09 de fevereiro de 2014
Leituras
Isaias 58,7-10.
Salmo 111/112,4-5.6-7.8a e 9.
1Coríntios 2,1-5.
Mateus 5,13-16.
“VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO”
1- PONTO DE PARTIDA
Domingo do sal
da terra e da luz do mundo. Neste 5º Domingo do Tempo Comum, continuamos a
acolher a Palavra de Jesus no alto da montanha. Dele recebemos a missão de ser
sal e luz do mundo. Portanto, o Evangelho de hoje, faz parte do Sermão da
Montanha.
Elementos
vitais, como o sal e a luz, conferem sentido e sabor às realidades do mundo em
que vivemos e são símbolos do compromisso cristão. Por isso não é suficiente
para os discípulos de Jesus dar testemunho somente com palavras, é preciso que
suas ações sejam sal e luz de transformação e assim todos louvarão o Pai que
está no céu.
“Ó Senhor,
salva teus filhos e reúne os espalhados, para que te celebremos, nós em ti,
glorificados!” (Salmo 105,4)
2- REFLEXÃO BÍBLICA, EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Contemplando os
textos
Primeira leitura – Isaias 58,7-10. O povo de Deus, de volta do exílio da Babilônia,
depara-se com o duro trabalho de reconstruir a pátria. Algumas pessoas
insistiam demais na necessidade de restaurar as leis do culto.
Este trecho é
tirado de uma longa crítica severa do profeta contra o culto formalista e
especialmente contra as práticas externas do jejum, isto é, um jejum sem
ligação com a vida. Isaias propõe um novo tipo de mística: não mais o jejum de
ostentação de quem se veste de saco (Isaias 58, 4) e se admira de não ser logo
atendido (Isaias 58,3), mas o jejum de quem partilha com os necessitados e ama
o seu próximo.
O verdadeiro
jejum é, portanto, ao mesmo tempo o encontro com as pessoas, principalmente com
os menos favorecidos Versículos 7 e 10) e, como tal, uma possibilidade de
encontro com Deus. (versículos 8-9).
A exemplo da
maioria das religiões de seu tempo, Israel considerava o jejum como um ato
essencial da religião, principalmente por ocasião da festa da Expiação
(Levítico 23,26-32) ou em recordação dos dolorosos dias do cerco de Jerusalém
(Zacarias 8,19; 7,3-5; 2Reis 25,1.4.8.25). Mas, certos profetas temiam estas
práticas, na medida que levavam à obsessão de alimento com a pretensão de
impureza da matéria ou cair num clima formalista (Isaias 58; Zacarias 7,1-14).
Alguns profetas aceitaram no jejum (Joel 1,13-14; 2,12-17), pelo menos em
certas ocasiões, porque viam nele um sinal mais representativo da sinceridade
de uma conversão do eu, por exemplo, um simples sacrifício litúrgico. O jejum
manifesta, portanto, um empenho de conversão. Só se justifica, se for praticado
por amor a Deus (a oração e o culto: Zacarias 7) ou pelo amor ao próximo (a
partilha e a justiça social: Isaias 58) ou como sinal da expectativa dos
últimos tempos (Joel 2).
Podemos ver
claramente que não se concebe o jejum sem caridade. Fiel a esta perspectiva, a
Igreja organiza durante o Tempo do Quaresma campanhas de partilha fraternal.
Assim o que conta no jejum não é a privação de alimento, mas, uma fé
comprometida (Versículos 8-9 cf. Tiago 2,14-18) que faz dessa privação
expressão do serviço de Deus e das pessoas.
Salmo responsorial – Salmo 111/112,4-9.
É um salmo sapiencial. Aponta para o sentido da vida do ser humano, mostrando
onde está a verdadeira felicidade que é o encontro com Deus. Ele é o nosso
verdadeiro aliado fiel e jamais deixa de conduzir o justo na caminhada. Este
salmo repercutiu muitas vezes na vida e missão de Jesus de Nazaré: proclamou
felizes os pobres; provocou os fariseus a darem esmolas; convocou Zaqueu a
repartir os seus bens; louvou o Pai pela sabedoria dos pobres; pediu que
fizéssemos a opção fundamental pelo Reino.
No versículo 5
menciona a Aliança que Deus fez com o seu povo. A Aliança é a instituição
central: nela o povo convive com Deus de forma bem íntima. Deus renova essa
Aliança conosco todas as manhãs em Jesus Cristo “Sol nascente que nos veio visitar
(cf. o Cântico de Zacarias 1,67-79).
O rosto de
Deus. Javé quase não aparece, Explicitamente, nenhuma ação dele é lembrada.
Simplesmente se afirma ser feliz o homem que “teme a Deus” (versículo 1a) e que
o coração dele está “firme em Deus” (versículo 7b). Onde está Deus? Está
presente nos sonhos, lutas, conflitos e vitórias da pessoa reta que O teme e
luta por por uma sociedade justa e igual. E está presente com o aliando fiel
que, mesmo não sendo citado, jamais deixa de conduzir o justo no caminho da
vida.
Este salmo
repercute de muitos modos na prática de Jesus. Ele proclamou felizes os pobres
em espírito e perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino do céu
(Mateus 5,3.10). Provocou os “justos e piedosos” fariseus a dar esmolas, a fim
de que descobrissem a verdadeira (Lucas 11,41). Convocou Zaqueu a partilhar
Lucas 19,1-10) e afirmou que os bens acumulados não garantem a vida eterna
(Lucas 12,13-21). Louvou o Pai por causa da sabedoria dos pobres (Mateus
11,25-27) e pediu que fizéssemos opção fundamental pelo Reino e sua justiça,
pondo em segundo plano a preocupação como comer e o vestir (Mateus 6,25-34).
Afirmou que quem crer Nele, mesmo que morra, viverá (João 11,26).
Cantando este
Salmo na celebração deste domingo, louvemos o Deus da vida, bendizendo-O em
todas as pessoas que vivem segundo a piedade e a justiça.
UMA
LUZ BRILHA NAS TREVAS PARA O JUSTO,
PERMANECE
PARA SEMPRE O BEM QUE FEZ.
Segunda leitura – 1Coríntios 2,1-5. Depois
do discurso de defesa que Paulo fez do Evangelho frente ao sistema de sabedoria
(1Coríntios 1,18-25, segunda leitura, do Quarto Domingo) agora o Apóstolo
explica porque não pregou segundo aquela sabedoria. Fez muito mais, pois
oferecera uma base divina ás atitudes dos fiéis.
Paulo não
pregou uma doutrina de sabedoria. Ele trouxe um testemunho (versículo 1). Ora,
o testemunho vale pela qualidade evento a que se refere, e não pela retórica
colocada à sua disposição. O discurso da testemunha é essencialmente relativo.
Seu valor é independente da pessoa, ao contrário do discurso da sabedoria.
Uma testemunha
deve, entretanto, apresentar um mínimo de provas para apoiar suas afirmações.
Estas provas não lhe foram fornecidas por uma técnica de oratória da filosofia
grega, mas por uma demonstração de seu espírito e de sua força (versículo 5).
Não se trata, pois, de milagres propriamente ditos, mas com certeza de carismas
que se irradiaram de modo súbito na comunidade de Corinto, e de modo especial
de uma transformação de vida operada em muitos de seus ouvintes.
Se Paulo
defende o testemunho de Cristo Crucificado (versículo 2) com tamanho ardor é
porque, para si mesmo, esta Cruz foi algo absolutamente que ele não admitia
antes da conversão. Não podia aceitar de modo algum que o Messias esperado
fosse um Messias crucificado. Sua visão na estrada de Damasco abala o conceito
que ele tinha da Cruz. Descobre de repente que este Messias crucificado é
realmente o Senhor e que ele vive entre as pessoas – por sua vez perseguidos –
a fim de associá-los à sua glória.
A revelação é
um acontecimento, uma ação de Deus, em que Deus se revela. Esta ação de Deus é a
salvação pela Cruz. Diante deste modo de Deus se revelar, a sabedoria humana
vê-se condenada ao silêncio. Ela é substituída pela pregação do mistério. O seu
conteúdo é “Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os
pagãos” (1Coríntios 1,23). A fé autentica, de certo modo, não se baseia “na
sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (versículo 5). E o poder de Deus é
a Cruz de Cristo (1Coríntios 1,18.24).
Deste modo, o testemunho
que o Apóstolo apresenta ao mundo passa por uma experiência existencial bem
nítida: o missionário só converte os outros se ele estiver num processo
contínuo de conversão. Caso contrário a nossa missão não passa de mera
propaganda publicitária e suas palavras não formam um testemunho.
Evangelho – Mateus 5,13-16: Continuamos a acolher a Palavra de Jesus no alto da
montanha. O trecho de hoje é uma composição de várias parábolas, a saber, do
sal, da luz, da cidade sobre a montanha e da lâmpada. Essas parábolas são
aplicadas à situação e à missão das comunidades da Igreja pós-pascal. Isto é
muito importante, porque sabemos que o evangelista Mateus não somente se
interessou pela chegada do Reino em Jesus, mas também pela presença perpetua do
Reino nos discípulos e nas comunidades cristãs.
Quando Jesus
afirma “Vocês são o sal da terra”, significa que vocês são o sal para a
humanidade, surge na lembrança Mateus 4,16, onde o evangelista proclama que o
início da pregação de Jesus é a realização da profecia de Isaias: “O povo que
vivia nas trevas viu uma grande luz! E a luz brilhará sobre os que vivem na
região escura da morte” (Isaias 9,1).
Em Marcos e
Lucas, o sal indica, pois, a nova religião e as exigências que ela requer. Em
Mateus, pelo contrário, a sentença torna-se uma alegoria missionária: o sal
representa os discípulos: (“vocês são o sal...”). Ser o sal da humanidade é
dela ser o mais precioso elemento: sem o sal, a terra perde a sua razão de
existir. Mas pelo sal, a terra pode prosseguir sua vocação e sua história.
A imagem do
sal pode ter dois sentidos. Pode significar que as comunidades cristãs
preservam o mundo da corrupção. Quer dizer: graças à presença das comunidades
cristãs no mundo protela-se o juízo do mundo. Em outras palavras, sem esta
presença o mundo se tornaria insuportável para Deus. O efeito da presença dos
cristãos no mundo seria comparável ao efeito da presença dos dez justos em
Sodoma e Gomorra (cf. Gênesis 18,23-32) ou de um só justo na cidade de
Jerusalém da época de Jeremias (Jeremias 5,1). A imagem também pode ter seu
sentido da função purificadora e santificadora que o sal tinha nos sacrifícios
do Primeiro Testamento. A declaração de Jesus “Vocês são o sal para a
humanidade” significa então que os discípulos e as comunidades são inseparáveis
para que os povos, “santificados pelo Espírito Santo, sejam-lhe um oferta
agradável” (romanos 15,16). Seja como for, a parábola coloca também os
discípulos e as comunidades cristãs sob o juízo. Se a comunidade não for fiel à
sua missão, será rejeitada como o sal sem sabor.
A parábola da
luz esclarece esta idéia. A sentença da luz “Vocês são a luz da humanidade”
(versículos 14-16), significa que cada discípulo é luz na medida em que suas
ações se tornam sinais de Deus para o mundo. O testemunho cristão é, pois,
visível e corresponde a uma “exigência missionária”: ninguém se santifica
apenas interiormente; e por outro lado ninguém vive no mundo a ponto de
conformar-se com ele esquecendo do testemunho de Jesus Cristo. É como diz o
apóstolo Paulo, não vos conformeis com este mundo.
Como a
parábola do sal conclui em uma ameaça escatológica que paira sobre os
discípulos e as comunidades cristãs omissos, assim a parábola da luz culmina em
uma perspectiva escatológica promissora para os que cumprem sua missão. Pela
prática de “boas obras”, os dois pilares da existência cristã se encontram, na
sua origem que é “o Pai que está no céu”, e sua razão de ser que consiste em
“brilhar diante dos homens”. A transparência
e irradiação dos valores do Reino pelas boas obras dos discípulos e
comunidades fazem-nos mediadores entre Deus e a humanidade.
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
Depois de
proclamar para a multidão as bem-aventuranças, Jesus se dirige aos discípulos
valendo-se de duas imagens fortes para falar da sua missão: o sal e a luz. O
sal só serve na comida; ninguém come sal puro. A luz só tem valor para
iluminar; ninguém vai acender uma lâmpada para colocá-la debaixo da mesa. Assim
deve ser a comunidade que crê em Jesus Cristo : sal para espalhar sabor e luz para
iluminar, não por vaidade, mas para o louvor do Pai.
A luz se opõe
às trevas e o sal se opõe aos dissabores da vida. Jesus mereceu ser chamado
“luz do mundo” porque Ele realizou plenamente as obras da luz e deu pleno
sentido à vida e à criação. É Nele que se apóia a nossa vocação de ser sal e
luz da humanidade.
Como sal da
terra e luz do mundo, as comunidades cristãs não são um fim em si mesmas, nem
constituem um grupo separado da sociedade, mas se colocam a serviço da
humanidade. E, no entanto, elas precisam conservar sua identidade própria, seus
valores próprios: “pois se o sal perde o sabor, com que se salgará?”
Entremos em
comunhão, nesta celebração, com Aquele que deu a sua vida por toda a humanidade
e se fez luz do mundo. Peçamos que o Espírito nos arranque de nós mesmos e nos
faça servidores de todos, para que o Pai que está nos céus seja glorificado.
A assembléia
litúrgica é expressão desse louvor do pai, objeto de tudo o que fazemos e
somos. Sempre acendemos a luz como sinal da iluminação que nos vem da
ressurreição de Jesus. Como diziam os rabinos: estando para iniciar a
celebração, disponha-se a “acender o candelabro de Deus em seu coração, a
retomar o caminho da misericórdia e a reavivar a alegria da gratidão”.
4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO
Na celebração
contamos sempre com pequenos gestos que nos passam despercebidos ou mesmo
ignorados. Um deles é o acendimento da vela, ou das velas em nossas igrejas
como aconteceu no dia 02 de fevereiro, Festa da Apresentação do Senhor no
Templo de Jerusalém. Em um tempo onde se compra falsas velas, luzes em forma de
chamas, parece bobagem falar disso. Até aquilo que se considera o elemento mais
importante no espaço, como a presença do Santíssimo Sacramento e que recebe uma
iluminação para indicar sua permanência no tabernáculo (sacrário).
Infelizmente, também esta luz, na maioria das igrejas, é artificial... Podemos
ainda falar de como acendemos nossas velas: sem prece, sem reverência e
piedade, sem a delicadeza que o sagrado merece. Isqueiros, ou palitos de
fósforos que sempre falham têm o dom de trazer o rumor, quebrar o silêncio,
invocar a turbulência da vida cotidiana, rejeitando a paz e a serenidade que a
celebração nos oferece. Evitem-se os
fósforos ou isqueiros que criam ruído, apagam-se facilmente, enfraquecendo a
ação simbólica, do ponto de vista exterior, o que acarreta na assembléia
dispersão e impaciência. Não podemos reproduzir na celebração os barulhos, as
agitações, as turbulências do cotidiano. Bem diferente das devotas velas acesas
aos pés dos santos que, se observamos bem, tem outro significado e respeito
profundos, capazes de nos comover.
O gesto de
acender a vela na celebração encontra na liturgia judaica o enraizamento e
fundamentação para a liturgia cristã: a mãe de família, na celebração
domiciliar ou mesmo na sinagoga judaicas, tem a função de acender o
“candelabro” e pronunciar uma prece diante da luz. Entre nós, cristãos, um
esquecido rito, o lucernário, resiste somente na liturgia do Sábado Santo, a
Vigília Pascal. Lá, tomando da fogueira abençoada a chama, o padre acende o
novo Círio Pascal e pronuncia a seguinte bênção: “A luz do Cristo que
ressuscita resplandecente dissipe as trevas do nosso coração e nossa mente”. Depois
disso, todos os fiéis acendem suas velas na chama do Círio e o acompanham em
procissão até o Ambão, de onde se proclama o canto do “Exulte”, o grande elogio
daquela noite “clara como dia”.
Se a
celebração, que reclama a linguagem do símbolo e do gesto, é descaracterizada,
talvez seja um sinal de que a espiritualidade não encontre elementos
consistentes para se nutrir. Um salmo como o 26/27 que diz “O Senhor é minha
luz e salvação”, ou a sentença evangélica de João 8,12, “Quem me segue não anda
nas trevas, mas terá a luz da vida”, são provas de que o “símbolo e o rito”,
expressos nestes discursos bíblicos, são capazes de fecundar e enriquecer e
experiência espiritual cristã. A luz que trazemos, nas mãos e no coração, não é
outra senão aquela da fonte da luz, o próprio Deus que habita em Luz
inacessível (Oração Eucarística IV). Iluminados por seu Filho Unigênito, também
chamado de “Luz da Luz”, devemos, nós, hoje, brilhar sobre o mundo como
candelabros vivos que trazem para a humanidade o Cristo Luz, que para nós fez
brilhar a salvação. Com delicadeza, reverência e piedade, sem nos impor, ou
agredir o olhar e as sensibilidades, sejamos uma luz... do tamanho de uma
pequena chama, a iluminar a escuridão do mundo.
5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA
Quando nos
reunimos para celebrar o mistério da Eucaristia, estamos vindo das tribulações,
das turbulências da vida para buscarmos o Cristo-Luz, a força para o sustento
para nossa caminhada e inspiração para sermos sal e luz da humanidade.
O sal, na
verdade, é a Palavra de Deus, assimilada e vivida, que dá sentido e sabor aos
acontecimentos e ao nosso peregrinar nesse mundo. O Cristão é sal. A vivência
do Evangelho dá “sabor” à vida, ilumina tudo o que acontece, leva à ação. Com
sua presença, o cristão é desafiado a impedir que a humanidade se corrompa. Num
mundo onde qual procura o próprio interesse, o cristão é chamado a ser o sal
que dá sabor e que conserva a força do Evangelho.
Jesus diz
também que somos como uma cidade construída sobre um monte, que não pode ficar
escondida e como uma lâmpada que é colocada num lugar elevado. Isto não quer
dizer que devemos atrair os olhares para nós, mas para as boas obras que juntos
conseguimos realizar com a graça de Deus, e que devem ser imitadas e ampliadas.
Na Oração do
Dia, suplicamos que Deus vela por nós a sua família com incansável amor. Deus
não se cansa de olhar para nós e nos guardar com a sua paternal proteção para
que sejamos sal e luz para a humanidade.
Na Oração
sobre as oferendas suplicamos a Deus que o pão e o vinho, alimento da nossa fraqueza,
se tornem para nós sacramento da vida eterna. Cristo se faz o Pão da Vida para
que tenhamos a vida eterna em nós.
Na Oração após
a comunhão, depois que participamos do mesmo pão e do mesmo cálice, estamos
unidos a Cristo o Pão da Vida, para produzirmos muitos frutos para a salvação
do mundo. A Eucaristia nos faz sal da terra e luz para a humanidade.
Não podemos
esquecer que a celebração eucarística é nossa escola de formação cristã, nossa
grande catequese: Deus partilha conosco sua Palavra e sua vida, para que
aprendamos a dar nosso pão s quem tem fome e abrigar em nossas casas o que não
tem o que comer e onde morar. Se, aprendemos isso, seremos o sal da terra e a
luz do mundo, nossas ações brilharão e todos irão louvar o Pai que está no céu
e que vela por nós com incansável amor.
6- ORIENTAÇÕES GERAIS
`
1. Convidados
por Jesus a ser sal da terra e luz da humanidade, estamos reunidos para fazer
memória da ressurreição de Cristo, luz verdadeira que ilumina toda pessoa
humana. Queremos vivenciar profundamente este encontro em uma celebração bem
“preparada e realizada” com toda a unção.
2. Valorizar
os símbolos do sal e da luz sugeridos pela Liturgia da Palavra.
3. À medida
que o povo for chegando, pode-se fazer um breve ensaio de cantos, especialmente
dos refrões e do salmo responsorial.
4. O momento
ideal para os pedidos e intenções não é o início da celebração, mas no momento
próprio, que é o momento da oração da assembléia dos fiéis. Intenções de ação
de graças seria interessante lembrar antes da oração eucarística. Os falecidos
podem ser lembrados também na oração eucarística, durante a intercessão pelos
falecidos, também chamado de “memento dos mortos”.
5. Os cantos e
músicas devem expressar o sentido de cada domingo.
6. Antes da
bênção final, pode-se fazer o rito do sal e o rito da luz.
7-
MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas,
executados com atitude espiritual e,
condizentes com cada domingo do Tempo
Comum, ajudam a comunidade a penetrar no mistério celebrado. Portanto, não
basta só saber que os cantos são do 5º Domingo do Tempo Comum, é preciso executá-los com atitude
espiritual. A escolha dos cantos deve ser cuidadosa, para que a comunidade
tenha o direito de cantar o mistério celebrado. Jamais os cantos devem
ser escolhidos para satisfazer o ego de um grupo ou de um movimento ou de uma
pastoral. Não devemos esquecer que toda liturgia é uma celebração da Igreja
corpo de Cristo e não de um grupo, de uma pastoral ou de um movimento.
Antes da
celebração, evitar a correria e agitação da equipe litúrgica e a equipe de
canto, com afinação de instrumentos e testes de microfone. Tudo isso deve ser
feito antes. A equipe de canto não deve
ficar fazendo apresentação de cantos para entretenimento da assembléia É
importante criar um clima de silêncio orante.
O canto de
abertura não é para acolher o presidente da celebração nem os ministros. Ele
tem a finalidade de congregar a assembléia para participar da ação litúrgica.
Nunca dizer vamos acolher o presidente da celebração e seus ministros com o
canto de abertura.
1. Canto de abertura. Que Deus reúna seus filhos dispersos (Salmo 94/95,6-7).
Para o canto de abertura, sugerimos o Salmo 95/96: “Vão entrando e de joelhos”
CD: Liturgia VI, mesma melodia da faixa 1.
Todos nós
chegamos à celebração para ser sal da terra e luz do mundo. Seguindo essa
lógica, a Igreja oferece uma segunda opção: “Aqui chegando, Senhor”, CD: Cantos
de abertura e Comunhão, melodia da faixa 3. Como canto de abertura não podemos
deixar de entoar um desses cantos que nos introduzem no mistério a ser
celebrado.
Ensina a
Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além
de unir a assembléia, inseri-la no mistério celebrado (IGMR nº 47). Nesse
sentido o Hinário Litúrgico III da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão
gravados no CD: Liturgia VI e CD: Cantos de Abertura e Comunhão.
2. Ato penitencial. Sugerimos a
fórmula 5 do Missal Romano, página 394, que contempla Jesus Cristo o
Bem-aventurado que se tornou pobre para nos enriquecer com a sua Luz divina.
3. Hino de louvor. “Glória a
Deus nas alturas...” Vejam o CD Tríduo
Pascal I e II e também no CD Festas Litúrgicas, Partes fixas do Ordinário da
Missa do Hinário Litúrgico III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por
Irmã Miria e outros compositores.
O Hino de
Louvor, na versão original e mais antiga, é um hino cristológico, isto é,
voltado para Cristo, que exprime o significado do amor do Pai agindo no Filho.
O louvor, o bendito, a glória e a adoração ao Pai (primeira parte do Hino de
Louvor) se desdobram no trabalho do Filho Único: tirar o pecado do mundo,
exprimindo e imprimindo na história humana a compaixão do Pai. Lembremo-nos: o
Hino de Louvor não se confunde com a “doxologia menor” (Glória ao Pai, ao Filho
e ao Espírito Santo). O Hino de Louvor encontra-se no Missal Romano em prosa ou
nas publicações da CNBB versificado numa versão que facilita o canto da
assembléia.
4. Refrão para aquecer a Liturgia da
Palavra. “Brilhe a vossa luz, brilhe para sempre”, CD: Festas
Litúrgicas I, melodia da faixa 12, ou “Senhor que a tua Palavra, transforme a
nossa vida, queremos caminhar com retidão na tua luz”.
5. Salmo responsorial 111/112. O
justo é como a luz que brilha. “Uma luz brilha nas trevas para o justo,
permanece para sempre o bem que fez, CD: Liturgia VI, mesma melodia da faixa 6.
É um dos
cantos mais importantes da liturgia da Palavra. É um tipo de leitura da Bíblia.
Por isso, é melhor que não seja cantado por todos, mas cantado por uma só
pessoa: o salmista. A comunidade toda
deverá ouvir atentamente e responder com o refrão. Sendo um canto bíblico, não
deverá ser substituído por outro canto. O salmo nos permite dar uma resposta
(por isso responsorial) à proposta que Deus nos faz na primeira leitura. Por
isso ele é compromisso de vida. Ou como diz o profeta Isaias 55,10-11: “A chuva
cai e a terra responde com frutos”. Deus fala e a comunidade responde na fé, na
esperança e no amor. Além da resposta, o Salmo atualiza a primeira leitura para
a comunidade celebrante.
6. Aclamação ao Evangelho. “Eu
sou a luz do mundo” (João 8,12) “Aleluia... Pois eu sou a luz do mundo, quem
nos diz é o Senhor” CD Liturgia VI, melodia da faixa 3. O canto de aclamação ao
evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário Dominical, página 260.
A aclamação ao
Evangelho é um grito do povo reunido, expressando seu consentimento, aplauso e
voto. É um louvor vibrante ao Cristo, que nos vem relatar Deus e seu Reino no
meio das pessoas. Ele é cantado enquanto todos se preparam para ouvir o
Evangelho (todos se levantam, quem está presidindo vai até ao Ambão).
7. Apresentação dos dons. Momento
de partilha para com as necessidades do culto e da Igreja. O verdadeiro cristão
sempre passa das trevas à luz. “De mãos estendidas”, CD: Liturgia VI, melodia
da faixa 4.
8. O canto do Santo. Um lembrete
importante: para o canto do Santo, se for o caso, sempre anunciá-lo antes do
diálogo inicial da Oração Eucarística. Nunca quando o presidente da celebração
termina o Prefácio convidando a cantar. Se o (a) comentarista comunica neste
momento o número do canto no livro, quebra todo o ritmo e a beleza da ligação imediata
do Prefácio como o canto do Santo.
9. Canto de comunhão. “Somos o sal da terra e a luz do mundo” (Mateus
5,13-14). Sem dúvida, o canto de
comunhão mais adequado pra esse dia é: “Senhor, nós queremos ser luz para o
mundo, que vive nas trevas”, CD Liturgia VI, melodia da faixa 7.
Outra ótima
opção para o canto de comunhão neste 5º Domingo do Tempo Comum, conforme
insinuando na homilia, sugerimos o canto “Nós somos o povo de Deus”, do Hinário
Litúrgico da CNBB 3, página 360. Estes dois cantos retomam o Evangelho na
comunhão de maneira autentica. Veja orientação abaixo.
O canto de
comunhão deve retomar o sentido do Evangelho da Festa do Batismo do Senhor.
Esta é a sua função ministerial. Na realidade, aquilo que se proclama no
Evangelho nos é dado na Eucaristia, ou seja: é o Evangelho que nos dá o “tom”
com o qual o Cristo se dirige a nós em cada celebração eucarística reforçando
estes conteúdos bíblico-litúrgicos, garantindo ainda mais a unidade entre a mesa da Palavra e a mesa da
Eucaristia. Isto significa que comungar o corpo e sangue de Cristo é
compromisso com o Evangelho proclamado. Portanto, o mesmo Senhor que nos falou
no Evangelho, nós o comungamos no pão e no vinho. É de se lamentar que muitas
vezes são escolhidos cantos individualistas de acordo com a espiritualidade de
certos movimentos, descaracterizando a missionariedade da liturgia. Toda
liturgia é uma celebração da Igreja e não existem ritos para cada movimento e
nem para cada pastoral. Cantos de adoração ao Santíssimo, cantos de cunho individualista
ou cantos temáticos não expressam a densidade
desse momento.
Forma de
executar o Canto de Comunhão. A forma que a tradição litúrgica oferece para o
Canto de Comunhão, a de um refrão tirado do texto do Evangelho do dia alternado
por versos de um salmo apropriado, foi mantida no 3º fascículo do Hinário
Litúrgico da CNBB, nos cantos de Comunhão dos Anos A, B e C.
10. Canto de saída. Como canto
de saída da comunidade, podemos entoar: “O Senhor é minha luz”, p. 48 do Ofício
Divino das Comunidades, ou “Brilhe a vossa luz”, CD Festas Litúrgicas I.
8- ESPAÇO CELEBRATIVO
1. Valorizar o
símbolo da luz que está bem evidente na liturgia da Palavra. Diante do da Mesa
da Palavra sejam colocadas velas que ornamentam o local da proclamação da
Palavra. Ideal seria ter diante da Mesa da Palavra, a Menorah. Onde não tiver,
as comunidades podem ornamentar com velas, atentas aos números perfeitos – 3
(Trindade), 4 (lados do Templo de Jerusalém, ou quatro cantos do mundo), 7
(dons infinitos e perfeitos do Espírito Santo).
9. AÇÃO RITUAL
Pelo Batismo
que nos incorporou a Cristo Jesus, somos sal da terra e luz do mundo. Nele
encontramos força para “brilhar sobre o mundo” e para dar sabor e sentido à
existência humana. Na celebração, revigoramos esta vocação escutando sua
Palavra e partilhando seu pão e vinho.
Reabastecemos para manter nossa chama acesa e o nosso “sabor” apurado.
Fazer uma
acolhida bem fraterna e amorosa de cada pessoa que chega para a celebração e,
realizar os vários serviços com cordialidade
(= de coração). A equipe de acolhida ou a equipe de liturgia pode estar às
portas do templo, recebendo as pessoas sem alarde, cumprimentando-as e, desde
já, inserindo-as no contexto celebrativo daquele dia, enunciando um versículo
bíblico em consonância com o mistério celebrado. Para este domingo, pode ser:
Bem vindo, bem vinda! Você é sal da terra e luz do mundo.
Fazer com grande esmero, os ritos
iniciais, vivenciando o seu sentido de reunir a comunidade de irmãos, formando
o corpo vivo do Senhor.
Ritos Iniciais
1. Levar na
procissão de entrada, o Círio Pascal ou outra vela grande e ir acendendo as
velas que a assembléia tem nas mãos.
2. É
importante que não se diga nenhuma palavra antes da saudação: nem “Bom dia ou
“Boa noite”, nem comentários ou introduções! Bom dia e boa noite não é saudação
litúrgica. Primeiro devemos saudar a Trindade.
3.
Quando cantamos “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo...” devemos
escolher cantos que respeitem a linguagem litúrgica.
4. Compete ao
presidente da celebração (bispo, presbítero, diácono ou leigo/a presidindo a
celebração da Palavra) pronunciar as palavras do sinal do cruz e não a equipe
de canto como muitas vezes acontece.
5. Sugerimos na saudação inicial, a
fórmula “d”, do Missal Romano que são as palavras conforme a Romanos 15,13:
O Deus da esperança, que nos cumula de toda alegria e paz
em nossa fé, pela ação do Espírito Santo, esteja convosco.
6. Após a
saudação presidencial e antes do sentido litúrgico, o animador, ou o próprio
presidente convida a todos para a recordação da vida. Cada um seja chamado a
recordar, primeiro em silêncio e depois verbalizando (os que desejarem) as
situações de pobreza que encontramos durante a semana e que nos sensibilizou
para reconhecer a urgência da nossa missão de anunciar o reino e denunciar o
pecado do egoísmo e da miséria. Após breve partilha, todos ouvem o sentido
litúrgico da celebração.
7. Em seguida,
dar o sentido litúrgico da celebração. O Missal deixa claro que o sentido
litúrgico da celebração pode ser feito pelo presidente, pelo diácono um leigo/a
devidamente preparado (Missal Romano página 390). Em seguida propõe o sentido
litúrgico:
Domingo do
sal da terra e da luz do mundo. Continuamos a acolher a Palavra de Jesus no
alto da montanha. Fazemos memória de Jesus, o bem-aventurado do Pai, que deu a
vida pela humanidade. Dele recebemos a missão para ser sal da terra e luz do
mundo.
8. O ato
penitencial pode ser substituído pelo rito da aspersão da água como orienta o
Missal Romano na p. 1001. Quem preside esteja atento à mistura do sal na água
que o Missal oferece como opção, mas que seria interessante neste domingo. Sem
delongas e explicações, alguém leva ao presidente o pratinho com sal, de modo
visível e reverente. Os sinais falarão por si. A bênção do sal está no Missal
p. 1003.
9. Introduzir
o Hino de Louvor (Glória), lembrando as “luzes” que existem na comunidade.
10. Na Oração
do Dia suplicamos que Deus vele por nós com incansável amor porque confiamos na
Sua graça.
Rito da Palavra
1. Reavivar,
na Liturgia da Palavra, o diálogo da Aliança entre Deus e seu povo. A atitude
básica é de “escuta e de resposta” é importante que se criem condições para que
todos possam prestar atenção na Palavra: o leitor faz a proclamação da Mesa da
Palavra e a assembléia escuta ser ler no folheto. O salmista também canta o
salmo responsorial da Mesa da Palavra, o salmo é também é uma leitura bíblica
cantada.
2. Antes da
primeira leitura, deixando de lado os comentários inúteis, o grupo de3 canto
inicia suavemente a cantar este refrão: “SENHOR QUE A TUA PALAVRA/ TRANSFORME A
NOSSA VIDA./ QUEREMOS CAMINHAR COM RETIDÃO NA TUA LUZ”, ou “BRILHE A VOSSA LUZ,
BRILHE PARA SEMPRE/ SEJAM LUMINOSOS VOSSAS MÃOS E MENTES/ BRILHE A VOSSA LUZ,
BRILHE A VOSSA LUZ!/ BRILHE A VOSSA LUZ, BRILHE A VOSSA LUZ! (CD Festas
Litúrgicas I) outro refrão que associe claramente a Palavra com a luz e que
sirva para este momento de despertar atenção e escuta. Enquanto se canta,
alguém se aproxima e, reverentemente, acende as velas, não com palitos de fósforos
ou isqueiros, mas trazendo uma pequena vela acesa na mão.
3. Antes de
ler, é preciso primeiro mergulhar na Luz Palavra, rezar a Palavra. Pois “na
liturgia da Palavra, Cristo está realmente presente e atuante no Espírito
Santo. Daí decorre a exigência para os leitores, ainda mais para quem proclama
o Evangelho, de ter uma atitude espiritual de quem está sendo porta-voz de Deus
que fala ao seu povo”.
4. Onde for
possível fazer a Profissão de fé com velas acesas.
Rito
da Eucaristia
1. Na Oração
sobre as oferendas contemplamos o pão e o vinho para alimento da nossa
fraqueza.
2. Se for
escolhida as Orações Eucarísticas I, II e III, quer admitem troca de Prefácio,
sugerimos o Prefácio do dos Domingos do Tempo Comum I, em que contemplamos o
Cristo Luz: “Por ele nos chamastes das travas à vossa luz”.
3. Quanto ao Prefácio:
quem preside procure proclamá-lo com ênfase, mas ao mesmo tempo calmamente, de
forma serena e orante. Frase por frase. Cada frase é importante, anunciadora do
mistério que hoje celebramos. Basta prestar bem atenção nelas! A boa
proclamação do Prefácio, como abertura solene da grande oração eucarística (bem
proclamada também), tem um profundo sentido evangelizador, pois, por seu
conteúdo e, sobre tudo, por ser oração, toca fundo no coração da assembléia.
4. Propiciar
maior participação da assembléia na Oração Eucarística, através de uma boa e
solene proclamação das aclamações cantadas. Alguém pode fazer o solo, conforme
as melodias propostas no final do Missal Romano, e a assembléia repete.
5. Valorizar o
rito da fração do Pão, devidamente acompanhado pela assembléia com o canto
profundamente contemplativo e orante do Cordeiro
de Deus. O canto do Cordeiro de Deus, deve ser entoado por um(a) solista
para não perder o seu caráter de Ladainha.
6. Ao
apresentar o pão e o vinho, isto é, o convite à comunhão, o presidente da
celebração mostrando o cálice a a ânbula ou patena diz o versículo bíblico do
Evangelho de João: “Eu sou a luz do
mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida. Eis o
Cordeiro de Deus...”
Ritos finais
1. Na Oração depois
da comunhão, rezamos que a comunhão com Cristo nos alegra para que possamos
produzir muitos frutos.
2. Antes da bênção
final, o presidente da celebração abençoa o sal:
Bendito sejas, Deus
da vida,
pelo sal que dá
sabor e conserva os alimentos.
Derrama o teu
Espírito sobre ele
e realiza em nossa
vida a Palavra do Senhor
de sermos, também
nós, sal da terra.
Por Cristo, nosso
Senhor. Amém.
Em seguida, entrega
o sal bento a cada pessoa dizendo: Você é o sal da terra.
3. As palavras do
rito de envio podem estar em consonância como mistério celebrado: Vós sois o
sal da terra vós sois a luz da humanidade. Ide em paz e que o Senhor vos
acompanhe.
4. O canto final não
deve servir para segurar o povo que foi despedido, mas para acompanhá-lo na
saída da Igreja, e para motivar sua missão pelo mundo enquanto sai. Uma
sugestão seria cantar o Salmo 27/26, do Ofício Divino das Comunidades, ou o
canto “Brilhe a vossa luz”, já conhecido do nosso repertório litúrgico que está
no CD: Festas Litúrgicas I.
5. É comum
além, de entrar em procissão no início da celebração guiados pela cruz, também
retirar-se do espaço sagrado em procissão, igualmente guiados pela cruz.
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ninguém é sal
e luz de maneira mecânica. Deve tornar-se luz e sal mediante as boas obras. É o
que diz o profeta Isaias na primeira leitura quando repartimos o pão com o
faminto. Jesus também fala das boas obras que, por um lado, produzem a luz e,
por outro são vistas por causa da luz. As boas obras não são para a nossa
auto-afirmação e vaidade, mas testemunho de nosso serviço a Deus. Vendo as
nossas boas obras, as pessoas são convidadas a erguer-se ao céu e glorificar o
Pai celeste (Mateus 6,16) e não glorificar quem as pratica.
O objetivo da
Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as
comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa
diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos
Pe. Benedito
Mazeti
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