19 de outubro de 2014
Leituras
Isaias 45,1.4-6
Salmo 95/96,1 e 3.4-5.7-10a
1Tessalonicenses 1,1-5
Mateus 22,15-21
“DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E A DEUS O
QUE É DE DEUS”
1- PONTO DE PARTIDA
Domingo do
tributo a César. Estamos celebrando e aprendendo os ensinamentos de Jesus, transmitidos
pelo evangelista Mateus. Hoje, contemplamos Jesus no confronto com os chefes do
povo, especialmente os fariseus e os herodianos, tramam uma armadilha contra
Jesus.
Celebramos e
testemunhamos a Páscoa de Jesus realizada em seu enfrentamento com as
autoridades de seu tempo e hoje prolongada nas pessoas e comunidades que
permanecem firmes em sua opção por Deus e pela vida, mesmo enfrentando
tentações, dificuldades e até ameaças.
Nesta liturgia
somos desafiados a não separar a liturgia da vivência cotidiana. Com a
frase-resposta “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, Jesus
vence o desafio lançado por seus opositores e nos ensina a dar a cada um o que
é próprio.
2- REFLEXÃO BÍBLICA,
EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Contemplando os
textos
Primeira leitura – Isaias 45,1.4-6. Ciro,
rei dos persas, em 550 antes de Cristo, derrubou o Império da Babilônia e
possibilitou ao povo de Deus, que estava cativo, voltar para a sua terra.
Ciro, apesar
de ser pagão, é saudado pelo profeta como amigo (Isaias 48,14) e “ungido do
Senhor (45,1) e pastor do povo de Deus (Isaias 44,28). Que Deus se sirva de
reis e reinos pagãos como instrumentos para realizar Seus planos não representa
nenhuma novidade na visão profética a respeito da política internacional. No caso
da Assíria (Isaias 10,5ss) e de Nabucodonosor (Jeremias 27,6ss), Deus permitiu
que a desumana política de conquista, de exploração e de deportação atingisse
também o povo eleito. Tornou-se vítima daquela política por causa da
infidelidade à Aliança. Mas logo que o castigo foi realizado, Deus pediu contas
da parte injusta e desumana daquela política (cf. Isaias 10,12-19; Habacuc
1,12-17).
Realmente, o
rei do novo Império Persa (hoje Irã) que em pouco tempo se apoderou dos reinos
do Oriente deixou muitos povos deportados voltarem à suas terras de origem e
respeitou as religiões e cultos dos países submetidos ao seu domínio. Devido a
essa política mais humana Ciro não era somente visto como simples instrumento
nas mãos de Deus, mas ganhou aqueles nomes e títulos de amigo, “Ungido” (no
hebraico Messias, no grego Cristo!) e pastor que no resto do Primeiro
Testamento são reservados aos melhores representantes da História da Salvação,
como Abraão, Moisés, Davi. Como o título “Ungido” de Javé, primitivamente era reservado
ao rei (1Samuel 9,26).
Embora Ciro
conheça Deus só por ouvir dizer (Isaias 45,4-5), Deus o conhece, o toma pela
mão. Atuando em favor de Israel, ele é um instrumento nas mãos de Deus, para
tornar conhecido seu Nome, sua fama de ser um Deus que salva (cf. Isaias
41,1-5; Salmo 104/105,6; Êxodo 15,11; Isaias 44,6; 2Samuel 7,22).
Aplicar este
título a um rei estrangeiro pode parecer estranho, mas se explica na medida em
que o monoteismo está claramente firmado (versículos 5-6). Único, Deus é,
portanto, Senhor de todos os povos, Senhor de todos os acontecimentos, e pode
conduzi-los como bem entender para levar a bom termo sua manifestação ao mundo.
Sem o saber
(versículos 4.3.5) este pagão tornou-se, graças à sua política internacional
humana, também o libertador do Povo de Deus. Pode-se ver em Ciro, servindo os
interesses de seu estado e de seu império de um modo humano, tornou-se servo de
Deus e do Reino de Deus na terra.
Nossa fé no
Deus Único convida-nos a pensar que Deus está presente em toda parte e que age
como melhor Lhe parece. Para realizar seu desígnio sobre a humanidade, Deus
pode muito bem fazer aparecer, fora da Igreja, instrumentos vivos que,
trabalhem para Ele.
Salmo responsorial – Salmo 95/96,1,
3.4-5.7-10a. O Salmo 95/96 é um hino ao Senhor Rei num horizonte universal.
O Salmo é um convite com tríplice invocação do nome “Senhor”. A vitória do
Senhor é uma ação salvadora de Deus na história: o Salmo não esclarece qual.
Israel tem por ofício louvar a Deus, e com este louvor ele se dá a conhecer a
todos os povos. Sua eleição é missionária, seu louvor é testemunho. Os
versículos da liturgia deste Domingo celebram Deus, Criador, Rei e Juiz.
No versículo 9
também o convite se estende a todos os povos do mundo. E de novo a tríplice
invocação do nome do “Senhor”: os povos hão de invocar o nome do Senhor, vir ao
seu Templo, e trazer-Lhe ofertas como ato de reconhecimento e homenagem. O
versículo 10 sintetiza o tema do Salmo: a realeza do Senhor, sua ação criadora,
seu governo justo e universal. É considerado um Salmo da realeza do Senhor por
causa da expressão “O Senhor é Rei”! (10a). É o eixo de todo o Salmo.
O Salmo
expressa um clima de festa porque Deus governa o mundo com retidão, justiça e
fidelidade. Este hino apresenta vários convites: aclamar, entrar no átrio do
Templo com ofertas e adorar; a terra que era chamada a cantar, agora deve
tremer na presença do Senhor. São convites universais, porque o Senhor governa
com retidão todos os povos.
Todas estas
vindas preparam o grande “advento” ou vinda de Deus, que entra na história
humana, tornando presente a revelação do Pai; e vai celebrando difíceis
“vitórias” para estabelecer no mundo o “Reino dos céus”. Os cristãos também têm
essa vocação missionária e deverão dar esse testemunho do louvor, celebrando e
colaborando com o estabelecimento do Reino de Deus.
O rosto de
Deus no Salmo 95/96. O Salmo insiste no nome do Senhor, merecedor de um “canto
novo”. Seu rosto é de Criador (versículo 5b, o libertador e, sobretudo, o Rei
universal). Podemos dizer que é o aliado da humanidade, soberano do universo e
da história.
Como vimos em
outros salmos desse tipo, o tema da realeza de Jesus está presente em todos os
evangelhos. Mateus mostra que Jesus traz uma nova prática da justiça para
todos, e isso faz acontecer o reinado de Deus na história. Os contatos de Jesus
com os pagãos demonstram que seu Reino não tem fronteiras e que seu projeto é o
de um mundo cheio de justiça e de vida para todos (João 10,10).
Cantando este
Salmo, o povo aclama o Senhor como rei vencedor. Nós o cantamos na confiança de
que Ele vem eliminar do nosso meio todos os sinais de luto e nos animar em
nossas lutas por dias melhores.
Ó FAMÍLIA DAS
NAÇÕES, DAÍ AO SENHOR PODER E GLÓRIA!
Segunda leitura – 1Tessalonicenses 1,1-5.
A primeira carta aos Tessaloninces foi
redigida em Corinto no inverno entre os anos 50-51 depois de Cristo. É a mais
antiga carta de Paulo que possuímos e, portanto, o mais antigo documento
recolhido no Novo Testamento. Devido a uma perseguição, Paulo não pode ficar
entre os tessalonicenses. Refugiado em Atenas, ele recebe notícias da
comunidade e, nesta carta, ele os anima a permanecerem firmes no testemunho do
Evangelho.
Tessalonica, a
maior cidade da Macedônia e grande centro romano, fora fundada no ano 315 antes
de Cristo por Cassandro, que lhe deu o nome de sua mulher (Tessalonica), irmã
de Alexandre o Grande. Cidade marcada pelo culto pagão e até construíram um
templo ao imperador. Viviam aí muitos judeus. A comunidade de Tessalonica foi
parcialmente evangelizada durante “dois ou três”, até a perseguição judaizante
forçou Paulo a fugir (Atos 17,4-10).
Paulo, ao
longo da carta, tem consciência de sua missão de pregador do Evangelho. O
horizonte pastoral de Paulo está repleto de Deus, de Cristo e do Espírito
Santo. Sua pedagogia, além de recursos naturais, é essencialmente sobrenatural:
sente a ação de Deus, a força do Espírito. O termo “Igreja”, ekklesia ocorre 63
vezes nas cartas de Paulo e significa a reunião do povo em sentido ativo e
dinâmico, não em sentido de simples multidão passiva. “Em Deus Pai e no Senhor
Jesus Cristo” exprime a identidade de natureza das duas pessoas divinas e a
união ativa e vital dos cristãos com elas. O apelativo “Senhor” (Kyrios), é a
tradução de “Javé” e, na linguagem cristã, denota a divindade de Jesus. Deus
Pai e Jesus Cristo são a fonte da fé cristã. “Graça e paz” é síntese da
saudação grega (cháris = alegria) e eiréne a hebraica (shalôn = paz), almejando
os bens da redenção.
“Damos graças
a Deus por todos vós, lembrando-vos sempre em nossas orações” (versículo 2).
Esse louvor reveste-se de um ambiente sobrenatural de oração eucarística, o que
revela o fundo piedoso e apostólico, o grande afeto (sempre... por todos) de
Paulo e seus auxiliares. O “damos graças” (versículo 2) corresponde e esclarece
o “lembrando em nossos corações”. Trata-se da oração eucarística freqüente
pelos fiéis.
No versículo 3
ao recordar ação de graças pela fé, esperança e caridade dos fiéis deles
fornece o motivo da oração eucarística. “Fé, esperança e caridade” são o
retrato vivo interior da jovem Igreja, todas as vezes que é lembrada “na
presença de Deus nosso Pai” (versículo 3). A fé, ativa, isto é, a atividade da
vossa fé consiste em aderir à pessoa e à obra de Cristo, como Messias, Senhor e
Salvador. A caridade pode levar até ao sacrifício. É um trabalho penoso. Uma
caridade concreta e assídua. Fé e caridade se correspondem: a fé atua pelo amor
(Gálatas 5,6), chega inclusive à culminância dos sofrimentos da caridade. A
firmeza (hypomoné) da esperança implica em paciência, resignação, confiança e
perseverança; é a constância e a fortaleza em suportar o peso da vida. A
esperança converge para realidades que ainda não chegaram (Romanos 8,24s), em
união com a paciência (Romanos 5,4-5) e a confiança (1Coríntios 15,19).
Esperança firme é todo esforço ou constância do cristão na espera da Parusia.
Evangelho – Mateus 22,15-21. Esta
passagem pertence ao relato das “tentações” a que escribas, fariseus e saduceus
submetem Jesus. Os partidários de Herodes formulam o primeiro ataque, na
esperança de que Jesus pronuncie alguma palavra que ferisse o Imperador César.
O Evangelho
nos fala de fariseus e herodianos que se dirigem a Jesus, e após palavras de
elogio, chamando-O de verdadeiro e dizendo que Ele ensinava o caminho de Deus,
interrogam o Mestre se é lícito pagar o imposto a César. Os herodianos não eram
um partido, nem seita religiosa, mas sustentavam Herodes no poder. Este sim,
era amigo dos romanos. Os fariseus consideravam a presença romana como castigo
de Deus. Na sua astúcia serve-se, porém, dos herodianos para pegarem Jesus em
uma situação de subversão política. A pergunta toca a vertente econômica da
política, na qual entra em jogo a lealdade e a submissão ao poder Romano. Há,
porém, conotação religiosa, porque na moeda estava escrito: “Tibério, filho do
divino Augusto, Augusto”. O imposto era o maior sinal de dominação. Recordava o
domínio de um povo pagão sobre o povo eleito de Deus. Fariseus e zelotas
consideravam esse imposto uma questão religiosa.
Os fariseus e
herodianos, ao perguntarem a Jesus: “É ou não é contra a nossa Lei pagar
imposto ao Imperador Romano?” (versículo 17), não procuram conhecer a “vontade
de Deus” (versículo 16), mas comprometer Jesus (versículo 15). Pensaram que
Jesus só pudesse responder com “sim” ou “não”. Respondendo “sim”, Jesus teria
escolhido o lado dos herodianos que faziam causa comum com os romanos e se
colocaria contra os fariseus e o povo. Nesta hipótese teria corrido o perigo de
perder a simpatia do povo, que via o Império Romano com maus olhos. Respondendo
“não” teria agradado aos fariseus e ao povo, mas também correria o risco de
Jesus ser acusado de zelote, isto é, de subversivo, que amotina o povo contra a
ordem estabelecida pelo Império Romano (Lucas 23,2). Fazendo o compromisso que
os herodianos lessem a inscrição da moeda, Jesus os obrigou a que eles mesmos
reconhecessem que era César quem mandava no país. O que pertence a César, lhe
deve ser devolvido e a Deus o que é de Deus.
Nesse
paralelismo brusco, Jesus usa o dever de pagar imposto a César como trampolim
para colocar os herodianos diante da questão muito mais importante dos deveres
face a Deus. É bem possível que neste paralelismo se deve entender uma
referencia bem concreta à antropologia bíblica. As moedas que trazem a imagem
de César pertencem a César; vocês mesmos, porém, homens que trazem a imagem de
Deus, pertencem a Deus. Não se deve interpretar, pois, o paralelismo como se
Jesus colocasse Deus e César no mesmo plano. A resposta de Jesus não era
diplomática, nem encerrava inclinação para o compromisso, mas sim fidelidade
para com a Sua pregação do Reino de Deus, que O devia levar a dar exatamente
aquela resposta que Ele deu.
A moeda é o
instrumento de poder, e no centro está o rosto de César demonstrando não só a
prepotência social e política, mas sobretudo, uma explícita profissão de
ateísmo, pois em toda forma de poder injusto e arrogante há uma radical negação
de Deus. A moeda não tinha apenas valor real/representativo, mas também
simbólico. Usar a moeda significava admitir também o valor daquele que ela
simboliza.
Deus não exige
imposto. Exige muito mais. Exige tanto que a questão do imposto, em comparação
com a exigência divina que Jesus proclama, se torna uma questão mesquinha de
somar importância. A questão do imposto é tratada por Jesus como uma questão já
há muito resolvida pela própria prática do uso do dinheiro. Todos usam o
dinheiro do Estado sem nenhuma reclamação enquanto der lucro.
Portanto, o
ensinamento é duplo: a autoridade civil tem direito à obediência, sobretudo,
por parte daqueles que lucram com as vantagens que ela traz (Romanos 13,1-8;
Tito 3,1-3; 1Pedro 2,13-14). Contudo esta obediência não pode colocar em jogo a
obediência que se deve a Deus.
Jesus
proclamando aqui e agora a supremacia de Deus em tudo (também na política), Ele
se impôs com autoridade. Não em questões políticas, mas em questões que
transcendem e por isso mesmo ao mesmo tempo incluem questões políticas. Na
afirmação “Dêem ao imperador o que é do imperador, e a Deus o que é de Deus”,
Jesus sugere: “Além do imperador que exige o seu imposto há no país a presença
de Deus na Minha pessoa. Vocês me fazem as perguntas erradas. Interpelando-me
sobre o imposto, sobre a Minha atitude diante da ordem estabelecida, nem querem
dar ai imperador o que é dele, nem a Deus o que é de Deus. O que vocês querem é
eliminar esta nova presença de Deus em Mim que os incomoda. O Reino de Deus
está chegando. Dêem a Deus o que é de Seu direito, antes que seja tarde.
Convertei-vos! Salvem-se quem puder, antes que seja tarde”.
Não era,
portanto, Jesus que fazia política ou negava fazê-la. Ele, porém, desmascarava
a politicagem daqueles que, compactuando com o Império Romano (cf. Lucas 23,2),
queriam impedir a vinda do Reino de Deus na Boa-Nova de Jesus.
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
A mensagem da
liturgia deste Domingo nos faz compreender que o nosso Deus é o Senhor da
História, e aumenta em nós o conhecimento da graça que nos foi dada: nós
pertencemos a Deus. A palavra de Deus traça uma marca profunda na vida. Todos
pertencem a alguém. É necessário esclarecer, guiados pelas leituras escutadas,
a quem é que pertencemos.
O
questionamento político que o Evangelho deste Domingo nos propõe é atualíssimo.
Basta olharmos para o mundo em que vivemos. Quanta submissão ao poder político,
social, cultural que muitas nações sofrem.
Hoje o mundo
oferece, em nome da liberdade, um leque entendimentos para a verdade. Considera
que a verdadeira felicidade vem da alegria estritamente pessoal e particular.
Sob esse enfoque, somos bombardeados pela sociedade, pela economia, pela
política, pela cultura... O que devemos fazer? Entender, aceitar, experimentar
e realizar o que nos fizer individualmente felizes?
O Evangelho de
hoje questiona: nossas ações e realizações concorrem para a construção do Reino?
Seguem o ensinamento de Jesus?
Somente serão
lícitas as ações que auxiliem na construção do Reino, as quais convergem para a
vida em comunhão, em fraterna união.
É verdade que
um outro mundo é possível, pois Jesus veio mostrar isso. Mas é preciso que cada
um contribua para esse mundo novo. Nesse sentido a Igreja e outras Igrejas
cristãs sérias, têm dado importante colaboração para a construção da paz e de
um mundo mais justo. Fora da Igreja também há iniciativas que se colocam na
direção dos valores do Reino (organismos que trabalham na promoção da vida, que
se preocupam com o respeito aos direitos humanos e econômicos das crianças, dos
idosos...).
A Igreja e as
comunidades locais vão descobrindo que se tornaram minorias no mundo. O
pluralismo religioso e cultural, o relativismo do pensamento e da ação moral
acentuam a previsão de um futuro de exclusão. As leituras bíblicas fornecem-nos
razoes para não desanimarmos. Em Tessalonica
a Igreja era uma minoria, e acolheu o Evangelho no meio de tribulações. A
semente do reino germina na longa paciência do sacrifício. O amor de Jesus pela
sua Igreja convoca aliados surpreendentes, consagra profetas estrangeiros. Isso
requer de todos nós sabedoria e humildade para reconhecer e não afastar
possíveis companheiros de viagem. Quanto mais séria é a crise, tanto mais os
mais cristãos devem tomar consciência de que o Evangelho continua a ir ao seu
encontro e a tornar possível a “atividade na fé”, o “esforço na caridade” e a
“firmeza da esperança” (1Tessalonicenses 1,3), com energia igual, senão
superior aos desafios do tempo.
A Palavra
impede o mundo de naufragar. A oração do Salmo responsorial, “Dai ao Senhor
glória e poder” (Salmo 95,7), corresponde à Palavra de Jesus no Evangelho: “Dai
a Deus o que é de Deus” (Mateus 22,21). Quem reza, orienta para Deus a
totalidade dos povos na atitude da oferta e impele-a profeticamente numa
liturgia cósmica.
4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO
A face do Pai estampada em Jesus
Em Jesus
encontramos restabelecida a soberania de Deus, pois ele se submete livre e
voluntariamente ao Pai. Em Jesus, o homem de Nazaré, vemos estampada a face do
Pai. Isso sim interessa ao Criador e Pai. Diante das ciladas, Jesus como sumo
bem do Pai, encontra Nele sua proteção e abrigo: “Clamo por vós, meu Deus,
porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a
pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me” (antífona de entrada),
(cf. Salmo 90/91). Governa sobre Jesus a soberania divina. O destino de Jesus
não está entregue às maquinações humanas, que até o conduzem à morte na cruz,
mas ao Pai, que o conduz à vida. A ressurreição é a maior prova da soberania de
Deus acima dos desmandos humanos. Em resposta à obediência de Jesus, o Pai
“pousa o olhar sobre os que o temem e que confiam esperando em seu amor, para
da morte libertar as suas vidas”.
A face de Cristo resplandece em nós
Unidos a
Jesus, damos graças a Deus o que é Deus, pois pelo Batismo e pela Eucaristia, bem
como pelas atitudes de filhos e filhas que vão se formando em nós, ao longo da
vida, aos poucos resplandece em nós a face de Jesus. Como tesouro reluzente
(aclamação ao Evangelho), resplandecemos nossa pertença a Deus. A Jesus, nossa
adoração, nosso culto e nossa sublime louvação (salmo responsorial).
Incansavelmente proclamaremos, pela voz dos ministros presidentes: “Por Cristo,
com Cristo e em Cristo...”. Incansavelmente responderemos pela voz do povo
eleito: “Amém!”, pois é Cristo nosso Amém para a glória de Deus Pai.
5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA
A celebração
litúrgica revive em nós, que clamamos pela realização do Reino, a memória dos
feitos maravilhosos de Deus em favor dos eleitos. Na recordação da paixão,
morte e ressurreição de Jesus, o Espírito Santo nos dá a certeza de que Deus
orientará aqueles que buscarem agir para construir o Reino. Cada celebração
litúrgica forma nossa consciência e fornece os critérios para que possamos
julgar e decidir no dia-a-dia.
Participando
da oração de louvor e súplica da Igreja, reafirmamos a decisão de pautar nosso
agir pelos princípios da fé que nos anima na caminhada missionária em direção
ao Reino definitivo.
O que temos,
nossos bens materiais, nossas “moedas”, devem ser usadas como dons. É o que
rezamos na oração sobre as oferendas: “Dai-nos, ó Deus, usar os vossos dons
servindo-vos com liberdade”. A oração
após a comunhão pede que “os bens terrenos nos auxiliem a conhecer os valores
eternos”.
6. ORIENTAÇÕES GERAIS
1. O ensaio de
cantos com a assembléia, seguido de um momento de silêncio e oração pessoal,
ajuda a criar um clima alegre e orante para a celebração.
2. A mesa da
Palavra e a mesa da Eucaristia formam um só ato de culto; portanto, é preciso
manter um equilíbrio de tempo entre as duas. Demasiada atenção dada à procissão
com o Lecionário ou com a Bíblia, homilias prolongadas, introduções antes das
leituras parecendo comentários ou pequenas homilias, tudo isso prejudica o rito
eucarístico, que em conseqüência acaba sendo feito às presas.
No dia 24
lembramos Santo Antonio Maria Claret, fundador dos padres Claretianos.
7- MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas,
executados com atitude espiritual e,
condizentes com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério
celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são do 18º Domingo do
Tempo Comum, é preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos
deve ser cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério
celebrado. A função da equipe de canto não é
simplesmente cantar o que gosta, mas cantar o mistério da liturgia deste 18º
Domingo do Tempo Comum. Os cantos devem estar em sintonia com o ano litúrgico,
com a Palavra proclamada e com o sacramento celebrado. Não devemos esquecer que
toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de
uma pastoral ou de um movimento.
Ensina a
Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além
de unir a assembléia, inseri-la no mistério celebrado (IGMR nº 47). Nesse
sentido o Hinário Litúrgico III da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão
gravados no CD: Liturgia VII e CD: Cantos de Abertura e Comunhão e Ofício
Divino das Comunidades.
1. Canto de abertura. “Buscar
sem cessar a Deus na alegria” (Salmo 104/105,3-4). As estrofes são do Salmo
129/130: “No Senhor minha alma espera eu confio em sua Palavra”. A Antífona de
Entrada proposta pelo Missal Romano é tirada do Salmo 104/105. A CNBB em seu
Hinário III propõe uma versão muito boa e popular: “Exulte de alegria quem
busca a Deus”, CD: Liturgia VII, melodia da faixa 14. A Antífona está articulada
com as estrofes são do Salmo 129/130: “No Senhor minha alma espera eu confio em
sua Palavra”.
Não se trata
de uma questão fixa, a liturgia oferece outras duas ótimas opções que a meu ver
são as melhores: “Aqui chegando, Senhor, que poderemos te dar”, CD: Cantos de
Abertura e Comunhão, melodia da faixa 3; “Nós somos o povo de Deus, um povo que
vai, caminhando”, CD: Cantos de Abertura e Comunhão, melodia da faixa 8. Unidos
a Jesus, damos a Deus o que é de Deus, pois pelo Batismo e pela Eucaristia, bem
como pelas atitudes filiais que vão formando em nós, ao longo da vida, aos
poucos resplandece em nós a face de Jesus. A mensagem desse canto nos introduz
no Mistério celebrado neste Domingo.
Evitar
correria e barulho dos instrumentos, agitação antes da celebração. O clima
orante no início da celebração favorece que as pessoas clamem por uma palavra
de sabedoria.
2. Hino de louvor. “Glória a
Deus nas alturas.” Vejam o CD Tríduo Pascal I e II e também no CD
Festas Litúrgicas I; Partes fixas do Ordinário da Missa do Hinário Litúrgico
III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por Irmã Miria Reginaldo Veloso
e outros compositores.
O Hino de
Louvor, na versão original e mais antiga, é um hino cristológico, isto é,
voltado para Cristo, que exprime o significado do amor do Pai agindo no Filho.
O louvor, o bendito, a glória e a adoração ao Pai (primeira parte do Hino de
Louvor) se desdobram no trabalho do Filho Único: tirar o pecado do mundo,
exprimindo e imprimindo na história humana a compaixão do Pai. Lembremo-nos: o
Hino de Louvor não se confunde com a “doxologia menor” (Glória ao Pai, ao Filho
e ao Espírito Santo). O Hino de Louvor encontra-se no Missal Romano em prosa ou
nas publicações da CNBB versificado numa versão que facilita o canto da assembléia.
3. Refrão para motivar a escuta da
Palavra: “Senhor, que a tua Palavra, transforme a nossa vida/ Queremos
caminhar com retidão na tua luz”.
4. Salmo responsorial 95/96. Louvor
universal a Deus, o único rei. “Ó
família das nações, dai ao Senhor poder e glória!”. CD: Liturgia VII, melodia
igual a faixa 10.
O Salmo
responsorial é uma resposta que damos àquilo que ouvimos na primeira leitura.
Isto mostra que o salmo é compromisso de vida e ele também atualiza e leitura
para a comunidade celebrante. Primeira leitura, Palavra proposta e salmo
Palavra resposta. Por isso deve ser cantado da Mesa da Palavra (Ambão) por ser
Palavra de Deus. Valorizar bem o ministério do salmista.
5. Aclamação ao Evangelho. Portadores
da Palavra de Deus (Filipenses 2,15-16). “Aleluia... Como astros no mundo vocês
resplandeçam”, CD: Liturgia VII melodia igual a faixa 11. O canto de aclamação
ao evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário Dominical.
6. Apresentação dos dons. A escuta
da Palavra e colocá-la em prática, deve gerar na assembléia a partilha para que
ela possa ser sinal vivo do Senhor. Devemos ser oferenda com nossas oferendas. Quando
somos chamados pelo Senhor, a participar do banquete da vida, o nosso coração
nos chama a partilhar. “Bendito seja Deus Pai, do universo criador”, CD:
Liturgia VII, melodia da faixa 12.
7. Canto de comunhão. “Dai,
pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, (Mateus 22,21). Somos
felizes quando a exemplo de Jesus, desmascaramos as armadilhas que os inimigos
nos oferecem. “A César darão o que é dele”, CD: Liturgia VII, melodia da faixa
13 exceto o refrão. A liturgia oferece outra ótima opção que é um uma versão do
Salmo 8: “Bom é louvar o Senhor nosso Deus, cantar salmos em nome do
Altíssimo”, CD: Cantos de Abertura e Comunhão da CNBB, melodia da faixa 23. Uma
terceira excelente opção é o Salmo 33, o mais antigo canto de comunhão da
liturgia cristã. “Alegres vibrem no Senhor, ó justos”, Ofício Divino das
Comunidades, pág. 57; “Vela o Senhor sobre aqueles que o temem”, Hinário
Litúrgico III da CNBB, pág. 389.
O canto de
comunhão deve retomar o sentido do Evangelho de cada Domingo. Esta é a sua
função ministerial. Na realidade, aquilo que se proclama no Evangelho nos é
dado na Eucaristia, ou seja: é o Evangelho que nos dá o “tom” com o qual o
Cristo se dirige a nós em cada celebração eucarística reforçando estes
conteúdos bíblico-litúrgicos, garantindo ainda mais a unidade entre a mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia. Isto
significa que comungar o corpo e sangue de Cristo é compromisso com o Evangelho
proclamado. Portanto, o mesmo Senhor que nos falou no Evangelho, nós o
comungamos no pão e no vinho. É de se lamentar que muitas vezes são escolhidos
cantos individualistas de acordo com a espiritualidade de certos movimentos,
descaracterizando a missionariedade da liturgia. Toda liturgia é uma celebração
da Igreja e não existem ritos para cada movimento e nem para cada pastoral.
8- O ESPAÇO CELEBRATIVO
Usar, no
arranjo, flores coloridas, a fim de demonstrar a harmonia desejada para o Reino
(evitar excessos, mas caprichar na harmonia).
9. AÇÃO RITUAL
Celebramos a
memória da morte e ressurreição de Cristo. Ela se completa na maneira como
vivemos: nas ações que escolhemos, somos por elas levados a participar da
construção do Reino dos Céus.
Antes do
início da celebração, pode-se cantar o refrão meditativo: “Confiar no Senhor é bom, confiar; bom é esperar sempre no Senhor”,
repetidas vezes.
Ritos Iniciais
1. Como Canto
de Abertura como já indicamos em Música Ritual, é muito oportuno o canto: “A
água” – Aqui chegando, Senhor, que poderemos te dar (CD: Cantos de Abertura e
Comunhão, CNBB, Paulus). Se, dai a César o que é de César e dai a Deus o que é
de Deus” é o adágio que concentra o significado mistérico da celebração deste
Domingo, nada mais coerente do que começar entoando “que poderemos te dar”?
2. A
celebração tem início com a reunião da comunidade cristã (IGMR 27.47). O canto
de abertura começa tendo em conta essa realidade eclesial, e vai introduzir a
assembléia no Mistério celebrado.
3. A saudação
inicial pode ser inspirada na Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses 1,1 (II
leitura), conservando seu caráter apostólico:
“A vós, irmãos e irmãs, Igreja
santa reunida em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo: graça e paz estejam
convosco!”
4. Após o
sinal da cruz e a saudação inicial, apresentar o sentido da celebração, abrindo
para a recordação da vida, com acontecimentos que marcaram a semana que passou,
fatos tristes e alegres da comunidade, do país e do mundo. Quem anima ou quem
preside introduz a assembléia com palavras semelhantes a estas:
Domingo do tributo de César. Testemunhamos o
enfrentamento dos chefes do povo contra Jesus. Bendizemos o Pai que faz Jesus
vencer toda armadilha maldosa, recebemos força para sermos fiéis ao seu projeto
de vida para todos.
5. Em seguida
fazer a recordação da vida trazendo os fatos que são as manifestações da Páscoa
do Senhor na vida da comunidade, do país e do mundo, mas de forma orante e não
como noticiário.
6. Evocar, no
ato penitencial, à luz da misericórdia de Deus, os medos, as resistências e as
fraquezas de fé na missão evangelizadora em face das provações da realidade
econômica e social. Neste Domingo é muito oportuno cantar a fórmula n. 1 do
Tempo Comum pág. 393 do Missal Romano.
- Senhor que sois o caminho que leva ao Pai,
tende piedade de nós.
- Cristo, que sois a verdade que ilumina os
povos, tende piedade de nós.
- Senhor, que sois a vida que renova o
mundo, tende piedade de nós.
7. Cada
Domingo é Páscoa Semanal, canta com exultação o Hino de louvor (glória).
8. A oração do
dia pede que devemos sempre estar à disposição do supremo Senhor e servi-Lo de
todo o coração.
Rito da Palavra
1. Um canto
curto, de cunho meditativo, para “dispor” a mesa da Palavra aos ouvintes pode
ser: “A vossa Palavra, Senhor, é sinal de interesse por nós”.
2. Respondendo
ritualmente ao adágio: “Dai a Deus o que é de Deus”, pode-se oportunamente,
concluir a homilia com o silêncio e em seguida com uma oração, na qual a
assembléia participa com o refrão executado como cantilena/recitativo livre
(como nas salmodias) ou com a melodia do refrão do Cântico do Apocalipse
11,17-18; 12,10b-12a da Liturgia das Horas-Partituras (Paulus): “Graças e
louvores ao Senhor”. A oração que segue é inspirada no texto de Serapião, bispo
de Themuis, (século IV) registrado em seu Eucológio. Com este texto era
concluída a homilia:
Presidente: Deus
Salvador, Deus do universo, Soberano e Criador de tudo quanto existe, Pai do Unigênito, que geraste
a tua imagem viva e verdadeira, a enviaste para socorrer o gênero humano e por
ela chamaste e conquistaste os seres humanos;
Graças e louvores ao Senhor!
Presidente:
Nós te pedimos por este povo: Envia o Espírito Santo e venha visitá-lo o Senhor
Jesus:
Graças e louvores ao Senhor!
Presidente:
Que ele fale a cada coração, dispondo-os para a fé, a fim de que saibam dar-te
o que te é devido.
Graças e louvores ao Senhor!
Presidente:
Ele conduza para ti as nossas vidas, Deus das misericórdias;
Graças e louvores ao Senhor!
Presidente:
Toma, também, posse do teu povo nesta cidade, forma um rebanho escolhido, pelo
Teu Filho Unigênito, Jesus Cristo, no Espírito Santo.
Graças e louvores ao Senhor!
Por Ele Te
sejam dados glória e poder e a mais ninguém nem nada neste mundo, agora e pelos
séculos dos séculos.
Amém.
3. Nas preces,
lembrar os missionários e missionárias que dedicam suas vidas ao trabalho
missionário junto aos mais pobres em nosso país e no mundo.
Rito da Eucaristia
1. A oração
sobre as oferendas destaca que usando os dons de Deus, possamos servi-Lo com
liberdade e que os mistérios celebrados em Sua honra renovem a nossa vida.
2. Depois do
Concílio Vaticano II, fomos presenteados com várias Anáforas (Orações
Eucarísticas) com as quais a Igreja pode dar graças e louvores a Deus em Cristo
por suas maravilhas e suplicar-Lhe a continuidade da Aliança e seus frutos. Por
essa razão, é sempre bom buscar dentre os vários formulários de que dispomos,
um que melhor evidencie o Mistério celebrado. Neste Domingo, sugerimos a Oração
Eucarística IV. Ela traz, depois do Santo, uma bem desenvolvida narrativa do
plano salvífico de Deus, que revela sua primazia diante de todas as criaturas,
isto é, ela nos traz um resumo da História da salvação. Se for escolhida ou Oração
Eucarística que admite troca de prefácio, é oportuno escolher o Prefácio para
os Domingos do Tempo Comum I, o qual narra o Mistério Pascal e o Povo que
pertence a Deus como sacerdócio régio e nação santa com a missão de anunciar as
maravilhas de Deus.
3. Na oração
eucarística a solidariedade missionária é alegre e festiva; dar também
expressão alegre e festiva à oração eucarística, cantando o prefácio, o “Santo”
e as diferentes aclamações, em especial a aclamação do amém e do “Eis o
Mistério da fé! Anunciamos, Senhor, a vossa morte...”
Ritos Finais
1. Na oração
depois da comunhão pedimos a Deus que auxiliados pelos bens terrenos, possamos
conhecer os valores celestiais. É preciso colher e contemplar os frutos da
nossa participação na Eucaristia.
2. As palavras
do rito de envio podem estar em consonância com o mistério celebrado: Dai a
Deus o que é de Deus. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
3. É comum
além, de entrar em procissão no início da celebração guiados pela cruz, também
retirar-se do espaço sagrado em procissão, igualmente guiados pela cruz.
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
A luz
permanente dos princípios do Reino de Deus, pregado por Cristo, deveria
orientar os cristãos no seu engajamento na vida política, no sentido de que o
bem comum do povo, é o centro de interesse tanto do reino de Deus quanto do
poder político.
O objetivo da
Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as
comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa
diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos
Pe. Benedito
Mazeti
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