10 de agosto de 2014
Leituras
1Reis 19,9a.11-13a
Salmo 84/85,9ab-10-14
Romanos 9,1-5
Mateus 14,22-31
“CORAGEM! SOU EU. NÃO TENHAIS MEDO!”
1- PONTO DE PARTIDA
Celebramos
hoje a Domingo da tempestade acalmada. Em meio às tempestades de nosso tempo, o
Senhor garante que está em nosso meio. O Senhor vem ao encontro e protege os
pobres e indefesos. Provadas pelas tribulações próprias da caminhada (ondas e
ventos), as comunidades eclesiais tomam consciência de sua fragilidade e
duvidam da presença de Jesus. Recebemos do Senhor a certeza de sua presença no
meio da fúria das ondas e do vento e confessamos: “Tu és, verdadeiramente, o
Filho de Deus!”
Com alegria
nos reunimos para esta celebração. Jesus, assim como fez com Pedro, espera de
nós uma resposta corajosa ao seu convite. Venham e alimentem-se da Palavra e do
Pão Eucarístico. O Senhor é nossa segurança nas tempestades que enfrentamos na
vida.
2- REFLEXÃO BÍBLICA,
EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Contemplando os
textos
Primeira leitura – 1Reis 19,9a.11-13a. A
primeira leitura mostra o profeta Elias por sua opção fiel a Deus, é perseguido
pela rainha Jesabel e foge para o deserto. Vendo como Deus se manifestou a
Elias, recebemos esta Palavra no meio das dificuldades que enfrentamos.
Para comprovar
o erro do rei Acab, Elias organizou o sacrifício do monte Carmelo (1Reis 18).
Acab, rei idólatra dos Baals e falsas divindades, tinha abandonado a Lei de
Moisés e se casado com uma mulher pagã. Apesar de muitos esforços, os profetas
desses deuses pagãos não conseguiram nem voz, nem ninguém que respondesse aos
seus apelos, nem reação nenhuma (1Reis 18,29), demonstrando assim que as
divindades evocadas não existiam. Ao contrário, pela oração de Elias, o Senhor
manifestou que Ele é Deus, de modo que o povo e o rei se convencessem dos seus
erros. Deus é o Todo-Outro, o Inconhecível para o pensamento do ser humano.
Mas Jesabel, a
esposa pagã do rei Acab, não aceitou as conclusões do “concurso” e prometeu
matar Elias (1Reis 19,2). Não houve outra alternativa para o profeta Elias:
fugir para o deserto. Desanimado, isolado, ele se sentou debaixo de uma árvore
pedindo a Deus a morte (1Reis 19,4). Mas fortalecido pelo Senhor, Elias se
dirigiu ao monte Horeb, o monte da revelação da Lei a Moisés e da Aliança, numa
peregrinação de quarenta dias e quarenta noites (1Reis 19,5-8) para um encontro
particular com Deus que lhe deu uma nova missão.
Na pessoa de
Elias se repete a história da vocação de Moisés o libertador do povo hebreu
(Êxodo 2,11—3,22). Por ter defendido os direitos do povo de Israel (Êxodo
2,11-12), por medo da reação do faraó, Moisés fugiu para Madiã, para o deserto
onde redescobriu o modo de viver e as tradições patriarcais (cf. Gênesis 25,2:
Madiã faz parte dos filhos de Abraão). Perto de uma sarça, Moisés entrou em
contato com Deus de quem recebeu a missão de libertar o povo da escravidão
conduzindo-o na terra dos seus pais.
Como Moisés,
Elias foi investido da missão de conduzir o seu povo para a felicidade. Esta
felicidade consiste em reconhecer que o Senhor é o Deus único e que Ele, após
ter firmado uma Aliança eterna com o seu povo, é a fonte única de vida.
Salmo responsorial – Salmo 84/85,9ab-10-14.
O Salmo 84/85 tem três momentos: 2-4; 5-8; 9-14. O terceiro momento são os
versículos usados na liturgia de hoje (9-14). Do meio do povo surge uma voz,
falando em nome de Deus. Esse profeta anônimo afirma que Deus anuncia a paz
para quem Lhe é fiel (versículo 9). Paz, para o povo da Bíblia, é plenitude de
bens e de vida. A salvação está próxima e a glória de Deus vai habitar outra
vez na terra (versículo 10). O universo inteiro vai participar de uma grande
coreografia. É a dança da vida que está para começar. Já se formam os pares:
Amor e Fidelidade, Justiça e Paz, Fidelidade e Justiça (versículos 11-12). É
uma coreografia universal, pois da terra brota a Fidelidade, e do céu brota a
Justiça. A coreografia do universo inicia uma grande procissão que percorre a
terra. À frente vai a Justiça, atrás segue o Senhor e, depois Dele, a Salvação
(versículo 14). Como isso vai se concretizar? Na troca de dons. O Senhor dá
chuva à terra, e a terra dá fruto (versículo 13), para o povo viver e celebrar
sua fé, alegrando-se com Deus.
Tudo leva a
crer que o Salmo surgiu em tempo de seca (versículo 13a) e fome. Sem a terra
produzindo seus frutos, o povo está sem vida e não tem motivo para festejar. É,
portanto, um clamor pela vida que brota da terra. Pede-se que Deus responda com
a salvação, dê chuva à terra, para que a terra dê frutos e vida para o povo
celebrar. Surgirá, então, uma grande celebração, a festa da vida, abraçando
todo o universo: uma dança que envolve Deus e o povo, o céu e a terra, dando
início à procissão da vida. Deus caminha com seu povo, precedido pela Justiça e
seguido pela Salvação.
O Salmo revela
o rosto de Deus. Amor e Fidelidade, Justiça, Paz e Salvação são as
características do rosto desse Deus que caminha com seu povo. Ele habita o céu,
mas da terra faz brotar a Fidelidade (versículo 12). Fidelidade e Justiça
enlaçam céu e terra em perfeita harmonia.
Além disso, o
Salmo mostra que o Deus de Israel está ligado à terra, símbolo da vida. Entre
Deus e a terra há um diálogo aberto e uma troca de bens. Deus dá a chuva, e a
terra dá alimento ao povo; o povo, por sua vez, festeja com Deus, oferecendo os
primeiros frutos.
É fundamental
estabelecer algumas relações deste Salmo com Jesus. Ele é o Amor e a Fidelidade
de Deus para a humanidade (João 1,17) , o verdadeiro Caminho para a Vida (João
14,6). O velho Simeão, ao tomar o Menino Jesus no colo, afirma estar vendo a
glória divina habitando no meio do povo (Lucas 2,32). Jesus perdoou pecados e,
em lugar de ira, mostrou-se misericordioso, manso e humilde de coração para com
os pequenos e pobres, restaurando a vida dos que eram oprimidos.
Como rezar
este Salmo? É bom rezá-lo junto com bases nos clamores do povo por liberdade,
vida, terra (chuva), saúde, justiça; quando temos a impressão de que Deus não
nos ouve; quando sentimos que Ele caminha conosco. A liturgia manda rezá-lo no
Advento, abrindo-nos para qualquer tipo e preparação para que Deus venha.
MOSTRAI-NOS, Ó
SENHOR, VOSSA BONDADE
E A VOSSA
SALVAÇAO NOS CONCEDEI!
Segunda leitura – Romanos 9,1-5. Depois de enfatizar que a salvação é para todos, o
Apóstolo Paulo, nesta segunda parte da carta aos Romanos, diz o que sente em
relação ao povo judeu.
Neste contexto
introdutório (9,1-5), após o hino triunfal de 8,31-39, Paulo demonstra sua
imensa tristeza perante o drama da incredulidade judaica, visando captar-lhe a
benevolência e desfazer a já tão difundida opinião de que ele seria inimigo do
povo hebreu (cf. Atos 21,28).
A leitura
mostra a preocupação de Paulo com o destino de Israel. O Evangelho salva todo
aquele que crê: primeiro o judeu, depois o grego (Romanos 1,16). Os judeus têm
sido privilegiados (Romanos 3,1; cf. 9,4). Eles têm até o Messias. E, contudo,
parece que não se verifica sua salvação, pois não têm a fé no Evangelho de
Cristo.
Na segunda
leitura de hoje, inicia a segunda grande parte da Carta aos Romanos: nos
capítulos 9—11 desta carta, Paulo confessa sua paixão em relação ao povo de
Israel, do qual ele é membro – embora tenha que combater o legalismo farisaico
do mesmo povo. Ele mesmo gostaria de ser condenado se, com isso, os seus irmãos
judaicos tivessem a salvação (Romanos 9,3). Palavra forte, mas que não era mero
exagero: Paulo sabia que seria impossível que eles estivessem pura e
simplesmente perdidos. O plano de salvação vale para os judeus também, mesmo se
aparentemente tenha sido passado adiante aos pagãos. Isso nós veremos nos
próximos domingos. Mas, de toda maneira, Paulo tem muita confiança no plano de
Deus, que ele pode dizer: se Israel for totalmente rejeitado, então, eu também.
Como povo
eleito, os israelitas têm relações íntimas com Deus, sendo objeto de especial
tutela, a ponto de serem chamados filhos (Êxodo 4,22; Deuteronômio 14,1;
Jeremias 31,9; Oséias 11,1). Aos israelitas pertencem também a “Glória”, vale
dizer, a manifestação sensível da presença de Deus na Tenda e no Templo (a
shekinãh – Êxodo 40,34; Salmo 25,8; 1Reis 8,10-11).
Ao falar de
Jesus Cristo, Paulo O chama expressamente “Deus”, que está sobre todas as
coisas, bendito para sempre, – sendo uma das tentações bíblicas mais claras e
categóricas de sua divindade. Pode-se notar que esta doxologia é referida a
Cristo e a Deus Pai.
Evangelho – Mateus 14,22-31. Depois que
todos se saciaram, Jesus ordenara que os discípulos entrem na barca e sigam
para o outro lado do mar, enquanto ele despede a multidão. Jesus tem carinho
para com o povo, é um verdadeiro anfitrião. Educadamente se despede da
multidão. Este episódio segue imediatamente e relato da multiplicação dos pães,
nos evangelhos de Marcos e Mateus.
Este milagre
encontra-se em Mateus, Marcos 6,45-52 e João 6,15-21, mas não em Lucas.
Pertence à categoria dos milagres da natureza. A vitória de Deus sobre as águas
é um tema muito importante da cosmologia judaica.
Conforme nas
antigas tradições semitas, a Bíblia apresenta a criação do mundo como a vitória
de Deus sobre o mar e os monstros do mal que ele contém (Salmo 103/104,5-9;
105/106,9; Salmo 73/74,13-14; 88/89,9-11; Habacuc 3,8-15; Isaias 51,9-10). Por
outro lado, a vitória sobre o mar Vermelho (Salmo 105/106,9) e a vitória
escatológica sobre o Lago (Apocalipse 20,9-13) aparecem como as etapas
decisivas da história as Salvação.
Portanto, os
primeiros cristãos viram, no relato da tempestade acalmada (Mateus 8,23-27) e
na caminhada sobre as águas, a manifestação daquele que leva a obra da criação
à sua realização e o sinal da aparição do dia do Senhor (Habacuc 3,8-15; Isaias
51,9-10; cf. versículo 33). A caminhada sobre as águas é uma espécie de
epifania do poder divino que habita Cristo.
No alto da
montanha e na solidão, Jesus se entrega à oração da solidão. Os discípulos, no
mar, navegam em direção à região dos pagãos a fim de dar continuidade à missão
de anunciar que a sociedade se constrói pela partilha. Mateus realça o
contraste: montanha e mar, oração e agitação, solidão e insegurança.
O mar está
agitado, isto é, os discípulos ressentem-se em deixar o lugar. Eles poderiam
ter sido aclamados pelo povo saciado com tanto pão. Não é fácil partir para uma
nova missão, em meio a novas dificuldades e tentativas de implantação do Reino
de Deus. As ondas e o vento contrário trazem presente as resistências ao
projeto de Deus. A fragilidade da barca, a escuridão da noite, as ondas e o
vento refletem a fragilidade e os desafios enfrentados pela comunidade dos
discípulos, ao longo dos séculos, na missão universal de propagar a Boa-Nova do
Reino.
Na obscuridade
da madrugada, Jesus, caminhando sobre as águas, vai ao encontro dos discípulos
em dificuldades e com medo. Eles O confundem: “É um fantasma!”. É preciso que
Jesus se identifique: “Sou eu! Não tenham medo”. A madrugada aqui tem
referência à madrugada da Ressurreição. Nas horas difíceis, “Jesus é o
Deus-conosco”. “Eis que estarei com vocês todos os dias até a consumação dos
séculos!” (Mateus 28,20). O Mestre se dá a conhecer: “Sou eu, não tenham
medo!”. A escuta da Palavra de Deus suscita confiança e afasta o medo.
Pedro desafia
Jesus: “Se és tu, manda-me caminhar sobre as águas!”. Caminhar sobre as águas é
uma prerrogativa divina. A cena de Jesus andando sobre as águas era para os
discípulos um sinal de sua origem divina e de seu domínio sobre as forças do
mal. A comunidade dos discípulos anseia participar da condição divina do Messias.
Mas Pedro e a comunidade ainda não tinham compreendido o Mistério da presença e
da atuação do Messias. Diante das dificuldades e dos obstáculos, mais do que
assegurar-se no convite: “Venha!”, experimentam o medo, a insegurança, e gritam
por socorro: “Salva-me, Senhor!”. Estendendo a mão, Jesus o segurou e
repreendeu-o: “Homem fraco na fé, por que você duvidou?”. A dúvida é o oposto
da audácia e desafios. No arriscar-se, o que afunda é a dúvida. Apesar da fé,
Pedro receou abandonar-se por inteiro nas mãos de seu Mestre e acreditar Nele sem
reservas. A cena de Pedro é a confissão na divindade de Jesus.
Na leitura de
hoje Pedro representa todos os fiéis. A sua fé é exemplar pela confiança na
pessoa de Jesus. Esta fé está exposta a perigos, de que só Jesus pode salvar.
Mas Ele sempre está aí para agarrar na mão que de quem Lhe estende.
Jesus subiu à
barca e a impetuosidade do vento cessou, ou seja, quando a comunidade cristã
reconhece que Jesus caminha com ela, nenhum obstáculo é maior que a capacidade
de superá-lo. A memória da presença do Deus-conosco é determinante para
atravessar qualquer tempestade. Essa memória leva ao reconhecimento e à
confissão de fé: “De fato, tu és o Filho de Deus”.
O cristão
vence realmente o mundo, cujos elementos ele domina, assim como Cristo e Pedro
dominaram o mar. Portanto, sua missão consiste em abalar as raízes do mal. A
Eucaristia fortifica o cristão em vista de seu combate, pois entrega-lhe em
partilha a vitória de Cristo sobre o mal e sobre a morte.
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
A primeira
leitura e o Evangelho unem-se pela temática da revelação de Deus. O profeta
Elias, tem dificuldades, foge e encontra-se com o Senhor no alto do monte
Horeb. Os discípulos, em dificuldades no mar, confessam que Jesus é o Filho de
Deus.
Na
multiplicação dos pães, Jesus foi reconhecido pelo povo como “o Messias
esperado”. Caminhando sobre as águas ao encontro dos discípulos e acalmando os
ventos, revela-se como Filho de Deus. O encontro de Elias com Deus fortalece o profeta
para retornar à missão que o Senhor lhe confiara. Aos discípulos em
dificuldades, Jesus garante que nunca está alheio à comunidade de seus
seguidores, mesmo quando as situações são contrárias. Jesus está presente em
sua Igreja de muitas formas: na Eucaristia, na Palavra, na oração comunitária,
na prática da caridade, etc.
No decorrer
dos séculos, a Igreja atravessou muitas tempestades internas e externas, sem
naufragar, porque nela se cumpre a promessa do Mestre: “Eis que estou com vocês
todos os dias, até o fim do mundo” (Mateus 28,20). Contemplando a realidade dos
nossos dias, em face dos escândalos, denúncias e sensacionalismo dos meios de
comunicação social, chega-se à conclusão de que as “ondas e os ventos estão
intensificando sua impetuosidade”.
A presença de
Cristo no meio de seu povo é real e eficaz por sua Palavra e pelos sacramentos,
de modo especial, da Eucaristia. Por isso, a cena do Evangelho de hoje fala
alto, tanto para as comunidades como, em particular, para a pessoa de cada
cristão. É uma lição de fé de confiança diante das crises, das dúvidas e dos
fantasmas do medo.
Contemplando a
figura de Pedro e do profeta Elias, no horizonte da fé, percebe-se que em
nossas comunidades há muitas resistências ao novo. É bem mais cômodo buscar e
chegar perto de Jesus quando as coisas andam bem e quando se é aplaudido pelo
sucesso desta ou daquela iniciativa pastoral. O mar agita-se quando se tem que
partir e ir ao encontro do diferente, do desconhecido e ali anunciar o
Evangelho da partilha, da solidariedade pelo serviço e pelo diálogo. Como
“pessoas de fé”, temos medo, resistimos à entrega total aos desígnios e
cuidados de Deus. Deixar a terra firme para caminhar sobre as ondas em meio à
tempestade não é nada fácil. Felizmente a graça de Deus é mais poderosa que
nossas fragilidades. Ele sempre está por perto, presente em sua aparente
ausência, amando-nos e assistindo-nos.
Muitos
cristãos aprendem a lição de crer e confiar no Senhor como Mestre, a exemplo de
Pedro, a partir das crises, das tempestades que redimensionam a experiência de
fé. Apesar de termos medo, nos sentimos inseguros diante das provações, elas
podem se converter em momentos sérios da graça de Deus que transforma nosso
modo de agir e de pensar.
Quando Jesus
entrou na barca, o vento parou. As comunidades e as pessoas, para superarem
suas resistências e fragilidades, necessitam deixar que o Filho de Deus suba à
barca de sua vida e acatar seus apelos. Na multiplicação dos pães, Ele convidou
os discípulos a participarem de sua ação (“Dai-lhes vós mesmos de comer”). Quem
é convidado a distribuir o “pão da vida” em meio à impetuosidade dos ventos
deve ter a mesma “leveza do ser” do Mestre que andou sobre as águas furiosas do
mar.
Na liturgia,
embora não vejamos o Senhor de maneira visível, recebemos os sinais de sua
presença, especialmente sua Palavra que conforta. Ali recebemos força para
vencer as tempestades da vida e enfrentar as noites escuras da caminhada. No
meio dos conflitos cotidianos, recebemos o sacramento de sua presença: “Sou eu,
não tenhas medo”.
4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO
A confissão da fé
A presença do
Senhor nas celebrações, sobretudo na Eucaristia, pode parecer óbvia para os
cristãos. Sem dúvidas, é o ambiente mais propício para uma difusão da fé. O
lugar e a circunstância em que Jesus abençoa, parte e reparte o pão, faz nascer
nos fiéis a certeza da salvação que lhes alcança. Mas, não nos enganemos. Será
no âmbito da nossa experiência do mundo, que se dará a confissão de nossa fé, e
porque não dizer “provação da nossa fé que incluiu nossa confiança no Senhor.
Dizer que Jesus está presente enquanto celebramos é fácil, mas o que dizer da
sua presença quando a vida está mergulhada em dificuldades de todo tipo?
A celebração fortalece a nossa fé
De fato, a
celebração cria e fortalece em nós o “coração de filhos”. Tal consciência, que
Paulo reconhece ser uma dádiva divina para os israelitas, nós a temos pela fé.
Professar não significa “declarar”, mas também “seguir”, “exercer” a filiação
divina da qual participamos e a qual se expressa na maneira como dirigimos a
nossa vida. Exatamente isso que nos propomos colher como fruto desta
celebração: “o vosso sacramento que acabamos de receber nos traga a salvação e
nos confirme na vossa verdade”.
5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA
A celebração
eucarística é o lugar privilegiado da presença do Senhor que nos dirige uma
palavra de ânimo: “Coragem! Venha! Sou eu. Não tenham medo!”. O
discípulo-missionário de Cristo pode ser sacudido pela impetuosidade dos
ventos, seguir sereno em sua caminhada, firme na fé alimentada na Eucaristia,
na escuta da Palavra e na oração.
Na obscuridade
das provações e do medo, a Eucaristia, como presença de Jesus, é luz que
ilumina e espanta as trevas do medo que gera resistências ao novo e suscita o
desejo de abandonar a missão. Na celebração eucarística, a frágil comunidade
dos discípulos, alimentada pelo pão da Palavra e do Corpo do Senhor, encontra
forças para resistir às tempestades e confiança perante o novo.
A Eucaristia
que celebramos e recebemos de mãos abertas é germe de vida, de esperança, de
força que dispomos na insegurança diante das tempestades. Alimentado por esse
dom, o discípulo missionário olha confiante para a realidade cotidiana que
experimenta e que manifesta a seu redor.
O Senhor entra
hoje na barca de nossa comunidade e acalma os ventos de nossas incompreensões,
as tormentas de nossos relacionamentos familiares, e alimenta a esperança de
chegarmos, por nossos gestos de partilha solidária, ao porto seguro. A Palavra
do Mestre anima-nos e inspira-nos na prática da caridade e da partilha.
Alimentados na
mesa da Palavra de Deus e na mesa da Ceia Eucarística, livres do medo e da
acomodação, somos seguidores do Cristo, retomamos a caminhada da missão pelo
testemunho e pela palavra, confessando: “De fato, tu és o Filho de Deus!”.
6. ORIENTAÇÕES GERAIS
1. No mês
vocacional, é importante recordar a ministerialidade da Igreja, seus diversos
serviços e, sobretudo os ministérios litúrgicos: “Por ser a comunidade reunida
no Espírito Santo, sujeito da celebração, todos os seus membros têm o direito e
o dever de participar da ação litúrgica, externa e internamente, de maneira
ativa, consciente, plena e frutuosa” (Sacrosanctum Concilium, n. 14), para
assim levar a obra salvífica do seu Senhor a efeito em si, na Igreja e no
mundo. “Os ministros ordenados e leigos têm uma função especial de serviço na
assembléia litúrgica, e toda ela, como comunidade eclesial de discípulos, está
como missionária a serviço do mundo” (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora
da Igreja no Brasil 2008-2010, n. 68).
2. O mês de
agosto, conforme costume da Igreja no Brasil, é dedicado à oração, reflexão e
ação nas comunidades sobre o tema das vocações. Para isso, lembra-se:
1ª semana:
vocação para o ministério ordenado: diáconos, padres e bispos;
2ª semana:
vocação para a vida em família (atenção especial aos pais);
3ª semana:
vocação para a vida consagrada: religiosos(as) e consagrados(as)
Seculares;
4ª semana:
vocação para ministérios e serviços na comunidade.
3. Dia 11, é memória de Santa
Clara de Assis; dia 13, memória de São Ponciano, papa, e Santo Hipólito,
presbítero, mártires; dia 14 memória de São Maximiliano Maria Kolbe, mártir
franciscano, e grande devoto de Nossa Senhora; dia 16, memória de Santo Estêvão,
rei apostólico da Hungria. Com esses nossos irmãos na fé, louvemos o Senhor.
7- MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas,
executados com atitude espiritual e,
condizentes com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério
celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são do 18º Domingo do
Tempo Comum, é preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos
deve ser cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério
celebrado. A função da equipe de canto não é
simplesmente cantar o que gosta, mas cantar o mistério da liturgia deste 18º
Domingo do Tempo Comum. Os cantos devem estar em sintonia com o ano litúrgico,
com a Palavra proclamada e com o sacramento celebrado.
Ensina a
Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além
de unir a assembléia, inseri-la no mistério celebrado (IGMR nº 47). Nesse
sentido o Hinário Litúrgico III da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão
gravados no CD: Liturgia VI e CD: Cantos de Abertura e Comunhão e Ofício Divino
das Comunidades.
1Canto de abertura. “Não desprezes
o clamor de quem Te busca” (Salmo 74/73,20.19.22.23) “Senhor, tua aliança leva em conta e
não largues o teu povo!”, melodia da faixa 24, exceto o refrão – CD: Liturgia
VI. E ainda: “Olhai, Senhor, a vossa Aliança!”, Hinário Litúrgico da CNBB,
página 385,392.
Somos chamados
a ser uma Igreja peregrina, ser sinal de salvação, anunciar o Evangelho, servir
na unidade... Nesse sentido a Igreja oferece outra ótima opção é o canto: “Ó
Pai, somos nós o povo eleito que Cristo veio reunir”, CD: Cantos de abertura e
comunhão, melodia da faixa 1.
2. Ato penitencial. “Senhor, que
sois o caminho que leva ao Pai, tende piedade de nós”, Missal Romano, pág. 393.
3. Hino de louvor. “Glória a
Deus nas alturas.” Vejam o CD Tríduo Pascal I e II e também no CD
Festas Litúrgicas I; Partes fixas do Ordinário da Missa do Hinário Litúrgico
III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por Irmã Miria Reginaldo Veloso
e outros compositores.
O Hino de
Louvor, na versão original e mais antiga, é um hino cristológico, isto é, voltado
para Cristo, que exprime o significado do amor do Pai agindo no Filho. O
louvor, o bendito, a glória e a adoração ao Pai (primeira parte do Hino de
Louvor) se desdobram no trabalho do Filho Único: tirar o pecado do mundo,
exprimindo e imprimindo na história humana a compaixão do Pai. Lembremo-nos: o
Hino de Louvor não se confunde com a “doxologia menor” (Glória ao Pai, ao Filho
e ao Espírito Santo). O Hino de Louvor encontra-se no Missal Romano em prosa ou
nas publicações da CNBB versificado numa versão que facilita o canto da
assembléia.
4. Refrão para motivar a escuta da
Palavra: “Senhor, que a tua Palavra, transforme a nossa vida, queremos
caminhar com retidão na tua luz”.
5. Salmo responsorial 84/85. Mostra
teu amor e vem salvar-nos. “Mostrai-nos,
ó Senhor, vossa bondade e a vossa salvação nos concedei”, CD: Liturgia VI, melodia
da faixa 26.
O Salmo
responsorial é uma resposta que damos àquilo que ouvimos na primeira leitura.
Isto mostra que o salmo é compromisso de vida e ele também atualiza e leitura
para a comunidade celebrante. Primeira leitura, Palavra proposta e salmo
Palavra resposta. Por isso deve ser cantado da Mesa da Palavra (Ambão) por ser
Palavra de Deus. Valorizar bem o ministério do salmista.
6. Aclamação ao Evangelho. Confiança
em Deus (Salmo 129/130,5). “Aleluia... Eu confio em nosso Senhor, com fé
esperança e amor”, CD: Liturgia VI, melodia da faixa 23. O canto de aclamação
ao evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário Dominical.
7. Canto após a homilia. “Se as
águas do mar da vida, quiserem te afogar, segura na mão de Deus e vai...”.
8. Apresentação dos dons. A escuta
da Palavra deve gerar na assembléia confiança total no Senhor, para que ela
possa partilhar. Devemos ser oferenda com nossas oferendas. “A mesa santa que
preparamos”, CD Liturgia VI, melodia da faixa 23.
9. Canto de comunhão. Deus sacia
seu povo, / Salmo 147,12.14; O pão do Corpo de Jesus (João 6,52); “Na barca
estão os discípulos”, Hinário Litúrgico III, pág. 254-255; “Povo de Deus, louva
o Senhor”, Hinário Litúrgico III, pág. 385, 393. Outra ótima opção é canto “É
bom estarmos juntos”, CD: Liturgia VI, melodia da faixa 27.
Quando
confiamos em Deus nada abala a nossa fé, nem os perigos, nem as tempestades da
vida, nem mesmo a morte. Nesse sentido a Igreja oferece outro canto muito
importante que nos ajuda a retomar o Evangelho: “Quem nos separará? Quem vai
nos separar do amor de Cristo”?, CD: Cantos de Abertura e Comunhão, melodia da
faixa 21.
8- O ESPAÇO CELEBRATIVO
1. O
simbolismo da cruz traz presente o anúncio da paixão e ressurreição do Senhor.
A cruz processional, a mesma que será usada na procissão de abertura, esteja na
entrada da Igreja, por onde todos passam. É uma forma de trazer presente o
mistério que será celerado. Ela pode ficar aí até o início da celebração,
ladeada de velas e flores, de forma que chame a atenção de todos os que vão
chegando para a celebração.
2. A cruz dos
cristãos (referência à vida gasta em favor do próximo) deve ser assumida,
carregada pelo caminho da vida, à maneira de Jesus. Cláudio Pastro diz que ela
é sinal da nossa vitória. Por isso “Uma procissão atrás da Cruz, traz presente
a Igreja peregrina que segue a Cristo e caminha sob sua bandeira”.
Principalmente neste Domingo da tempestade acalmada ela representa Cristo que
vai à frente conduzindo a Igreja que navega nos caminhos da história. Sua
presença marcante na procissão de entrada deve trazer confiança a todos os
fiéis.
9. AÇÃO RITUAL
Em meio às
tempestades, às trevas e ao mar agitado do mundo de hoje, recebemos do Senhor,
neste domingo, a certeza de que Ele está conosco e sempre nos socorre. Ele é o
Deus da brisa mansa, capaz de acalmar a mais violenta tempestade e nos livra de
qualquer perigo.
Ritos Iniciais
1. A
assembléia dominical dos cristãos é a reunião dos que foram ressuscitados por
Cristo. É lugar onde a vida nova se exprime e nos encanta para que continuemos
tal culto em espírito e verdade na vida cotidiana com suas tempestades.
2. A saudação presidencial,
já predispondo a comunidade, pode ser a fórmula “d” do Missal Romano (Romanos 15,13).
Depois disso é que se propõe o sentido litúrgico e não antes do canto de
entrada.
O Deus da esperança, que nos cumula de toda alegria e paz
em nossa fé, pela ação do Espírito Santo, esteja convosco.
3. Em seguida,
dar o sentido litúrgico da celebração. O Missal deixa claro que o sentido
litúrgico da celebração pode ser feito pelo presidente, pelo diácono ou outro
ministro devidamente preparado (Missal Romano página 390). Pode ser com estas
palavras o sentido litúrgico da celebração ou outras semelhantes:
4. Texto para
servir de inspiração ao sentido litúrgico, a ser proferido depois da saudação
presidencial:
Domingo da tempestade acalmada. Celebramos neste domingo a soberania de
Jesus sobre todas as forças do mal e da morte. Como membros de seu Corpo,
também nós somos chamados a superar as dificuldades do tempo presente, com a
soberania de Cristo, sabendo que Ele nos inclui na sua vitória sobre a morte.
5. A
recordação da vida pode ser o espaço ideal para manifestar os fatos marcantes
como aniversários, bodas, momentos de dor e de luto, missa de 7º e 30º dia,
etc. A lembrança pelos falecidos pode ser feita na Oração Eucarística (memento
dos mortos) e as demais necessidades manifestadas nas preces. Hoje seria interessante
lembrar a nossa solidariedade para com os necessitados.
6. Evocar, no
ato penitencial, à luz da misericórdia de Deus, os medos, as resistências e as
fraquezas de fé na missão evangelizadora em face das provações da realidade
econômica e social. Neste Domingo é muito oportuno cantar a fórmula n. 1 do
Tempo Comum pág. 393 do Missal Romano.
- Senhor que sois o caminho que leva ao Pai,
tende piedade de nós.
- Cristo, que sois a verdade que ilumina os
povos, tende piedade de nós.
- Senhor, que sois a vida que renova o
mundo, tende piedade de nós.
7. Cada
Domingo é Páscoa Semanal, canta com exultação o Hino de louvor (glória).
8. Na oração
do dia suplicamos a Deus “a quem ousamos chamar de Pai” que nos dê um coração
de filhos e filhas para que possamos amar como Ele nos ama.
Rito da Palavra
1. Cada vez
mais, cai em desuso os chamados “comentários” antes das leituras. É preferível
um refrão meditativo que provoque na assembléia aquela atitude vigilante para a
escuta e conseqüentemente acolhida da Palavra de Deus. Sugerimos, neste caso,
antes de iniciar a Liturgia da Palavra, um refrão contemplativo. Como refrão
para abrir a Liturgia da Palavra de maneira orante, sugerimos o refrão: “Senhor,
que a tua Palavra, transforme a nossa vida, queremos caminhar com retidão na
tua luz” para confirmar na assembléia confiança no Senhor que nos toma pela
mão.
2. Proclamar o Evangelho de forma
dialogada, com narrador, Jesus, Pedro e os discípulos.
3. Na
celebração de hoje é muito oportuno momentos de silêncio que lembra a oração da
solidão de Jesus no monte. Em todo o rito, a Palavra se conjuga com o silêncio. Momentos de silêncio após as
leituras, o salmo e a homilia, fortalecem a atitude de acolhida da Palavra. O
silêncio é o momento em que o Espírito Santo torna fecunda a Palavra no coração
da comunidade. Nem tudo cabe em palavras.
4. Após a
proclamação do Evangelho, repetir com a assembléia as frases: “Coragem! O
Senhor está conosco! Não tenham medo!”
5. Na homilia,
quem preside ajude a assembléia a identificar “o vento, as ondas, as
tempestades” que ameaçam hoje a barca de nossas famílias e comunidades e qual a
boa notícia que o Evangelho de hoje traz para esta realidade.
6. Após a
homilia e o silencio, é muito oportuno que a assembléia expresse sua confiança
em Deus com o canto: “Se as águas do mar da vida quiserem te afogar, segura na
mão de Deus e vai...”, primeira estrofe e o refrão.
7. Na resposta
às preces dos fiéis pode-se retomar a súplica de Pedro: “Senhor, salvai-nos!”
No lugar das preces pode-se também fazer a seguinte ladainha, dirigida a Jesus:
- Senhor
Jesus, ressuscitado dentre os mortos:
Todos:
Tende piedade de nós!
- Vós que
alimentastes a multidão faminta:
- Vós que
caminhastes sobre as águas:
- Vós que
viestes ao nosso encontro nos momentos de aflição:
- Vós que
encorajastes os discípulos na fé e na esperança:
- Vós que
salvais aos que clamam por ajuda:
- Vós que sois
o guia da nossa Igreja:
- Vós que sois
verdadeiramente o filho de Deus:
Rito da Eucaristia
1. Na oração
sobre as oferendas, suplicamos a Deus que transforme os dons do pão e do vinho
em sacramento de salvação.
2. Propomos a
Oração Eucarística para Diversas Circunstâncias – VI-B “Deus conduz sua Igreja
pelo caminho da salvação”. Nele se evidencia a guia de Deus que sempre acompanha
seu povo, sobretudo por Jesus e pelo Espírito Santo.
3. Se a Oração
Eucarística for outra, sugerimos proclamar o prefácio dos Domingos Comum V, que
evidencia o domínio da criação.
4. A Cruz e a
Ressurreição são, a última e definitiva, sentença de Deus sobre o destino da
humanidade. Seria bom ajudar a assembléia a fazer o memorial da Páscoa do
Senhor, envolvendo-a na Oração Eucarística através do canto das aclamações e
intervenções, da proclamação pausada e orante do presidente, da orientação de todos,
pelos gestos e palavras, ao Pai que, em Cristo e no Espírito, recebe a nossa
adoração.
5. Para que
nisso aconteça, fazer a proclamação da Oração Eucarística de forma expressiva,
não simplesmente recitada; por ela a Igreja dá graças pela ação amorosa de Deus
em favor dos pequenos e fracos de seu povo a caminho do Reino definitivo.
Ritos Finais
1. Na oração
depois da comunhão, suplicamos a Deus que o sacramento que recebemos nos traga
Salvação e confirmação na verdade.
2. Na bênção
em nome da Santíssima Trindade levem-se em conta as possibilidades que o Missal
Romano oferece (bênçãos solenes, na oração sobre o povo). Ela expressa que a
ação ritual se prolonga na vida cotidiana do povo em todas as suas dimensões,
também políticas e sociais. Ver a bênção final do Tempo Comum IV do Missal
Romano em que suplicamos a Deus que nos “liberte de todos os perigos”.
3. As palavras
do rito de envio podem estar em consonância com o mistério celebrado: Coragem! Não
tenhais medo, estou convosco todos os dias. Ide em paz e que o Senhor vos
acompanhe.
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pedro, vendo
Jesus, gritou: “Mande-me ir até onde o Senhor está!” Jesus respondeu: “Venha!”
Isto Ele também diz a todos nós: “Venham!” Vamos, então, com a graça de Deus.
O objetivo da
Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as
comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa
diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos,
Pe. Benedito
Mazeti
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