Ezequiel 34,11-12.15-17
Salmo 22/23,1-3.5-6
1Coríntios 15,20-26a.28
Mateus 25,31-46
“TODOS OS POVOS DA TERRA SERÃO REUNIDOS
DIANTE DELE”
1- PONTO DE PARTIDA
Domingo de
Cristo, Rei do Universo. Estamos no último Domingo do Ano Litúrgico. Durante um
ano percorremos o evangelista Mateus. É tempo das comunidades cristãs fazer uma
parada e avaliar a caminhada deste Ano Litúrgico que chega ao fim, diante de
Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo.
Instituída
pelo Papa Pio XI, em 1925, esta Solenidade surgiu, pelo contexto da época, com
caráter marcadamente militante e social. Inspirada pela espiritualidade da Ação
Católica, buscava a restauração do Reinado de Cristo para restabelecer e
revigorar a paz no mundo.
A reforma
litúrgica transferiu esta festa do último Domingo de outubro para o último
Domingo do Tempo Comum, dando-lhe novo significado, em sintonia com a
perspectiva própria do final do ano, imediatamente antes do Advento. Destacando
a dimensão mais transcendente e escatológica do Reinado de Cristo, esta
solenidade encerra o Ano Litúrgico, isto é, o Ano do Senhor. Jesus Cristo Rei
surge então com a meta a que tendem o ano litúrgico e todo o peregrinar da
humanidade, na linha da Gaudium Et Spes, n. 45.
2- REFLEXÃO BÍBLICA,
EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Contemplando os
textos
Primeira leitura – Ezequiel 34,11-12.15-17.
O capítulo 34 trata dos pastores de
Israel e da situação do povo de Deus à sombra de maus e bons pastores. O texto
se coloca depois da queda de Jerusalém no ano 587 antes de Cristo, quando
reinava anarquia na Judéia (cf. Jeremias 40-42) e havia temores entre os
exilados a respeito do futuro da monarquia. O profeta escreve depois da queda
de Jerusalém.
“Pastor” é a
imagem para indicar os reis e sacerdotes de Israel; o proprietário do rebanho é
o próprio Deus. Os pastores de Israel não serviram o povo; por isso veio o dia
da catástrofe (destruição de Jerusalém). O proprietário mesmo conduzirá agora
seu rebanho: Deus reconduzirá o povo disperso e cuidará e cuidará especialmente
das ovelhas mais fracas.
A imagem do
pastor é usada no Oriente Médio desde a época sumérica para caracterizar a
função dos reis. No código de Hamurabi (1728-1686) antes de Cristo, na
introdução do seu código de dizia: “para fazer justiça na terra, para eliminar
o mau e o perverso, para que o forte não oprima o fraco... eu sou Hamurabi, o
pastor”.
Em Israel a
imagem do pastor era de fácil compreensão, pois a profissão de pastor fazia
parte da vida diária da nação. Até mesmo Deus é chamado “pastor de Israel”
Salmo 22/23; 76/77,21; 79/80,2; Isaias 40,11). Jeremias muitas vezes chama os
reis de Israel de pastores (Jeremias 2,8; 3,15; 23-1-6; 25,34-36) e deve ter
inspirado o tema a Ezequiel.
A glória e a
dignidade do ofício de pastor, como descreve Ezequiel 34, tem como objetivo a
dedicação total do bem-estar do povo
(rebanho), dando-lhe sustento, segurança e distribuindo justiça. Os pastores de
Israel perderam essas virtudes inseparáveis da sua função, descuidando-se do
bem-estar do povo e buscando unicamente o seu. Eles causaram a ruína de Judá e
a dispersão das ovelhas no exílio. Eis por que, ao decidir tomar pessoalmente o
cuidado das ovelhas, Deus promete reunir e reconduzir todas às belas pastagens
da Terra Prometida (versículos 12-14).
Por um lado,
Ezequiel pede que adoremos o Senhor na Sua glória imensa. Por outro lado, o ele
anima-nos a acolher com amor reconhecido o Senhor que vem ao nosso encontro nas
vestes de mãe e pai, e que não vacila em servir o ser humano com obras mais
necessárias e ao mesmo tempo mais silenciosas (versículos 15-16): procurar e
reconduzir o “perdido”; “tratar” e cuidar quem estiver “ferido”; com muita paciência,
convencer o rico e o forte a cuidar dos mais fracos. A metáfora dos “carneiros”
e dos “cabritos” (versículo 17) refere aos membros mais fortes e ricos do povo,
que exercem violência contra os fracos, privando-os dos recursos vitais. O
Senhor impedirá todas as prepotências e assegurará a todos espaço para viverem.
O texto serve
para recordar de maneira inseparável a função dos governantes em geral, dos que
detêm o poder na vida política e eclesiástica. Com razão a Igreja lê este texto
na Solenidade de Cristo-Rei, enquanto vê em Cristo a realização da promessa de
um novo Davi, que deveria governar o seu povo com justiça, inaugurando a
Aliança de paz universal.
Salmo responsorial – Salmo 22/23,1-3.5-6.
É
um Salmo de confiança em Deus.
A solicitude divina para com os justos, descrita com a dupla
imagem do pastor (versículos 1-4) e do hospedeiro que oferece o festim
messiânico (versículos 5-6).
É um dos
salmos mais conhecidos e belos do saltério, aplica ao próprio Deus a humilde
imagem do “pastor” como expressão de terno cuidado e guia segura que Ele tem
para com um rebanho amado e protegido (versículos 2-4). Além disso, recupera o
tema da “unção” do fiel como sinal de predileção e de dignidade (versículos
5-6).
Nos versículos
de 1-4, o tema pastoril fornece algumas imagens fundamentais: verde, água,
caminho. A última imagem conjura o grande perigo, a escuridão temerosa
plenamente superada. Na segunda parte versículos 5-6 adianta-se o plano real,
imediato: a experiência religiosa tem lugar no Templo de Jerusalém. Ali a
pessoa humana encontra asilo frente ao opressor, participa na mesa do banquete
sagrado, recebe a unção que o consagra. A experiência religiosa intensa
converte-se em esperança e desejo para toda a vida.
O rosto de
Deus no Salmo 22. Sem dúvida é uma das imagens mais bonitas do Primeiro
Testamento que mostra Deus como pastor. Outras imagens também mostram o rosto
de Deus como hospedeiro, libertador e aliado. Jesus no Evangelho de João,
assume as características de Javé pastor, libertador e aliado (João 10). Jesus
é esse pastor que se compadece do povo explorado. Ele caminha à frente de seu
rebanho, tanto para chegar ao pasto e à água, como para voltar ao curral de
repouso, já na escuridão da noite. Este salmo é tradicionalmente aplicado à
vida sacramental, especialmente ao Batismo e à Eucaristia.
Através do
salmista dialogamos com Deus, como um amigo fala com o seu amigo e, ao
louvá-Lo, saboreamos a Sua presença que se coloca ao nosso serviço como uma
doçura, força e humildade, idênticas às que o profeta Ezequiel nos fez
contemplar no seu oráculo de esperança aos exilados.
Por este Salmo,
peçamos ao Senhor que restaure as nossas forças, que derrame sobre nós o óleo
do seu amor e faça de nós instrumentos de salvação, no meio de nossas
comunidades:
O SENHOR É O
PASTOR QUE ME CONDUZ;
NÃO ME FALTA
COISA ALGUMA.
Segunda leitura –1Coríntios 15,20-26ª,28.
A comunidade de Corinto queria uma resposta para a questão da morte. Paulo com
muita competência esclarece este problema aos cristãos de todos os tempos e nos
ajuda a não ter medo da morte.
No final da
Primeira Carta aos Coríntios está a figura dos grandes temas dogmáticos de suma
importância: a nossa ressurreição. Saduceus e gregos o mistério da ressurreição
dos mortos. Os gregos admitiam a imortalidade da alma, não a ressurreição do
corpo.Esta passagem é uma das mais complexas do capítulo 15, onde Paulo elabora
sua doutrina sobre a ressurreição dos mortos. O Apóstolo se dirige aos cristãos
gregos que acreditavam na imortalidade da alma e consideravam a morte como
libertação material e corruptível. Ele próprio defende a concepção judaica da
unidade da pessoa: a pessoa humana não é composto de uma “alma e de um corpo”;
é um ser pessoal, o único que, desde a ressurreição de Cristo, sabe que Deus
lhe concederá a sobrevida, isto é, a vida após a morte.
Jubilante e
seguro, Paulo nega a teoria da imortalidade da alma e confirma a ressurreição
do corpo. Cristo ressuscitou (versículo 20). Além disso explicitará
positivamente a reta doutrina a relação íntima entre a ressurreição de Cristo e
a nossa narrada nos versículos 12-13. Apresenta não só o aspecto pessoal da
ressurreição de Cristo, mas também a redenção da humanidade.
Nos versículos
20-22 trata-se do mesmo fato no plano sobrenatural: nossa incorporação em
Cristo como cabeça exige também a ressurreição dos membros. Entretanto, o
pensamento de Paulo sugere, mais do que a possibilidade, a necessidade desta
ressurreição. Uma não se concebe sem a outra: se Cristo ressuscitou, também nós
que estamos unidos a Ele devemos ressuscitar. Relacionando a nossa ressurreição
com a de Cristo emprega a palavra “primícia”, usada para indicar os primeiros
frutos da colheita, consagrados a Deus, nos quais se julgavam incluídos e
abençoados os restantes (Êxodo 23,16; Levítico 23,10). Logo, “primícia” supõe
outros frutos que vêm depois, conotando relação, solidariedade. Aplicando esse
termo a Cristo, quer dizer que Ele não permanecerá só em sua glória, mas levará
consigo os que morreram Nele (versículo 23). Quanto a ressurreição, Cristo
surgiu agora – “primícia” – mais tarde se realizará também nos cristãos (versículo
23); Romanos 8,11; 1Tessalonicenses 4,14-17.
Nos versículos
24-26 Paulo descreve os últimos acontecimentos escatológicos: vencidos os
inimigos, acabado este mundo, Cristo entregará seu Reino ao Pai, será o “fim”.
Ele mostra que o Reino de Jesus terá vocação própria e disporá de uma duração
eterna, para que Cristo abata todos os seus inimigos (Salmo 109/110,1),
inclusive a morte (versículo 25). Aqui Paulo fala da ressurreição decorrente da
união com Cristo: a ressurreição dos justos.
É necessário,
segundo o plano de Deus, que o Cristo “reine” (versículo 25), exerça o poder
messiânico de que está possuído (Filipenses 2,9ss; Efésios 1,20ss), até que o
Pai lhe submeta e entregue todos os seus inimigos: as potências do mal, a morte
(cf. Salmo 109/110,1). A morte, considerada como a última potência inimiga,
será anulada pela ressurreição gloriosa de todos os justos.
“Para que Deus
seja tudo em todos” (versículo 28) indicam o aspecto cósmico e universal da
obra messiânica de Cristo. Não se trata de uma identificação panteísta de Deus
com o mundo, isto é, dizer que as criaturas é Deus. É identificação virtual,
moral. Deus é tudo no mundo, quando este mundo lhe submete em plenitude; o
mundo assim submetido é elevado pelo próprio Deus, passando a receber toda
vitalidade divina. Acontece uma espécie de divinização do mundo, enquanto este
participa de atributos divinos: luz, verdade, vida, santidade, amor. O Prefácio
da Ascensão do Senhor, II nos ajuda a entender essa questão quando rezamos:
“Ele após a Ressurreição, apareceu aos discípulos e, à vista deles, subiu aos
céus, a fim de nos tornar participantes da sua divindade”. Pelo mistério da sua
morte, ressurreição e ascensão, participamos da divindade daquele que assumiu a
nossa humanidade.
Deus será,
“tudo em todos”. Paulo concentra nesta frase a revelação de que Deus é amor
(cf. 1João 4,8; 1Coríntios 13) e as palavras dos profetas que anunciaram no
futuro uma plenitude derramada pelo Senhor sobre o seu Povo e sobre todas as
Suas criaturas (cf. Isaias 11,9; Abdias 2,14; Jeremias 31,33-34; Ezequiel
36,23-27). Já sem véus de sombras e de imagens, Deus será transparente em todas
as coisas e em todos os acontecimentos. Cada criatura que tiver participado no
mundo da ressurreição reconhecerá Cristo como luz própria e vida própria. Esta
experiência já é possível saboreá-la na vida presente para quem vive no amor.
Evangelho – Mateus 25,31-46. O
Evangelho deste Domingo nos traz um dos poucos textos do Novo Testamento que
representam Jesus como Rei (os textos maiores encontram-se na narração da
condenação de Jesus diante de Pilatos e do Sinédrio). Ele exerce a função do
Rei, “Filho de Davi”. Pastor escatológico de Israel (cf. a primeira leitura,
Ezequiel 34,15-17; seria bom incluir também os versículos 18-24). A segunda
leitura trata do tema do reinado escatológico, que Cristo no fim, entregará ao
Pai; será a plenitude de Deus em todos. A primeira leitura é escolhida
especificamente em vista do Evangelho.
A descrição do
Juízo Final é a conclusão do Sermão Escatológico de Mateus 24-25, e o último
ensinamento de Jesus conforme o Evangelho de Mateus. Isso já mostra sua
importância. O texto lido hoje não é um texto apocalíptico como alguns afirmam.
Também não é uma parábola, como muitos a consideram; pois seu conteúdo não é
uma imagem. É uma exortação profética à conversão, em forma de uma cena
apocalíptica. O texto mostra as três imagens de Jesus: Pastor, Rei e Juiz.
A separação
entre as ovelhas e os cabritos (versículos 32-33) é uma imagem tomada das
práticas pastorais da Palestina, em virtude das quais os pastores separavam
todas as tardes as ovelhas dos cabritos. É provável que esta parábola atribuía
a Jesus a função judiciária de pastor de Ezequiel 34,17-22.
A parte
inicial do texto faz-nos assistir às ações que se desenrolam no princípio: o
“Filho do Homem” apresenta-Se com as feições da divindade e assume a posição
não já de Mestre, mas sim de Rei, no pleno exercício das Suas funções.
A Palavra de
Jesus transporta-nos, que escutamos, para o fim dos tempos. O Rei está presente
para julgar os vivos e os mortos. Uma razão importante emerge, que revela mais
uma vez a humanidade do nosso Deus. Para julgar o homem, antes de proferir uma
sentença, decidiu vê-lo com olhos, coração e experiência de homem. É a beleza
do Mistério da Encarnação.
Por quatro
vezes são repetidas as seis obras cumpridas ou negadas (versículos 35-44). A
repetição é necessária. Devem imprimir-se na memória, serem ditas uma a uma
muitas vezes, para aprendermos e traduzirmos na vida a gramática da vida. Depois,
cada pessoa necessitada, mencionada no Evangelho, resume e indica muitos mundos
pobres, que sofrem outras fomes e outras sedes, outras nudez, estrangeiros sem
nome e novos hóspedes, novos escravos e novas fragilidades que a sociedade de
hoje gera. O discernimento da fé saberá descobrir seus rostos e a presença,
para inspirar obras de amor.
A parte alta
do diálogo e do juízo é a pergunta que será dirigida ao Senhor quer pelos
justos, quer pelos ímpios: “Quando é que te vimos?” (versículos 37-39.44). A
resposta de Jesus é idêntica: “Em verdade eu vos digo que todas as vezes que
fizestes isso a um dos menores dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes!
(versículo 45). Todos, sem exceção, justos e ímpios, ficarão surpreendidos.
Nenhum deles disseram que reconheceram Jesus.
Ele
identifica-se com cada necessitado, seu irmão. O Ressuscitado julgará “Todas as
nações” sem distinção: os que creram serão julgados pelo cumprimento do
Evangelho; os que não são cristãos, pela fidelidade à ética, à verdade e à justiça.
O critério da separação é a pratica da justiça, do direito e da misericórdia. A
lei maior é o amor ao próximo. A sentença faz-se em forma de bênção e de
maldição; a aprovação será “herdar o Reino”. O castigo, o “fogo eterno”:
lembrança do mal e de suas inevitáveis conseqüências.
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
A pergunta
feita a Caim, no início da humanidade, retorna nessa página do Evangelho: “Onde
está o teu irmão?”. Se já naquele tempo a resposta de Caim não foi aceita,
muito menos hoje podemos dizer: “Acaso sou guarda do meu irmão?” (Gênesis 4,9).
Por que? Porque, uma vez que Jesus se identificou com o sedento, com o faminto,
com o nu, o estrangeiro... servir o irmão é servir a Deus. Não existe distinção
entre esses dois serviços. “Não há teologia da libertação sem o louvor de Deus,
e nenhum louvor de Deus sem a libertação dos oprimidos”.
Jesus fala das
obras de misericórdia ensinadas pelo judaísmo: dar de comer aos famintos, dar
de beber aos que têm sede, acolher o estrangeiro, vestir os nus, visitar os
doentes, acrescentando a visita os prisioneiros; não mencionada, porém, a
educação dos órfãos e o sepultamento dos mortos, que também faziam parte das
recomendações. Quem não praticou essas obras perdeu a oportunidade de fazer
isso ao próprio Jesus presente nos necessitados. Se Ele está nos irmãos, Ele
está no meio de nós em todos os lugares e momentos.
O Reino de que
Jesus fala é um Reino não de poder, mas sim de serviço: “O Filho do Homem não
veio para ser servido. Ele veio para servir” (Mateus 20,28). Esse é o critério
do julgamento. Entrar no Reino supõe que os discípulos e discípulas tenham
seguido os passos do Pastor, do Mestre a serviço de todos, especialmente dos
mais necessitados, do Rei que vem para julgar os estão vivos e os que já
morreram.
Neste Domingo,
celebrando a realeza de Jesus, ressuscitado pela justiça e misericórdia de
Deus, somos julgados pelos pobres mais pequeninos. É possível proclamar a
realeza de Cristo enquanto seus prediletos são excluídos da liberdade e do
direito à vida digna? Chamá-lo de Cristo
Rei e deixá-Lo com fome, com sede, sem casa, nu, doente, aprisionado, sem
direito à educação em nosso meio? “Entre nós está, e não o conhecemos, entre
nós está e nós o desprezamos”.
A presença de
Cristo nos pobres, nos famintos, nos que estão sem roupa, nos enfermos, nos
abandonados não é menos real do que a Sua presença na Palavra, no Pão e no
Vinho da Eucaristia. É fácil reconhecer a sua presença na Palavra, no Pão e no
Vinho da Eucaristia; difícil é reconhecê-Lo nos sofredores, nos excluídos...
4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO
Senhor Deus, Rei do Céu
O Hino de
Louvor (Glória), venerável e antiquíssima poesia litúrgica nos diz que Deus é
Rei todo-poderoso. Outro hino, desta vez proclamado como segunda leitura, diz
que Jesus é a “imagem do Deus invisível”. Aqui se pode entender em que sentido
anunciamos e celebramos o reinado de Jesus: Ele realiza no mundo o reinado de
seu Pai. Ungido (Crismado; tornado Cristo) pelo Espírito representa-o no mundo
e dele cuida em seu nome. Por isso é Rei e Messias. Mas, além disso, é Filho
primogênito, o primeiro de toda a criação. A celebração de hoje, portanto,
recorda Jesus Rei, Cristo (Ungido/Messias e Filho). Todas estas categorias com
as quais compreendemos a pessoa e mistério de Jesus se aplicam aos cristãos,
igualmente, no Batismo, porque mediante este sacramento ligamo-nos a Ele.
Poderíamos dizer com a mesma figura evangélica, que assim entramos na dinâmica
do Paraíso, onde Jesus exerce sua realeza, envolvendo-nos a todos, pois somos o
Corpo e Ele a Cabeça. O que se aplica a Cristo, por derivação se aplica à
Igreja, à comunidade dos fiéis.
Venha a nós o vosso Reino
O Ofício
Divino, em seu Ofício de Leituras, lembra-nos pela boca de Orígenes: “Passeie,
então, Deus em nós como um paraíso espiritual, e reine só Ele, junto com seu
Cristo”. No final do Ano Litúrgico, depois que os cristãos e cristãs terem
rezado o Pai Nosso tantas vezes, suplicando o Reinado de Deus – “Venha a nós o
vosso Reino”, haveremos certamente de nos perguntar se, de fato, já o
percebemos instalado entre nós (cf. Responsório II do Ofício das Leituras). Se
nosso trato com as pessoas que nos cercam corresponde àquele que deve ser
dispensado a um membro da realeza, uma vez em si mesmo, na sua pessoa, Cristo reúne
toda a humanidade e, por menores que possam parecer, merecem ser tratados com o
mesmo respeito: “tive fome e me deste de comer; tive sede e me deste de beber,
estive nu e me vestiste. Obviamente, não para saber se quando morrermos iremos
para o céu, mas para verificar se em nós se cumpre a oração dominical: “assim na terra como no céu”, que
coincide com o que esperamos para esta Eucaristia, conforme afirmamos: obedecer na terra=viver no céu.
Dilatamos o Reinado de Deus, como membros de Cristo, homens e mulheres nascidos
de sua vitória sobre a morte, ou, reina ainda em nós o homem e mulher antigos.
Vale, então, o aviso de Orígenes: “Se queremos que Deus reine em nós, de modo
algum reine o pecado em nosso corpo mortal.”
5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA
Em cada
celebração litúrgica já participamos da plenitude desse Reino inaugurado por
Jesus. Na liturgia, a Palavra nos revela esse Reino, julga-nos, purifica-nos e
nos incentiva para construir esse Reino agora. O “Pão da imortalidade” (oração
após a comunhão) nos sustenta nessa tarefa exigente.
No Prefácio
para a Solenidade de Cristo, Rei do Universo estão muito bem elencados nos
valores desse Reino de Cristo: é eterno e universal; Reino da verdade e da
vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz. São os valores que
nos conduzem ao banquete que Cristo nos preparou. “Vinde benditos de meu Pai!”
O Mistério de
Cristo na Eucaristia ilumina o mistério de Cristo no irmão e na irmã. Nós que
aprendemos a reconhecê-lo debaixo das aparências do pão e do vinho, não podemos
deixar de identificá-lo nos irmãos necessitados.
6. ORIENTAÇÕES GERAIS
1. O ensaio de
cantos com a assembleia, a acolhida fraterna, seguido de um momento de
silêncio, de um refrão meditativo, no início da celebração, ajudam a criar um
clima alegre e orante para a celebração.
2. Neste
domingo da Solenidade de Cristo Rei e do Dia Nacional dos Leigos, a equipe de
liturgia, como um serviço importante para a comunidade de fé, ao preparar a
celebração, deve dar particular atenção às várias partes da celebração.
3. Receber de
maneira fraterna a todas as pessoas que se reúnem para celebrar, pois elas
esperam ser bem acolhidas na comunidade litúrgica.
4. Dia 24,
fazemos memória de Santo André Dung-Lac e companheiro mártires no Vietnã. Dia
25 é o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher. Dia 26, recordamos
Tiago Alberione, fundador da Família Paulina. Dia 29, com as Vésperas (Ofício
Divino) inicia-se o Tempo do Advento.
5. Hoje é o
dia do lançamento da Campanha para a Evangelização, cuja coleta se realizará no
3º Domingo do Advento. A Campanha para a Evangelização 2014, com o lema:
“Cristo é a nossa paz” (Efésios 2,14), inicia-se na Solenidade de Jesus Cristo
Rei do Universo, e se entende até o 3º Domingo do Tempo do Advento, quando é
realizada a Coleta Nacional para a Evangelização. As coletas realizadas nas
paróquias e comunidades deste dia são para as obras de evangelização da Igreja
Católica no Brasil.
7- MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas,
executados com atitude espiritual e,
condizentes com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério
celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são da Solenidade de
Jesus Cristo Rei do Universo, é preciso executá-los com atitude espiritual. A
escolha dos cantos deve ser cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de
cantar o mistério celebrado. A função da
equipe de canto não é simplesmente cantar o que gosta, mas cantar o mistério da
liturgia deste 34º Domingo do Tempo Comum. Os cantos devem estar em sintonia
com o ano litúrgico, com a Palavra proclamada e com o sacramento celebrado. Não
devemos esquecer que toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e
não de um grupo, de uma pastoral ou de um movimento.
O canto de
abertura não é para acolher o presidente da celebração nem os ministros. Ele
tem a finalidade de congregar a assembléia para participar da ação litúrgica.
Nunca dizer vamos acolher o presidente da celebração e seus ministros com o
canto de abertura.
Ensina a
Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além
de unir a assembléia, inseri-la no mistério celebrado (IGMR nº 47). Nesse
sentido o Hinário Litúrgico III da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão
gravados no CD: Liturgia VII e CD: Cantos de Abertura e Comunhão e Ofício
Divino das Comunidades.
Canto de abertura. “Escuto o que
diz Deus, o Senhor; ele diz: ‘Paz’, para o seu povo e para seus fiéis”, (Salmo
84/85,9.7). As estrofes são do Salmo 49/50. Como comunidade de fé reunida por
convocação do Senhor para o seu serviço, para sua liturgia. O nosso valor como
discípulos e discípulas de Jesus se exprime em nossa disposição de servir a
Deus que dá vitória ao seu povo, com danças, cantos celebrando o seu Amor por
nós. Por isso, é muito oportuno dar início à celebração com estes dois
versículos do Salmo 84/85. É muito adequada a versão dos versículos 9 e 7
oferecida pela CNBB-Paulus: “O Senhor vai falar-nos de paz, a seu povo e a
todos amigos, paz a quantos a ele se achegam e se alegre o teu povo contigo!,
articulado como Salmo 149, CD: Liturgia VII, melodia da faixa 20. Este Salmo
evidencia exatamente o perfil do discípulo e da discípula de Jesus que luta
pela justiça e pela paz no mundo: “Bem-Aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus”, (Mateus 5,9).
2. Hino de louvor. “Glória a
Deus nas alturas.” Vejam o CD: Tríduo Pascal I e II e também no CD:
Festas Litúrgicas I; Partes fixas do Ordinário da Missa do Hinário Litúrgico
III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por Irmã Miria Reginaldo Veloso
e outros compositores.
O Hino de
Louvor, na versão original e mais antiga, é um hino cristológico, isto é,
voltado para Cristo, que exprime o significado do amor do Pai agindo no Filho.
O louvor, o bendito, a glória e a adoração ao Pai (primeira parte do Hino de
Louvor) se desdobram no trabalho do Filho Único: tirar o pecado do mundo,
exprimindo e imprimindo na história humana a compaixão do Pai. Lembremo-nos: o
Hino de Louvor não se confunde com a “doxologia menor” (Glória ao Pai, ao Filho
e ao Espírito Santo). O Hino de Louvor encontra-se no Missal Romano em prosa ou
nas publicações da CNBB versificado numa versão que facilita o canto da assembléia.
3. Refrão para motivar a escuta da
Palavra: “Deus é amor, arrisquemos viver por amor. Deus é amor, Ele
afasta o medo”, da comunidade de Taizé, gravado no CD: “Coração confiante”, Editora
Paulinas. Próprio para este Domingo. O medo faz com que escondemos os talentos.
Pode ser retomado após o silêncio que segue a homilia.
4. Salmo responsorial 22/23. Deus
nosso Pastor. “O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma”, CD:
Liturgia VII, melodia da faixa 19.
O Salmo
responsorial é uma resposta que damos àquilo que ouvimos na primeira leitura.
Isto mostra que o salmo é compromisso de vida e ele também atualiza e leitura
para a comunidade celebrante. É um dos cantos mais importantes da liturgia da
Palavra. É um tipo de leitura da Bíblia. Por isso, é melhor que não seja
cantado por todos, mas cantado por uma só pessoa: o salmista. A comunidade toda deverá ouvir atentamente e responder
com o refrão. Sendo um canto bíblico, não deverá ser substituído por outro
canto. O salmo nos permite dar uma resposta (por isso responsorial) à proposta
que Deus nos faz na primeira leitura.
5. Aclamação ao Evangelho. “Eu
sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, Aquele que é, que era e que vem, o
Todo-Poderoso.. Somente o que tendes, segurai-o firme arte que eu venha. (Apocalipse
1,8; 2,25). De maneira muito adequada e popular é a versão que a CNBB oferece: “Aleluia...
O Princípio e o Fim sou eu, sou, o que é, o que era e o que virá...,”, CD:
Liturgia VII melodia igual a faixa 21. O canto de aclamação ao evangelho
acompanha os versos que estão no Lecionário Dominical.
6. Apresentação dos dons. A escuta
da Palavra e colocá-la em prática, deve despertar na assembléia a compaixão
para com o próximo, sobretudo os mais necessitados e abandonados pela sociedade.
A partilha nos torna sinal vivo do Senhor. “Bendito seja Deus Pai, do universo
criador”, CD: Liturgia VII, melodia da faixa 12. Este canto coloca em evidencia
a Solenidade de hoje quando cantamos que Deus é o criador “do universo, pelo
pão e pelo vinho que nós recebemos, foi de graça e com amor”.
8. Canto de comunhão. “Quando o
Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os seus anjos [...]
Todos os povos da terra serão reunidos diante dele”, Mateus 25,31-32. Somos benditos
do Pai quando servimos Jesus Cristo nos sofredores. É muito interessante e
adequada a versão destes versículos de Mateus oferecida pela CNBB-Paulus: “O
Filho do Homem virá, virá, na sua glória virá, virá, para julgar virá, virá,
todos os povos e reinará”, articulado com o Salmo 49/50, CD: Liturgia VII,
melodia da faixa 22.
De fato de a
Antífona da Comunhão, em geral, retomar um texto do Evangelho do dia revela a
profunda unidade entre a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística e
evidencia que a participação na Ceia do Senhor, mediante a Comunhão, implica um
compromisso de realizar, no dia-a-dia da vida, aquela mesma entrega do Corpo e
do Sangue de Cristo, oferecidos uma vez por todas (Hebreus 7,27).
O Missal oferece muita
flexibilidade na organização da comunhão, não diz que se deve cansar a
assembleia com muitos cantos. Também não tem sentido depois que os fiéis
comungarem, continuar executando o canto até a última estrofe cansando a assembleia.
É uma regra de bom senso.
8- O ESPAÇO CELEBRATIVO
1. Preparar o
espaço da celebração, destacando o Círio Pascal, a fonte batismal, além da mesa
da Palavra e da Eucaristia. A cor litúrgica desta festa é o branco.
2. Usar, no
arranjo, flores coloridas, a fim de demonstrar a harmonia desejada para o Reino
(evitar excessos, mas caprichar na harmonia). A alegria desta Solenidade deve
estar bem evidente no espaço celebrativo onde o Povo de Deus se sinta feliz.
Não podemos esquecer que o espaço celebrativo deve ser acolhedor.
9. AÇÃO RITUAL
Para criar um
clima orante, reunindo os corações, enquanto se acende as velas do Altar
cantar: “Onde reina o amor, fraterno amor, Deus aí está”.
O acendimento
do Círio Pascal antes do canto de abertura, também pode ser seguido de uma
aclamação a Cristo: Jesus Cristo ontem e
hoje, e por toda a eternidade, e por toda a eternidade. Hinário Litúrgico I
da CNBB com letra e partitura, página 17.
Ritos Iniciais
1. Sugerimos,
para esta celebração, a saudação presidencial “d” que retoma elementos
importantes citados na homilia acima: esperança, alegria e fé. A saudação
paulina (Romanos 15,13) vai ajudar a evidenciar o mistério celebrado:
“O Deus da esperança, que nos cumula de toda
alegria e paz em nossa fé, pela ação do Espírito Santo, esteja convosco”.
2. Após o
sinal da cruz e a saudação do presidente, as comunidades que já deixaram de
fazer comentário antes do canto de abertura, porque entenderam o rito da Igreja
e a primazia da saudação (Palavra de Deus que nos convoca), podem propor o
sentido litúrgico com palavras semelhantes a estas:
Sejamos todos bem-vindos à festa de Cristo
Rei, dia do leigo e da leiga. O Reino de Jesus é um Reino de justiça, vida, paz
e liberdade. Contemplamos a realeza de Cristo na doação de sua própria vida,
recebemos dele o mandamento de servi-Lo junto aos irmãos e irmãs mais
necessitados.
3. No lugar do
Ato Penitencial, proceda-se com a bênção da água e aspersão em recordação ao
nosso Batismo pelo qual participamos da missão profética, sacerdotal e régia
(serviço) de Jesus. Neste caso, a monição ou introdução do rito deve recordar
aos fiéis que todos fomos criados e tratados por Deus, segundo a dignidade real
que o pecado deteriora e o Batismo recupera. É uma maneira, também, de recordar
ritualmente a importância e o papel dos leigos e leigas para a vida da Igreja,
uma vez que todos participam da mesma realeza e sacerdócio de Cristo Jesus,
pelo Batismo – neste Domingo, no Brasil celebra-se o “Dia dos fiéis leigos e
leigas”. A aspersão deve ser acompanhada de um canto apropriado.
4. A oração do
dia começa exaltando o poder de Deus que restaura todas as coisas no Filho, rei
do universo. Também pede que nos liberte da escravidão para que possamos servir
a Deus com liberdade e O glorifiquemos eternamente.
Rito da Palavra
1.
Após a homilia caberia um gesto comum à toda assembléia, diante do Evangeliário
e da Cruz em consentimento à Palavra proclamada, que nos reúne e julga segundo
o infinito amor de Deus. Para acompanhar e conferir sentido e beleza ao gesto,
escolha-se um hino ou refrão meditativo como por exemplo: Alegria em Deus, CD:
Comunidade de Taizé, Paulinas. Ou o refrão: “Deus é amor, arrisquemos viver por
amor. Deus é amor, Ele afasta o medo”, da comunidade de Taizé, gravado no CD:
“Coração confiante”, Editora Paulinas.
2.
É muito oportuno rezar o Credo Niceno-Constantinopolitano. Ele ressalta e
explicita a profissão de fé em Jesus de maneira mais completa.
3.
A oração dos fiéis deve ser uma verdadeira súplica da assembléia que deseja e
espera que o Reino de Deus se estabeleça no mundo. A cada prece responder cantando: Senhor, venha a nós, o vosso Reino!
Rito da Eucaristia
1. Preparação
das oferendas. Se, no Domingo anterior, foi pedido que se trouxessem ofertas de
alimentos, de roupas... organizar a procissão e depositá-las no local
escolhido. Enquanto isso, recordem-se as iniciativas pessoais e comunitárias em
favor dos pobres: creches, escolas, hortas comunitárias, mutirões, etc. Tudo
representa uma “coroa” para o Cristo Rei que hoje celebramos.
2. A oração
sobre as oferendas destaca que os dons do pão e do vinho nos reconciliam com
Deus. Suplicamos que o Filho Jesus, Rei do universo conceda paz e união a todos
os povos da terra.
3. Não se pode
esquecer neste Domingo do Prefácio de Cristo Rei do Universo que põe em
evidencia que esse Reino é de justiça, de amor e de paz. No final do Missal
Romano, encontram-se partituras com melodias que podem ser aproveitadas para
seu ser cantadas pelo presidente. O Hinário Litúrgico da CNBB III também traz
boas opções nas páginas 69-70.
4. Toda a
Oração Eucarística seja bem participada pela assembléia, com atitude de louvor
e de oferenda de sua vida com Cristo, ao Pai. O Amém final seja vibrante,
cantado e acompanhado pelo gesto das mãos em oferta.
Ritos Finais
1. Na oração
depois da comunhão pedimos a Deus que alimentados pelo pão da imortalidade
possamos obedecer a Cristo rei na terra e viver com Ele eternamente.
2.
Reservar um momento para a divulgação e o convite ao engajamento na Pastoral
Social (Promoção Humana) da comunidade.
3. Embora o
Missal Romano não nos traga uma bênção solene para esta ocasião, o terceiro
formulário para o Tempo Comum se enquadra bem para este Domingo: “Sempre vos
alimente com os ensinamentos da fé e vos faça perseverar nas boas obras”.
Oriente para ele os vossos passos, e vos mostre o caminho da “caridade e da
paz”.
4. As palavras
do rito de envio podem estar em consonância com o mistério celebrado: Socorrei Jesus
Cristo nos irmãos necessitados. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
O cristão é
chamado a seguir Jesus; a Igreja é um povo real. Isto quer dizer: todos, somos
convocados para usar uma expressão do Apóstolo Paulo a ter em nós os mesmos
sentimentos que Cristo teve. Os sentimentos Dele foram de serviço, compromisso
com a libertação dos pequenos e necessitados e renúncia a todos os títulos de
grandeza humana.
O objetivo da
Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as
comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa
diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos
Pe.
Benedito Mazeti
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