quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

5º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B

08 de fevereiro de 2015

Leituras

         Jó 7,1-4.6-7
         Salmo 146/147,1-6
         1Coríntios 9,16-19.22-23
         Marcos 1,29-39


“A FEBRE DESAPARECEU E ELA COMEÇOU A SERVI-LOS”


1- PONTO DE PARTIDA

Domingo da cura da sogra de Pedro. A Liturgia do 5º domingo do Tempo Comum tem na ação libertadoras de Jesus, sua centralidade. Todos vivemos sobrecarregados, pela vida moderna, de numerosas atividades. Nossas jornadas assemelham-se muitas vezes à primeira jornada de Jesus, totalmente ocupada. Para manter o equilíbrio, precisamos de momentos de oração, a exemplo de Jesus no início de sua vida pública. Além disso. É preciso trabalhar com vontade de servir. Jesus está a serviço dos doentes. O que fez a sogra de Pedro, após sua cura, pode valer como palavra de ordem: “Ela os servia” (diakonia).

Entramos com Jesus na casa de Pedro e vemos como a sogra de Pedro é curada e se põe a servir. Celebramos a Páscoa de Jesus Cristo que se manifesta em todas as pessoas e grupos que se preocupam com a saúde do povo.
           
2- REFLEXÃO BÍBLICA, EXEGÉTICA E LITÚRGICA

Contemplando os textos

Primeira leitura Jó 7,1-4.6-7. O trecho da liturgia de hoje é uma queixa amarga de Jó. Ele é um homem sem sossego. Vivendo a desgraça, depois de ter conhecido a felicidade, ele procura a causa de sua desventura. Coerente, consigo mesmo, ele se reconhece inocente. Mantém esta certeza contra as aparências, a força da tradição e as insinuações dos amigos, que pretendem fazer de Deus o paliativo dos problemas do ser humano. Jó não aceita de modo nenhum a sugestão de seus amigos para reconhecer um pecado que não fez ou para, pelo menos admitir que esteja sofrendo por uma culpa esquecida.

Jó foi fortemente provado por Deus, Seus amigos não o conseguem consolar (Jó 2,11). Ensina-lhe a ver no sofrimento o castigo de Deus. Mas, para Jó, o sofrimento permanece um mistério. Com amargura, considera sua vida, e só consegue pedir que a aflição  não seja forte demais e Deus lhe dê um pouco de sossego. O Primeiro Testamento tinha resposta para o problema do sofrimento. A resposta está em Jesus Cristo, que assume o sofrimento até o fim (Marcos 7,1-14 cf. Eclesiástico 40,1-2; 30,17; 40,5; Deuteronômio 28,67 – 7,6-7 cf. Salmo 38/39, 5-6; Isaias 38,12; Salmo 77/78,39; 88/89,48).

Teimando na fé, Jó não espera a última palavra de seus amigos, mas de Deus: “Lembra-te...” (versículo 7). Esta parece encontrar-se nos salmos de súplica e lamentação. “Recordar ou lembrar-se significa aqui: permanecer fiel, efetivamente, agora, a uma atitude de benevolência mostrada no passado”. “Lembra-te é a primeira palavra que Jó dirige a Deus. Na Bíblia esta expressão encerra quase sempre uma prece para pedir a Deus para permanecer fiel à Aliança. Aqui se trata da Aliança de Noé: que Deus não se esqueça da condição de sua criatura! Que faça cessar seus sofrimentos! Que reconheça sua inocência! Que lhe explique o mistério de sua infelicidade!” Jó prefere humilhar-se a si mesmo e ser humilhado pelos outros, mas permanecer firme na sua fé em Deus (cf. Jó 2,9), do que reduzir a Deus às nossas medidas.

Salmo responsorial – Salmo 146/147,1-6. O Salmo 146/147 é um hino de louvor, parte do louvor da manhã dos judeus (Salmos 146-150). Depois deste salmo, a numeração é igual para todas as Bíblias. Algumas traduções antigas, seguindo o grego e o latim, têm no versículo 12 o começo do Salmo 147.

O Salmo está bem organizado e divide-se em três partes (versículos 1-6; 7-11; 12-20), cada qual com breve convite e longa motivação. Os motivos de louvor são sempre as obras de Deus. Um “aleluia” abre e fecha o Salmo.

A primeira parte (versículos1-6) que são os versículos da liturgia de hoje, inicia-se com o convite dirigido a pessoas: “Louvem o Senhor”. O motivo surge com um “pois”. O louvor é acompanhado de cantos e harmonia (de instrumentos).

O Salmo nasceu depois do exílio da Babilônia (versículos 2-3) “O Senhor reconstrói Jerusalém, reúne os exilados de Israel. Cura os corações despedaçados e cuida dos seus ferimentos”.

O rosto de Deus no Salmo 146/147. Deus é celebrado o ano inteiro (as estações), pelo povo e pela cidade de Jerusalém. É louvado com festa e música, pois age em favor de seu povo de forma extraordinária, sábia (versículo 5). É o aliado fiel, manifestando todo o seu amor e fidelidade na volta do exílio, na reconstrução da identidade nacional (a cidade de Jerusalém), em ser “arquiteto” (versículo 2) e “medico” de corações despedaçados e feridos (versículo 3). Fica claro que o rosto de Deus neste Salmo é: arquiteto e médico de corações despedaçados.

Este Salmo repercute direta e indiretamente em Jesus Cristo. Jerusalém não recebe Jesus e não acolhe sua mensagem de paz. Jesus tratou a todos de modo igual, sem privilegiar uma raça ou povo. Encontrou maior fé e ressonância em pagãos e pecadores. Alimentou todos os famintos e curou os corações despedaçados. Preocupou-se com a vida para todos...

Segunda leitura – 1Coríntios 9,16-19.22-23. Paulo aborda o tema da liberdade cristã como um grande valor, sem que seja o único e o mais elevado. Pode-se razoavelmente – e Paulo o fez! – renunciar ao exercício da liberdade sem contrariá-la e negá-la.

Além disso, ele insere aqui uma autodefesa contra aqueles que o depreciavam por não ter acompanhado o Senhor em sua vida mortal. Paulo tem direitos e poderes, porque Jesus o chamou pessoalmente e lhe apareceu como ressuscitado (1Coríntios 15,1-8), capacitando-o para o ministério (1Coríntios 9,11-14). O contexto psicológico mostra-o nervoso. A singularidade de sua vocação o impele a mais: anunciar o Evangelho (versículo 16) não é para ele glória, mas compromisso imenso, uma vez que foi pego por Cristo. Não basta proclamá-lo, como o fizeram os outros, já que fora perseguidor da Igreja. Se anunciar o Evangelho é uma “imposição”, exclui com este vocábulo qualquer atentado à livre e espontânea liberdade, à cordialidade. Voluntariamente e de todo coração empenha a sua liberdade. Entre “liberdade” e “necessidade” há estrita relação: “imposição” ou “necessidade”, aqui, não se opõem à “liberdade”, mas se consuma naquelas. O âmago da liberdade consiste justamente naquela necessidade com que a pessoa ama e reconhece a Deus como única realidade, digna de todo o seu amor e dedicação. Bem entendidas, “liberdade” e “necessidade” envolvem unidade. Em Cristo conciliam-se de maneira misteriosa obediência e amor filial.

“Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho”! – não é uma ameaça vinda de fora, mas um impulso muito mais forte vindo de dentro – o do amor. Resistir-lhe seria o maior fracasso. O versículo 17 demonstra como deve ser nossa tarefa de evangelização: na liberdade e no amor. Só assim será eficaz e agradará ao Senhor. A “glória” para Paulo não algo de puramente exterior, como nós entendemos hoje, mas sim o testemunho interior da boa consciência. Nada espera de humano pela pregação do Evangelho, pois o faz gratuitamente. Alias, e natural esperar por um prêmio, ainda mais se é Deus.

Paulo “livre de todos”... “servo de todos”. Obedece assim ao preceito de Jesus: “Se alguém quiser ser grande, seja vosso servidor” (Marcos 10,43ss). Sabe que só assim estará de acordo com o Evangelho – síntese de tudo que é cristão: caridade, humildade, imitação... seja qual for o nome que queira dar. O verbo “ganhar”, metáfora derivada do comércio, é sinônimo de “salvar”, passando à terminologia missionária. Pode-se notar claramente o “quanto mais” do coração apostólico de Paulo. A Igreja terá que orientar-se cada vez mais por este programa missionário: todos a Cristo.

O verdadeiro apóstolo se identifica com os que deseja salvar: como Cristo se fez homem para salvar a todos, assim Paulo “fez-se tudo para salvar a todos”... É uma formulação temerária, digna só dos grandes santos. Não se trata de um ativismo desmesurado. 

Evangelho – Marcos 1,29-39: Estamos sempre no dia de Cafarnaum (cf. comentário do Quarto Domingo Comum). O autor não apresenta uma história elaborada, como no texto anterior, mas uma série de pequenas notícias: a cura da sogra de Pedro, curas de diversos tipos, a retirada de Jesus, e um sumário de sua atividade através da Galiléia.

Os versículos de 29-30. A história aparentemente insignificante de Marcos 1,29-32 é valiosíssima, porque a única razão por que foi conservada é: que ela realmente aconteceu. De fato, em comparação com os exorcismos e milagres espetaculares, curar a febre de alguém parece insignificante. Mas aconteceu, e foi conservada por causa de sua ligação com o chefe dos Apóstolos, Pedro. Já Lucas achou a história fraca demais e fez da “febre” (Marcos 1,30) uma “febre alta”, isto é, uma grande febre (Lucas 4,38); e acrescentou um “trabalho” de Jesus contra a febre (Lucas 4,39). Nada disso em Marcos. Parece que o que importa é atestar como o Mistério de Jesus penetrou na vida de Pedro e sua e sua família. Pois a sogra respondeu ao gesto de Jesus: “começou a servir-lhes” (diakonein), verbo típico para traduzir o modo de seguimento de mulheres (cf. Marcos 15,41; Lucas 8,3; 10,40; João 12,2) com relação a Jesus (seguimento que os outros rabinos não permitiam). Portanto, para os que acusam o Evangelho de anti-feminismo, ‘e bom observar que um dos primeiros fatos relatados é a admissão de uma mulher na companhia de Jesus, respondendo a um benefício que foi mais do que uma cura e vitória sobre as forças do Maligno: um convite.

Os versículos 32-34. Referindo-se ao costume popular de reunir diante da porta de pessoas interessante, Marcos descreve uma cena (um “resumo”, como dizem os exegetas) de curas diversas de Jesus (cf. Marcos 3,10-12). Jesus é um “rabi” itinerante, indo ao encontro das multidões e principalmente dos mais excluídos, como a multidão da Galiléia. O êxito parece garantido: incessantemente trazem a Jesus os enfermos e a cidade inteira se reúne em sua porta (Marcos 1,33). Jesus recusa todo sucesso ambíguo (cf. Marcos 1,34b), e toma nova decisão: deixa a cidade (versículo 38) para percorrer as aldeias (as periferias). O ideal missionário é, pois, o fermento de vida de Jesus rabino itinerante e o critério pelo qual regula sua atividade. Sua consciência de rabino só desperta com o contato prolongado da oração pessoal. Jesus se preocupa em educar os discípulos para este estilo de vida missionária (“vamos a outros lugares e às aldeias”, versículo 38), impondo-lhes assim uma atividade que poucos rabinos da época exigiam de seus discípulos.

Encontramos aqui novamente o que já caracterizou a cura do endemoninhado no Domingo passado: a briga de Jesus como o espírito impuro (afinal, os antigos consideravam todas as doenças como forças do Maligno; cf. Lucas 13,11-16 e Mateus 12,22). Novamente também a proibição que eles falem (“segredo messiânico”). Jesus realiza a profecia do Servo de Javé, que “não levanta a voz nem grita” (Isaias 42,1-4), que não precisa de publicidade. O povo porém não reconheceu plenamente a significação da atuação de Jesus; fica na admiração e incompreensão (para os primeiros cristãos, isto deve ter sido uma das explicações por que deixaram Jesus morrer, cf. Atos 3,17; é somente por sua ressurreição que Jesus se revela como Messias e Filho de Deus ao comum dos mortais, inclusive os discípulos).

Os versículos de 35-39. “De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto”. A indicação do tempo (madrugada) no versículo 35 faz parte da estrutura redacional que Marcos impõe ao “dia de Cafarnaum”. Jesus se retira num lugar deserto. O termo “deserto” traz presente o lugar onde Deus encontrou seu povo, conforme o Primeiro Testamento; o lugar também onde o profeta Elias procurava o rosto de Deus. A oração de Jesus em lugares isolados tem ainda o sentido de O distinguir dos rabinos e fariseus, que cultivavam sobretudo a oração publica, como aparece na tradição de Mateus 6,5-6. É uma séria advertência também para a Igreja de nossos dias, que está esquecendo a “oração da solidão” que sem ela a oração pública fica tantas vezes sem gosto. Marcos diz que Simão e os que estavam com ele “foram à procura de Jesus” no seu lugar de oração.

3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA

Louvar a Deus, mesmo no sofrimento, pedir socorro a Ele, mas nunca abandoná-Lo: essa é a atitude pela somos reconhecidos, hoje, como cristãos que confia no poder de Jesus que nos liberta de todos os males. É isso, no entanto, que Ele nos pede, mesmo diante das grandes aflições de nosso tempo.

Confiar na cura de Jesus, ir a seu encontro, buscá-Lo na oração diária, na Liturgia, na leitura da Bíblia; só dessa forma teremos força para enfrentar as dificuldades da vida.

“A oração pessoal e comunitária é o lugar onde o discípulo, alimentado pela Palavra e pela Eucaristia, cultiva uma relação de profunda amizade com Jesus Cristo e procura assumir a vontade do Pai. A oração diária é sinal do primado da graça no caminho do discípulo missionário. Por isso, é necessário aprender a orar, voltando sempre a aprender essa arte dos lábios do Mestre” (Documento de Aparecida, 255).

Como a sogra de Pedro, que, ao ser levantada por Jesus, passou a servi-LO, hoje: Num tempo em que se tenta ligar religião com intimismo, consumismo e individualismo, o discípulo de Jesus Cristo é convocado a sair de si, tornando-se cada vez mais missionário. Este é um desafio que se apresenta não apenas aos cristãos individualmente, mas também às próprias comunidades.

Aquele que “sara os corações despedaçados e enfaixa suas feridas” (Salmo 145/146,3. Jesus testemunha esse Deus compassivo, “passando fazendo o bem e curando todos aqueles que estavam sob o poder do mal, porque Deus estava com Ele” (Atos 10,38). Na sua “ação pastoral”, o Filho de Deus apresentou-Se como “médico do povo, levando assim ao cumprimento o “sonho de Deus”, já anunciado pelos profetas (cf. Isaias 25,7-8; 35,5-6), e encarnando o amor do Pai, capaz de “socorrer-nos na hora da provação e de santificar-nos na experiência da dor (Prefácio da Unção dos Enfermos). Curando os males físicos, Jesus restitui dignidade e liberdade às pessoas e revela o verdadeiro rosto de Deus, dando-lhe credibilidade.

Hoje tal como ontem, aquele que é tocado pela presença curadora de Jesus cumpre, por sua vez, a mesma opção de serviço à vida dos irmãos e irmãs, sobretudo os mais abandonados pela sociedade. Temos um exemplo típico na sogra de Pedro: curada “começou a servi-los” (Marcos 1,31). Que obtém uma cura da parte do Senhor coloca em atividade, sob a forma de “diaconia”, o dom recebido.

A celebração litúrgica pode ser um momento de encontro profundo com o Cristo na sua Palavra e na Eucaristia, que nos reanima pra o serviço de Deus, seja na família, seja no trabalho onde Deus nos confia uma missão.

4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO

A importância da Oração Eucarística

A Liturgia da Igreja está ancorada em dois movimentos fundamentais: “descendente”, no qual Deus vem ao encontro do seu povo; “ascendente”, no qual o povo responde ao seu Senhor com ação de graças e súplicas. Desse modo, entende-se porque a prece mais importante da Missa, a Oração Eucarística, tem sempre um “Lembrai-vos ó Deus” ou expressões semelhantes. É a prece do “Jó” que é assembléia reunida e busca “cura” para sua vida. Por meio dessas intercessões, a assembléia apresenta a Deus suas necessidades, as necessidades da Igreja e do mundo inteiro.

O ministério terapêutico da Igreja

É preciso recordar que Cristo assumiu “em seu corpo” nossas dores. Não somente seu corpo biológico, físico, mas em seu corpo glorioso, crucificado e ressuscitado, identificado com a Igreja, seu corpo sacramental, cujo pão e vinho consagrados são Epifania. A Igreja carrega nela mesma as dores e sofrimentos da humanidade, aliviando o fardo pesado de tantos homens e mulheres que padecem no mundo por inúmeras razoes. Ela participa deste “ministério terapêutico” de Jesus, o Cristo. A Igreja carrega as feridas do povo e as cura, quando manifesta todo e qualquer interesse responsável pelo destino do mundo: seja no auxílio imediato a um membro do povo na rua, seja escutando as angústias de um vizinho ou vizinha, seja na militância de instituições e movimentos que trabalham pela vida.

5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA

Liturgia é ação de graças, é nosso louvor agradecido a Deus pelo Seu imenso amor por nós, na criação, salvação e santificação. Morreu para nos salvar e ressuscitou para nos justificar.

Mergulhados no clima de oração que deve ter nossa celebração, glorificamos a Deus, ouvimos sua Palavra, recebemos o Pão da Eucaristia e, fortalecidos, saímos em missão evangelizadora. Não podemos guardar para nós a experiência da presença do Deus vivo em misericórdia. Estando unidos a Jesus em comunhão, devemos também ser fonte de salvação para o mundo. Da Liturgia brota a força da Igreja para ser levada ao mundo.

Por isso, depois da comunhão, rezamos: “Ó Deus, vós quisestes que participássemos do mesmo pão e do mesmo cálice; fazei-nos viver de tal modo unidos em Cristo, que tenhamos a alegria de produzir muitos frutos para a salvação mundo. Por Cristo, nosso Senhor”.

Cientes de nosso compromisso pela união em Cristo, partilhando nossa experiência com ele, seguros de que estará sempre convosco, “vivamos a alegria de ser missionários!”.

6- ORIENTAÇÕES GERAIS

1. Cada pessoa que chega deve sentir-se de fato na Casa aconchegante de Deus. Por isso, é de suma importância que todos sejam bem acolhidos, num espaço também acolhedor. Não de Maneira formal, artificial, como acontece muitas vezes em ambientes de prestação de serviços públicos. Mas de maneira profundamente humana, carinhosa, afetuosa, divinamente humana. Acolher na celebração é uma forma de oração!

2. Fazer com grande esmero, os ritos iniciais, vivenciando o seu sentido de reunir a comunidade de irmãos, formando o corpo vivo do Senhor.

3. Antes da celebração, evitar a correria e agitação da equipe litúrgica e a equipe de canto, com afinação de instrumentos e testes de microfone. Tudo isso deve ser feito antes.  A equipe de canto não deve ficar fazendo apresentação de cantos para entretenimento da assembléia É importante criar um clima de silêncio.

4. O momento ideal para os pedidos e intenções não é o início da celebração, mas no momento próprio, que é o momento da oração da assembléia dos fiéis. Intenções de ação de graças seria interessante lembrar antes da oração eucarística. Os falecidos podem ser lembrados também na oração eucarística, durante a intercessão pelos falecidos, também chamado de “memento dos mortos”.

7- MÚSICA RITUAL

O canto é parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas, executados com atitude espiritual e, condizentes com cada domingo do Tempo Comum, ajudam a comunidade a penetrar no mistério celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são do 5º Domingo do Tempo Comum, é preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos deve ser cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério celebrado. Jamais os cantos devem ser escolhidos para satisfazer o ego de um grupo ou de um movimento ou de uma pastoral. Não devemos esquecer que toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de uma pastoral ou de um movimento.

A equipe de canto faz parte da assembléia. Não deve ser um grupo que se coloca à frente da assembléia, como se estivesse apresentando um show. A ação litúrgica se dirige ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo. Portanto, a equipe de canto deve se colocar entre o presbitério e a assembléia e estar voltada para o altar, para a presidência e para a Mesa da Palavra.

1. Canto de abertura.  Adoração do Senhor que nos criou: ele é nosso Deus. (Salmo 94/95,6-7). Para o canto de abertura, sugerimos o Salmo 95/96: “Vão entrando e de joelhos...” CD: Liturgia VI, mesma melodia da faixa 1.

Como canto de abertura da celebração, sugere-se o canto proposto pelas Antífonas do Missal Romano e ricamente musicadas pelo Hinário Litúrgico III da CNBB. Isso não significa rigidez. Mas a equipe de liturgia, a equipe de celebração, a equipe de canto juntamente com o padre têm a liberdade de variar sua escolha, desde que isso manifeste o Mistério celebrado e seja fiel aos princípios que regem a escolha de uma música adequada para a celebração. Uma sugestão, para entender bem o que significa isto, seria “Vimos aqui”, CD: Cantos de Abertura e Comunhão – CNBB/Paulus), melodia da faixa 7, é uma boa opção para iniciar a celebração. Sobretudo na primeira estrofe quando se entoa: “És o Caminho, Verdade e Vida, és o amigo que perde a vida buscando a todos salvar” percebemos uma boa sintonia com o mistério celebrado. levando em conta que nosso Deus é Libertador Ele merece o louvor das pessoas que vem de todos os cantos da terra: pais e mães; lavradores e operários. Nesse sentido é muito oportuno também o canto “De todos os cantos viemos para louvar o Senhor, Pai de eterna bondade, Deus vivo, libertador”, CD: Cantos de Abertura e Comunhão, melodia da faixa 2. Como canto de abertura, não podemos deixar de entoar um destes três cantos que nos introduzem no Mistério a ser celebrado.

A escolha dos cantos para as celebrações seja feita com critérios válidos. Não se devem escolher os cantos para uma celebração porque “são bonitos animados e agradáveis”, ou porque “são fáceis”, mas porque são litúrgicos. Que o texto seja de inspiração bíblica, que cumpram a sua função ministerial e que se relacionam com a festa ou o tempo. Que a música seja a expressão da oração e da fé desta comunidade; que combinem com a letra e com a função litúrgica de cada canto.

O canto de abertura não é para acolher o presidente da celebração nem os ministros. Ele tem a finalidade de congregar a assembléia para participar da ação litúrgica. Nunca dizer vamos acolher o presidente da celebração e seus ministros com o canto de abertura.

2. Ato penitencial. Sugerimos a fórmula logo abaixo em Ação Ritual, página 11.

3. Hino de louvor. “Glória a Deus nas alturas...” Vejam o CD Tríduo Pascal I e II e também no CD Festas Litúrgicas, Partes fixas do Ordinário da Missa do Hinário Litúrgico III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por Irmã Miria e outros compositores.

O Hino de Louvor, na versão original e mais antiga, é um hino cristológico, isto é, voltado para Cristo, que exprime o significado do amor do Pai agindo no Filho. O louvor, o bendito, a glória e a adoração ao Pai (primeira parte do Hino de Louvor) se desdobram no trabalho do Filho Único: tirar o pecado do mundo, exprimindo e imprimindo na história humana a compaixão do Pai. Lembremo-nos: o Hino de Louvor não se confunde com a “doxologia menor” (Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo). O Hino de Louvor encontra-se no Missal Romano em prosa ou nas publicações da CNBB versificado numa versão que facilita o canto da assembléia.

4. Refrão meditativo: Em vez de comentário cantar este refrão meditativo para afinar o coração na escuta da Palavra: “Guarda a Palavra, guarda no coração”, CD: Deus é bom, (Paulus).

5. Salmo responsorial 146/147. Deus nos conforta e cura. “Louvai a Deus, porque ele é bom e conforta os corações!”, CD: Liturgia VI, mesma melodia da faixa 3.

A função do salmista é de suma importância. Sua função ministerial corresponde à função dos leitores e leitoras, pois o salmo é também Palavra de Deus posta em nossa boca para respondermos à sua revelação. Por isso, o salmo dever ser proclamado do Ambão e, se possível, cantado.

6. Aclamação ao Evangelho. “O espírito é que vivifica [...]; Senhor, tens palavras de vida eterna...” (João 6,63.68) “Aleluia... “Ó Senhor, tuas palavras são espírito e vida, as palavras que tu dizes bem que são de eterna vida!”, CD: Liturgia VI, melodia da faixa 10. O canto de aclamação ao evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário Dominical, página 260.

Preserve-se a aclamação ao Evangelho cantando o texto proposto pelo Lecionário Dominical. Ele ajudará a manifestar o sentido litúrgico da celebração, conforme orientações da Igreja na sua caminhada litúrgica.

7. Apresentação dos dons.  O canto de apresentação das oferendas, conforme orientamos em outras ocasiões, não necessita versar sobre pão e vinho. Seu tema é o mistério que se celebra acontecendo na fraternidade da Igreja reunida em oração. Como a sogra de Pedro confiou no Divino Mestre, estendemos também as nossas mãos para a partilha. “De mãos estendidas”, CD Liturgia VI, melodia da faixa 4..

8. Canto de comunhão.  “À tarde, depois do por do sol, levaram a Jesus todos os doentes...” (Marcos 1,32). Sem dúvida, o canto de comunhão mais adequado pra esse dia é: “Levavam a Jesus as pessoas doentes. Curava Jesus os males da gente”, CD: Liturgia VI, melodia da faixa 7.

A mesma orientação dada para o canto de abertura vale para o canto de comunhão. Mas na mesma liberdade e bom senso, sugerimos um canto bem conhecido com várias palavras de Jesus tiradas dos quatro evangelhos. Jesus veio pra quer todos tenham vida em abundância (João 10,10). “Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente”, CD: Tríduo Pascal I, melodia da faixa 19 e Hinário Litúrgico II da CNBB, página 226. Outra ótima sugestão é o Salmo 97/98. Na segunda e na última estrofes da versão da CNBB (CD: Cantos de Abertura e Comunhão) encontramos uma sintonia sugestiva com o Mistério celebrado: “O Senhor revelou seu auxílio, sua justiça aos povos mostrou [...]; Ante a face de Deus alegrai-vos, Ele vem para nos governar. Guiará com justiça os povos, na harmonia e na paz as nações”. Uma quarta opção é o canto de Zé Vicente bem conhecido também entre nós: “Quando Espírito de Deus soprou, o mundo inteiro se iluminou”, Hinário Litúrgico da CNBB, página 367.

O canto de comunhão deve retomar o sentido do Evangelho do 5º Domingo do Tempo Comum, o Domingo da cura da sogra de Pedro. Esta é a sua função ministerial. Na realidade, aquilo que se proclama no Evangelho nos é dado na Eucaristia, ou seja: é o Evangelho que nos dá o “tom” com o qual o Cristo se dirige a nós em cada celebração eucarística reforçando estes conteúdos bíblico-litúrgicos, garantindo ainda mais a unidade entre a mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia. Isto significa que comungar o corpo e sangue de Cristo é compromisso com o Evangelho proclamado. Portanto, o mesmo Senhor que nos falou no Evangelho, nós o comungamos no pão e no vinho. É de se lamentar que muitas vezes são escolhidos cantos individualistas de acordo com a espiritualidade de certos movimentos, descaracterizando a missionariedade da liturgia. Toda liturgia é uma celebração da Igreja e não existem ritos para cada movimento e nem para cada pastoral.

O fato de a Antífona da Comunhão, em geral, retomar um texto do Evangelho do dia revela a profunda unidade entre a Liturgia da Palavra e a Liturgia, Eucarística e evidencia que a participação na Ceia do Senhor, mediante a Comunhão, implica um compromisso de realizar, no dia-a-dia da vida, aquela mesma entrega do Corpo e do Sangue de Cristo, oferecidos uma vez por todas (Hebreus 7,27).

8- ESPAÇO CELEBRATIVO

1. O espaço da celebração deve expressar o sentido da liturgia do dia. Ornamentar o espaço celebrativo bem alegre demonstrando o carinho de Deus que revela o seu rosto como médico que nos cura. Um discreto arranjo de flores com um pano branco, o óleo dos enfermos e o Ritual da Unção dos enfermos.

2. Preparar bem o espaço celebrativo, dando destaque ao que é essencial: ao Altar, à Mesa da Palavra, à cadeira do presidente e dos ministros e acólitos e ao espaço para a assembléia. Destacar a cor verde também na Mesa da Palavra

9. AÇÃO RITUAL

Pelo Batismo que nos incorporou a Cristo Jesus, para aliviar o sofrimento das pessoas. Nele encontramos força terapêutica.

Fazer uma acolhida bem fraterna e amorosa de cada pessoa que chega para a celebração e, realizar os vários serviços com cordialidade (= de coração). A equipe de acolhida ou a equipe de liturgia pode estar às portas do templo, recebendo as pessoas sem alarde, cumprimentando-as e, desde já, inserindo-as no contexto celebrativo daquele dia, enunciando um versículo bíblico em consonância com o mistério celebrado. Para este domingo, pode ser: Bem vindo, bem vinda! Cristo quer te curar de todos os males.

Ritos Iniciais

1. Como canto de abertura sugerimos o “Vimos Aqui” ou “De todos os cantos viemos para louvar o Senhor”. Ver orientações em Música Ritual.

2. É importante que não se diga nenhuma palavra antes da saudação: nem “Bom dia ou Boa noite”, nem comentários ou introduções! Bom dia e boa noite não é saudação litúrgica. Primeiro devemos saudar a Trindade.

            3. Quando cantamos “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo...” devemos escolher cantos que respeitem a linguagem litúrgica.

4. Compete ao presidente da celebração (bispo, presbítero, diácono ou leigo/a presidindo a celebração da Palavra) pronunciar as palavras do sinal do cruz e não a equipe de canto como muitas vezes acontece.

5. Neste domingo também é muito oportuno que a saudação seja cheia de esperança. Para isso sugerimos Romanos 15,13:

“O Deus da esperança, que nos cumula de toda a alegria e paz em nossa fé, pela ação do Espírito Santo esteja convosco”.

6. Após a saudação inicial, conforme propõe o Missal Romano, dar o sentido litúrgico da celebração, isto é, o mistério celebrado. Pode ser feito por quem preside, ou o diácono ou um leigo ou leiga preparado, dar o sentido da celebração com estas palavras ou outras semelhantes:

Domingo da cura da sogra de Pedro. Hoje vamos com Jesus à casa de Pedro e vemos como a sogra de Pedro é curada e se põe a servir a todos. Celebramos a Páscoa de Jesus Cristo que se manifesta em todas as pessoas e grupos que se preocupam com a saúde do povo.

7. Em seguida todos são convidados a recordar os acontecimentos da semana, sobretudo aqueles que revelam a vida e a libertação que Jesus nos trouxe. Colocar os acontecimentos de forma orante e não como noticiário.

8. O Ato Penitencial pode ser entoado pelo cantor(a) com participação da assembléia no Senhor, tende piedade de nós (Kyrie Eleison), seguindo a terceiras fórmula do Missal romano, com as seguintes invocações:

- Senhor, que assumistes as nossas enfermidades e suportastes as nossas dores.
  Tende piedade de nós.
- Cristo, que tendo pena da multidão, passastes pela terra fazendo o bem
  e curando os enfermos.
  Tende piedade de nós
- Senhor, que pela comunhão do vosso corpo e do vosso sangue, nos tornais
  Participantes do mistério pascal.
  Tende piedade de nós.

9. Cada Domingo é Páscoa semanal, cantar com exultação o Hino de louvor (glória).

10. Na Oração do Dia podemos saborear o incansável amor de Deus por nós e suplicamos para que nos guarde na Sua proteção.

Rito da Palavra

1. Antes de ler, é preciso primeiro mergulhar na Luz Palavra, rezar a Palavra. Pois “na liturgia da Palavra, Cristo está realmente presente e atuante no Espírito Santo. Daí decorre a exigência para os leitores, ainda mais para quem proclama o Evangelho, de ter uma atitude espiritual de quem está sendo porta-voz de Deus que fala ao seu povo”.

2. Em vez de comentários antes das leituras que caíram em desuso, no CD: “Deus é bom” (Paulus) temos um refrão meditativo que muito pode contribuir para afinar a escuta da Palavra de Deus: Guarda a Palavra, guarda no coração. Durante o canto, pode-se queimar incenso junto ao Ambão.

3. Após a homilia e uns momentos de silencio, quem preside convida aos que, na assembléia, desejam receber a imposição das mãos e a bênção por ocasião de alguma enfermidade. Depois de impor as mãos sobre todos os que desejarem, reza a seguinte oração:

Senhor, nosso Deus,
Que enviastes vosso Filho ao mundo
Para cuidar de nossas enfermidades
E levar sobre si nossas dores,
Nós vos suplicamos,
Por estes vossos filhos e filhas enfermos,
Para que,
Com paciência fortalecida
E a esperança renovada,
Superem a doença por vossa bênção
E voltem a desfrutar de saúde por vossa ajuda.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.

4. Se a assembléia for muito numerosa, pode fazer somente esta oração de bênção sem a imposição das mãos.

5. Uma segunda opção também após a homilia, o presidente da celebração pode proceder com uma Oração sobre o povo. Sugerimos a opção 2, do Missal Romano, p. 531: “Concedei, ó Deus, aos vossos ­ filhos e ­ filhas, vossa assistência e vossa graça: dai-lhes saúde de alma e corpo, fazei que se amem como irmãos e estejam sempre a vosso serviço. Por Cristo, nosso Senhor ”

Rito da Eucaristia

1. Na Oração sobre as oferendas contemplamos o pão e o vinho que são dons que nos servem para a vida passageira, transformem-se em sacramento de vida eterna.

2. A Oração Eucarística para Diversas Circunstâncias VI-D se harmoniza bem com Mistério Celebrado. Lembrando que, no caso de escolhê-la, o prefácio a ser usado é o da própria Oração Eucarística e não outro. Se for escolhida outra Oração Eucarística que admite troca de prefácio, é muito oportuno escolher o Prefácio III, é adequado para este Domingo. Enfatiza que Deus age, na tensão entre a vida e a morte, atraindo-nos para si e libertando-nos pelo mistério da Páscoa de seu Filho. Neste caso, a Oração Eucarística a ser utilizada é a I e a III, a II admite troca de prefácio. Outra opção é o Prefácio II para os Domingos do Tempo Comum que enfatiza que Cristo se compadece da fraqueza humana.

3. Quanto ao Prefácio: quem preside procure proclamá-lo com ênfase, mas ao mesmo tempo calmamente, de forma serena e orante. Frase por frase. Cada frase é importante, anunciadora do mistério que hoje celebramos. Basta prestar bem atenção nelas! A boa proclamação do Prefácio, como abertura solene da grande oração eucarística (bem proclamada também), tem um profundo sentido evangelizador, pois, por seu conteúdo e, sobre tudo, por ser oração, toca fundo no coração da assembléia.

4. Solenizar sempre a Oração Eucarística, a parte mais importante da celebração eucarística. Quem preside deve ter uma atitude orante e expressiva de identificação como mistério. A oração presidencial deve brotar do coração. Não pode ser uma simples leitura do Missal. Lembrar que a Oração Eucarística não é um discurso. Todo o nosso ser é convidado a subir com Cristo em direção ao Pai.

5. Valorizar o rito da fração do Pão, devidamente acompanhado pela assembléia com o canto profundamente contemplativo e orante do Cordeiro de Deus. O canto do Cordeiro de Deus, deve ser entoado por um(a) solista para não perder o seu caráter de Ladainha.

6. Neste Domingo é muito oportuno apresentar o pão e o vinho para o convite à comunhão utilizando o Salmo 33/34,9: “Provai e vede, como o Senhor é bom, Feliz de quem nele encontra seu refúgio. Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo...”

7. Jesus veio trazer vida em abundância para todos. Neste Domingo é muito oportuno no momento da comunhão cantar: “Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente”.

8. Da mesma forma, valorize-se, na medida do possível, a comunhão do cálice, sob a espécie de vinho, para todos os fiéis, pois assim se “ressalta mais perfeitamente o sinal do banquete eucarístico, e expressa-se com mais clareza a vontade segundo a qual a nova e eterna Aliança, foi selada no sangue do Senhor, e, ainda, a relação entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico no Reino do Pai (cf. Mt 27-29)” (Guia Litúrgico Pastoral, p. 30).

Ritos finais

1. Na Oração depois da comunhão, pedimos a Deus que a comunhão com Cristo e os irmãos nos faça produzir frutos de salvação na sociedade em que vivemos.

2. Nos Ritos finais, faça-se a oração sobre o povo n. 24, página 534 do Missal Romano , em seguida a bênção final.

3. As palavras do rito de envio podem estar em consonância como mistério celebrado: Anunciai a todos que Jesus Cristo nos liberta de todos os males. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.

5. O canto final não deve servir para segurar o povo que foi despedido, mas para acompanhá-lo na saída da Igreja, e para motivar sua missão pelo mundo enquanto sai.

6. É comum além, de entrar em procissão no início da celebração guiados pela cruz, também retirar-se do espaço sagrado em procissão, igualmente guiados pela cruz.

10- CONSIDERAÇÕES FINAIS

O último culpado do sofrimento é o Maligno. Com a vitória de Cristo o Maligno e a morte foram derrotados e inaugurou-se uma nova terra. Nunca percam os cristãos de vista o fato de que o justo sofredor se acrisola e se prepara, passando por entre as coisas que passam, para a transfiguração de seu ser.

O objetivo da Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.

Um abraço fraterno a todos
Pe. Benedito Mazeti

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