quinta-feira, 8 de outubro de 2015

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA - ANO B

12 de outubro de 2015

Leituras

         Ester 5,1b-2;7,2b-3
         Salmo 44/45,10bc.11.12ab.16
         Apocalipse 12,1.5.13a.15-16a
         João 2,1-11


“FAZEI TUDO O QUE ELE VOS DISSER”


1- PONTO DE PARTIDA

Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Hoje fazemos memória da Páscoa de Jesus, celebrando a Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que em 1930 foi proclamada pelo papa Pio XI, a padroeira do Brasil, “para promover o bem espiritual dos fiéis e aumentar cada vez mais a devoção à Imaculada Mãe de Deus”.

Sua imagem colhida por três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, em outubro de 1717, quando lançavam suas redes no Rio Paraíba, é hoje venerada no Santuário Nacional em Aparecida por multidões de peregrinos e peregrinas de todas as partes do Brasil e até de outros países.

A devoção e o amor dos fiéis à Mãe de Deus aproximam-nos do Pai. Pelo exemplo de Maria buscamos sempre mais viver o nosso sim ao seu plano de amor. Por isso, a Igreja fez do pequeno oratório a Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, solenemente dedicada pelo papa João Paulo II, em 4 de julho de 1980.

Como os pescadores que sentiram, através da imagem que encontraram, a presença da Mãe de Deus em suas vidas, pedimos sempre seu amor maternal e sua constante intercessão: “Mostrai-nos ser nossa Mãe, levando a nossa voz a quem, por nós nascido, dignou-se vir a nós” (Liturgia das Horas IV, Vésperas, 12 de outubro, página 1376).

Lembremos também hoje todas as crianças, na comemoração de seu dia, e do início da resistência indígena na América Latina, com a chegada da expedição de Cristovão Colombo.

2- REFLEXÃO BÍBLICA, EXEGÉTICA E LITÚRGICA

Primeira leitura - Ester 5,1b-2;7,2b-3. O livro de Ester, um relato muito didático e lido durante a alegre festa de Purim, narra a libertação do povo que está no exílio, na terra estrangeira da Pérsia, (hoje Irã), sob o imperador Xerxes (486-465 a.C.), o qual na história (meguilot), toma o nome de Assuero. Ester jovem judia é tomada como esposa pelo imperador.
O rei Assuero era casado com Vasti, possuía um ministro, Amã, que odiava Mardoqueu e o povo judeu por lhe negarem honras (prostração, genuflexão). Essas devidas honras eram exclusivamente a Deus. Um dia Assuero ofereceu um banquete aos nobres da corte, enquanto Vasti promoveu o banquete das mulheres. O rei, embriagado, mandou chamar a esposa para ostentá-la aos convidados (convivas). Vasti, levada pelo pudor, ou por soberba, negou-se a ser vedete daqueles olhares de homens embriagados. Diante disso, o rei ficou cheio de ódio, e mandou sua esposa Vasti embora de casa e do reino. Funcionários da corte recolheram moças virgens e belas, para que o rei escolhesse a sua nova esposa. Ester, jovem israelita muito linda, sobrinha e adotada de um tal Mardoqueu, líder hebreu, destacava-se entre as candidatas. A preferência do rei caiu sobre ela, tomando-a como esposa e, conseqüentemente, rainha (capítulo 2). Enquanto isso, os judeus passavam por maus momentos sob os maus tratos de Amã (capítulo 3). Mardoqueu dirigiu-se então a Ester a fim de, como esposa amada, interferir junto a Assuero em favor dos judeus (capítulo 4).

Foi quando Ester depois de três dias de jejum e oração com seu povo (4,16), apresentou-se toda majestosa, mas também angustiada dentro do palácio, diante do trono real, invocando a Deus providente e salvador. Ela deve ter pedido uma audiência ao rei que lhe foi concedida, graças ao encanto de sua beleza pessoal, que anulou a indignação inicial de Assuero frente ao imprevisto, tornando-o meigo e afável para com ela. A atitude de Ester não foi tanto para agradar ao rei, mas para suspeitar da gravidade do assunto.

Assuero insistiu com a rainha sobre qual seria seu pedido. Ia atender mesmo que ela pedisse a metade do reino. É questão de vida ou de morte para mim e para o meu povo... a seguir foi desmascarado o plano do opressor Amã, com a sua conseqüente execução e a promoção de Mardoqueu. Desde modo, salvou-se Israel, graças à poderosa intercessão de Ester.

“Achar graça” significa: agradar, corresponder ao plano e à expectativa. “Até metade do meu reino”. Vários escritores eclesiásticos (Tomás, Gerson, Afonso) forçam o sentido do texto, aplicando-o a Cristo que teria reservado metade do reino a si (poder, justiça) e cedido outra metade a Maria (misericórdia).

Ester prefigura Maria pela beleza e poder de intercessão. Eva perdeu com sua soberba o paraíso, - Vasti perdeu o reino. Ester com sua humildade cativou Assuero, - Maria ao invés foi Mãe amável até com os pecadores. O relato de Ester, enfim aponta os planos insondáveis de Deus na libertação do povo eleito e na punição dos inimigos.

Salmo responsorial – Salmo 44/45,11-16. O Salmo 45/44 é uma dedicatória do poema, recitado na presença do rei, portanto é um salmo de realeza. O poema finge cumprir o encargo do rei de ganhar o coração de uma princesa: o amor, e a influência a convencerão. O poema descreve o séquito nupcial: a rainha e o cortejo das jovens. A princesa apronta-se para o casamento e nada diz. Suas vestes é que “falam” A liturgia por sua vez estende a alegoria, aplicando-a a Nossa Senhora.

Celebremos a fidelidade de Deus que ama o seu povo como um noivo ama a sua noiva. Deus pode se encantar com nossa Igreja, vestida de justiça, conforme cantamos no salmo 44, Deus continua nos amando.

O rosto de Deus deste Salmo é muito parecido com o dos Salmos 95/96 e 96/97. A expressão “amor e fidelidade” (versículo 3a) recorda que esse Deus é o parceiro de Israel na Aliança. Mas é também o aliado de todos os povos e de todo o universo em vista da justiça e da retidão. É um Deus ligado com a história e comprometido com a justiça. Seu governo fará surgir o Reino.

Todos os evangelistas gostam de apresentar Jesus como Messias, o Ungido do Pai para a implantação do Reino, que faz surgir nova sociedade e nova história. Justiça e retidão foram Suas características. De acordo com os evangelistas, o trono do Rei Jesus é a cruz. E na sua ressurreição, Deus manifestou sua justiça às nações, fazendo maravilhas, de modo que os confins da terra puderam celebrar a vitória do nosso Deus. 

O Salmo de hoje, portanto, celebra a festa de casamento de um rei e uma princesa; mas para nós é a celebração da Aliança que Deus faz com seu povo. Costumamos rezá-lo pensando em Jesus Cristo como Rei ou em Maria de Nazaré como lindíssima esposa e primeira da lista dos ressuscitados com Cristo.

R: ESCUTAI, MINHA FILHA, OLHAI, OUVI  ISTO:
     QUE O REI SE ENCANTE COM VOSSA BELEZA!

Segunda leitura – Apocalipse 12,1.5.13a.15-16a.  Para entender “o sinal do céu” que consiste em “uma mulher vestida do sol” com alua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça (12,1), é preciso fazer referência, primeiro, aos textos onde aparece a expressão “sinais do céu” (Marcos 8,11; Mateus 16,1) ou “sinal do céu” (Mateus 24,30). O contexto em que se usa ai esta expressão faz desconfiar que ela em Apocalipse 12 tem um sentido escatológico e se liga à instauração perfeita do Reino de Deus. Em segundo lugar refere-se ao Gênesis 37,9. No seu segundo sonho José viu que “o sol e a lua e onze estrelas se prostravam diante dele”. O sol e a lua representam o pai e a mãe de José e as onze estrelas seus irmãos. Isto faz sugerir que a mulher de Apocalipse 12,1 representa o povo de Deus, cujas doze tribos descendem dos doze filhos de Jacó. Inclui também a possibilidade de simbolizar o novo povo de Deus, fundado sobre os doze apóstolos.

A figura da “mulher vestida do sol com a lua debaixo de seus pés” faz ainda lembrar Isaias 60. Aí Jerusalém é imaginada como uma mulher, esposa de Deus e mãe do povo de Deus escatológico.

A leitura do Apocalipse nos apresenta a mulher símbolo da comunidade. Ela está adornada de todo o seu esplendor: veste de sol, sinal da glória do Senhor, isto é, é protegida por Deus; tem aos pés a lua, símbolo de alguém que não será vencido pelo passar do tempo, isto é, já possui a eternidade de Deus; usa uma coroa de doze estrelas, simbolizando o povo de Deus, o antigo Israel, com suas doze tribos, do qual nasceu, e depois o novo Israel, a Comunidade-Igreja, Corpo de Cristo, Povo de Deus perseguido pelo dragão. Está grávida, na hora de dar à luz, como Maria e a Igreja, que fazem Jesus nascer na história e na vida das pessoas.

Não se trata, digamos logo, de uma reflexão em torno da figura de Maria e sim de um chamado endereçado a comunidades cristãs, sofredoras e desanimadas, para que descubram melhor tanto o significado do compromisso de sua fé no Ressuscitado como o sentido do desafio ao qual esta fé as mede no cotidiano de sua existência presente.
O autor do apocalipse parece bem abrir o horizonte de sua mensagem à Igreja inteira. Uma Igreja que, logo depois dos anos 70, defronta-se com uma série de problemas concretos: o atraso da volta do Senhor, as perseguições do Império Romano, as suas próprias divisões interna. Uma Igreja que, sem dúvida nenhuma, sofre, mas cujo primeiro impulso religioso parece também ter-se congelado.

Essa incompatibilidade entre a Mulher e o dragão remete diretamente ao Gênesis 3,15, e se fica claro que essa criança é o Messias esperado (Apocalipse 12,5) que já veio, andou no meio dos homens, morreu e ressuscitou, esse Messias assim como o Reino que inaugurou permanecem realidades que o próprio povo de Deus (a mulher-Igreja) tem ainda hoje que produzir.

A aplicação desse texto à Virgem Maria tem um fundamento tradicional. Santo Agostinho e São Bernardo viram na Mulher do Apocalipse o símbolo de Maria, embora um tal sentido seja estranho ao autor do Apocalipse. No entanto todos os textos da Escritura Sagrada que traz presente o mistério da Igreja podem ser aplicados à Virgem Maria, na medida em que o seu verdadeiro mistério se inscreve no mistério da Igreja e o ilumina ao mesmo tempo, conforme lembrou o Concílio Vaticano II. A “Mãe do Messias” representa assim muito mais que uma pessoa individual.

Evangelho – João 2,1-11. A transformação da água em vinho a apresentada pelo quarto Evangelho como o “início dos sinais” realizados por Jesus (2,11). Nesta passagem, como aliás através de todo o Evangelho, o termo “sinal” é empregado de uma forma própria de João. Indica os milagres de Jesus. João não se prende ao conteúdo exterior ou material dos acontecimentos. Ele procura o seu significado. Os milagres revelam em João mais claramente que Mateus, Marcos e Lucas o sentido profundo dos atos de Jesus, eles revelam quem Ele é. Assim a cura do cego de nascença (João 9) nos manifesta Jesus como a Luz do mundo (João 9,5: enquanto estou no mundo, eu sou a luz do mundo”), a ressurreição de Lázaro (João 11) nos revela o Cristo como “a ressurreição e a vida” (João 11,25).

Uma das idéias centrais do Evangelho de hoje é o tema da substituição das realidades antigas pelas novas. Este tema das coisas novas está de ponta a ponta no Evangelho de João. Em João 1,14, a tenda da Aliança, lugar privilegiado da presença de Deus no povo eleito, é substituída pela humanidade de Jesus Cristo (“E o Verbo se fez carne e armou sua tenda entre nós e nós vimos a sua glória...). Em João 2,21, o Templo de Jerusalém dá lugar ao novo Templo que é o corpo de Jesus (“Ele, porém, falava do templo do seu corpo”). Em João 4,21-24, o culto em Jerusalém ou no monte Garizim torna-se um culto “em espírito e verdade”. Em João 6,49-50, o maná do deserto é substituído pelo “pão descido do céu”.

Aqui, as seis talhas de pedra para a purificação dos judeus, “contendo cada uma de duas a três medidas” (João 2,6), representam o Judaísmo. E a enorme quantidade de vinho – 480 a 720 litros – é já no Primeiro Testamento (Amós 9,13-14 e Oséias 14,8) sinal da presença do Messias.

Portanto, a afirmação de Maria: “eles não têm vinho” (2,3) é uma constatação simples e clara da esterilidade ou fim do Judaísmo. E a exclamação do mestre-sala dirigida ao noivo (o Cristo!): “tu guardaste o bom vinho até agora!” (2,10) é uma proclamação da chegada dos tempos messiânicos. Em outras palavras, diante do Cristo, as instituições judaicas perdem o seu sentido. Jesus é agora o único caminho que leva ao Pai. Ele é a manifestação plena e definitiva de Deus entre no meio da humanidade. O versículo 6 ao falar das seis talhas de pedra, traz à tona a necessidade de mudança de uma religião que já não tem um vinho novo para oferecer, principalmente para os mais pobres. Se o Judaísmo fosse pra ser continuado teria que ter 7 talhas de pedra.

Tudo acontece numa festa de casamento em uma aldeia sustenta e unifica um grande número de ações simbólicas. Momento que costuma unir muitas pessoas, o matrimônio é, no Primeiro Testamento, símbolo freqüente do amor do Senhor pela comunidade. No Novo Testamento, é símbolo da união do Messias com a Igreja. O vinho é dom do amor e se anuncia como dom messiânico e símbolo do Espírito Santo.

No Evangelho de João, o “terceiro dia” refere-se ao terceiro dia depois da promessa feita a Natanael, sete dias depois do testemunho de João Batista, em Betânia, perto do Rio Jordão. O sinal em Caná passa-se no sétimo dia, como releitura da primeira semana do livro do Gênesis. É a primeira manifestação da glória de Jesus.

O uso da palavra “mulher” não é um tratamento ofensivo, mas um costume grego existente na época e significa “senhora”.

Qual é o papel de Maria nesse casamento? Ela está presente, mas não diz que ela seja uma simples convidada. Sua presença é importante, pois possui autoridade de circular entre os criados e dar-lhes a ordem de obedecer a seu filho Jesus: “Fazei tudo o que ele vos disser” (2,5). Ela sabe o que acontece e tem conhecimento da necessidade do vinho.

Conforme as notícias de Eusébio, Judas Tadeu teria sido o esposo nas núpcias de Caná (bodas de Caná), isso explicaria a presença de Maria e de Jesus. Dada a notoriedade de Tiago na Igreja primitiva, Judas era sempre lembrado como irmão de Tiago. O breve escrito de Judas Tadeu é severa advertência contra os falsos mestres e convite a manter a pureza da fé.

3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA

Hoje, nesta Divina Liturgia, nós nos reunimos para participar da festa de casamento de Deus com a humanidade, ouvindo a Palavra e rendendo graças por tão grande salvação; repartindo e comendo o pão na refeição que o Senhor nos oferece.

O sinal de Caná fala do amor conjugal de Deus para com a humanidade, no desejo de contrair com ela uma Aliança nupcial. O casamento de Deus com a humanidade sempre deu e dará certo, porque Ele não provoca divórcio. Importa, então, reler o Evangelho na perspectiva e na luz da sua presença, como ressuscitado em nosso meio. A festa das bodas de Caná tem profundo sentido simbólico-sacramental.

Assim como Jesus foi convidado para a festa de casamento, junto com seus discípulos, talvez possamos dizer que é Ele quem nos convida a melhor conhecê-lo nesta festa litúrgica.

O Evangelho de João recupera duas idéias básicas do Primeiro Testamento: aliança e criação.
Jesus nas bodas de Caná inaugura a Nova Aliança e dá início à Nova Criação. Nesta festa, tem início a nova humanidade. O fundamento da nova humanidade é a Aliança que Jesus, Cordeiro-Esposo, realiza com a humanidade. A presença de Jesus em um casamento sem vinho quer significar que Ele é o esposo ou noivo da humanidade.

O primeiro sinal que Jesus realiza acontece no terceiro dia, lembrando o dia da ressurreição, da nova criação, da transformação da situação de menos vida para uma vida plena e cheia de alegria. A mãe de Jesus é parte integrante da realização desse sinal.  Nela se manifesta o povo simples e pobre que espera a chegada do reino do Amor, a plenitude da salvação. A função de Maria não está determinada apenas de ser a mãe física de Jesus, mas sua figura e sua atuação devem ser entendidas em termos do seguimento, do discipulado de Jesus e de seu projeto.

A liturgia de hoje nos convida a contemplar a mãe de Jesus como uma mulher maravilhosa que não acompanha os projetos desse mundo, mas luta para que se realize o que Deus sonhou para a humanidade. Maria é símbolo dessa humanidade que realiza o projeto de Deus e faz o “que Jesus mandou”.

A sua hora ainda não chegou, pois está no começo da sua vida pública. A festa já começou, mas atingirá o seu cume quando “chegar a hora” de Jesus, no Calvário; quando Ele dará sua vida por amor à esposa; quando, do seu coração aberto pela lança sairá “sangue e água” (João 19,34). Em Caná, Ele só dá um sinal daquilo que há de realizar. Na hora em que passar deste mundo para o Pai (cf. João 13,1), Ele dará realmente a água “que jorra para a vida eterna” (João 4,14), água que se transformou em vinho, que comunica alegria.

Nossas comunidades, nossa sociedade e nossos políticos se parecem com a Maria do Evangelho, com a mulher do Apocalipse. Com Ester que luta pela vida de seu povo?

4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO

A antífona de entrada da Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida retoma um texto de Isaias que, em chave matrimonial se refere a Israel como noiva ornada e revestida de justiça. Esse texto é aplicado à Virgem Maria como imagem da comunidade cristã que, tendo em seu ventre o Verbo Encarnado, vê-se revestida de Cristo. Esta leitura litúrgica do texto bíblico junta com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, pois a escultura de argila apresenta Maria de Nazaré grávida. Celebrar a memória solene da Mãe Aparecida nos faz reconhecidos e participantes da vida de seu Filho, cuja hora nela se antecipa. A hora de Jesus, de sua plena revelação à humanidade se nos antecipa, e já a comunicamos e manifestamos mediante uma vida na justiça e na paz (cf. Oração do Dia).

Ela é uma mulher igual a tantas mulheres, filha desta terra, que Deus elege e convoca para ser modelo do discípulo e da discípula fiel, capaz de portar em suas entranhas sua Palavra e dá-la à luz no mundo e para a vida deste. Conforme o Prefácio da Imaculada Conceição, esta mulher cheia de humildade, tornou-se cheia de graça pois Deus a enriqueceu em vista de sua maternidade. Sua santidade, portanto, concerne à sua constituição, pela ação divina e sua abertura humana, de “Porta-Estandarte” da Palavra de Deus. É por esse favor que Deus lhe concede que celebramos o Mistério Pascal de Jesus em sua honra (cf. Oração sobre as oferendas).

A “Festa de Casamento”, em grego gamos, é, na Bíblia, sinal do Reinado de Deus. É uma imagem muito recorrente porque recorda que nossa vida é trabalho e festa. Mas é esta última realidade – a festa – quem dá o sentido da primeira – o trabalho. O labor de cada dia tem seu rumo definido pelas festividades que enxergam no trabalho mais do que o esforço pela sobrevivência ou pela produtividade. Na festa, o homem e a mulher se reconhecem “anteriores” ao trabalho e mais importantes que ele. É o momento do respiro, do descanso, da gratuidade: a festa é ocasião de experimentar a beleza das relações pelo que elas são e não pelo que produzem. Descobrem-se fraternalmente ligados, irmanados. Uma vez tendo recordado esta importante dimensão da vida, retornam às atividades cotidianas com novo impulso, sentindo-se mais povo, mais irmãos e co-responsáveis pela alegria do mundo (cf. Oração depois da comunhão).

A celebração, portanto, como as bodas de Cana, antecipa a hora de Deus e revela de onde procede a nossa alegria: há alguém que trabalha por nós, ocupa-se de nossa felicidade e da manutenção de nossa alegria, o que equivale ao Reinado de Deus que é antecipado na história humana. Neste sentido escreve Clemente de Alexandria: “Celebramos a vida como uma festa solene, convencidos de que Deus está em toda a parte e por todos os lados nos envolve: lavramos a terra elevando louvores, navegamos cantando hinos e conduzimo-nos, em toda a nossa vida, por determinadas regras” (Clemente de Alexandria, Stromata VII in. Antologia Litúrgica. Textos litúrgicos, patrísticos e canônicos do primeiro milênio. Fátima, Secretariado Nacional de Liturgia: 2003, n. 447).

5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA

Lembrando Maria, Aparecida na rede de pobres pescadores e trazendo a cor negra, bendizemos ao Senhor da Vida e sua afeição pelos pequenos e sofredores.

Unimos nossa voz ao clamor de todo o povo pobre, peregrino em busca de melhores condições de vida, força e alento para vencer suas dificuldades. Que o Senhor renove nosso desejo de optar sempre e, em primeiro lugar, pela vida.

Fazendo o que ela nos mandou, com Maria participamos do banquete da vida pela Palavra e pela Eucaristia. Saboreamos do vinho novo que nos alegra, nos torna atentos às necessidades dos outros e nos encoraja na luta para que não falte a alegria na festa da vida, principalmente para as crianças, os povos indígenas e afro-descendentes.

“Contemplando hoje Maria, Mãe do Senhor, primeira evangelizada e primeira evangelizadora, invocada no Brasil com o título de Nossa Senhora Aparecida, ícone da Igreja em missão, sejamos inspirados com seu exemplo de fidelidade e disponibilidade incondicional ao reino de Deus” (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, n. 216).

6- ORIENTAÇÕES GERAIS

1. A cor das vestes litúrgicas é o branco ou uma cor festiva.

2. Valorizar, neste dia, a participação das mulheres nos vários ministérios litúrgicos. Dar destaque à participação das crianças.

5. A narrativa da instituição da eucaristia não é uma imitação da última ceia; por isso “não se parte o pão neste momento como algumas vezes acontece.” A liturgia eucarística, como se disse, é fazer o que Jesus fez: tomou o pão e o vinho, deus graças, partiu o pão e o deu (comer e beber). O partir o pão, como Jesus fez, corresponde à fração do pão em vista da comunhão. Por isso, a Redemptionis Sacramentum, número 55, considera um abuso partir o pão durante o relato da instituição.

6. Para os cantos ver o CD: Festas Litúrgicas III e Festa Litúrgica I, Ofício Divino das Comunidades e também o Hinário Litúrgico 4 apresenta sugestões nas paginas 168-227.

7- MÚSICA RITUAL

O canto é parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos “cantar a liturgia” e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas, executados com “atitude espiritual” e, condizentes com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são da Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, “é preciso executá-los com atitude espiritual.” A escolha dos cantos deve ser cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério celebrado. Jamais os cantos devem ser escolhidos para satisfazer o ego de um grupo ou de um movimento ou de uma pastoral. Não devemos esquecer que toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de uma pastoral ou de um movimento.

A escolha dos cantos para as celebrações seja feita com critérios válidos. Não se devem escolher os cantos para uma celebração porque “são bonitos animados e agradáveis”, ou porque “são fáceis”, mas porque são litúrgicos. Que o texto seja de inspiração bíblica, que cumpram a sua função ministerial e que se relacionam com a festa ou o tempo. Que a música seja a expressão da oração e da fé desta comunidade; que combinem com a letra e com a função litúrgica de cada canto.

1. Canto de abertura. Júbilo de Maria. “De alegria vibrei no Senhor,” CD: Festas Litúrgicas III, melodia da faixa 1; “Tu és a glória de Jerusalém..”, CD: Festas Litúrgicas I, melodia da faixa 1; “Ave Maria cheia de graça mãe do Senhor... com as estrofes: “Louva Jerusalém, louva o Senhor teu Deus... do Salmo 147, CD: Liturgia IV, faixa 8 (Advento); “Ó povos, venham todos, louvemos ao Senhor”..., Salmo 23... mesma melodia de: “Os filhos dos hebreus... CD Liturgia XIII, faixa 16, (Quaresma) ou no Ofício Divino das Comunidades, páginas 43-45; “Reis e nações, Salmo 2, com o refrão próprio: “Mãe do Senhor, vimos hoje celebrar!/ Mãe do Senhor, vem conosco cantar!, Caderno de música do Ofício Divino das Comunidades, página 16.

2. Hino de louvor. “Glória a Deus nas alturas.” Vejam o CD Tríduo Pascal I e II e também no CD Festas Litúrgicas I; Partes fixas do Ordinário da Missa do Hinário Litúrgico III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por Irmã Miria e Reginaldo Veloso e outros compositores.

3. Salmo responsorial 44/45. A filha do Rei. “Escuta, minha filha..., CD: Festas Litúrgicas III melodia da faixa 3.

Para a Liturgia da Palavra ser mais rica e proveitosa, há séculos um salmo tem sido cantado como prolongamento meditativo e orante da Palavra proclamada. Ele reaviva o diálogo da Aliança entre Deus e seu povo, estreita os laços de amor e fidelidade. A tradicional execução do Salmo responsorial é dialogal: o povo responde com um refrão aos versos do Salmo, cantados um ou uma salmista. Deve ser cantado da mesa da Palavra.

4. Aclamação ao Evangelho. “Fazei tudo o que meu Filho mandar” (João 2,5b). “Disse a mãe de Jesus aos serventes:...”, CD: Festas Litúrgicas III, melodia faixa 4. O canto de aclamação ao evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário Dominical, página 1039.

Aleluia é uma palavra hebraica “Hallelu-Jah” (“Louvai ao Senhor!”), que tem sua origem na liturgia judaica, ocupa lugar de destaque na tradição cristã. Mais do que ornamentar a procissão do Evangeliário, sempre foi a expressão de acolhimento solene de Cristo, que vem a nós por sua Palavra viva, sendo assim manifestação da fé presença atuante do Senhor. No caso de uma procissão do Lecionário (ou da Bíblia) já ter sido feita antes da primeira leitura, poderia ser executada uma dança (litúrgica) antes da proclamação do Evangelho, ao ser cantado o Aleluia.

A aclamação ao Evangelho é um grito do povo reunido, expressando seu consentimento, aplauso e voto. É um louvor vibrante ao Cristo, que nos vem relatar Deus e seu Reino no meio das pessoas. Ele é cantado enquanto todos se preparam para ouvir o Evangelho (todos se levantam, quem está presidindo vai até ao Ambão).

Preserve-se a aclamação ao Evangelho cantando o texto proposto pelo Lecionário Dominical. Ele ajudará a manifestar o sentido litúrgico da celebração, conforme orientações da Igreja na sua caminhada litúrgica.

5. Canto Pós-Homilético. “Viva Mãe de Deus e nossa...”

No Tempo Medieval, era costume o povo responder à pregação com o canto de “Kyrie Eleison”!’.

Houve, no passado, pregadores famosos, que deixavam o povo cantar cânticos no início ou no fim da sua pregação.

A forma ideal de um Canto Pós-Homilético seria a forma “aberta” de um canto alternado. Um canto estrófico (“fechado”) ia isolar muito a Oração dos Fiéis (Oração Universal), enquanto a Liturgia da Palavra somente termina após as preces.

Um canto estrófico, que repetisse com outras palavras o episódio do Evangelho, teria um lugar mais conveniente após a Comunhão como meditação. O canto Pós-Homilético não deve ser muito longo

6. Apresentação dos dons.  O canto de apresentação das oferendas, conforme orientamos em outras ocasiões, não necessita versar sobre pão e vinho. Seu tema é o mistério que se celebra acontecendo na fraternidade da Igreja reunida em oração na Solenidade de Nossa Senhora Aparecida. Sem dúvida este canto é o mais apropriado para este momento por ser uma festa da Mãe de Deus. A escuta da Palavra e colocá-la em prática, deve gerar na assembléia a partilha para que ela possa ser sinal vivo do Senhor. Devemos ser oferenda com nossas oferendas. “Como vai ser?...”, CD: Festas Litúrgicas III, melodia da faixa 10.

7. Canto de comunhão. A mulher dedicada à sua família (Pr. 31,28.15).  “Bendirei ao Senhor todo tempo”, salmo 33/34, CD: Festas Litúrgicas III, melodia da faixa 11. Outra opção é o canto “Ouvistes a Palavra de Deus”, CD: Liturgia III, melodia da faixa 12.

O Missal Romano oferece muita flexibilidade na organização da comunhão, não diz que se deve cansar a assembleia com muitos cantos. Também não tem sentido depois que os fiéis comungarem, continuar executando o canto até a última estrofe cansando a assembleia. É uma regra de bom senso.

8- ESPAÇO CELEBRATIVO

1. Colocar na porta principal do local onde a comunidade se reúne, um cartaz contendo fotos e imagens de mulheres do nosso povo e também das várias imagens de Maria, Mãe do Senhor. No centro ficará escrito apenas: “Mulher do povo, Senhora d’Aparecida, Mãe do Senhor”. No interior da Igreja, o lugar da imagem da Mãe do Senhor seja ornado com flores e incenso. Muito cuidado para que a imagem não ocupe um lugar inapropriado. O lugar central é sempre de Cristo.

2. Colocar, em destaque, no espaço celebrativo, a imagem de Maria que pode ser incensada nos ritos inicias, juntamente com o altar, a mesa da Palavra e a assembléia, símbolos do Cristo Ressuscitado.

9. AÇÃO RITUAL

Evitar correria, agitação antes da celebração. O clima orante no início da celebração favorece que as pessoas clamem por uma palavra de sabedoria. Valorizar os momentos de silêncio durante a celebração (no início da celebração, após cada leitura e o canto do salmo, após a homilia, após a comunhão...) para que o louvor bote do coração e da vida, não só dos lábios. Privilegie-se o silêncio como expressão de intimidade pessoal e comunitária com o mistério celebrado.

Ritos Iniciais

1. Fazer a procissão de entrada com pessoas que tenham os nomes com que costumamos invocar Maria. Pode-se trazer a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que não será incensada (caso se utilize incenso) nos ritos iniciais, mas sim na Apresentação das Oferendas como é costume do Rito Romano. Neste caso, prepare-se um lugar de destaque para a imagem, de preferência, fora do presbitério, mas à vista de toda a assembléia.

2. Para esta celebração, muito recomendada é a saudação presidencial “d”, do Missal Romano:
“O Deus da esperança, que nos cumula de toda alegria e paz em nossa fé, pela ação do Espírito Santo, esteja convosco” (Rm 15,13).

3. Substituir o ato penitencial pela aspersão com água na assembléia, recordando o batismo nas águas. Pode-se também usar uma simbologia da água, lembrando que o Espírito é a água que nos transforma, e o nosso coração deve ser como a água que foi transformada. A imagem de Maria foi resgata das águas. Toda a Igreja nasce das águas do batismo. Onde os ritos iniciais começar fora do local da celebração da Missa, a aspersão com água pode ser feita após a homilia.

4. Por ser uma Solenidade importante, cantar de maneira bem festiva o Hino de Louvor.

5. Na oração do dia suplicamos a Deus que dê ao povo brasileiro a pátria definitiva junto com Maria. Suplicamos também que Ele nos ajude a sermos fiéis na nossa vocação cristã.

Rito da Palavra

1. Cada vez mais, cai em desuso os chamados “comentários” antes das leituras.. São, inclusive, dispensáveis, sendo preferível o silêncio ou um refrão meditativo que provoque na assembleia aquela atitude vigilante para a escuta e consequentemente acolhida da Palavra de Deus.  Para abrir a Liturgia da Palavra, seria oportuno um breve refrão meditativo. Sugerimos este refrão: “Senhor que a tua Palavra, transforme a nossa vida, queremos caminhar com retidão na tua luz”. Pode-se fazer o acendimento de velas junto à Mesa da Palavra.

2. Maria é a mulher do silêncio, isto é a mulher da contemplação. Em todo o rito, a Palavra se conjuga com o silêncio. Momentos de silêncio após as leituras, o salmo e a homilia, fortalecem a atitude de acolhida da Palavra. O silêncio é o momento em que o Espírito Santo torna fecunda a Palavra no coração da comunidade. Nem tudo cabe em palavras.

3. Cantar com particular solenidade o Salmo responsorial que é de caráter festivo.

Rito da Eucaristia

1. Na procissão das oferendas, trazer “vinho abundante” uma jarra de vidro, para que toda a comunidade possa participar também da comunhão no Sangue do Senhor. Se for celebração da Palavra, após a louvação, a assembléia pode receber um suco de uva abençoado.

2. A preparação dos dons tem uma finalidade prática, expressa na procissão com que o pão e o vinho são trazidos ao altar. Segundo o costume das refeições judaicas, bendiz-se a Deus pelo alimento básico, o pão, e pela bebida mais significativa, o vinho. Evitar chamar este momento de “ofertório”, pois ele acontece após a narrativa da ceia (consagração).

3. Na oração sobre os dons suplicamos a Deus de coração para que acolha nossas preces e oferendas e que nos dê proteção.

4. Neste dia em que se celebra a memória Solene de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, convém incensar a imagem durante o Rito de Apresentação dos dons, logo após o Altar e a Cruz e antes do ministro e do povo, conforme o Cerimonial dos Bispos.

5. Dar maior atenção a toda a liturgia eucarística como ação de graças – dom gratuito que Jesus Cristo faz de sua vida ao Pai pela libertação da Humanidade: cantar o prefácio (ou a louvação da celebração da Palavra), o santo as aclamações e o Amém final da Oração Eucarística. Evitem-se cantos e gestos devocionais e individualistas (“Bendito, louvado seja”, “Deus está aqui”, “Eu te adoro, hóstia divina” etc.).

6. Cantar o que está previsto na Oração Eucarística ou, pelo menos, o prefácio, que é próprio das aclamações, o “Por Cristo, com Cristo, em Cristo..., e o Amém final. A Revista de Liturgia, nº 74, página 21, oferece uma louvação inspirada no prefácio, para ser cantada nas celebrações da Palavra. Segue o texto adaptado:

É BOM CANTAR UM BENDITO!/ UM CANTO NOVO UM LOUVOR!

1. A Ti, ó Deus Santo e grande/ És nosso Deus Criador!
2. A Ti, ó Pai que pro Filho/ U’a Santa Mãe preparou!
3. A Ti, que maravilhas fizeste/ Naquela que acreditou!
4. A Ti, que na Aparecida/ O povo pobre encontrou!
5. O povo todo em festa/ Te bendiz e louva, ó Senhor!...

7. Distribuir a comunhão de maneira orante e sob as duas espécies, pois como diz a Instrução Geral do Missal Romano (IGMR): “A comunhão realiza mais plenamente o seu aspecto de sinal quando sob as duas espécies. Sob esta forma se manifesta mais perfeitamente o sinal dom banquete eucarístico e se exprime de modo mais claro a vontade divina de realizar a nova e eterna Aliança no Sangue do Senhor, assim como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico do Reino do Pai” (n. 240). Assim estamos sendo coerentes e sensíveis com aquilo que o Senhor disse no momento da narrativa da Ceia: Ele não disse somente “tomai, todos e comei”, mas também “tomai todos e bebei...”.

Ritos finais

1. Na oração após a comunhão suplicamos a Deus que possamos fazer nossas tarefas de cada dia de maneira irmanados para a construção do Reino.

2. Integrar à bênção final, que é própria uma bênção especial para as crianças, que, neste dia, podem receber um agrado no final da celebração.

3. Usar a bênção própria do Missal Romano na página 527 própria para as festas de Nossa Senhora.

4. As palavras do rito de envio podem estar em consonância com o mistério celebrado: Fazei tudo o que o Senhor vos disser. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.

10- CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Solenidade de Nossa Senhora da conceição Aparecida lembra a presença silenciosa e significativa de Maria na história da salvação. Ela é mãe do nosso Redentor, intercessora desde o início da vida pública de Jesus. Missionária, ela é mãe da Igreja missionária que caminha há história rumo à Pátria definitiva.

Celebremos a Páscoa semanal do Senhor valorizando todas as mulheres que na Igreja assumem seu papel missionário e intercessor em favor dos pobres, dos doentes e todos os oprimidos.

O objetivo da Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as comunidades de nossa diocese e outras comunidades fora de nossa diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.

Um abraço fraterno a todos

Pe. Benedito Mazeti

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