04 de maio de 2014
Leituras
Salmo 15/16,1-2a.5.7-8.9-10.11
1Pedro 1,17-21
Lucas 24,13-35
“FICA CONOSCO, POIS JÁ É TARDE E A NOITE
VEM CHEGANDO”
1- PONTO DE PARTIDA
Domingo dos
discípulos de Emaús. O Senhor se manifesta ressuscitado na fração do pão. Ele
vem ao nosso encontro, caminha conosco, instrui-nos por sua Palavra e se dá a
conhecer na fração do pão.
A Ressurreição
é o núcleo da fé cristã testemunhado e anunciado pela Igreja. O aprofundamento
da fé na Ressurreição requer tempo, exige que saibamos ler as Escrituras, como
fez o “Ressuscitado caminhante” junto aos discípulos que fugiam do centro do
poder que assassinara o Mestre.
Jesus Cristo é
a chaves das Escrituras. A elas vamos com perguntas e elas nos interpretam.
Lemos a Palavra, mas ela nos lê igualmente. Ela nos revela Deus, mas também nos
revela a nós mesmos.
2- REFLEXÃO BÍBLICA, EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Contemplando os textos
Primeira leitura – Atos 2,14.22-23. As
primeiras leituras deste domingo são
tomadas dos discursos missionários pronunciados pelos apóstolos diante dos
judeus. É o primeiro testemunho que os apóstolos deram de Jesus Cristo após o
Pentecostes em Jerusalém e serem encorajados à missão.
Proclama-se
hoje a parte querigmática do discurso que Pedro, rodeado pelos Onze Apóstolos,
logo depois que o Espírito Santo tinha descido sobre os 120 discípulos,
recolhidos no cenáculo (cf. Atos 1,13.15). “Querigma” chama-se aquela
proclamação da vida, morte e ressurreição de Jesus que tem como objetivo levar
os ouvintes, sejam eles judeus ou pagãos, à conversão e à fé em Jesus. Na primeira parte
dos Atos Lucas dá oito modelos deste querigma. Seis deles dirigem-se a judeus
(Atos 2,14-35; 3,12-26; 4,9-12; 5,29-32; 10,34-43; 13,17-41), e dois a pagãos
(Atos 14,15-17; 17,22-31). No querigma para os judeus prega-se a vida, a morte
e a ressurreição de Jesus à luz do Primeiro Testamento. No querigma para os
pagãos o argumento da Escritura é substituído por uma exposição do monoteísmo
que se pode ilustrar por citações de autores pagãos.
Nas
referencias da Sagrada Escritura revelam que os primeiros cristãos liam o
Primeiro Testamento para nele descobrir a anunciação da morte e da ressurreição
de Jesus (cf. Lucas 24,25-27).
Uma boa parte
do discurso (versículos 25-33) é dedicado à leitura cristã do salmo 15:
pressupondo Davi como autor, Pedro explica que as palavras de confiança e de
esperança nele proclamadas não dizem respeito a Davi, mas são uma profecia da
ressurreição de Jesus.
O Espírito
Santo coloca os Apóstolos (a Igreja) na possibilidade de falar de Deus de modo
adequado, e isso significa em particular que torna possível compreender e falar
da Cruz de Jesus. A Cruz representa aos olhos do ser humano o fracasso de Jesus
e da Sua pregação (é o que pensam também os dois discípulos de Emaús: (cf,
Evangelho): só o Espírito consegue a Pedro ler nela a obra de Deus. O Apóstolo,
por um lado, relembra os “milagres, os prodígios e os sinais” (versículo 22)
feito pelo Mestre durante a Sua vida terrena; por outro recorre ao Primeiro Testamento:
toda a Sagrada Escritura encontra na Cruz o seu centro, ao fazer-nos conhecer o
rosto de Deus.
Salmo responsorial – Salmo
15/16,1-2a.5.7-8-11 É um salmo de confiança e de entrega exclusiva a Deus.
O salmista exprime uma profunda confiança em Deus: a minha herança, diz ele,
não é um pedaço da terra, mas o próprio “Senhor”; confiando a Ele “o meu
destino” (versículo 5), asseguro a minha imortalidade (versículos 10-11a: um
dos raros textos do Primeiro Testamento sobre este tema.
Pedro cita
este salmo no discurso de Pentecostes. O salmista, embora não compreendendo em
profundidade a importância da suas palavras, intui na oração que o Deus que se
comprometeu com o ser humano não pode de forma alguma abandoná-la quando este
está em poder da morte (cf. versículo 10). Em Jesus temos o fundamento
derradeiro e a verdade desta convicção.
O rosto de
Deus. Sendo um salmo de confiança mostra um Deus próximo, abrigo, bem supremo
da pessoa, herança e taça do fiel, aquele que tem em suas mãos o destino da
criatura, conselheiro que instrui até de noite, que caminha à frente, que se
põe à direita da pessoa, que não a deixa morrer, pelo contrário, ensina-lhe o
caminho da vida e põe o salmista à sua direita, no lugar de honra. O salmista
tem essa confiança porque sabe que Deus é o aliado fiel. Isso está na sua
mente, carne e sangue. E por isso expressa confiança incondicional.
No Novo
Testamento Jesus é motivo de confiança para o povo (Marcos 5,36; 6,50; João
14,1; 16,33). Ele próprio manifesta total confiança no Pai (João 11,42).
Por Cristo, o
cristão conhece a realidade da vida eterna, nela espera, e a saboreia
antecipadamente na contemplação: neste horizonte o cristão reza o salmo com
toda a sua capacidade de sentido.
Cantando este
salmo neste domingo, coloquemos toda a nossa confiança e o nosso destino em Cristo Ressuscitado
que não nos abandona na morte, mas nos ressuscita com Ele.
VÓS ME
ENSINAIS VOSSO CAMINHO PARA A VIDA;
JUNTO DE VÓS
FELICIDADE SEM LIMITES!
Segunda leitura – 1Pedro 1,17-21. Escrevendo
a cristãos recém convertidos, Pedro lembra a atitude que os batizados devem ter
em relação a Deus.
Nas palavras
de Pedro podemos distinguir três pensamentos: da exortação a uma conduta nova,
inspirada no “temor” filial para com Deus (versículo 17), passa-se àquele que é
o fundamento desta novidade de vida, ou seja, a redenção realizada pelo “sangue
precioso de Cristo” (versículos 18-19), para chegar finalmente a uma formulação
bastante densa do mistério de Cristo e do desígnio eterno de Deus realizado
n’Ele (versículos 20-21a). a conclusão é que Deus orientou e conduziu até Si os
seus fiéis, levando-os a ter fé e esperança n’Ele (versículo 21b).
Como na
primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, é ainda “Pedro” que fala em termos
“apaixonados” de Jesus, o qual, “predestinado antes da criação do mundo” (cf.
versículo 20a), ocupa desde sempre o lugar central no plano de Deus e é
apresentado aos cristãos como Aquele que “se manifestou nos últimos tempos por
vossa causa” (versículo 20b) Jesus não está longe: já que está desde sempre no
coração de Deus, é para sempre também contemporâneo de cada pessoa humana.
É em Cristo Ressuscitado
que nos tornamos filhos e filhas. O discurso da filiação traz presente em Pedro
o sentido do “temor” (cf. versículo 19) que deveria sensibilizar-nos ao
pensarmos que somos filhos e filhas de um Pai tão grande. Na realidade, como se
sabe, o temor não quer significar o medo de Deus, mas “deveria traduzir-se por ‘respeito’:
respeito por Deus, que realiza essa obra; respeito por Jesus, que dá o Seu
sangue por nós; e respeito pelos irmãos, redimidos pelo mesmo sangue”. Se
alguma forma de temor, conforme o significado que demos a esta palavra, aqui
permanece, é só porventura o temor de perder ou esquecer a riqueza do dom de
Deus em Cristo, nós que somos muitas vezes vencidos pelas muitas tribulações
desta vida “de exílio” (cf. versículo 17).
Evangelho – Lucas 24,13-35. Lucas
apresenta a aparição de Cristo aos discípulos de Emaús como a segunda do Dia de
Páscoa. Com efeito, ele descreve as aparições do Ressuscitado como
manifestações sucessivas aos três principais grupos de discípulos de Cristo: às
mulheres (Lucas 24,1-12), aos discípulos e, finalmente, aos Doze (Lucas
24,36-39).
Lucas quer
mostrar que a presença permanente de Cristo Ressuscitado pode verificar-se na
Palavra e na catequese, na fração do pão e na profissão de fé, elementos
fundamentais da assembléia litúrgica. Mas o rito pelo qual Cristo se faz
reconhecer é o da fração do pão (versículo 30), refeição fraternal das
primeiras comunidades (Atos 2,42.46; 20,7,11).
Depois da
descoberta do túmulo vazio, Jesus vai ao encontro de dois discípulos para lhes
mostrar vivo. Junta-se a eles enquanto, perdidos e desiludidos, se afastam da
Cidade Santa. O caso singular e decisivo da narração é que o Ressuscitado,
aqui, como em outros textos evangélicos, não é reconhecido imediatamente, mas
só depois de um certo trabalho interior da parte dos dois discípulos e de
alguns gestos feitos pelo peregrino Ressuscitado: a interpretação das
Escrituras (versículos 25-27) e o partir o pão (versículo 30). Os corações dos
dois discípulos podem assim “arder” e os seus olhos “abrirem-se” para poderem
reconhecê-Lo (versículos 31-32).
O texto do
Evangelho, que só se encontra em Lucas, é a narração da experiência do Ressuscitado
feita pelos discípulos que voltam para Emaús. Lendo João 19,25, descobrimos que
Maria de Cléofas estava aos pés da cruz na hora extrema de Jesus. Ligando com o
texto de Emaús, podemos supor que Cléofas e sua esposa Maria eram discípulos,
que retornavam para seus afazeres comuns, depois da decepção da morte de Jesus.
Iam conversando sobre os acontecimentos recentes da morte de Jesus.
É importante,
em primeiro lugar, não banalizar esta realidade central do Cristianismo com
representações insuficientes: a ressurreição de Jesus não é como a de Lázaro, o
qual volta à vida com um corpo igual ao anterior, para depois morrer de novo.
Neste caso, os discípulos teriam certamente reconhecido o Homem que até três
dias antes tinham visto vivo, se a Sua ressurreição fosse semelhante à de
Lázaro. Pelo contrário, ressuscitado entrou numa condição radicalmente nova e
inconcebível para os recursos humanos apenas, à qual Ele dá origem precisamente
com a sua Páscoa. Jesus está vivo para sempre e por isso pode aproximar-Se de
cada pessoa. É verdade que a sua aproximação e o Seu caminhar conosco não é
reconhecível por nós só com os olhos do corpo: é preciso que o próprio
Ressuscitado nos abra os olhos fazendo-nos percorrer um caminho de conversão
(cf. Da Palavra para a Vida).
“As chaves de um encontro”. Para
aprofundar a sua mensagem, precisamos de chaves de leitura que nos revelem a
sua mensagem, precisamos de chaves de leitura que nos revelem a sua intenção e
mensagem mais profunda. Destacamos estas três chaves complementares de leitura,
com base no texto: a Escritura, centrada nas profecias messiânicas do Primeiro
Testamento sobre Cristo, a Eucaristia, evidenciada na fração do pão, e a
eclesial ou comunitária, apontada na partilha da experiência de fé com os
irmãos.
a) A Escritura
é a primeira chave ou via que Jesus lhes abre para aprovação da fé na sua
pessoa. “Então Jesus disse-lhes: “Homens sem inteligência e lentos de coração
para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias que
sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” Depois começando por Moisés e
passando pelos Profetas,, explicou-lhes em todas as Escrituras o que dizia a
Seu respeito mostrando a estreita relação que há entre as profecias messiânicas
do Antigo Testamento e o seu cumprimento no Novo Testamento, ou seja, na pessoa
de Jesus de Nazaré.
b) A
Eucaristia é a segunda chave. Perto de Emaús, o desconhecido simulou seguir
adiante. Fica conosco, disseram-lhe eles, pois já cai a tarde e o dia já
declina. E cearam juntos. Então o Senhor, “sentado à mesa com eles, tomou o
pão, abençoou-o, partiu-o e distribuiu-lhes. Abriram-se então os olhos e
reconheceram o Senhor. Mas Ele desapareceu. “Partir o pão” é uma expressão
específica, relativa à Eucaristia, que Lucas emprega de novo em resumo dos Atos
dos Apóstolos sobre a vida da comunidade de Jerusalém. Na antiga linguagem
cristã a fração do pão em fraternidade tem sabor de celebração e emprega-se
habitualmente em um contexto eucarístico.
c) A
comunidade é a terceira chave. Assim entenderam os peregrinos de Emaús.
“Levantaram-se naquele momento e voltaram a Jerusalém, onde encontraram
reunidos os Onze e seus companheiros”. Os dois aprenderam uma lição
fundamental, que estendida a todos os cristãos: Cristo ressuscitado continua
presente entre eles, no meio da comunidade, de uma maneira nova e certa, pela
fé que nasce da sua Palavra e do seu pão.
“Para realizar
esta grande obra, Cristo está presente na sua Igreja, especialmente nas ações
litúrgicas. Está presente no sacrifício da Missa... Está presente com o Seu
dinamismo nos sacramentos, de modo que, quando alguém batiza, ´e o próprio
Cristo que batiza. Está na sua Palavra, pois é Ele que fala ao ser lida, na
Igreja, a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e
canta, Ele que prometeu: “Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, eu
estou no meio deles” (Mt18,20; SC7).
Portanto, é
certo que Cristo está presente na comunidade dos irmãos que partilham uma mesma
fé. Assim entenderam os peregrinos de Emaús. Voltaram para Jerusalém, a
comunidade mãe. Agora necessitam de comunicar e partilhar a sua experiência
pessoal do Senhor ressuscitado. O seu testemunho de fé fez eco na comunidade,
que repete em coro: “É verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão. E eles
contaram o que tinha acontecido no caminho e como o tinham reconhecido no
partir o pão”.
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
O caminho de
Emaús é o caminho de nossa fé. A fé deve tornar-se pascal na convicção de que
não encontraremos Jesus de modo extraordinário, mas através dos acontecimentos
do cotidiano, de sua palavra esclarecedora, de seu Espírito que tudo nos
explica e de sua eucaristia, a fração do pão, plenitude de nossos encontros.
No caminho
para Emaús, reconhecemos nossa caminhada. Curtimos dor e tristeza pela realidade crucial de milhões, provocada
pela ganância de poucos. Estamos na direção oposta à ressurreição que é de
esperança e alegria, mesmo em tempo de paixão e morte.
No inicio da
conversa com o forasteiro, há uma critica à falta de conhecimento do que
ocorrera em Jerusalém durante a festa da Páscoa. Mas são os discípulos que
estão por fora da realidade. Isso nos questiona. Será que sabemos ler os sinais
dos tempos no que esta atualmente acontecendo no mundo, em nosso país, em nossa
região? Ou será que caminhamos com olhos e ouvidos fechados aos fatos? A
desesperança nos impede de captar a ação de Deus nos acontecimentos recentes?
A
discriminação das mulheres e a não-aceitação de seu valor também são fatores
que impedem uma leitura mais ampla da contribuição que essa metade da
humanidade pode dar para que a força da ressurreição transforme o mundo.
Ma uma certeza
temos que guardar: Jesus entra em nossa caminhada e com sua Palavra vai nos
mostrando o sentido e o rumo dos acontecimentos.
4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO
O relato
eucarístico de Emaús é, de fato, uma catequese das primeiras comunidades. Nele
entrevemos uma preciosa pedagogia celebrativa que contempla todos os momentos
da celebração que fazemos hoje: encontro com o Senhor, escuta da sua Palavra,
partilha do Pão e missão de anunciar aos irmãos a ressurreição.
Recentemente a
Igreja no Brasil e também estes subsídios litúrgicos que oferecemos têm
insistido na RECORDAÇÃO DA VIDA nas celebrações. É um momento em que cada um, depois
de uma semana de lutas, decepções e
realizações, de forma breve, partilha com os irmãos o que anda acontecendo na
vida. Seja a vida pessoal, familiar, comunitária, social (política,
econômica...). A intenção é buscar nos acontecimentos da nossa própria
existência os sinais da páscoa do Senhor. Ele continua sendo crucificado nas
dores e sofrimentos que a gente sente e testemunha, mas também sua força de
ressurreição continua a fazer vida nova brotar de onde só se via morte. A
proposta não é sem sentido, pelo contrário, encontra enraizamento neste
evangelho de Emaús, onde o próprio Jesus se interessa pela vida dos dois
discípulos que vão andando pelo caminho. A pergunta de Jesus foi” o que vocês
estão conversando enquanto vão andando pelo caminho”. Poderíamos traduzir
assim: “ o que anda acontecendo na vida de vocês?”. A resposta daqueles
discípulos do relato foi o que estava acontecendo na vida deles: o amigo Jesus,
em quem todos tinham muita esperança, morreu humilhado e crucificado numa cruz.
Algumas mulheres tinham dito que ele ressuscitara, mas eles mesmos não tinham
visto nada...A resposta dos discípulos de hoje poderia ser assim: “ a Dona
Josefa, que sofria tanto com o marido doente, alcançou uma graça enorme: a
comunidade se ajuntou para ajudá-la com as despesas dos remédios e os cuidados do marido doente. A mulher
parece que criou vida nova depois que recebeu a ajuda. A gente a vê agora
sorrindo e mais confiante, pois se sente amparada pela comunidade”. Isso Jesus
fez antes de falar da Bíblia com os discípulos. Isso queremos fazer antes de
ouvir as leituras. Duas coisas importantes a gente aprende com isso: Que a
Palavra de Deus esta na vida e esta na Bíblia e que a páscoa de Jesus esta
também narrada na nossa vida e na Bíblia. A RECORDAÇÃO DA VIDA pode até ajudar
na homilia, quando o padre ou quem preside a celebração da Palavra fica atento
ao que o povo diz, aproveitando os fatos para relacioná-los com a Palavra de
Deus e para mostrar que Deus continua caminhando com o seu povo. Desse jeito
vamos mudando aquela mentalidade equivocada de que missa é para ganhar graças e
vamos percebendo que tem mais a ver com uma vida configurada à morte e à
ressurreição do Senhor.
5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA
Estamos
vivendo nesta celebração, como em cada celebração litúrgica, a experiência dos
discípulos de Emaús. Um tanto tristes e desesperançados caminhamos, lamentando
fracassos, desilusões, desencontros, violências, mortes. Mas, perceptível só
aos olhos da fé e muito real, o Ressuscitado se faz presente primeiramente no
encontro de irmãos que carinhosamente se acolhem, bendizendo juntos ao Pai que
nos reúne no amor de Cristo.
Aos poucos, na
liturgia da Palavra, Ele abre nossos olhos e faz arder nossos corações com as
Escrituras, projetando sobre nossa realidade a luz que é Ele mesmo. E nos
embaraços e ambigüidades dos acontecimentos que tecem nossa realidade, vai nos
desvendando o misterioso plano do Pai acontecendo.
E não fica
dúvida! Quando na ação eucarística Ele senta à mesa, parte e reparte em ação de
graças o pão e ceia conosco, a força pascal de seu Espírito nos ressuscita com
Ele. Como diz um dos cantos de comunhão para este domingo: “Cristo ressuscitou,
e nós com Ele! Aleluia, aleluia”! Devolve-nos a alegria e a coragem para
voltarmos a “Jerusalém”, nosso dia-a-dia, lugar do confronto com o poder da
morte, lugar da comunhão fraterna, onde testemunharemos o Ressuscitado,
rejeitando os deuses que o mundo promove.
Dando graças
ao Pai, com Cristo, por Cristo e em Cristo, proclamemos a força invencível da
vida que vence a morte. É hora de oferecermos com Ele nossa vida para a vida do
mundo. Aí sim, na entrega da vida, fonte de partilha, de justiça e fraternidade
que são o “centro” de seu projeto, Ele se dará a conhecer. E, com certeza, como
cantamos no Salmo, com Ele nossos passos não vacilarão.
6. ORIENTAÇÕES GERAIS
1. No Ano A,
as primeiras leituras de cada um desses domingos são tiradas dos Atos dos
Apóstolos: descrevem a vida da primeira comunidade que se reúne na fé em Jesus Cristo Ressuscitado.
As segundas leituras são da Primeira Carta de São Pedro: a vida cristã é uma
vida pascal; seguindo nos passos de Jesus, como povo novo, constroem sobre o
fundamento, a pedra principal que é Cristo. Nos evangelhos destes domingos (São
João e a narração dos discípulos de Emaús de São Lucas no Terceiro Domingo), o
Cristo Ressuscitado continua presente na reunião dos discípulos e é a porta de
acesso ao Pai, no Espírito.
2. Os
cinqüenta dias que vão desde o Domingo de Páscoa na Ressurreição do Senhor até
o Domingo de Pentecostes devem ser celebrados com verdadeira alegria como se
fosse um grande domingo. Esses cinqüenta dias é como se fosse um só dia de
festa, “símbolo da felicidade eterna” (Santo Atanásio). Os domingos pascais se caracterizam pela ausência de elementos
penitenciais e pela acentuação de elementos festivos. A alegria deve ser a
característica do Tempo Pascal. A alegria deve estar presente nas pessoas da
comunidade e também no espaço litúrgico, na cor branca (ou amarela), nas
flores, no canto alegre do “Aleluia”, na alegria de sermos aspergidos pela água
batismal, no gesto da acolhida e da paz. O Tempo Pascal constitui-se em “um
grande domingo”. Vivenciamos dias de Páscoa e não após a Páscoa.
3. O Círio
Pascal deve estar sempre presente, junto à Mesa da Palavra em todas as
celebrações do Tempo Pascal. É importante que o Círio seja aceso no início da
celebração, após o canto de abertura, enquanto a assembléia entoa um refrão
pascal. Ele é o sinal do Cristo ressuscitado, Senhor de nossas vidas.
4. Dar
destaque durante o Tempo Pascal para a água
batismal. Onde há pia batismal,
ela deve ser o ponto de referência para a realização de ritos como aspersão,
renovação de promessas, compromissos. Onde não há pia batismal, preparar alguma
vasilha de cerâmica, de preferência junto do Círio Pascal.
5. Proclamar
com vibração a ação de graças (Oração Eucarística), pode-se cantar o Prefácio
da Páscoa e, nas celebrações da Palavra, entoar um “Bendito Pascal”.
6. Vivamos
intensamente este tempo de festa, celebrando a vida nova que Cristo nos deu,
vencendo a morte. É importante que o espaço celebrativo da Vigília Pascal
continue o mesmo para a celebração do Domingo de Páscoa e todo o Tempo Pascal.
7. O Tempo
Pascal é, muito indicado, liturgicamente, para as celebrações da Crisma e da
primeira eucaristia, numa continuidade com a noite batismal da Páscoa.
7- MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos “cantar a liturgia” e não
cantar na liturgia. Os cantos e músicas, executados com atitude espiritual e,
condizentes com “cada Domingo do Tempo Pascal”, ajudam a comunidade a penetrar
no mistério celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são da Páscoa,
“é preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos deve ser
cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério
celebrado”. Jamais os cantos devem ser escolhidos para satisfazer o
ego de um grupo ou de um movimento ou de uma pastoral. Não devemos esquecer que
toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de
uma pastoral ou de um movimento.
1. Canto de abertura. “Clama a
Deus, toda a terra” (Salmo 65/66,1-2). “Na verdade, o Cristo ressuscitou”, CD:
Liturgia XVI, melodia da faixa 1. Neste canto dar destaque para a última
estrofe, que já no início da celebração manifesta a nossa necessidade da
Palavra do Senhor a fim de compreender os ensinamentos da vida e seu
significado pascal: “Esta verdade é por demais maravilhosa, é tão sublime que
não posso compreendê-la” (Salmo 138/139).
Ensina a
Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além
de unir a assembléia, inseri-la no mistério celebrado (IGMR nº 47). Nesse sentido
o Hinário Litúrgico II da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão gravados
no CD: Liturgia XVI.
2. Refrão para o acendimento do Círio
Pascal. “Cristo-Luz, ó Luz, ó Luz bendita...”, CD: Festas Litúrgicas I, melodia da faixa 9; “Salve Luz eterna, és
tu Jesus...”, Hinário Litúrgico II da CNBB, página 292.
3. Canto para o momento da aspersão com
a água batismal. “Eu vi, eu vi, a água manar...”, CD: Tríduo Pascal II,
faixa 12; “Banhados em Cristo, somos uma nova criatura...”, CD: Tríduo Pascal
II, melodia da faixa 11, ou Hinário Litúrgico II da CNBB, página 196.
4. Hino de louvor. “Glória a
Deus nas alturas...” Vejam o CD Tríduo
Pascal I e II e também no CD: Festas Litúrgicas I, Partes fixas do Ordinário da
Missa do Hinário Litúrgico III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por
Irmã Miria e outros compositores.
O Hino de
Louvor, na versão original e mais antiga, é um hino cristológico, isto é,
voltado para Cristo, que exprime o significado do amor do Pai agindo no Filho.
O louvor, o bendito, a glória e a adoração ao Pai (primeira parte do Hino de
Louvor) se desdobram no trabalho do Filho Único: tirar o pecado do mundo,
exprimindo e imprimindo na história humana a compaixão do Pai. Lembremo-nos: o
Hino de Louvor não se confunde com a “doxologia menor” (Glória ao Pai, ao Filho
e ao Espírito Santo). O Hino de Louvor encontra-se no Missal Romano em prosa ou
nas publicações da CNBB versificado numa versão que facilita o canto da
assembléia.
5. Salmo responsorial 15/16. “Não
havereis de me deixar entregue à morte”. “Vós me ensinais vosso caminho para a
vida; junto de vós, felicidades sem limites!”, CD: Liturgia XVI melodia da
faixa 2.
6. Aclamação ao Evangelho.
“Arder o coração para escutar a Palavra”, (Lucas 24,32). “Aleluia, Revelai-nos
o sentido da Escritura; fazei o nosso coração arder quando falardes”, CD:
Liturgia XVI, melodia da faixa 3. O canto de aclamação ao evangelho acompanha
os versos que estão no Lecionário Dominical ou a versão do CD: Liturgia XVI
7. Apresentação dos dons. O
canto de apresentação das oferendas, conforme orientamos em outras ocasiões,
não necessita versar sobre pão e vinho. Seu tema é o mistério que se celebra
acontecendo na fraternidade da Igreja reunida em oração, no Tempo Pascal. “A
terra, apavorada emudeceu”, CD: Liturgia XVI, melodia da faixa 4.
8. Canto de comunhão. Os
discípulos reconheceram o Senhor ao partir o pão (Lucas 24,30-31. O canto mais
adequado para hoje é a versão musicada por João Carlos Ribeiro que narra a
respeito da caminhada dos Discípulos de Emaús: “Andavam pensando, tão tristes,
de Jerusalém a Emaús”, CD: Liturgia X, melodia da faixa 9. Outra opção pode ser
o canto “Cristo ressuscitou, e nós com ele!”, CD: Liturgia XVI, melodia da
faixa 5. As estrofes são da Carta de São Paulo aos Efésios 1,3-10.
O canto de
comunhão deve retomar o sentido do Evangelho do Terceiro Domingo da Páscoa.
Esta é a sua função ministerial. Na realidade, aquilo que se proclama no
Evangelho nos é dado na Eucaristia, ou seja: é o Evangelho que nos dá o “tom”
com o qual o Cristo se dirige a nós em cada celebração eucarística reforçando
estes conteúdos bíblico-litúrgicos, garantindo ainda mais a unidade entre a mesa da Palavra e a mesa da
Eucaristia. Isto significa que
comungar o corpo e sangue de Cristo é compromisso com o Evangelho proclamado.
Portanto, o mesmo Senhor que nos falou no Evangelho, nós o comungamos no pão e
no vinho. É de se lamentar que muitas vezes são escolhidos cantos
individualistas de acordo com a espiritualidade de certos movimentos,
descaracterizando a missionariedade da liturgia. Toda liturgia é uma celebração
da Igreja e não existem ritos para cada movimento e nem para cada pastoral.
8. O ESPAÇO CELEBRATIVO
1. Cuidar do
espaço da celebração para que seja expressão da Páscoa do Senhor. Preparar de
forma festiva o ambiente, dando destaque ao Círio Pascal, a fonte batismal com
flores, a mesa da Palavra e a mesa eucarística. A cor branca ou amarelada nas
vestes e toalhas. Ornamentar com flores o espaço sagrado, mas em exageros, para
não transformar o espaço da celebração numa floresta, para não roubar a cena do
Altar e do Ambão.
2.
Seria muito sugestivo que se preparasse o arranjo floral para a mesa da Palavra
utilizando um grande pão de verdade partido. Não se trata de uma alegoria, pois
não são elementos artificiais querendo indicar uma realidade verdadeira. Mas
trata-se de explicitar “plasticamente”, exteriorizar através de sinais
sensíveis verdadeiros, a verdade profunda da Palavra compartilhada com o
Senhor, além de estarmos relacionando diretamente a Mesa da Palavra com a Mesa
da Eucaristia. Não teria sentido nenhum colocar um pão desenhado num isopor ou
em cartolina.
3. A Tradição Romana usa a cor branca neste
tempo. Talvez, de acordo com a nossa cultura, podemos caprichar, usando o
amarelo ou várias cores festivas.
4. Sugerimos
colocar, próximo ao Círio Pascal, as faixas jogadas ao chão e o véu dobrado.
5. O Tempo
Pascal não é nada mais, nada menos do que a própria celebração da Páscoa
prolongada durante sete semanas de júbilo e de alegria. É o tempo da alegria,
que culmina na festa de Pentecostes. Tudo isso deve ficar evidente no espaço da
celebração.
9. AÇÃO RITUAL
Celebramos o
caminho cristão, a vida da comunidade e de cada um, onde Jesus se faz presente.
Nesta caminhada ele nos abre os olhos para ver os sinais da sua Páscoa e para
sentir sua presença animadora nos acontecimentos bons e difíceis da nossa
existência.
Ritos Iniciais
1. Na
procissão de entrada entrar com as pessoas que foram batizadas ou pessoas que
receberam um dos sacramentos na Vigília Pascal, ou crianças com vestes brancas,
trazendo flores.
2. Após o
canto de abertura, fazer um pequeno lucernário, solenizando o acendimento do
Círio Pascal: uma pessoa acende o Círio e diz: “Bendita sejas, Deus da Vida, pela ressurreição de Jesus Cristo e por
essa luz radiante!”. Ou outros refrões que revela o sentido pascal: “Salve, luz eterna és tu, Jesus!/ Teu clarão
é a fé que nos conduz! (Hinário II, pág. 292). “Cristo-Luz, ó Luz bendita,/
Vinde nos iluminar!/ Luz do mundo, Luz da Vida,/ Ensinai-nos a
amar! A seguir, incensa o Círio
pascal e a comunidade reunida.
3. Na
acolhida, pode-se retomar o costume das Igrejas Orientais de saudarem-se com as
seguintes palavras: “O Senhor
ressuscitou, verdadeiramente ressuscitou!”, ou “Irmãos e irmãs, Jesus
ressuscitou e está vivo em nosso meio.
4. Após a
saudação presidencial dar o sentido litúrgico:
Domingo dos discípulos de Emaús. O Senhor se
manifesta ressuscitado na fração do pão. O Senhor vem ao nosso encontro,
caminha conosco, nos ensina por sua Palavra e se dá a conhecer na fração do pão
consagrado.
5. Após a
saudação presidencial e o sentido litúrgico da celebração, caberia muito bem a
Recordação da Vida como está em Lucas 24,14-24 onde os discípulos de Emaús
contam os acontecimentos da vida para o próprio Jesus. Recordar os fatos, os
acontecimentos, as dores e as alegrias das pessoas a páscoa do povo, na Páscoa
de Cristo. Em conexão com o sentido litúrgico, o presidente exorta a assembléia
para que silencie e deixe que os acontecimentos da semana passem diante dos
olhos.
6. Substituir
o ato penitencial pelo rito de aspersão com a água que foi abençoada na Vigília
Pascal. Rezar a oração de bênção conforme o Tempo Pascal (Missal Romano página
1002. Ajudar a comunidade a aprofundar sua consagração batismal. No ato da
aspersão, a assembléia canta: “Eu vi, eu
vi, foi água manar”, CD Tríduo Pascal II, faixa 12. “Banhados em Cristo, somos u’a nova criatura.).
7. Cantar com
vibração o Hino de louvor. Durante a Quaresma ele foi silenciado, agora deve
ser cantado com exultação porque é o Hino Pascal do Glória.
8. Na Oração
do Dia suplicamos ao Pai, que nos alegre sempre com a renovação espiritual,
após recuperar a condição de filhos e filhas, esperamos com plena confiança o
dia da nossa ressurreição.
Rito da Palavra
1. Quem
preside ou o animador convida a todos com essas ou outras palavras semelhantes:
quando lemos as Sagradas Escrituras na Missa, é o próprio Jesus quem nos fala.
Ouçamos atentos a sua Palavra e preparemos o nosso coração para acolher o que
ele nos diz, cantando... (a equipe de canto entoa suavemente algum refrão breve
que ajude a valorizar a Palavra de Deus e para que crie clima de escuta. Seria
interessante cantar o refrão à Cappella). É uma maneira de solenizar a liturgia
da Palavra.
2. O Evangelho
pode ser dialogado: a cena descrita no Evangelho de hoje se presta à leitura
dialogada: narrador, Jesus, Cléofas, os discípulos (assembléia), os Onze.
3. Na
profissão de fé, convidar os que receberam os sacramentos na Vigília Pascal
para se aproximarem do Círio Pascal com velas acesas.
4. Nas preces,
a resposta da assembléia a cada invocação pode ser: “Caminha conosco, Senhor”!
ou “Fica conosco, Senhor”!
Rito da Eucaristia
1. O pão e
vinho são sinais trazidos do seio do mundo, para que sejam “fecundados” pela
graça de Deus e se tornem morada do Mistério e todos que deles participarem
possam ser beneficiados pela presença de Deus. Assim, pão e vinho consagrados
se tornam imagem do mundo e da humanidade redimida, imagem da própria Igreja –
Corpo de Cristo, como entendia Santo Agostinho.
2. Aqui se
nota a importância de se manter sempre vivo o costume da procissão dos dons
feita por membros da comunidade de fé. Embora já não se traga o pão para a
celebração, das casas, como em outras épocas, é salutar que não se perca o
sentido de apresentar o mundo e a humanidade nos sinais do pão e vinho, frutos
do suor e trabalho humanos a ser submetidos ao trabalho divino (= consagrar/
santificar/ eucaristizar). Cantar a glória do Reino teu por toda a terra.
3. Na Oração
sobre as Oferendas, peçamos que Deus acolha da Igreja em festa. Ele é a causa do
nosso júbilo
4. Onde for
possível, cantar o Prefácio e, nas celebrações da Palavra, cantar a louvação
pascal com a melodia da louvação do Natal Hinário I da CNBB, pag. 74, e a letra
está no Hinário Litúrgico II da CNBB, pag. 156.
5. De acordo
com as orientações em vigor, a comunhão pode ser sob as duas espécies para toda
a comunidade. “A comunhão realiza mais plenamente o seu aspecto de sinal quando
sob as duas espécies. Sob essa forma se manifesta mais perfeitamente o sinal do
banquete eucarístico e se exprime de modo mais claro a vontade divina de
realizar a nova e eterna Aliança no Sangue do Senhor, assim como a relação
entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico no Reino do Pai” (IGMR,
nº 240).
6. Ao partir o
pão reconheceram o Senhor. Hoje mais do nunca, dar realce ao gesto da “fração
do pão”. Cristo nosso Páscoa, é o Cordeiro imolado, Pão Vivo e verdadeiro. Um
(uma) solista canta: “Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo. A
assembléia responde: Tende piedade nós...
Deve ser executado assim, porque ele tem caráter de ladainha.
Ritos finais
1. Na Oração
depois da Comunhão, suplicamos ao Pai que olhe com bondade o povo santo. Da
nossa renovação pelos sacramentos, cheguemos à glória da ressurreição.
2.
Dar a bênção final própria para o Tempo Pascal, conforme o Missal Romano,
página 523. No final o povo responde com os dois “Aleluias, no envio dos fiéis.
3. As palavras do rito de envio
podem estar em consonância como mistério celebrado: “Que A Palavra do Senhor
aqueça os vossos corações”. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muitas vezes
somos cegos e surdos como os discípulos de Emaús. Muitas vezes Deus anda
conosco e não O reconhecemos. Muitas vezes Jesus é o companheiro de nossa
caminhada, mesmo que seja de modo duvidoso, e não O reconhecemos. Por que?
Talvez porque só queremos ver Jesus nas maravilhas.
Celebremos
nossa Páscoa, na pureza e na verdade, aleluia, aleluia.
O objetivo da
Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as
comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa
diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos,
Pe. Benedito Mazeti
Assessor diocesano de Liturgia
Bispado de São José do Rio Preto
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