apresentação de Jesus Cristo nas
oferendas da Igreja.
2. A
celebração de hoje tem Prefácio próprio que destaca Cristo como glória do povo
e Luz de todas as nações. Pode-se escolher as Orações Eucarísticas I, II e III,
que admitem troca de Prefácio.
3. É oportuno
que a comunhão seja feita sob as duas espécies para toda a assembléia. “A
comunhão realiza mais plenamente o seu aspecto de sinal quando sob as duas
espécies. Sob essa forma se manifesta mais perfeitamente o sinal do banquete
eucarístico e se exprime de modo mais claro a vontade divina de realizar a nova
e eterna Aliança no Sangue do Senhor, assim como a relação entre o banquete
eucarístico e o banquete escatológico no Reino do Pai” (IGMR, nº 240).
Ritos Finais
1. Na Oração
após a comunhão suplicamos a Deus que complete em nós a obra da graça para que
possamos alcançar a vida eterna encontrando o Salvador na caminhada deste
mundo.
2. Para a bênção
final é muito oportuno o presidente da celebração estender as mãos sobre a
assembléia e rezar o número 7 das Orações sobre o Povo página 532 do Missal Romano.
3. Destacar,
nos ritos de envio em missão, o compromisso da comunidade de ter gestos
concretos de partilha para ser luz do mundo.
4. As palavras do
rito de envio podem estar em consonância como mistério celebrado: que o Cristo
Luz das nações ilumine as vossas vidas. Ide em paz e que o Senhor vos
acompanhe.
5. É comum
além, de entrar em procissão no início da celebração guiados pela cruz, também
retirar-se do espaço sagrado em procissão, igualmente guiados pela cruz.
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
A celebração
da Apresentação do Senhor é atual também para o homem e a mulher de hoje:
também os cristãos de hoje devem libertarem-se de toda a relação de troca com
Deus, já que se inscreve em toda a relação de dependência. É na relação pessoal
e eclesial com o Outro Absoluto, que o ser humano encontra a sua verdadeira
identidade.
O objetivo da
Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as
comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa
diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos
Pe. Benedito
Mazeti
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