sexta-feira, 2 de maio de 2014

3º DOMINGO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR - ANO A

04 de maio de 2014

Leituras
      Atos 2,14.22-23
     Salmo 15/16,1-2a.5.7-8.9-10.11
     1Pedro 1,17-21
     Lucas 24,13-35
  
“FICA CONOSCO, POIS JÁ É TARDE E A NOITE VEM CHEGANDO”


1- PONTO DE PARTIDA

Domingo dos discípulos de Emaús. O Senhor se manifesta ressuscitado na fração do pão. Ele vem ao nosso encontro, caminha conosco, instrui-nos por sua Palavra e se dá a conhecer na fração do pão.

A Ressurreição é o núcleo da fé cristã testemunhado e anunciado pela Igreja. O aprofundamento da fé na Ressurreição requer tempo, exige que saibamos ler as Escrituras, como fez o “Ressuscitado caminhante” junto aos discípulos que fugiam do centro do poder que assassinara o Mestre.

Jesus Cristo é a chaves das Escrituras. A elas vamos com perguntas e elas nos interpretam. Lemos a Palavra, mas ela nos lê igualmente. Ela nos revela Deus, mas também nos revela a nós mesmos.

2- REFLEXÃO BÍBLICA, EXEGÉTICA E LITÚRGICA

Contemplando os textos

Primeira leitura – Atos 2,14.22-23. As primeiras leituras deste domingo são tomadas dos discursos missionários pronunciados pelos apóstolos diante dos judeus. É o primeiro testemunho que os apóstolos deram de Jesus Cristo após o Pentecostes em Jerusalém e serem encorajados à missão.

Proclama-se hoje a parte querigmática do discurso que Pedro, rodeado pelos Onze Apóstolos, logo depois que o Espírito Santo tinha descido sobre os 120 discípulos, recolhidos no cenáculo (cf. Atos 1,13.15). “Querigma” chama-se aquela proclamação da vida, morte e ressurreição de Jesus que tem como objetivo levar os ouvintes, sejam eles judeus ou pagãos, à conversão e à fé em Jesus. Na primeira parte dos Atos Lucas dá oito modelos deste querigma. Seis deles dirigem-se a judeus (Atos 2,14-35; 3,12-26; 4,9-12; 5,29-32; 10,34-43; 13,17-41), e dois a pagãos (Atos 14,15-17; 17,22-31). No querigma para os judeus prega-se a vida, a morte e a ressurreição de Jesus à luz do Primeiro Testamento. No querigma para os pagãos o argumento da Escritura é substituído por uma exposição do monoteísmo que se pode ilustrar por citações de autores pagãos.
Nas referencias da Sagrada Escritura revelam que os primeiros cristãos liam o Primeiro Testamento para nele descobrir a anunciação da morte e da ressurreição de Jesus (cf. Lucas 24,25-27).

Uma boa parte do discurso (versículos 25-33) é dedicado à leitura cristã do salmo 15: pressupondo Davi como autor, Pedro explica que as palavras de confiança e de esperança nele proclamadas não dizem respeito a Davi, mas são uma profecia da ressurreição de Jesus.

O Espírito Santo coloca os Apóstolos (a Igreja) na possibilidade de falar de Deus de modo adequado, e isso significa em particular que torna possível compreender e falar da Cruz de Jesus. A Cruz representa aos olhos do ser humano o fracasso de Jesus e da Sua pregação (é o que pensam também os dois discípulos de Emaús: (cf, Evangelho): só o Espírito consegue a Pedro ler nela a obra de Deus. O Apóstolo, por um lado, relembra os “milagres, os prodígios e os sinais” (versículo 22) feito pelo Mestre durante a Sua vida terrena; por outro recorre ao Primeiro Testamento: toda a Sagrada Escritura encontra na Cruz o seu centro, ao fazer-nos conhecer o rosto de Deus.

Salmo responsorial – Salmo 15/16,1-2a.5.7-8-11 É um salmo de confiança e de entrega exclusiva a Deus. O salmista exprime uma profunda confiança em Deus: a minha herança, diz ele, não é um pedaço da terra, mas o próprio “Senhor”; confiando a Ele “o meu destino” (versículo 5), asseguro a minha imortalidade (versículos 10-11a: um dos raros textos do Primeiro Testamento sobre este tema.

Pedro cita este salmo no discurso de Pentecostes. O salmista, embora não compreendendo em profundidade a importância da suas palavras, intui na oração que o Deus que se comprometeu com o ser humano não pode de forma alguma abandoná-la quando este está em poder da morte (cf. versículo 10). Em Jesus temos o fundamento derradeiro e a verdade desta convicção.

O rosto de Deus. Sendo um salmo de confiança mostra um Deus próximo, abrigo, bem supremo da pessoa, herança e taça do fiel, aquele que tem em suas mãos o destino da criatura, conselheiro que instrui até de noite, que caminha à frente, que se põe à direita da pessoa, que não a deixa morrer, pelo contrário, ensina-lhe o caminho da vida e põe o salmista à sua direita, no lugar de honra. O salmista tem essa confiança porque sabe que Deus é o aliado fiel. Isso está na sua mente, carne e sangue. E por isso expressa confiança incondicional.

No Novo Testamento Jesus é motivo de confiança para o povo (Marcos 5,36; 6,50; João 14,1; 16,33). Ele próprio manifesta total confiança no Pai (João 11,42).

Por Cristo, o cristão conhece a realidade da vida eterna, nela espera, e a saboreia antecipadamente na contemplação: neste horizonte o cristão reza o salmo com toda a sua capacidade de sentido.

Cantando este salmo neste domingo, coloquemos toda a nossa confiança e o nosso destino em Cristo Ressuscitado que não nos abandona na morte, mas nos ressuscita com Ele.

VÓS ME ENSINAIS VOSSO CAMINHO PARA A VIDA;
JUNTO DE VÓS FELICIDADE SEM LIMITES!

Segunda leitura – 1Pedro 1,17-21. Escrevendo a cristãos recém convertidos, Pedro lembra a atitude que os batizados devem ter em relação a Deus.

Nas palavras de Pedro podemos distinguir três pensamentos: da exortação a uma conduta nova, inspirada no “temor” filial para com Deus (versículo 17), passa-se àquele que é o fundamento desta novidade de vida, ou seja, a redenção realizada pelo “sangue precioso de Cristo” (versículos 18-19), para chegar finalmente a uma formulação bastante densa do mistério de Cristo e do desígnio eterno de Deus realizado n’Ele (versículos 20-21a). a conclusão é que Deus orientou e conduziu até Si os seus fiéis, levando-os a ter fé e esperança n’Ele (versículo 21b).

Como na primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, é ainda “Pedro” que fala em termos “apaixonados” de Jesus, o qual, “predestinado antes da criação do mundo” (cf. versículo 20a), ocupa desde sempre o lugar central no plano de Deus e é apresentado aos cristãos como Aquele que “se manifestou nos últimos tempos por vossa causa” (versículo 20b) Jesus não está longe: já que está desde sempre no coração de Deus, é para sempre também contemporâneo de cada pessoa humana.

É em Cristo Ressuscitado que nos tornamos filhos e filhas. O discurso da filiação traz presente em Pedro o sentido do “temor” (cf. versículo 19) que deveria sensibilizar-nos ao pensarmos que somos filhos e filhas de um Pai tão grande. Na realidade, como se sabe, o temor não quer significar o medo de Deus, mas “deveria traduzir-se por ‘respeito’: respeito por Deus, que realiza essa obra; respeito por Jesus, que dá o Seu sangue por nós; e respeito pelos irmãos, redimidos pelo mesmo sangue”. Se alguma forma de temor, conforme o significado que demos a esta palavra, aqui permanece, é só porventura o temor de perder ou esquecer a riqueza do dom de Deus em Cristo, nós que somos muitas vezes vencidos pelas muitas tribulações desta vida “de exílio” (cf. versículo 17).

Evangelho – Lucas 24,13-35. Lucas apresenta a aparição de Cristo aos discípulos de Emaús como a segunda do Dia de Páscoa. Com efeito, ele descreve as aparições do Ressuscitado como manifestações sucessivas aos três principais grupos de discípulos de Cristo: às mulheres (Lucas 24,1-12), aos discípulos e, finalmente, aos Doze (Lucas 24,36-39).

Lucas quer mostrar que a presença permanente de Cristo Ressuscitado pode verificar-se na Palavra e na catequese, na fração do pão e na profissão de fé, elementos fundamentais da assembléia litúrgica. Mas o rito pelo qual Cristo se faz reconhecer é o da fração do pão (versículo 30), refeição fraternal das primeiras comunidades (Atos 2,42.46; 20,7,11).

Depois da descoberta do túmulo vazio, Jesus vai ao encontro de dois discípulos para lhes mostrar vivo. Junta-se a eles enquanto, perdidos e desiludidos, se afastam da Cidade Santa. O caso singular e decisivo da narração é que o Ressuscitado, aqui, como em outros textos evangélicos, não é reconhecido imediatamente, mas só depois de um certo trabalho interior da parte dos dois discípulos e de alguns gestos feitos pelo peregrino Ressuscitado: a interpretação das Escrituras (versículos 25-27) e o partir o pão (versículo 30). Os corações dos dois discípulos podem assim “arder” e os seus olhos “abrirem-se” para poderem reconhecê-Lo (versículos 31-32).

O texto do Evangelho, que só se encontra em Lucas, é a narração da experiência do Ressuscitado feita pelos discípulos que voltam para Emaús. Lendo João 19,25, descobrimos que Maria de Cléofas estava aos pés da cruz na hora extrema de Jesus. Ligando com o texto de Emaús, podemos supor que Cléofas e sua esposa Maria eram discípulos, que retornavam para seus afazeres comuns, depois da decepção da morte de Jesus. Iam conversando sobre os acontecimentos recentes da morte de Jesus.

É importante, em primeiro lugar, não banalizar esta realidade central do Cristianismo com representações insuficientes: a ressurreição de Jesus não é como a de Lázaro, o qual volta à vida com um corpo igual ao anterior, para depois morrer de novo. Neste caso, os discípulos teriam certamente reconhecido o Homem que até três dias antes tinham visto vivo, se a Sua ressurreição fosse semelhante à de Lázaro. Pelo contrário, ressuscitado entrou numa condição radicalmente nova e inconcebível para os recursos humanos apenas, à qual Ele dá origem precisamente com a sua Páscoa. Jesus está vivo para sempre e por isso pode aproximar-Se de cada pessoa. É verdade que a sua aproximação e o Seu caminhar conosco não é reconhecível por nós só com os olhos do corpo: é preciso que o próprio Ressuscitado nos abra os olhos fazendo-nos percorrer um caminho de conversão (cf. Da Palavra para a Vida).

“As chaves de um encontro”. Para aprofundar a sua mensagem, precisamos de chaves de leitura que nos revelem a sua mensagem, precisamos de chaves de leitura que nos revelem a sua intenção e mensagem mais profunda. Destacamos estas três chaves complementares de leitura, com base no texto: a Escritura, centrada nas profecias messiânicas do Primeiro Testamento sobre Cristo, a Eucaristia, evidenciada na fração do pão, e a eclesial ou comunitária, apontada na partilha da experiência de fé com os irmãos.

a) A Escritura é a primeira chave ou via que Jesus lhes abre para aprovação da fé na sua pessoa. “Então Jesus disse-lhes: “Homens sem inteligência e lentos de coração para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias que sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” Depois começando por Moisés e passando pelos Profetas,, explicou-lhes em todas as Escrituras o que dizia a Seu respeito mostrando a estreita relação que há entre as profecias messiânicas do Antigo Testamento e o seu cumprimento no Novo Testamento, ou seja, na pessoa de Jesus de Nazaré.

b) A Eucaristia é a segunda chave. Perto de Emaús, o desconhecido simulou seguir adiante. Fica conosco, disseram-lhe eles, pois já cai a tarde e o dia já declina. E cearam juntos. Então o Senhor, “sentado à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e distribuiu-lhes. Abriram-se então os olhos e reconheceram o Senhor. Mas Ele desapareceu. “Partir o pão” é uma expressão específica, relativa à Eucaristia, que Lucas emprega de novo em resumo dos Atos dos Apóstolos sobre a vida da comunidade de Jerusalém. Na antiga linguagem cristã a fração do pão em fraternidade tem sabor de celebração e emprega-se habitualmente em um contexto eucarístico.

c) A comunidade é a terceira chave. Assim entenderam os peregrinos de Emaús. “Levantaram-se naquele momento e voltaram a Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e seus companheiros”. Os dois aprenderam uma lição fundamental, que estendida a todos os cristãos: Cristo ressuscitado continua presente entre eles, no meio da comunidade, de uma maneira nova e certa, pela fé que nasce da sua Palavra e do seu pão.

“Para realizar esta grande obra, Cristo está presente na sua Igreja, especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da Missa... Está presente com o Seu dinamismo nos sacramentos, de modo que, quando alguém batiza, ´e o próprio Cristo que batiza. Está na sua Palavra, pois é Ele que fala ao ser lida, na Igreja, a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele que prometeu: “Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, eu estou no meio deles” (Mt18,20; SC7).

Portanto, é certo que Cristo está presente na comunidade dos irmãos que partilham uma mesma fé. Assim entenderam os peregrinos de Emaús. Voltaram para Jerusalém, a comunidade mãe. Agora necessitam de comunicar e partilhar a sua experiência pessoal do Senhor ressuscitado. O seu testemunho de fé fez eco na comunidade, que repete em coro: “É verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão. E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como o tinham reconhecido no partir o pão”.

3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA

O caminho de Emaús é o caminho de nossa fé. A fé deve tornar-se pascal na convicção de que não encontraremos Jesus de modo extraordinário, mas através dos acontecimentos do cotidiano, de sua palavra esclarecedora, de seu Espírito que tudo nos explica e de sua eucaristia, a fração do pão, plenitude de nossos encontros.

No caminho para Emaús, reconhecemos nossa caminhada. Curtimos dor e tristeza  pela realidade crucial de milhões, provocada pela ganância de poucos. Estamos na direção oposta à ressurreição que é de esperança e alegria, mesmo em tempo de paixão e morte.

No inicio da conversa com o forasteiro, há uma critica à falta de conhecimento do que ocorrera em Jerusalém durante a festa da Páscoa. Mas são os discípulos que estão por fora da realidade. Isso nos questiona. Será que sabemos ler os sinais dos tempos no que esta atualmente acontecendo no mundo, em nosso país, em nossa região? Ou será que caminhamos com olhos e ouvidos fechados aos fatos? A desesperança nos impede de captar a ação de Deus nos acontecimentos recentes?

A discriminação das mulheres e a não-aceitação de seu valor também são fatores que impedem uma leitura mais ampla da contribuição que essa metade da humanidade pode dar para que a força da ressurreição transforme o mundo.

Ma uma certeza temos que guardar: Jesus entra em nossa caminhada e com sua Palavra vai nos mostrando o sentido e o rumo dos acontecimentos.

4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO

O relato eucarístico de Emaús é, de fato, uma catequese das primeiras comunidades. Nele entrevemos uma preciosa pedagogia celebrativa que contempla todos os momentos da celebração que fazemos hoje: encontro com o Senhor, escuta da sua Palavra, partilha do Pão e missão de anunciar aos irmãos a ressurreição.
Recentemente a Igreja no Brasil e também estes subsídios litúrgicos que oferecemos têm insistido na RECORDAÇÃO DA VIDA nas celebrações. É um momento em que cada um, depois de uma semana de lutas, decepções  e realizações, de forma breve, partilha com os irmãos o que anda acontecendo na vida. Seja a vida pessoal, familiar, comunitária, social (política, econômica...). A intenção é buscar nos acontecimentos da nossa própria existência os sinais da páscoa do Senhor. Ele continua sendo crucificado nas dores e sofrimentos que a gente sente e testemunha, mas também sua força de ressurreição continua a fazer vida nova brotar de onde só se via morte. A proposta não é sem sentido, pelo contrário, encontra enraizamento neste evangelho de Emaús, onde o próprio Jesus se interessa pela vida dos dois discípulos que vão andando pelo caminho. A pergunta de Jesus foi” o que vocês estão conversando enquanto vão andando pelo caminho”. Poderíamos traduzir assim: “ o que anda acontecendo na vida de vocês?”. A resposta daqueles discípulos do relato foi o que estava acontecendo na vida deles: o amigo Jesus, em quem todos tinham muita esperança, morreu humilhado e crucificado numa cruz. Algumas mulheres tinham dito que ele ressuscitara, mas eles mesmos não tinham visto nada...A resposta dos discípulos de hoje poderia ser assim: “ a Dona Josefa, que sofria tanto com o marido doente, alcançou uma graça enorme: a comunidade se ajuntou para ajudá-la com as despesas dos remédios  e os cuidados do marido doente. A mulher parece que criou vida nova depois que recebeu a ajuda. A gente a vê agora sorrindo e mais confiante, pois se sente amparada pela comunidade”. Isso Jesus fez antes de falar da Bíblia com os discípulos. Isso queremos fazer antes de ouvir as leituras. Duas coisas importantes a gente aprende com isso: Que a Palavra de Deus esta na vida e esta na Bíblia e que a páscoa de Jesus esta também narrada na nossa vida e na Bíblia. A RECORDAÇÃO DA VIDA pode até ajudar na homilia, quando o padre ou quem preside a celebração da Palavra fica atento ao que o povo diz, aproveitando os fatos para relacioná-los com a Palavra de Deus e para mostrar que Deus continua caminhando com o seu povo. Desse jeito vamos mudando aquela mentalidade equivocada de que missa é para ganhar graças e vamos percebendo que tem mais a ver com uma vida configurada à morte e à ressurreição do Senhor.

5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA
           
Estamos vivendo nesta celebração, como em cada celebração litúrgica, a experiência dos discípulos de Emaús. Um tanto tristes e desesperançados caminhamos, lamentando fracassos, desilusões, desencontros, violências, mortes. Mas, perceptível só aos olhos da fé e muito real, o Ressuscitado se faz presente primeiramente no encontro de irmãos que carinhosamente se acolhem, bendizendo juntos ao Pai que nos reúne no amor de Cristo.

Aos poucos, na liturgia da Palavra, Ele abre nossos olhos e faz arder nossos corações com as Escrituras, projetando sobre nossa realidade a luz que é Ele mesmo. E nos embaraços e ambigüidades dos acontecimentos que tecem nossa realidade, vai nos desvendando o misterioso plano do Pai acontecendo.

E não fica dúvida! Quando na ação eucarística Ele senta à mesa, parte e reparte em ação de graças o pão e ceia conosco, a força pascal de seu Espírito nos ressuscita com Ele. Como diz um dos cantos de comunhão para este domingo: “Cristo ressuscitou, e nós com Ele! Aleluia, aleluia”! Devolve-nos a alegria e a coragem para voltarmos a “Jerusalém”, nosso dia-a-dia, lugar do confronto com o poder da morte, lugar da comunhão fraterna, onde testemunharemos o Ressuscitado, rejeitando os deuses que o mundo promove.

Dando graças ao Pai, com Cristo, por Cristo e em Cristo, proclamemos a força invencível da vida que vence a morte. É hora de oferecermos com Ele nossa vida para a vida do mundo. Aí sim, na entrega da vida, fonte de partilha, de justiça e fraternidade que são o “centro” de seu projeto, Ele se dará a conhecer. E, com certeza, como cantamos no Salmo, com Ele nossos passos não vacilarão.

6. ORIENTAÇÕES GERAIS

1. No Ano A, as primeiras leituras de cada um desses domingos são tiradas dos Atos dos Apóstolos: descrevem a vida da primeira comunidade que se reúne na fé em Jesus Cristo Ressuscitado. As segundas leituras são da Primeira Carta de São Pedro: a vida cristã é uma vida pascal; seguindo nos passos de Jesus, como povo novo, constroem sobre o fundamento, a pedra principal que é Cristo. Nos evangelhos destes domingos (São João e a narração dos discípulos de Emaús de São Lucas no Terceiro Domingo), o Cristo Ressuscitado continua presente na reunião dos discípulos e é a porta de acesso ao Pai, no Espírito.

2. Os cinqüenta dias que vão desde o Domingo de Páscoa na Ressurreição do Senhor até o Domingo de Pentecostes devem ser celebrados com verdadeira alegria como se fosse um grande domingo. Esses cinqüenta dias é como se fosse um só dia de festa, “símbolo da felicidade eterna” (Santo Atanásio). Os domingos pascais se caracterizam pela ausência de elementos penitenciais e pela acentuação de elementos festivos. A alegria deve ser a característica do Tempo Pascal. A alegria deve estar presente nas pessoas da comunidade e também no espaço litúrgico, na cor branca (ou amarela), nas flores, no canto alegre do “Aleluia”, na alegria de sermos aspergidos pela água batismal, no gesto da acolhida e da paz. O Tempo Pascal constitui-se em “um grande domingo”. Vivenciamos dias de Páscoa e não após a Páscoa.

3. O Círio Pascal deve estar sempre presente, junto à Mesa da Palavra em todas as celebrações do Tempo Pascal. É importante que o Círio seja aceso no início da celebração, após o canto de abertura, enquanto a assembléia entoa um refrão pascal. Ele é o sinal do Cristo ressuscitado, Senhor de nossas vidas.

4. Dar destaque durante o Tempo Pascal para a água batismal. Onde há pia batismal, ela deve ser o ponto de referência para a realização de ritos como aspersão, renovação de promessas, compromissos. Onde não há pia batismal, preparar alguma vasilha de cerâmica, de preferência junto do Círio Pascal.

5. Proclamar com vibração a ação de graças (Oração Eucarística), pode-se cantar o Prefácio da Páscoa e, nas celebrações da Palavra, entoar um “Bendito Pascal”.

6. Vivamos intensamente este tempo de festa, celebrando a vida nova que Cristo nos deu, vencendo a morte. É importante que o espaço celebrativo da Vigília Pascal continue o mesmo para a celebração do Domingo de Páscoa e todo o Tempo Pascal.

7. O Tempo Pascal é, muito indicado, liturgicamente, para as celebrações da Crisma e da primeira eucaristia, numa continuidade com a noite batismal da Páscoa.

7- MÚSICA RITUAL

O canto é parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos “cantar a liturgia” e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas, executados com atitude espiritual e, condizentes com “cada Domingo do Tempo Pascal”, ajudam a comunidade a penetrar no mistério celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são da Páscoa, “é preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos deve ser cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério celebrado”. Jamais os cantos devem ser escolhidos para satisfazer o ego de um grupo ou de um movimento ou de uma pastoral. Não devemos esquecer que toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de uma pastoral ou de um movimento.

1. Canto de abertura. “Clama a Deus, toda a terra” (Salmo 65/66,1-2). “Na verdade, o Cristo ressuscitou”, CD: Liturgia XVI, melodia da faixa 1. Neste canto dar destaque para a última estrofe, que já no início da celebração manifesta a nossa necessidade da Palavra do Senhor a fim de compreender os ensinamentos da vida e seu significado pascal: “Esta verdade é por demais maravilhosa, é tão sublime que não posso compreendê-la” (Salmo 138/139).

Ensina a Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além de unir a assembléia, inseri-la no mistério celebrado (IGMR nº 47). Nesse sentido o Hinário Litúrgico II da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão gravados no CD: Liturgia XVI.

2. Refrão para o acendimento do Círio Pascal. “Cristo-Luz, ó Luz, ó Luz bendita...”, CD: Festas Litúrgicas I, melodia da faixa 9; “Salve Luz eterna, és tu Jesus...”, Hinário Litúrgico II da CNBB, página 292.

3. Canto para o momento da aspersão com a água batismal. “Eu vi, eu vi, a água manar...”, CD: Tríduo Pascal II, faixa 12; “Banhados em Cristo, somos uma nova criatura...”, CD: Tríduo Pascal II, melodia da faixa 11, ou Hinário Litúrgico II da CNBB, página 196.

4. Hino de louvor. “Glória a Deus nas alturas...” Vejam o CD Tríduo Pascal I e II e também no CD: Festas Litúrgicas I, Partes fixas do Ordinário da Missa do Hinário Litúrgico III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por Irmã Miria e outros compositores.

O Hino de Louvor, na versão original e mais antiga, é um hino cristológico, isto é, voltado para Cristo, que exprime o significado do amor do Pai agindo no Filho. O louvor, o bendito, a glória e a adoração ao Pai (primeira parte do Hino de Louvor) se desdobram no trabalho do Filho Único: tirar o pecado do mundo, exprimindo e imprimindo na história humana a compaixão do Pai. Lembremo-nos: o Hino de Louvor não se confunde com a “doxologia menor” (Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo). O Hino de Louvor encontra-se no Missal Romano em prosa ou nas publicações da CNBB versificado numa versão que facilita o canto da assembléia.
5. Salmo responsorial 15/16. “Não havereis de me deixar entregue à morte”. “Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto de vós, felicidades sem limites!”, CD: Liturgia XVI melodia da faixa 2.

6. Aclamação ao Evangelho. “Arder o coração para escutar a Palavra”, (Lucas 24,32). “Aleluia, Revelai-nos o sentido da Escritura; fazei o nosso coração arder quando falardes”, CD: Liturgia XVI, melodia da faixa 3. O canto de aclamação ao evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário Dominical ou a versão do CD: Liturgia XVI

7. Apresentação dos dons. O canto de apresentação das oferendas, conforme orientamos em outras ocasiões, não necessita versar sobre pão e vinho. Seu tema é o mistério que se celebra acontecendo na fraternidade da Igreja reunida em oração, no Tempo Pascal. “A terra, apavorada emudeceu”, CD: Liturgia XVI, melodia da faixa 4.

8. Canto de comunhão. Os discípulos reconheceram o Senhor ao partir o pão (Lucas 24,30-31. O canto mais adequado para hoje é a versão musicada por João Carlos Ribeiro que narra a respeito da caminhada dos Discípulos de Emaús: “Andavam pensando, tão tristes, de Jerusalém a Emaús”, CD: Liturgia X, melodia da faixa 9. Outra opção pode ser o canto “Cristo ressuscitou, e nós com ele!”, CD: Liturgia XVI, melodia da faixa 5. As estrofes são da Carta de São Paulo aos Efésios 1,3-10.

O canto de comunhão deve retomar o sentido do Evangelho do Terceiro Domingo da Páscoa. Esta é a sua função ministerial. Na realidade, aquilo que se proclama no Evangelho nos é dado na Eucaristia, ou seja: é o Evangelho que nos dá o “tom” com o qual o Cristo se dirige a nós em cada celebração eucarística reforçando estes conteúdos bíblico-litúrgicos, garantindo ainda mais a unidade entre a mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia. Isto significa que comungar o corpo e sangue de Cristo é compromisso com o Evangelho proclamado. Portanto, o mesmo Senhor que nos falou no Evangelho, nós o comungamos no pão e no vinho. É de se lamentar que muitas vezes são escolhidos cantos individualistas de acordo com a espiritualidade de certos movimentos, descaracterizando a missionariedade da liturgia. Toda liturgia é uma celebração da Igreja e não existem ritos para cada movimento e nem para cada pastoral.

8. O ESPAÇO CELEBRATIVO


1. Cuidar do espaço da celebração para que seja expressão da Páscoa do Senhor. Preparar de forma festiva o ambiente, dando destaque ao Círio Pascal, a fonte batismal com flores, a mesa da Palavra e a mesa eucarística. A cor branca ou amarelada nas vestes e toalhas. Ornamentar com flores o espaço sagrado, mas em exageros, para não transformar o espaço da celebração numa floresta, para não roubar a cena do Altar e do Ambão.

            2. Seria muito sugestivo que se preparasse o arranjo floral para a mesa da Palavra utilizando um grande pão de verdade partido. Não se trata de uma alegoria, pois não são elementos artificiais querendo indicar uma realidade verdadeira. Mas trata-se de explicitar “plasticamente”, exteriorizar através de sinais sensíveis verdadeiros, a verdade profunda da Palavra compartilhada com o Senhor, além de estarmos relacionando diretamente a Mesa da Palavra com a Mesa da Eucaristia. Não teria sentido nenhum colocar um pão desenhado num isopor ou em cartolina.

3.  A Tradição Romana usa a cor branca neste tempo. Talvez, de acordo com a nossa cultura, podemos caprichar, usando o amarelo ou várias cores festivas.

4. Sugerimos colocar, próximo ao Círio Pascal, as faixas jogadas ao chão e o véu dobrado.

5. O Tempo Pascal não é nada mais, nada menos do que a própria celebração da Páscoa prolongada durante sete semanas de júbilo e de alegria. É o tempo da alegria, que culmina na festa de Pentecostes. Tudo isso deve ficar evidente no espaço da celebração.

9. AÇÃO RITUAL

Celebramos o caminho cristão, a vida da comunidade e de cada um, onde Jesus se faz presente. Nesta caminhada ele nos abre os olhos para ver os sinais da sua Páscoa e para sentir sua presença animadora nos acontecimentos bons e difíceis da nossa existência.

Ritos Iniciais

1. Na procissão de entrada entrar com as pessoas que foram batizadas ou pessoas que receberam um dos sacramentos na Vigília Pascal, ou crianças com vestes brancas, trazendo flores.

2. Após o canto de abertura, fazer um pequeno lucernário, solenizando o acendimento do Círio Pascal: uma pessoa acende o Círio e diz: “Bendita sejas, Deus da Vida, pela ressurreição de Jesus Cristo e por essa luz radiante!”. Ou outros refrões que revela o sentido pascal: “Salve, luz eterna és tu, Jesus!/ Teu clarão é a fé que nos conduz! (Hinário II, pág. 292). “Cristo-Luz, ó Luz bendita,/ Vinde nos iluminar!/ Luz do mundo, Luz da Vida,/ Ensinai-nos a amar! A seguir, incensa o Círio pascal e a comunidade reunida.

3. Na acolhida, pode-se retomar o costume das Igrejas Orientais de saudarem-se com as seguintes palavras: “O Senhor ressuscitou, verdadeiramente ressuscitou!”, ou “Irmãos e irmãs, Jesus ressuscitou e está vivo em nosso meio.

4. Após a saudação presidencial dar o sentido litúrgico:

Domingo dos discípulos de Emaús. O Senhor se manifesta ressuscitado na fração do pão. O Senhor vem ao nosso encontro, caminha conosco, nos ensina por sua Palavra e se dá a conhecer na fração do pão consagrado.

5. Após a saudação presidencial e o sentido litúrgico da celebração, caberia muito bem a Recordação da Vida como está em Lucas 24,14-24 onde os discípulos de Emaús contam os acontecimentos da vida para o próprio Jesus. Recordar os fatos, os acontecimentos, as dores e as alegrias das pessoas a páscoa do povo, na Páscoa de Cristo. Em conexão com o sentido litúrgico, o presidente exorta a assembléia para que silencie e deixe que os acontecimentos da semana passem diante dos olhos.

6. Substituir o ato penitencial pelo rito de aspersão com a água que foi abençoada na Vigília Pascal. Rezar a oração de bênção conforme o Tempo Pascal (Missal Romano página 1002. Ajudar a comunidade a aprofundar sua consagração batismal. No ato da aspersão, a assembléia canta: “Eu vi, eu vi, foi água manar”, CD Tríduo Pascal II, faixa 12. “Banhados em Cristo, somos u’a nova criatura.).

7. Cantar com vibração o Hino de louvor. Durante a Quaresma ele foi silenciado, agora deve ser cantado com exultação porque é o Hino Pascal do Glória.

8. Na Oração do Dia suplicamos ao Pai, que nos alegre sempre com a renovação espiritual, após recuperar a condição de filhos e filhas, esperamos com plena confiança o dia da nossa ressurreição.

Rito da Palavra

1. Quem preside ou o animador convida a todos com essas ou outras palavras semelhantes: quando lemos as Sagradas Escrituras na Missa, é o próprio Jesus quem nos fala. Ouçamos atentos a sua Palavra e preparemos o nosso coração para acolher o que ele nos diz, cantando... (a equipe de canto entoa suavemente algum refrão breve que ajude a valorizar a Palavra de Deus e para que crie clima de escuta. Seria interessante cantar o refrão à Cappella). É uma maneira de solenizar a liturgia da Palavra.

2. O Evangelho pode ser dialogado: a cena descrita no Evangelho de hoje se presta à leitura dialogada: narrador, Jesus, Cléofas, os discípulos (assembléia), os Onze.

3. Na profissão de fé, convidar os que receberam os sacramentos na Vigília Pascal para se aproximarem do Círio Pascal com velas acesas.

4. Nas preces, a resposta da assembléia a cada invocação pode ser: “Caminha conosco, Senhor”! ou “Fica conosco, Senhor”!

Rito da Eucaristia

1. O pão e vinho são sinais trazidos do seio do mundo, para que sejam “fecundados” pela graça de Deus e se tornem morada do Mistério e todos que deles participarem possam ser beneficiados pela presença de Deus. Assim, pão e vinho consagrados se tornam imagem do mundo e da humanidade redimida, imagem da própria Igreja – Corpo de Cristo, como entendia Santo Agostinho.

2. Aqui se nota a importância de se manter sempre vivo o costume da procissão dos dons feita por membros da comunidade de fé. Embora já não se traga o pão para a celebração, das casas, como em outras épocas, é salutar que não se perca o sentido de apresentar o mundo e a humanidade nos sinais do pão e vinho, frutos do suor e trabalho humanos a ser submetidos ao trabalho divino (= consagrar/ santificar/ eucaristizar). Cantar a glória do Reino teu por toda a terra.

3. Na Oração sobre as Oferendas, peçamos que Deus acolha da Igreja em festa. Ele é a causa do nosso júbilo

4. Onde for possível, cantar o Prefácio e, nas celebrações da Palavra, cantar a louvação pascal com a melodia da louvação do Natal Hinário I da CNBB, pag. 74, e a letra está no Hinário Litúrgico II da CNBB, pag. 156.
                
5. De acordo com as orientações em vigor, a comunhão pode ser sob as duas espécies para toda a comunidade. “A comunhão realiza mais plenamente o seu aspecto de sinal quando sob as duas espécies. Sob essa forma se manifesta mais perfeitamente o sinal do banquete eucarístico e se exprime de modo mais claro a vontade divina de realizar a nova e eterna Aliança no Sangue do Senhor, assim como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico no Reino do Pai” (IGMR, nº 240).

6. Ao partir o pão reconheceram o Senhor. Hoje mais do nunca, dar realce ao gesto da “fração do pão”. Cristo nosso Páscoa, é o Cordeiro imolado, Pão Vivo e verdadeiro. Um (uma) solista canta: “Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo. A assembléia responde: Tende piedade nós...  Deve ser executado assim, porque ele tem caráter de ladainha.

Ritos finais

1. Na Oração depois da Comunhão, suplicamos ao Pai que olhe com bondade o povo santo. Da nossa renovação pelos sacramentos, cheguemos à glória da ressurreição.

            2. Dar a bênção final própria para o Tempo Pascal, conforme o Missal Romano, página 523. No final o povo responde com os dois “Aleluias, no envio dos fiéis.

3. As palavras do rito de envio podem estar em consonância como mistério celebrado: “Que A Palavra do Senhor aqueça os vossos corações”. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.

10- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muitas vezes somos cegos e surdos como os discípulos de Emaús. Muitas vezes Deus anda conosco e não O reconhecemos. Muitas vezes Jesus é o companheiro de nossa caminhada, mesmo que seja de modo duvidoso, e não O reconhecemos. Por que? Talvez porque só queremos ver Jesus nas maravilhas.
           
Celebremos nossa Páscoa, na pureza e na verdade, aleluia, aleluia.

O objetivo da Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.

Um abraço fraterno a todos,

Pe. Benedito Mazeti
            Assessor diocesano de Liturgia
Bispado de São José do Rio Preto

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