Leituras
Ester 5,1b-2;7,2b-3: Concede-me a vida do meu povo – eis o meu pedido.
Salmo 44/45,10bc.11.12ab.16: Prestai-lhe
homenagem, é vosso Senhor.
Apocalipse 12,1.5.13a.15-16a: Um grande
sinal apareceu no céu.
João 2,1-11: Este foi o início dos
sinais de Jesus.
“FAZEI TUDO O QUE ELE VOS DISSER”
1- PONTO DE PARTIDA
Solenidade de
Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Hoje fazemos memória da Páscoa de Jesus,
celebrando a Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que em 1930
foi proclamada pelo papa Pio XI, a padroeira do Brasil, “para promover o bem
espiritual dos fiéis e aumentar cada vez mais a devoção à Imaculada Mãe de
Deus”.
Sua imagem colhida
por três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, em outubro
de 1717, quando lançavam suas redes no Rio Paraíba, é hoje venerada no
Santuário Nacional em Aparecida por multidões de peregrinos e peregrinas de
todas as partes do Brasil e até de outros países.
A devoção e o
amor dos fiéis à Mãe de Deus aproximam-nos do Pai. Pelo exemplo de Maria
buscamos sempre mais viver o nosso sim ao seu plano de amor. Por isso, a Igreja
fez do pequeno oratório a Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida,
solenemente dedicada pelo papa João Paulo II, em 4 de julho de 1980.
Como os
pescadores que sentiram, através da imagem que encontraram, a presença da Mãe
de Deus em suas vidas, pedimos sempre seu amor maternal e sua constante
intercessão: “Mostrai-nos ser nossa Mãe, levando a nossa voz a quem, por nós
nascido, dignou-se vir a nós” (Liturgia das Horas IV, Vésperas, 12 de outubro,
página 1376).
Lembremos
também hoje todas as crianças, na comemoração de seu dia, e do início da
resistência indígena na América Latina, com a chegada da expedição de Cristovão
Colombo.
2- REFLEXÃO BÍBLICA,
EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Contemplando os
textos
Primeira leitura - Ester 5,1b-2;7,2b-3.
O livro de Ester, um relato muito didático e lido durante a alegre festa de Purim,
narra a libertação do povo que está no exílio, na terra estrangeira da Pérsia,
(hoje Irã), sob o imperador Xerxes (486-465 a.C.), o qual na história
(meguilot), toma o nome de Assuero. Ester jovem judia é tomada como esposa pelo
imperador.
O rei Assuero
era casado com Vasti, possuía um ministro, Amã, que odiava Mardoqueu e o povo
judeu por lhe negarem honras (prostração, genuflexão). Essas devidas honras
eram exclusivamente a Deus. Um dia Assuero ofereceu um banquete aos nobres da
corte, enquanto Vasti promoveu o banquete das mulheres. O rei, embriagado,
mandou chamar a esposa para ostentá-la aos convidados (convivas). Vasti, levada
pelo pudor, ou por soberba, negou-se a ser vedete daqueles olhares de homens
embriagados. Diante disso, o rei ficou cheio de ódio, e mandou sua esposa Vasti
embora de casa e do reino. Funcionários da corte recolheram moças virgens e
belas, para que o rei escolhesse a sua nova esposa. Ester, jovem israelita
muito linda, sobrinha e adotada de um tal Mardoqueu, líder hebreu, destacava-se
entre as candidatas. A preferência do rei caiu sobre ela, tomando-a como esposa
e, conseqüentemente, rainha (capítulo 2). Enquanto isso, os judeus passavam por
maus momentos sob os maus tratos de Amã (capítulo 3). Mardoqueu dirigiu-se
então a Ester a fim de, como esposa amada, interferir junto a Assuero em favor
dos judeus (capítulo 4).
Foi quando
Ester depois de três dias de jejum e oração com seu povo (4,16), apresentou-se
toda majestosa, mas também angustiada dentro do palácio, diante do trono real,
invocando a Deus providente e salvador. Ela deve ter pedido uma audiência ao
rei que lhe foi concedida, graças ao encanto de sua beleza pessoal, que anulou
a indignação inicial de Assuero frente ao imprevisto, tornando-o meigo e afável
para com ela. A atitude de Ester não foi tanto para agradar ao rei, mas para
suspeitar da gravidade do assunto.
Assuero
insistiu com a rainha sobre qual seria seu pedido. Ia atender mesmo que ela
pedisse a metade do reino. É questão de vida ou de morte para mim e para o meu
povo... a seguir foi desmascarado o plano do opressor Amã, com a sua
conseqüente execução e a promoção de Mardoqueu. Desde modo, salvou-se Israel,
graças à poderosa intercessão de Ester.
“Achar graça”
significa: agradar, corresponder ao plano e à expectativa. “Até metade do meu
reino”. Vários escritores eclesiásticos (Tomás, Gerson, Afonso) forçam o
sentido do texto, aplicando-o a Cristo que teria reservado metade do reino a si
(poder, justiça) e cedido outra metade a Maria (misericórdia).
Ester prefigura
Maria pela beleza e poder de intercessão. Eva perdeu com sua soberba o paraíso,
- Vasti perdeu o reino. Ester com sua humildade cativou Assuero, - Maria ao
invés foi Mãe amável até com os pecadores. O relato de Ester, enfim aponta os
planos insondáveis de Deus na libertação do povo eleito e na punição dos
inimigos.
Salmo responsorial – Salmo 44/45,11-16.
O Salmo 45/44 é uma dedicatória do poema, recitado na presença do rei, portanto
é um salmo de realeza. O poema finge cumprir o encargo do rei de ganhar o
coração de uma princesa: o amor, e a influência a convencerão. O poema descreve
o séquito nupcial: a rainha e o cortejo das jovens. A princesa apronta-se para
o casamento e nada diz. Suas vestes é que “falam” A liturgia por sua vez
estende a alegoria, aplicando-a a Nossa Senhora.
Celebremos a
fidelidade de Deus que ama o seu povo como um noivo ama a sua noiva. Deus pode
se encantar com nossa Igreja, vestida de justiça, conforme cantamos no salmo
44, Deus continua nos amando.
O rosto de
Deus deste Salmo é muito parecido com o dos Salmos 95/96 e 96/97. A expressão
“amor e fidelidade” (versículo 3a) recorda que esse Deus é o parceiro de Israel
na Aliança. Mas é também o aliado de todos os povos e de todo o universo em
vista da justiça e da retidão. É um Deus ligado com a história e comprometido
com a justiça. Seu governo fará surgir o Reino.
Todos os
evangelistas gostam de apresentar Jesus como Messias, o Ungido do Pai para a
implantação do Reino, que faz surgir nova sociedade e nova história. Justiça e
retidão foram Suas características. De acordo com os evangelistas, o trono do
Rei Jesus é a cruz. E na sua ressurreição, Deus manifestou sua justiça às
nações, fazendo maravilhas, de modo que os confins da terra puderam celebrar a
vitória do nosso Deus.
O Salmo de
hoje, portanto, celebra a festa de casamento de um rei e uma princesa; mas para
nós é a celebração da Aliança que Deus faz com seu povo. Costumamos rezá-lo
pensando em Jesus Cristo como Rei ou em Maria de Nazaré como lindíssima esposa
e primeira da lista dos ressuscitados com Cristo.
R: ESCUTAI, MINHA FILHA, OLHAI, OUVI ISTO:
QUE O REI SE ENCANTE COM VOSSA BELEZA!
Segunda leitura – Apocalipse
12,1.5.13a.15-16a. Para entender “o
sinal do céu” que consiste em “uma mulher vestida do sol” com alua debaixo dos
pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça (12,1), é preciso fazer referência,
primeiro, aos textos onde aparece a expressão “sinais do céu” (Marcos 8,11;
Mateus 16,1) ou “sinal do céu” (Mateus 24,30). O contexto em que se usa ai esta
expressão faz desconfiar que ela em Apocalipse 12 tem um sentido escatológico e
se liga à instauração perfeita do Reino de Deus. Em segundo lugar refere-se ao
Gênesis 37,9. No seu segundo sonho José viu que “o sol e a lua e onze estrelas
se prostravam diante dele”. O sol e a lua representam o pai e a mãe de José e
as onze estrelas seus irmãos. Isto faz sugerir que a mulher de Apocalipse 12,1
representa o povo de Deus, cujas doze tribos descendem dos doze filhos de Jacó.
Inclui também a possibilidade de simbolizar o novo povo de Deus, fundado sobre
os doze apóstolos.
A figura da
“mulher vestida do sol com a lua debaixo de seus pés” faz ainda lembrar Isaias
60. Aí Jerusalém é imaginada como uma mulher, esposa de Deus e mãe do povo de
Deus escatológico.
A leitura do
Apocalipse nos apresenta a mulher símbolo da comunidade. Ela está adornada de
todo o seu esplendor: veste de sol, sinal da glória do Senhor, isto é, é
protegida por Deus; tem aos pés a lua, símbolo de alguém que não será vencido
pelo passar do tempo, isto é, já possui a eternidade de Deus; usa uma coroa de
doze estrelas, simbolizando o povo de Deus, o antigo Israel, com suas doze
tribos, do qual nasceu, e depois o novo Israel, a Comunidade-Igreja, Corpo de
Cristo, Povo de Deus perseguido pelo dragão. Está grávida, na hora de dar à
luz, como Maria e a Igreja, que fazem Jesus nascer na história e na vida das
pessoas.
Não se trata,
digamos logo, de uma reflexão em torno da figura de Maria e sim de um chamado
endereçado a comunidades cristãs, sofredoras e desanimadas, para que descubram
melhor tanto o significado do compromisso de sua fé no Ressuscitado como o
sentido do desafio ao qual esta fé as mede no cotidiano de sua existência
presente.
O autor do
apocalipse parece bem abrir o horizonte de sua mensagem à Igreja inteira. Uma
Igreja que, logo depois dos anos 70, defronta-se com uma série de problemas
concretos: o atraso da volta do Senhor, as perseguições do Império Romano, as
suas próprias divisões interna. Uma Igreja que, sem dúvida nenhuma, sofre, mas
cujo primeiro impulso religioso parece também ter-se congelado.
Essa
incompatibilidade entre a Mulher e o dragão remete diretamente ao Gênesis 3,15,
e se fica claro que essa criança é o Messias esperado (Apocalipse 12,5) que já
veio, andou no meio dos homens, morreu e ressuscitou, esse Messias assim como o
Reino que inaugurou permanecem realidades que o próprio povo de Deus (a
mulher-Igreja) tem ainda hoje que produzir.
A aplicação
desse texto à Virgem Maria tem um fundamento tradicional. Santo Agostinho e São
Bernardo viram na Mulher do Apocalipse o símbolo de Maria, embora um tal
sentido seja estranho ao autor do Apocalipse. No entanto todos os textos da
Escritura Sagrada que traz presente o mistério da Igreja podem ser aplicados à
Virgem Maria, na medida em que o seu verdadeiro mistério se inscreve no
mistério da Igreja e o ilumina ao mesmo tempo, conforme lembrou o Concílio
Vaticano II. A “Mãe do Messias” representa assim muito mais que uma pessoa
individual.
Evangelho – João 2,1-11. A transformação
da água em vinho a apresentada pelo quarto Evangelho como o “início dos sinais”
realizados por Jesus (2,11). Nesta passagem, como aliás através de todo o
Evangelho, o termo “sinal” é empregado de uma forma própria de João. Indica os
milagres de Jesus. João não se prende ao conteúdo exterior ou material dos
acontecimentos. Ele procura o seu significado. Os milagres revelam em João mais
claramente que Mateus, Marcos e Lucas o sentido profundo dos atos de Jesus,
eles revelam quem Ele é. Assim a cura do cego de nascença (João 9) nos
manifesta Jesus como a Luz do mundo (João 9,5: enquanto estou no mundo, eu sou
a luz do mundo”), a ressurreição de Lázaro (João 11) nos revela o Cristo como
“a ressurreição e a vida” (João 11,25).
Uma das idéias
centrais do Evangelho de hoje é o tema da substituição das realidades antigas
pelas novas. Este tema das coisas novas está de ponta a ponta no Evangelho de
João. Em João 1,14, a tenda da Aliança, lugar privilegiado da presença de Deus
no povo eleito, é substituída pela humanidade de Jesus Cristo (“E o Verbo se
fez carne e armou sua tenda entre nós e nós vimos a sua glória...). Em João
2,21, o Templo de Jerusalém dá lugar ao novo Templo que é o corpo de Jesus
(“Ele, porém, falava do templo do seu corpo”). Em João 4,21-24, o culto em
Jerusalém ou no monte Garizim torna-se um culto “em espírito e verdade”. Em
João 6,49-50, o maná do deserto é substituído pelo “pão descido do céu”.
Aqui, as seis
talhas de pedra para a purificação dos judeus, “contendo cada uma de duas a três
medidas” (João 2,6), representam o Judaísmo. E a enorme quantidade de vinho –
480 a 720 litros – é já no Primeiro Testamento (Amós 9,13-14 e Oséias 14,8)
sinal da presença do Messias.
Portanto, a
afirmação de Maria: “eles não têm vinho” (2,3) é uma constatação simples e
clara da esterilidade ou fim do Judaísmo. E a exclamação do mestre-sala
dirigida ao noivo (o Cristo!): “tu guardaste o bom vinho até agora!” (2,10) é
uma proclamação da chegada dos tempos messiânicos. Em outras palavras, diante
do Cristo, as instituições judaicas perdem o seu sentido. Jesus é agora o único
caminho que leva ao Pai. Ele é a manifestação plena e definitiva de Deus entre
no meio da humanidade. O versículo 6 ao falar das seis talhas de pedra, traz à
tona a necessidade de mudança de uma religião que já não tem um vinho novo para
oferecer, principalmente para os mais pobres. Se o Judaísmo fosse pra ser
continuado teria que ter 7 talhas de pedra.
Tudo acontece
numa festa de casamento em uma aldeia sustenta e unifica um grande número de
ações simbólicas. Momento que costuma unir muitas pessoas, o matrimônio é, no
Primeiro Testamento, símbolo freqüente do amor do Senhor pela comunidade. No
Novo Testamento, é símbolo da união do Messias com a Igreja. O vinho é dom do
amor e se anuncia como dom messiânico e símbolo do Espírito Santo.
No Evangelho
de João, o “terceiro dia” refere-se ao terceiro dia depois da promessa feita a
Natanael, sete dias depois do testemunho de João Batista, em Betânia, perto do
Rio Jordão. O sinal em Caná passa-se no sétimo dia, como releitura da primeira
semana do livro do Gênesis. É a primeira manifestação da glória de Jesus.
O uso da
palavra “mulher” não é um tratamento ofensivo, mas um costume grego existente
na época e significa “senhora”.
Qual é o papel
de Maria nesse casamento? Ela está presente, mas não diz que ela seja uma
simples convidada. Sua presença é importante, pois possui autoridade de
circular entre os criados e dar-lhes a ordem de obedecer a seu filho Jesus:
“Fazei tudo o que ele vos disser” (2,5). Ela sabe o que acontece e tem
conhecimento da necessidade do vinho.
Conforme as
notícias de Eusébio, Judas Tadeu teria sido o esposo nas núpcias de Caná (bodas
de Caná), isso explicaria a presença de Maria e de Jesus. Dada a notoriedade de
Tiago na Igreja primitiva, Judas era sempre lembrado como irmão de Tiago. O breve
escrito de Judas Tadeu é severa advertência contra os falsos mestres e convite
a manter a pureza da fé.
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
Hoje, nesta
Divina Liturgia, nós nos reunimos para participar da festa de casamento de Deus
com a humanidade, ouvindo a Palavra e rendendo graças por tão grande salvação;
repartindo e comendo o pão na refeição que o Senhor nos oferece.
O sinal de
Caná fala do amor conjugal de Deus para com a humanidade, no desejo de contrair
com ela uma Aliança nupcial. O casamento de Deus com a humanidade sempre deu e
dará certo, porque Ele não provoca divórcio. Importa, então, reler o Evangelho
na perspectiva e na luz da sua presença, como ressuscitado em nosso meio. A
festa das bodas de Caná tem profundo sentido simbólico-sacramental.
Assim como
Jesus foi convidado para a festa de casamento, junto com seus discípulos,
talvez possamos dizer que é Ele quem nos convida a melhor conhecê-lo nesta
festa litúrgica.
O Evangelho de
João recupera duas idéias básicas do Primeiro Testamento: aliança e criação.
Jesus nas
bodas de Caná inaugura a Nova Aliança e dá início à Nova Criação. Nesta festa,
tem início a nova humanidade. O fundamento da nova humanidade é a Aliança que
Jesus, Cordeiro-Esposo, realiza com a humanidade. A presença de Jesus em um
casamento sem vinho quer significar que Ele é o esposo ou noivo da humanidade.
O primeiro
sinal que Jesus realiza acontece no terceiro
dia, lembrando o dia da ressurreição, da nova criação, da transformação da
situação de menos vida para uma vida plena e cheia de alegria. A mãe de Jesus é
parte integrante da realização desse sinal.
Nela se manifesta o povo simples e pobre que espera a chegada do reino
do Amor, a plenitude da salvação. A função de Maria não está determinada apenas
de ser a mãe física de Jesus, mas sua figura e sua atuação devem ser entendidas
em termos do seguimento, do discipulado de Jesus e de seu projeto.
A liturgia de
hoje nos convida a contemplar a mãe de Jesus como uma mulher maravilhosa que
não acompanha os projetos desse mundo, mas luta para que se realize o que Deus
sonhou para a humanidade. Maria é símbolo dessa humanidade que realiza o
projeto de Deus e faz o “que Jesus mandou”.
A sua hora ainda
não chegou, pois está no começo da sua vida pública. A festa já começou, mas atingirá
o seu cume quando “chegar a hora” de Jesus, no Calvário; quando Ele dará sua
vida por amor à esposa; quando, do seu coração aberto pela lança sairá “sangue
e água” (João 19,34). Em Caná, Ele só dá um sinal daquilo que há de realizar.
Na hora em que passar deste mundo para o Pai (cf. João 13,1), Ele dará
realmente a água “que jorra para a vida eterna” (João 4,14), água que se
transformou em vinho, que comunica alegria.
Nossas
comunidades, nossa sociedade e nossos políticos se parecem com a Maria do
Evangelho, com a mulher do Apocalipse. Com Ester que luta pela vida de seu
povo?
4- A PALAVRA SE FAZ
CELEBRAÇÃO
A antífona de
entrada da Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida retoma um texto
de Isaias que, em chave matrimonial se refere a Israel como noiva ornada e
revestida de justiça. Esse texto é aplicado à Virgem Maria como imagem da
comunidade cristã que, tendo em seu ventre o Verbo Encarnado, vê-se revestida
de Cristo. Esta leitura litúrgica do texto bíblico junta com a imagem de Nossa
Senhora Aparecida, pois a escultura de argila apresenta Maria de Nazaré
grávida. Celebrar a memória solene da Mãe Aparecida nos faz reconhecidos e
participantes da vida de seu Filho, cuja hora nela se antecipa. A hora de
Jesus, de sua plena revelação à humanidade se nos antecipa, e já a comunicamos
e manifestamos mediante uma vida na justiça e na paz (cf. Oração do Dia).
Ela é uma
mulher igual a tantas mulheres, filha desta terra, que Deus elege e convoca
para ser modelo do discípulo e da discípula fiel, capaz de portar em suas
entranhas sua Palavra e dá-la à luz no mundo e para a vida deste. Conforme o
Prefácio da Imaculada Conceição, esta mulher cheia de humildade, tornou-se
cheia de graça pois Deus a enriqueceu em vista de sua maternidade. Sua
santidade, portanto, concerne à sua constituição, pela ação divina e sua
abertura humana, de “Porta-Estandarte” da Palavra de Deus. É por esse favor que
Deus lhe concede que celebramos o Mistério Pascal de Jesus em sua honra (cf.
Oração sobre as oferendas).
A “Festa de
Casamento”, em grego gamos, é, na Bíblia, sinal do Reinado de Deus. É uma
imagem muito recorrente porque recorda que nossa vida é trabalho e festa. Mas é
esta última realidade – a festa – quem dá o sentido da primeira – o trabalho. O
labor de cada dia tem seu rumo definido pelas festividades que enxergam no
trabalho mais do que o esforço pela sobrevivência ou pela produtividade. Na
festa, o homem e a mulher se reconhecem “anteriores” ao trabalho e mais
importantes que ele. É o momento do respiro, do descanso, da gratuidade: a
festa é ocasião de experimentar a beleza das relações pelo que elas são e não
pelo que produzem. Descobrem-se fraternalmente ligados, irmanados. Uma vez
tendo recordado esta importante dimensão da vida, retornam às atividades
cotidianas com novo impulso, sentindo-se mais povo, mais irmãos e
co-responsáveis pela alegria do mundo (cf. Oração depois da comunhão).
A celebração,
portanto, como as bodas de Cana, antecipa a hora de Deus e revela de onde
procede a nossa alegria: há alguém que trabalha por nós, ocupa-se de nossa
felicidade e da manutenção de nossa alegria, o que equivale ao Reinado de Deus
que é antecipado na história humana. Neste sentido escreve Clemente de
Alexandria: “Celebramos a vida como uma festa solene, convencidos de que Deus
está em toda a parte e por todos os lados nos envolve: lavramos a terra
elevando louvores, navegamos cantando hinos e conduzimo-nos, em toda a nossa
vida, por determinadas regras” (Clemente de Alexandria, Stromata VII in.
Antologia Litúrgica. Textos litúrgicos, patrísticos e canônicos do primeiro
milênio. Fátima, Secretariado Nacional de Liturgia: 2003, n. 447).
5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA
Lembrando
Maria, Aparecida na rede de pobres pescadores e trazendo a cor negra,
bendizemos ao Senhor da Vida e sua afeição pelos pequenos e sofredores.
Unimos nossa
voz ao clamor de todo o povo pobre, peregrino em busca de melhores condições de
vida, força e alento para vencer suas dificuldades. Que o Senhor renove nosso
desejo de optar sempre e, em primeiro lugar, pela vida.
Fazendo o que
ela nos mandou, com Maria participamos do banquete da vida pela Palavra e pela
Eucaristia. Saboreamos do vinho novo que nos alegra, nos torna atentos às
necessidades dos outros e nos encoraja na luta para que não falte a alegria na
festa da vida, principalmente para as crianças, os povos indígenas e
afro-descendentes.
“Contemplando
hoje Maria, Mãe do Senhor, primeira evangelizada e primeira evangelizadora,
invocada no Brasil com o título de Nossa Senhora Aparecida, ícone da Igreja em
missão, sejamos inspirados com seu exemplo de fidelidade e disponibilidade
incondicional ao reino de Deus” (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, n.
216).
6- ORIENTAÇÕES GERAIS
1. A cor das
vestes litúrgicas é o branco ou uma cor festiva.
2. Valorizar, neste dia, a
participação das mulheres nos vários ministérios litúrgicos. Dar destaque à
participação das crianças.
5. A narrativa
da instituição da Eucaristia não é uma imitação da última ceia; por isso “não
se parte o pão neste momento como algumas vezes acontece.” A liturgia
eucarística, como se disse, é fazer o que Jesus fez: tomou o pão e o vinho,
deus graças, partiu o pão e o deu (comer e beber). O partir o pão, como Jesus
fez, corresponde à fração do pão em vista da comunhão. Por isso, a Redemptionis
Sacramentum, número 55, considera um abuso partir o pão durante o relato da
instituição.
6. Para os
cantos ver o CD: Festas Litúrgicas III e Festa Litúrgica I, Ofício Divino das
Comunidades e também o Hinário Litúrgico 4 apresenta sugestões nas paginas
168-227.
7- MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos “cantar a liturgia” e não
cantar na liturgia. Os cantos e músicas, executados com “atitude espiritual” e,
condizentes com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério
celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são da Solenidade de
Nossa Senhora Aparecida, “é preciso executá-los com atitude espiritual.” A escolha dos cantos deve ser
cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério
celebrado. Jamais os cantos devem ser escolhidos para satisfazer o
ego de um grupo ou de um movimento ou de uma pastoral. Não devemos esquecer que
toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de
uma pastoral ou de um movimento.
A escolha dos
cantos para as celebrações seja feita com critérios válidos. Não se devem
escolher os cantos para uma celebração porque “são bonitos animados e
agradáveis”, ou porque “são fáceis”, mas porque são litúrgicos. Que o texto
seja de inspiração bíblica, que cumpram a sua função ministerial e que se
relacionam com a festa ou o tempo. Que a música seja a expressão da oração e da
fé desta comunidade; que combinem com a letra e com a função litúrgica de cada
canto.
1. Canto de abertura. Júbilo de
Maria. “De alegria vibrei no Senhor,” CD: Festas Litúrgicas III, melodia da faixa
1; “Tu és a glória de Jerusalém..”, CD: Festas Litúrgicas I, melodia da faixa
1; “Ave Maria cheia de graça mãe do Senhor... com as estrofes: “Louva
Jerusalém, louva o Senhor teu Deus... do Salmo 147, CD: Liturgia IV, faixa 8
(Advento); “Ó povos, venham todos, louvemos ao Senhor”..., Salmo 23... mesma
melodia de: “Os filhos dos hebreus... CD Liturgia XIII, faixa 16, (Quaresma) ou
no Ofício Divino das Comunidades, páginas 43-45; “Reis e nações, Salmo 2, com o
refrão próprio: “Mãe do Senhor, vimos hoje celebrar!/ Mãe do Senhor, vem
conosco cantar!, Caderno de música do Ofício Divino das Comunidades, página 16.
2. Hino de louvor. “Glória a
Deus nas alturas.” Vejam o CD Tríduo Pascal I e II e também no CD
Festas Litúrgicas I; Partes fixas do Ordinário da Missa do Hinário Litúrgico
III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por Irmã Miria e Reginaldo
Veloso e outros compositores.
3. Salmo responsorial 44/45. A
filha do Rei. “Escuta, minha
filha..., CD: Festas Litúrgicas III melodia da faixa 3.
Para a
Liturgia da Palavra ser mais rica e proveitosa, há séculos um salmo tem sido
cantado como prolongamento meditativo e orante da Palavra proclamada. Ele
reaviva o diálogo da Aliança entre Deus e seu povo, estreita os laços de amor e
fidelidade. A tradicional execução do Salmo responsorial é dialogal: o povo
responde com um refrão aos versos do Salmo, cantados um ou uma salmista. Deve
ser cantado da mesa da Palavra.
4. Aclamação ao Evangelho. “Fazei
tudo o que meu Filho mandar” (João 2,5b). “Disse a mãe de Jesus aos
serventes:...”, CD: Festas Litúrgicas III, melodia faixa 4. O canto de
aclamação ao evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário Dominical,
página 1039.
Aleluia é uma
palavra hebraica “Hallelu-Jah” (“Louvai ao Senhor!”), que tem sua origem na
liturgia judaica, ocupa lugar de destaque na tradição cristã. Mais do que
ornamentar a procissão do Evangeliário, sempre foi a expressão de acolhimento
solene de Cristo, que vem a nós por sua Palavra viva, sendo assim manifestação
da fé presença atuante do Senhor. No caso de uma procissão do Lecionário (ou da
Bíblia) já ter sido feita antes da primeira leitura, poderia ser executada uma
dança (litúrgica) antes da proclamação do Evangelho, ao ser cantado o Aleluia.
A aclamação ao
Evangelho é um grito do povo reunido, expressando seu consentimento, aplauso e
voto. É um louvor vibrante ao Cristo, que nos vem relatar Deus e seu Reino no
meio das pessoas. Ele é cantado enquanto todos se preparam para ouvir o
Evangelho (todos se levantam, quem está presidindo vai até ao Ambão).
Preserve-se a
aclamação ao Evangelho cantando o texto proposto pelo Lecionário Dominical. Ele
ajudará a manifestar o sentido litúrgico da celebração, conforme orientações da
Igreja na sua caminhada litúrgica.
5. Canto Pós-Homilético. “Viva
Mãe de Deus e nossa...”
No Tempo
Medieval, era costume o povo responder à pregação com o canto de “Kyrie
Eleison”!’.
Houve, no
passado, pregadores famosos, que deixavam o povo cantar cânticos no início ou
no fim da sua pregação.
A forma ideal
de um Canto Pós-Homilético seria a forma “aberta” de um canto alternado. Um
canto estrófico (“fechado”) ia isolar muito a Oração dos Fiéis (Oração
Universal), enquanto a Liturgia da Palavra somente termina após as preces.
Um canto
estrófico, que repetisse com outras palavras o episódio do Evangelho, teria um
lugar mais conveniente após a Comunhão como meditação. O canto Pós-Homilético
não deve ser muito longo
6. Apresentação dos dons. O canto de apresentação das oferendas,
conforme orientamos em outras ocasiões, não necessita versar sobre pão e vinho.
Seu tema é o mistério que se celebra acontecendo na fraternidade da Igreja
reunida em oração na Solenidade de Nossa Senhora Aparecida. Sem dúvida este
canto é o mais apropriado para este momento por ser uma festa da Mãe de Deus. A
escuta da Palavra e colocá-la em prática, deve gerar na assembléia a partilha
para que ela possa ser sinal vivo do Senhor. Devemos ser oferenda com nossas
oferendas. “Como vai ser?...”, CD: Festas Litúrgicas III, melodia da faixa 10.
7. Canto de comunhão. A mulher
dedicada à sua família (Pr. 31,28.15).
“Bendirei ao Senhor todo tempo”, salmo 33/34, CD: Festas Litúrgicas III,
melodia da faixa 11. Outra opção é o canto “Ouvistes a Palavra de Deus”, CD:
Liturgia III, melodia da faixa 12.
O Missal
Romano oferece muita flexibilidade na organização da comunhão, não diz que se
deve cansar a assembleia com muitos cantos. Também não tem sentido depois que
os fiéis comungarem, continuar executando o canto até a última estrofe cansando
a assembleia. É uma regra de bom senso.
8- ESPAÇO CELEBRATIVO
1. Colocar na
porta principal do local onde a comunidade se reúne, um cartaz contendo fotos e
imagens de mulheres do nosso povo e também das várias imagens de Maria, Mãe do
Senhor. No centro ficará escrito apenas: “Mulher do povo, Senhora d’Aparecida,
Mãe do Senhor”. No interior da Igreja, o lugar da imagem da Mãe do Senhor seja
ornado com flores e incenso. Muito cuidado para que a imagem não ocupe um lugar
inapropriado. O lugar central é sempre de Cristo.
2. Colocar, em
destaque, no espaço celebrativo, a imagem de Maria que pode ser incensada nos
ritos inicias, juntamente com o altar, a mesa da Palavra e a assembléia,
símbolos do Cristo Ressuscitado.
9. AÇÃO RITUAL
Evitar
correria, agitação antes da celebração. O clima orante no início da celebração
favorece que as pessoas clamem por uma palavra de sabedoria. Valorizar os
momentos de silêncio durante a
celebração (no início da celebração, após cada leitura e o canto do salmo, após
a homilia, após a comunhão...) para que o louvor bote do coração e da vida, não
só dos lábios. Privilegie-se o silêncio
como expressão de intimidade pessoal e comunitária com o mistério celebrado.
Ritos Iniciais
1. Fazer a
procissão de entrada com pessoas que tenham os nomes com que costumamos invocar
Maria. Pode-se trazer a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que não será
incensada (caso se utilize incenso) nos ritos iniciais, mas sim na Apresentação
das Oferendas como é costume do Rito Romano. Neste caso, prepare-se um lugar de
destaque para a imagem, de preferência, fora do presbitério, mas à vista de
toda a assembléia.
2. Para esta
celebração, muito recomendada é a saudação presidencial “d”, do Missal Romano:
“O Deus da esperança, que nos cumula de toda
alegria e paz em nossa fé, pela ação do Espírito Santo, esteja convosco” (Rm
15,13).
3. Substituir
o ato penitencial pela aspersão com água na assembléia, recordando o batismo
nas águas. Pode-se também usar uma simbologia da água, lembrando que o Espírito
é a água que nos transforma, e o nosso coração deve ser como a água que foi
transformada. A imagem de Maria foi resgata das águas. Toda a Igreja nasce das
águas do batismo. Onde os ritos iniciais começar fora do local da celebração da
Missa, a aspersão com água pode ser feita após a homilia.
4. Por ser uma
Solenidade importante, cantar de maneira bem festiva o Hino de Louvor.
5. Na oração
do dia suplicamos a Deus que dê ao povo brasileiro a pátria definitiva junto
com Maria. Suplicamos também que Ele nos ajude a sermos fiéis na nossa vocação
cristã.
Rito da Palavra
1. Cada vez
mais, cai em desuso os chamados “comentários” antes das leituras.. São,
inclusive, dispensáveis, sendo preferível o silêncio ou um refrão meditativo
que provoque na assembleia aquela atitude vigilante para a escuta e
consequentemente acolhida da Palavra de Deus.
Para abrir a Liturgia da Palavra, seria oportuno um breve refrão
meditativo. Sugerimos este refrão: “Senhor que a tua Palavra, transforme a nossa
vida, queremos caminhar com retidão na tua luz”. Pode-se fazer o acendimento de
velas junto à Mesa da Palavra.
2. Maria é a
mulher do silêncio, isto é a mulher da contemplação. Em todo o rito, a Palavra
se conjuga com o silêncio. Momentos
de silêncio após as leituras, o salmo e a homilia, fortalecem a atitude de
acolhida da Palavra. O silêncio é o momento em que o Espírito Santo torna
fecunda a Palavra no coração da comunidade. Nem tudo cabe em palavras.
3. Cantar com
particular solenidade o Salmo responsorial que é de caráter festivo.
Rito da Eucaristia
1. Na
procissão das oferendas, trazer “vinho abundante” uma jarra de vidro, para que
toda a comunidade possa participar também da comunhão no Sangue do Senhor. Se
for celebração da Palavra, após a louvação, a assembléia pode receber um suco
de uva abençoado.
2. A
preparação dos dons tem uma finalidade prática, expressa na procissão com que o
pão e o vinho são trazidos ao altar. Segundo o costume das refeições judaicas,
bendiz-se a Deus pelo alimento básico, o pão, e pela bebida mais significativa,
o vinho. Evitar chamar este momento de “ofertório”, pois ele acontece após a
narrativa da ceia (consagração).
3. Na oração
sobre os dons suplicamos a Deus de coração para que acolha nossas preces e
oferendas e que nos dê proteção.
4. Neste dia
em que se celebra a memória Solene de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do
Brasil, convém incensar a imagem durante o Rito de Apresentação dos dons, logo
após o Altar e a Cruz e antes do ministro e do povo, conforme o Cerimonial dos
Bispos.
5. Dar maior
atenção a toda a liturgia eucarística como ação de graças – dom gratuito que
Jesus Cristo faz de sua vida ao Pai pela libertação da Humanidade: cantar o
prefácio (ou a louvação da celebração da Palavra), o santo as aclamações e o
Amém final da Oração Eucarística. Evitem-se cantos e gestos devocionais e
individualistas (“Bendito, louvado seja”, “Deus está aqui”, “Eu te adoro,
hóstia divina” etc.).
6. Cantar o
que está previsto na Oração Eucarística ou, pelo menos, o prefácio, que é
próprio das aclamações, o “Por Cristo, com Cristo, em Cristo..., e o Amém
final. A Revista de Liturgia, nº 74, página 21, oferece uma louvação inspirada
no prefácio, para ser cantada nas celebrações da Palavra. Segue o texto
adaptado:
É BOM CANTAR UM BENDITO!/ UM CANTO NOVO UM LOUVOR!
1. A Ti, ó Deus Santo e grande/
És nosso Deus Criador!
2. A Ti, ó Pai que pro Filho/ U’a
Santa Mãe preparou!
3. A Ti, que maravilhas fizeste/
Naquela que acreditou!
4. A Ti, que na Aparecida/ O povo
pobre encontrou!
5. O povo todo em festa/ Te bendiz
e louva, ó Senhor!...
7. Distribuir
a comunhão de maneira orante e sob as duas espécies, pois como diz a Instrução
Geral do Missal Romano (IGMR): “A comunhão realiza mais plenamente o seu
aspecto de sinal quando sob as duas espécies. Sob esta forma se manifesta mais
perfeitamente o sinal dom banquete eucarístico e se exprime de modo mais claro
a vontade divina de realizar a nova e eterna Aliança no Sangue do Senhor, assim
como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico do Reino
do Pai” (n. 240). Assim estamos sendo coerentes e sensíveis com aquilo que o
Senhor disse no momento da narrativa da Ceia: Ele não disse somente “tomai,
todos e comei”, mas também “tomai todos e bebei...”.
Ritos finais
1. Na oração
após a comunhão suplicamos a Deus que possamos fazer as nossas tarefas de cada
dia de maneira irmanados para a construção do Reino.
2. Integrar à
bênção final, que é própria uma bênção especial para as crianças, que, neste
dia, podem receber um agrado no final da celebração.
3. Usar a
bênção própria do Missal Romano na página 527 própria para as festas de Nossa
Senhora.
4. As palavras
do rito de envio podem estar em consonância com o mistério celebrado: Fazei
tudo o que o Senhor vos disser. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Solenidade
de Nossa Senhora da conceição Aparecida lembra a presença silenciosa e
significativa de Maria na história da salvação. Ela é mãe do nosso Redentor,
intercessora desde o início da vida pública de Jesus. Missionária, ela é mãe da
Igreja missionária que caminha há história rumo à Pátria definitiva.
Celebremos a
Páscoa semanal do Senhor valorizando todas as mulheres que na Igreja assumem
seu papel missionário e intercessor em favor dos pobres, dos doentes e todos os
oprimidos.
O objetivo da
Igreja é ajudar os padres e as comunidades de nossa diocese e outras
comunidades fora de nossa diocese que acessar nosso site celebrar melhor o
mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos
Pe. Benedito
Mazeti
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