08 de fevereiro de 2015
Leituras
Jó 7,1-4.6-7
Salmo 146/147,1-6
1Coríntios 9,16-19.22-23
Marcos 1,29-39
“A FEBRE DESAPARECEU E ELA COMEÇOU A
SERVI-LOS”
1- PONTO DE PARTIDA
Domingo da
cura da sogra de Pedro. A Liturgia do 5º domingo do Tempo Comum tem na ação libertadoras
de Jesus, sua centralidade. Todos vivemos sobrecarregados, pela vida moderna,
de numerosas atividades. Nossas jornadas assemelham-se muitas vezes à primeira
jornada de Jesus, totalmente ocupada. Para manter o equilíbrio, precisamos de momentos
de oração, a exemplo de Jesus no início de sua vida pública. Além disso. É
preciso trabalhar com vontade de servir. Jesus está a serviço dos doentes. O
que fez a sogra de Pedro, após sua cura, pode valer como palavra de ordem: “Ela
os servia” (diakonia).
Entramos com
Jesus na casa de Pedro e vemos como a sogra de Pedro é curada e se põe a
servir. Celebramos a Páscoa de Jesus Cristo que se manifesta em todas as
pessoas e grupos que se preocupam com a saúde do povo.
2- REFLEXÃO BÍBLICA, EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Contemplando os
textos
Primeira leitura – Jó 7,1-4.6-7. O trecho da liturgia de hoje é uma queixa amarga de
Jó. Ele é um homem sem sossego. Vivendo a desgraça, depois de ter conhecido a
felicidade, ele procura a causa de sua desventura. Coerente, consigo mesmo, ele
se reconhece inocente. Mantém esta certeza contra as aparências, a força da
tradição e as insinuações dos amigos, que pretendem fazer de Deus o paliativo
dos problemas do ser humano. Jó não aceita de modo nenhum a sugestão de seus amigos
para reconhecer um pecado que não fez ou para, pelo menos admitir que esteja
sofrendo por uma culpa esquecida.
Jó foi
fortemente provado por Deus, Seus amigos não o conseguem consolar (Jó 2,11).
Ensina-lhe a ver no sofrimento o castigo de Deus. Mas, para Jó, o sofrimento
permanece um mistério. Com amargura, considera sua vida, e só consegue pedir
que a aflição não seja forte demais e
Deus lhe dê um pouco de sossego. O Primeiro Testamento tinha resposta para o
problema do sofrimento. A resposta está em Jesus Cristo, que assume o
sofrimento até o fim (Marcos 7,1-14 cf. Eclesiástico 40,1-2; 30,17; 40,5;
Deuteronômio 28,67 – 7,6-7 cf. Salmo 38/39, 5-6; Isaias 38,12; Salmo 77/78,39;
88/89,48).
Teimando na
fé, Jó não espera a última palavra de seus amigos, mas de Deus: “Lembra-te...”
(versículo 7). Esta parece encontrar-se nos salmos de súplica e lamentação. “Recordar
ou lembrar-se significa aqui: permanecer fiel, efetivamente, agora, a uma
atitude de benevolência mostrada no passado”. “Lembra-te é a primeira palavra
que Jó dirige a Deus. Na Bíblia esta expressão encerra quase sempre uma prece
para pedir a Deus para permanecer fiel à Aliança. Aqui se trata da Aliança de
Noé: que Deus não se esqueça da condição de sua criatura! Que faça cessar seus
sofrimentos! Que reconheça sua inocência! Que lhe explique o mistério de sua
infelicidade!” Jó prefere humilhar-se a si mesmo e ser humilhado pelos outros,
mas permanecer firme na sua fé em Deus (cf. Jó 2,9), do que reduzir a Deus às
nossas medidas.
Salmo responsorial – Salmo 146/147,1-6.
O Salmo 146/147 é um hino de louvor, parte do louvor da manhã dos judeus
(Salmos 146-150). Depois deste salmo, a numeração é igual para todas as
Bíblias. Algumas traduções antigas, seguindo o grego e o latim, têm no
versículo 12 o começo do Salmo 147.
O Salmo está
bem organizado e divide-se em três partes (versículos 1-6; 7-11; 12-20), cada
qual com breve convite e longa motivação. Os motivos de louvor são sempre as
obras de Deus. Um “aleluia” abre e fecha o Salmo.
A primeira parte
(versículos1-6) que são os versículos da liturgia de hoje, inicia-se com o
convite dirigido a pessoas: “Louvem o Senhor”. O motivo surge com um “pois”. O
louvor é acompanhado de cantos e harmonia (de instrumentos).
O Salmo nasceu
depois do exílio da Babilônia (versículos 2-3) “O Senhor reconstrói Jerusalém,
reúne os exilados de Israel. Cura os corações despedaçados e cuida dos seus
ferimentos”.
O rosto de
Deus no Salmo 146/147. Deus é celebrado o ano inteiro (as estações), pelo povo
e pela cidade de Jerusalém. É louvado com festa e música, pois age em favor de
seu povo de forma extraordinária, sábia (versículo 5). É o aliado fiel,
manifestando todo o seu amor e fidelidade na volta do exílio, na reconstrução
da identidade nacional (a cidade de Jerusalém), em ser “arquiteto” (versículo
2) e “medico” de corações despedaçados e feridos (versículo 3). Fica claro que
o rosto de Deus neste Salmo é: arquiteto e médico de corações despedaçados.
Este Salmo
repercute direta e indiretamente em Jesus Cristo. Jerusalém não recebe Jesus e
não acolhe sua mensagem de paz. Jesus tratou a todos de modo igual, sem
privilegiar uma raça ou povo. Encontrou maior fé e ressonância em pagãos e
pecadores. Alimentou todos os famintos e curou os corações despedaçados.
Preocupou-se com a vida para todos...
Segunda leitura – 1Coríntios 9,16-19.22-23.
Paulo aborda o tema da liberdade cristã como um grande valor, sem que seja
o único e o mais elevado. Pode-se razoavelmente – e Paulo o fez! – renunciar ao
exercício da liberdade sem contrariá-la e negá-la.
Além disso,
ele insere aqui uma autodefesa contra aqueles que o depreciavam por não ter
acompanhado o Senhor em sua vida mortal. Paulo tem direitos e poderes, porque
Jesus o chamou pessoalmente e lhe apareceu como ressuscitado (1Coríntios
15,1-8), capacitando-o para o ministério (1Coríntios 9,11-14). O contexto
psicológico mostra-o nervoso. A singularidade de sua vocação o impele a mais:
anunciar o Evangelho (versículo 16) não é para ele glória, mas compromisso
imenso, uma vez que foi pego por Cristo. Não basta proclamá-lo, como o fizeram
os outros, já que fora perseguidor da Igreja. Se anunciar o Evangelho é uma
“imposição”, exclui com este vocábulo qualquer atentado à livre e espontânea
liberdade, à cordialidade. Voluntariamente e de todo coração empenha a sua
liberdade. Entre “liberdade” e “necessidade” há estrita relação: “imposição” ou
“necessidade”, aqui, não se opõem à “liberdade”, mas se consuma naquelas. O
âmago da liberdade consiste justamente naquela necessidade com que a pessoa ama
e reconhece a Deus como única realidade, digna de todo o seu amor e dedicação.
Bem entendidas, “liberdade” e “necessidade” envolvem unidade. Em Cristo
conciliam-se de maneira misteriosa obediência e amor filial.
“Ai de mim se
eu não anunciar o Evangelho”! – não é uma ameaça vinda de fora, mas um impulso
muito mais forte vindo de dentro – o do amor. Resistir-lhe seria o maior
fracasso. O versículo 17 demonstra como deve ser nossa tarefa de evangelização:
na liberdade e no amor. Só assim será eficaz e agradará ao Senhor. A “glória”
para Paulo não algo de puramente exterior, como nós entendemos hoje, mas sim o
testemunho interior da boa consciência. Nada espera de humano pela pregação do
Evangelho, pois o faz gratuitamente. Alias, e natural esperar por um prêmio,
ainda mais se é Deus.
Paulo “livre
de todos”... “servo de todos”. Obedece assim ao preceito de Jesus: “Se alguém
quiser ser grande, seja vosso servidor” (Marcos 10,43ss). Sabe que só assim
estará de acordo com o Evangelho – síntese de tudo que é cristão: caridade,
humildade, imitação... seja qual for o nome que queira dar. O verbo “ganhar”,
metáfora derivada do comércio, é sinônimo de “salvar”, passando à terminologia
missionária. Pode-se notar claramente o “quanto mais” do coração apostólico de
Paulo. A Igreja terá que orientar-se cada vez mais por este programa
missionário: todos a Cristo.
O verdadeiro
apóstolo se identifica com os que deseja salvar: como Cristo se fez homem para
salvar a todos, assim Paulo “fez-se tudo para salvar a todos”... É uma
formulação temerária, digna só dos grandes santos. Não se trata de um ativismo
desmesurado.
Evangelho – Marcos 1,29-39: Estamos sempre no dia de Cafarnaum (cf. comentário
do Quarto Domingo Comum). O autor não apresenta uma história elaborada, como no
texto anterior, mas uma série de pequenas notícias: a cura da sogra de Pedro,
curas de diversos tipos, a retirada de Jesus, e um sumário de sua atividade
através da Galiléia.
Os versículos
de 29-30. A história aparentemente insignificante de Marcos 1,29-32 é
valiosíssima, porque a única razão por que foi conservada é: que ela realmente
aconteceu. De fato, em comparação com os exorcismos e milagres espetaculares,
curar a febre de alguém parece insignificante. Mas aconteceu, e foi conservada
por causa de sua ligação com o chefe dos Apóstolos, Pedro. Já Lucas achou a
história fraca demais e fez da “febre” (Marcos 1,30) uma “febre alta”, isto é,
uma grande febre (Lucas 4,38); e acrescentou um “trabalho” de Jesus contra a
febre (Lucas 4,39). Nada disso em Marcos. Parece que o que importa é atestar
como o Mistério de Jesus penetrou na vida de Pedro e sua e sua família. Pois a
sogra respondeu ao gesto de Jesus: “começou a servir-lhes” (diakonein), verbo
típico para traduzir o modo de seguimento de mulheres (cf. Marcos 15,41; Lucas
8,3; 10,40; João 12,2) com relação a Jesus (seguimento que os outros rabinos
não permitiam). Portanto, para os que acusam o Evangelho de anti-feminismo, ‘e
bom observar que um dos primeiros fatos relatados é a admissão de uma mulher na
companhia de Jesus, respondendo a um benefício que foi mais do que uma cura e
vitória sobre as forças do Maligno: um convite.
Os versículos
32-34. Referindo-se ao costume popular de reunir diante da porta de pessoas
interessante, Marcos descreve uma cena (um “resumo”, como dizem os exegetas) de
curas diversas de Jesus (cf. Marcos 3,10-12). Jesus é um “rabi” itinerante,
indo ao encontro das multidões e principalmente dos mais excluídos, como a
multidão da Galiléia. O êxito parece garantido: incessantemente trazem a Jesus
os enfermos e a cidade inteira se reúne em sua porta (Marcos 1,33). Jesus
recusa todo sucesso ambíguo (cf. Marcos 1,34b), e toma nova decisão: deixa a
cidade (versículo 38) para percorrer as aldeias (as periferias). O ideal
missionário é, pois, o fermento de vida de Jesus rabino itinerante e o critério
pelo qual regula sua atividade. Sua consciência de rabino só desperta com o
contato prolongado da oração pessoal. Jesus se preocupa em educar os discípulos
para este estilo de vida missionária (“vamos a outros lugares e às aldeias”,
versículo 38), impondo-lhes assim uma atividade que poucos rabinos da época
exigiam de seus discípulos.
Encontramos
aqui novamente o que já caracterizou a cura do endemoninhado no Domingo
passado: a briga de Jesus como o espírito impuro (afinal, os antigos
consideravam todas as doenças como forças do Maligno; cf. Lucas 13,11-16 e
Mateus 12,22). Novamente também a proibição que eles falem (“segredo
messiânico”). Jesus realiza a profecia do Servo de Javé, que “não levanta a voz
nem grita” (Isaias 42,1-4), que não precisa de publicidade. O povo porém não
reconheceu plenamente a significação da atuação de Jesus; fica na admiração e
incompreensão (para os primeiros cristãos, isto deve ter sido uma das
explicações por que deixaram Jesus morrer, cf. Atos 3,17; é somente por sua
ressurreição que Jesus se revela como Messias e Filho de Deus ao comum dos
mortais, inclusive os discípulos).
Os versículos
de 35-39. “De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi
rezar num lugar deserto”. A indicação do tempo (madrugada) no versículo 35 faz
parte da estrutura redacional que Marcos impõe ao “dia de Cafarnaum”. Jesus se
retira num lugar deserto. O termo “deserto” traz presente o lugar onde Deus
encontrou seu povo, conforme o Primeiro Testamento; o lugar também onde o
profeta Elias procurava o rosto de Deus. A oração de Jesus em lugares isolados
tem ainda o sentido de O distinguir dos rabinos e fariseus, que cultivavam
sobretudo a oração publica, como aparece na tradição de Mateus 6,5-6. É uma
séria advertência também para a Igreja de nossos dias, que está esquecendo a
“oração da solidão” que sem ela a oração pública fica tantas vezes sem gosto.
Marcos diz que Simão e os que estavam com ele “foram à procura de Jesus” no seu
lugar de oração.
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
Louvar a Deus,
mesmo no sofrimento, pedir socorro a Ele, mas nunca abandoná-Lo: essa é a
atitude pela somos reconhecidos, hoje, como cristãos que confia no poder de
Jesus que nos liberta de todos os males. É isso, no entanto, que Ele nos pede,
mesmo diante das grandes aflições de nosso tempo.
Confiar na
cura de Jesus, ir a seu encontro, buscá-Lo na oração diária, na Liturgia, na
leitura da Bíblia; só dessa forma teremos força para enfrentar as dificuldades
da vida.
“A oração
pessoal e comunitária é o lugar onde o discípulo, alimentado pela Palavra e
pela Eucaristia, cultiva uma relação de profunda amizade com Jesus Cristo e
procura assumir a vontade do Pai. A oração diária é sinal do primado da graça
no caminho do discípulo missionário. Por isso, é necessário aprender a orar,
voltando sempre a aprender essa arte dos lábios do Mestre” (Documento de
Aparecida, 255).
Como a sogra
de Pedro, que, ao ser levantada por Jesus, passou a servi-LO, hoje: Num tempo
em que se tenta ligar religião com intimismo, consumismo e individualismo, o
discípulo de Jesus Cristo é convocado a sair de si, tornando-se cada vez mais
missionário. Este é um desafio que se apresenta não apenas aos cristãos individualmente,
mas também às próprias comunidades.
Aquele que
“sara os corações despedaçados e enfaixa suas feridas” (Salmo 145/146,3. Jesus
testemunha esse Deus compassivo, “passando fazendo o bem e curando todos
aqueles que estavam sob o poder do mal, porque Deus estava com Ele” (Atos
10,38). Na sua “ação pastoral”, o Filho de Deus apresentou-Se como “médico do
povo, levando assim ao cumprimento o “sonho de Deus”, já anunciado pelos
profetas (cf. Isaias 25,7-8; 35,5-6), e encarnando o amor do Pai, capaz de “socorrer-nos
na hora da provação e de santificar-nos na experiência da dor (Prefácio da
Unção dos Enfermos). Curando os males físicos, Jesus restitui dignidade e
liberdade às pessoas e revela o verdadeiro rosto de Deus, dando-lhe
credibilidade.
Hoje tal como
ontem, aquele que é tocado pela presença curadora de Jesus cumpre, por sua vez,
a mesma opção de serviço à vida dos irmãos e irmãs, sobretudo os mais
abandonados pela sociedade. Temos um exemplo típico na sogra de Pedro: curada
“começou a servi-los” (Marcos 1,31). Que obtém uma cura da parte do Senhor
coloca em atividade, sob a forma de “diaconia”, o dom recebido.
A celebração
litúrgica pode ser um momento de encontro profundo com o Cristo na sua Palavra
e na Eucaristia, que nos reanima pra o serviço de Deus, seja na família, seja
no trabalho onde Deus nos confia uma missão.
4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO
A importância da Oração Eucarística
A Liturgia da
Igreja está ancorada em dois movimentos fundamentais: “descendente”, no qual
Deus vem ao encontro do seu povo; “ascendente”, no qual o povo responde ao seu
Senhor com ação de graças e súplicas. Desse modo, entende-se porque a prece
mais importante da Missa, a Oração Eucarística, tem sempre um “Lembrai-vos ó
Deus” ou expressões semelhantes. É a prece do “Jó” que é assembléia reunida e
busca “cura” para sua vida. Por meio dessas intercessões, a assembléia
apresenta a Deus suas necessidades, as necessidades da Igreja e do mundo
inteiro.
O ministério terapêutico da Igreja
É preciso
recordar que Cristo assumiu “em seu corpo” nossas dores. Não somente seu corpo
biológico, físico, mas em seu corpo glorioso, crucificado e ressuscitado,
identificado com a Igreja, seu corpo sacramental, cujo pão e vinho consagrados
são Epifania. A Igreja carrega nela mesma as dores e sofrimentos da humanidade,
aliviando o fardo pesado de tantos homens e mulheres que padecem no mundo por
inúmeras razoes. Ela participa deste “ministério terapêutico” de Jesus, o
Cristo. A Igreja carrega as feridas do povo e as cura, quando manifesta todo e
qualquer interesse responsável pelo destino do mundo: seja no auxílio imediato
a um membro do povo na rua, seja escutando as angústias de um vizinho ou
vizinha, seja na militância de instituições e movimentos que trabalham pela
vida.
5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA
Liturgia é
ação de graças, é nosso louvor agradecido a Deus pelo Seu imenso amor por nós,
na criação, salvação e santificação. Morreu para nos salvar e ressuscitou para
nos justificar.
Mergulhados no
clima de oração que deve ter nossa celebração, glorificamos a Deus, ouvimos sua
Palavra, recebemos o Pão da Eucaristia e, fortalecidos, saímos em missão
evangelizadora. Não podemos guardar para nós a experiência da presença do Deus
vivo em misericórdia. Estando unidos a Jesus em comunhão, devemos também ser
fonte de salvação para o mundo. Da Liturgia brota a força da Igreja para ser
levada ao mundo.
Por isso,
depois da comunhão, rezamos: “Ó Deus, vós quisestes que participássemos do
mesmo pão e do mesmo cálice; fazei-nos viver de tal modo unidos em Cristo, que
tenhamos a alegria de produzir muitos frutos para a salvação mundo. Por Cristo,
nosso Senhor”.
Cientes de
nosso compromisso pela união em Cristo, partilhando nossa experiência com ele,
seguros de que estará sempre convosco, “vivamos a alegria de ser
missionários!”.
6- ORIENTAÇÕES GERAIS
1. Cada pessoa
que chega deve sentir-se de fato na Casa aconchegante de Deus. Por isso, é de
suma importância que todos sejam bem acolhidos, num espaço também acolhedor.
Não de Maneira formal, artificial, como acontece muitas vezes em ambientes de
prestação de serviços públicos. Mas de maneira profundamente humana, carinhosa,
afetuosa, divinamente humana. Acolher na celebração é uma forma de oração!
2. Fazer com grande esmero, os
ritos iniciais, vivenciando o seu sentido de reunir a comunidade de irmãos,
formando o corpo vivo do Senhor.
3. Antes da
celebração, evitar a correria e agitação da equipe litúrgica e a equipe de
canto, com afinação de instrumentos e testes de microfone. Tudo isso deve ser
feito antes. A equipe de canto não deve
ficar fazendo apresentação de cantos para entretenimento da assembléia É
importante criar um clima de silêncio.
4. O momento
ideal para os pedidos e intenções não é o início da celebração, mas no momento
próprio, que é o momento da oração da assembléia dos fiéis. Intenções de ação
de graças seria interessante lembrar antes da oração eucarística. Os falecidos
podem ser lembrados também na oração eucarística, durante a intercessão pelos
falecidos, também chamado de “memento dos mortos”.
7-
MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas,
executados com atitude espiritual e,
condizentes com cada domingo do Tempo
Comum, ajudam a comunidade a penetrar no mistério celebrado. Portanto, não
basta só saber que os cantos são do 5º Domingo do Tempo Comum, é preciso executá-los com atitude
espiritual. A escolha dos cantos deve ser cuidadosa, para que a comunidade
tenha o direito de cantar o mistério celebrado. Jamais os cantos devem
ser escolhidos para satisfazer o ego de um grupo ou de um movimento ou de uma
pastoral. Não devemos esquecer que toda liturgia é uma celebração da Igreja
corpo de Cristo e não de um grupo, de uma pastoral ou de um movimento.
A equipe de
canto faz parte da assembléia. Não deve ser um grupo que se coloca à frente da
assembléia, como se estivesse apresentando um show. A ação litúrgica se dirige
ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo. Portanto, a equipe de canto deve se
colocar entre o presbitério e a assembléia e estar voltada para o altar, para a
presidência e para a Mesa da Palavra.
1. Canto de abertura. Adoração do Senhor que nos criou: ele é nosso
Deus. (Salmo 94/95,6-7). Para o canto de abertura, sugerimos o Salmo 95/96: “Vão
entrando e de joelhos...” CD: Liturgia VI, mesma melodia da faixa 1.
Como canto de
abertura da celebração, sugere-se o canto proposto pelas Antífonas do Missal
Romano e ricamente musicadas pelo Hinário Litúrgico III da CNBB. Isso não
significa rigidez. Mas a equipe de liturgia, a equipe de celebração, a equipe
de canto juntamente com o padre têm a liberdade de variar sua escolha, desde
que isso manifeste o Mistério celebrado e seja fiel aos princípios que regem a
escolha de uma música adequada para a celebração. Uma sugestão, para entender
bem o que significa isto, seria “Vimos aqui”, CD: Cantos de Abertura e Comunhão
– CNBB/Paulus), melodia da faixa 7, é uma boa opção para iniciar a celebração.
Sobretudo na primeira estrofe quando se entoa: “És o Caminho, Verdade e Vida,
és o amigo que perde a vida buscando a todos salvar” percebemos uma boa
sintonia com o mistério celebrado. levando em conta que nosso Deus é Libertador
Ele merece o louvor das pessoas que vem de todos os cantos da terra: pais e
mães; lavradores e operários. Nesse sentido é muito oportuno também o canto “De
todos os cantos viemos para louvar o Senhor, Pai de eterna bondade, Deus vivo,
libertador”, CD: Cantos de Abertura e Comunhão, melodia da faixa 2. Como canto
de abertura, não podemos deixar de entoar um destes três cantos que nos
introduzem no Mistério a ser celebrado.
A escolha dos
cantos para as celebrações seja feita com critérios válidos. Não se devem
escolher os cantos para uma celebração porque “são bonitos animados e
agradáveis”, ou porque “são fáceis”, mas porque são litúrgicos. Que o texto
seja de inspiração bíblica, que cumpram a sua função ministerial e que se
relacionam com a festa ou o tempo. Que a música seja a expressão da oração e da
fé desta comunidade; que combinem com a letra e com a função litúrgica de cada
canto.
O canto de
abertura não é para acolher o presidente da celebração nem os ministros. Ele
tem a finalidade de congregar a assembléia para participar da ação litúrgica.
Nunca dizer vamos acolher o presidente da celebração e seus ministros com o
canto de abertura.
2. Ato penitencial. Sugerimos a
fórmula logo abaixo em Ação Ritual, página 11.
3. Hino de louvor. “Glória a
Deus nas alturas...” Vejam o CD Tríduo
Pascal I e II e também no CD Festas Litúrgicas, Partes fixas do Ordinário da
Missa do Hinário Litúrgico III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por
Irmã Miria e outros compositores.
O Hino de
Louvor, na versão original e mais antiga, é um hino cristológico, isto é,
voltado para Cristo, que exprime o significado do amor do Pai agindo no Filho.
O louvor, o bendito, a glória e a adoração ao Pai (primeira parte do Hino de
Louvor) se desdobram no trabalho do Filho Único: tirar o pecado do mundo,
exprimindo e imprimindo na história humana a compaixão do Pai. Lembremo-nos: o
Hino de Louvor não se confunde com a “doxologia menor” (Glória ao Pai, ao Filho
e ao Espírito Santo). O Hino de Louvor encontra-se no Missal Romano em prosa ou
nas publicações da CNBB versificado numa versão que facilita o canto da
assembléia.
4. Refrão meditativo: Em vez de
comentário cantar este refrão meditativo para afinar o coração na escuta da
Palavra: “Guarda a Palavra, guarda no coração”, CD: Deus é bom, (Paulus).
5. Salmo responsorial 146/147. Deus
nos conforta e cura. “Louvai a Deus, porque ele é bom e conforta os corações!”,
CD: Liturgia VI, mesma melodia da faixa 3.
A função do
salmista é de suma importância. Sua função ministerial corresponde à função dos
leitores e leitoras, pois o salmo é também Palavra de Deus posta em nossa boca
para respondermos à sua revelação. Por isso, o salmo dever ser proclamado do
Ambão e, se possível, cantado.
6. Aclamação ao Evangelho. “O
espírito é que vivifica [...]; Senhor, tens palavras de vida eterna...” (João 6,63.68)
“Aleluia... “Ó Senhor, tuas palavras são espírito e vida, as palavras que tu
dizes bem que são de eterna vida!”, CD: Liturgia VI, melodia da faixa 10. O
canto de aclamação ao evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário
Dominical, página 260.
Preserve-se a
aclamação ao Evangelho cantando o texto proposto pelo Lecionário Dominical. Ele
ajudará a manifestar o sentido litúrgico da celebração, conforme orientações da
Igreja na sua caminhada litúrgica.
7. Apresentação dos dons. O canto de apresentação das oferendas,
conforme orientamos em outras ocasiões, não necessita versar sobre pão e vinho.
Seu tema é o mistério que se celebra acontecendo na fraternidade da Igreja
reunida em oração. Como a sogra de Pedro confiou no Divino Mestre, estendemos
também as nossas mãos para a partilha. “De mãos estendidas”, CD Liturgia VI,
melodia da faixa 4..
8. Canto de comunhão. “À tarde, depois do por do sol, levaram a
Jesus todos os doentes...” (Marcos 1,32).
Sem dúvida, o canto de comunhão mais adequado pra esse dia é: “Levavam a
Jesus as pessoas doentes. Curava Jesus os males da gente”, CD: Liturgia VI, melodia
da faixa 7.
A mesma
orientação dada para o canto de abertura vale para o canto de comunhão. Mas na
mesma liberdade e bom senso, sugerimos um canto bem conhecido com várias
palavras de Jesus tiradas dos quatro evangelhos. Jesus veio pra quer todos
tenham vida em abundância (João 10,10). “Eu vim para que todos tenham vida, que
todos tenham vida plenamente”, CD: Tríduo Pascal I, melodia da faixa 19 e
Hinário Litúrgico II da CNBB, página 226. Outra ótima sugestão é o Salmo 97/98.
Na segunda e na última estrofes da versão da CNBB (CD: Cantos de Abertura e
Comunhão) encontramos uma sintonia sugestiva com o Mistério celebrado: “O
Senhor revelou seu auxílio, sua justiça aos povos mostrou [...]; Ante a face de
Deus alegrai-vos, Ele vem para nos governar. Guiará com justiça os povos, na
harmonia e na paz as nações”. Uma quarta opção é o canto de Zé Vicente bem
conhecido também entre nós: “Quando Espírito de Deus soprou, o mundo inteiro se
iluminou”, Hinário Litúrgico da CNBB, página 367.
O canto de
comunhão deve retomar o sentido do Evangelho do 5º Domingo do Tempo Comum, o
Domingo da cura da sogra de Pedro. Esta é a sua função ministerial. Na
realidade, aquilo que se proclama no Evangelho nos é dado na Eucaristia, ou
seja: é o Evangelho que nos dá o “tom” com o qual o Cristo se dirige a nós em
cada celebração eucarística reforçando estes conteúdos bíblico-litúrgicos,
garantindo ainda mais a unidade entre a
mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia. Isto significa que comungar o corpo
e sangue de Cristo é compromisso com o Evangelho proclamado. Portanto, o mesmo
Senhor que nos falou no Evangelho, nós o comungamos no pão e no vinho. É de se
lamentar que muitas vezes são escolhidos cantos individualistas de acordo com a
espiritualidade de certos movimentos, descaracterizando a missionariedade da
liturgia. Toda liturgia é uma celebração da Igreja e não existem ritos para
cada movimento e nem para cada pastoral.
O fato de a
Antífona da Comunhão, em geral, retomar um texto do Evangelho do dia revela a
profunda unidade entre a Liturgia da Palavra e a Liturgia, Eucarística e
evidencia que a participação na Ceia do Senhor, mediante a Comunhão, implica um
compromisso de realizar, no dia-a-dia da vida, aquela mesma entrega do Corpo e
do Sangue de Cristo, oferecidos uma vez por todas (Hebreus 7,27).
8- ESPAÇO CELEBRATIVO
1. O espaço da
celebração deve expressar o sentido da liturgia do dia. Ornamentar o espaço
celebrativo bem alegre demonstrando o carinho de Deus que revela o seu rosto
como médico que nos cura. Um discreto arranjo de flores com um pano branco, o
óleo dos enfermos e o Ritual da Unção dos enfermos.
2. Preparar
bem o espaço celebrativo, dando destaque ao que é essencial: ao Altar, à Mesa
da Palavra, à cadeira do presidente e dos ministros e acólitos e ao espaço para
a assembléia. Destacar a cor verde também na Mesa da Palavra
9. AÇÃO RITUAL
Pelo Batismo
que nos incorporou a Cristo Jesus, para aliviar o sofrimento das pessoas. Nele
encontramos força terapêutica.
Fazer uma
acolhida bem fraterna e amorosa de cada pessoa que chega para a celebração e,
realizar os vários serviços com cordialidade
(= de coração). A equipe de acolhida ou a equipe de liturgia pode estar às
portas do templo, recebendo as pessoas sem alarde, cumprimentando-as e, desde
já, inserindo-as no contexto celebrativo daquele dia, enunciando um versículo
bíblico em consonância com o mistério celebrado. Para este domingo, pode ser:
Bem vindo, bem vinda! Cristo quer te curar de todos os males.
Ritos Iniciais
1. Como canto
de abertura sugerimos o “Vimos Aqui” ou “De todos os cantos viemos para louvar
o Senhor”. Ver orientações em Música Ritual.
2. É
importante que não se diga nenhuma palavra antes da saudação: nem “Bom dia ou
Boa noite”, nem comentários ou introduções! Bom dia e boa noite não é saudação
litúrgica. Primeiro devemos saudar a Trindade.
3.
Quando cantamos “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo...” devemos
escolher cantos que respeitem a linguagem litúrgica.
4. Compete ao
presidente da celebração (bispo, presbítero, diácono ou leigo/a presidindo a
celebração da Palavra) pronunciar as palavras do sinal do cruz e não a equipe
de canto como muitas vezes acontece.
5. Neste
domingo também é muito oportuno que a saudação seja cheia de esperança. Para
isso sugerimos Romanos 15,13:
“O Deus da esperança, que nos cumula de toda
a alegria e paz em nossa fé, pela ação do Espírito Santo esteja convosco”.
6. Após a
saudação inicial, conforme propõe o Missal Romano, dar o sentido litúrgico da
celebração, isto é, o mistério celebrado. Pode ser feito por quem preside, ou o
diácono ou um leigo ou leiga preparado, dar o sentido da celebração com estas
palavras ou outras semelhantes:
Domingo da cura da sogra de Pedro. Hoje
vamos com Jesus à casa de Pedro e vemos como a sogra de Pedro é curada e se põe
a servir a todos. Celebramos a Páscoa de Jesus Cristo que se manifesta em todas
as pessoas e grupos que se preocupam com a saúde do povo.
7. Em seguida
todos são convidados a recordar os acontecimentos da semana, sobretudo aqueles
que revelam a vida e a libertação que Jesus nos trouxe. Colocar os
acontecimentos de forma orante e não como noticiário.
8. O Ato
Penitencial pode ser entoado pelo cantor(a) com participação da assembléia no
Senhor, tende piedade de nós (Kyrie Eleison), seguindo a terceiras fórmula do
Missal romano, com as seguintes invocações:
- Senhor, que assumistes as nossas
enfermidades e suportastes as nossas dores.
Tende
piedade de nós.
- Cristo, que tendo pena da multidão,
passastes pela terra fazendo o bem
e
curando os enfermos.
Tende
piedade de nós
- Senhor, que pela comunhão do vosso corpo e
do vosso sangue, nos tornais
Participantes
do mistério pascal.
Tende
piedade de nós.
9. Cada
Domingo é Páscoa semanal, cantar com exultação o Hino de louvor (glória).
10. Na Oração
do Dia podemos saborear o incansável amor de Deus por nós e suplicamos para que
nos guarde na Sua proteção.
Rito da Palavra
1. Antes de
ler, é preciso primeiro mergulhar na Luz Palavra, rezar a Palavra. Pois “na
liturgia da Palavra, Cristo está realmente presente e atuante no Espírito
Santo. Daí decorre a exigência para os leitores, ainda mais para quem proclama
o Evangelho, de ter uma atitude espiritual de quem está sendo porta-voz de Deus
que fala ao seu povo”.
2. Em vez de
comentários antes das leituras que caíram em desuso, no CD: “Deus é bom”
(Paulus) temos um refrão meditativo que muito pode contribuir para afinar a
escuta da Palavra de Deus: Guarda a Palavra, guarda no coração. Durante o
canto, pode-se queimar incenso junto ao Ambão.
3. Após a homilia e
uns momentos de silencio, quem preside convida aos que, na assembléia, desejam
receber a imposição das mãos e a bênção por ocasião de alguma enfermidade.
Depois de impor as mãos sobre todos os que desejarem, reza a seguinte oração:
Senhor, nosso Deus,
Que enviastes vosso
Filho ao mundo
Para cuidar de
nossas enfermidades
E levar sobre si
nossas dores,
Nós vos suplicamos,
Por estes vossos
filhos e filhas enfermos,
Para que,
Com paciência
fortalecida
E a esperança
renovada,
Superem a doença por
vossa bênção
E voltem a desfrutar
de saúde por vossa ajuda.
Por Cristo, nosso
Senhor.
Amém.
4. Se a assembléia
for muito numerosa, pode fazer somente esta oração de bênção sem a imposição
das mãos.
5. Uma segunda
opção também após a homilia, o presidente da celebração pode proceder com uma
Oração sobre o povo. Sugerimos a opção 2, do Missal Romano, p. 531: “Concedei,
ó Deus, aos vossos filhos e filhas, vossa assistência e vossa graça:
dai-lhes saúde de alma e corpo, fazei que se amem como irmãos e estejam sempre
a vosso serviço. Por Cristo, nosso Senhor ”
Rito
da Eucaristia
1. Na Oração
sobre as oferendas contemplamos o pão e o vinho que são dons que nos servem
para a vida passageira, transformem-se em sacramento de vida eterna.
2. A Oração
Eucarística para Diversas Circunstâncias VI-D se harmoniza bem com Mistério
Celebrado. Lembrando que, no caso de escolhê-la, o prefácio a ser usado é o da
própria Oração Eucarística e não outro. Se for escolhida outra Oração
Eucarística que admite troca de prefácio, é muito oportuno escolher o Prefácio
III, é adequado para este Domingo. Enfatiza que Deus age, na tensão entre a
vida e a morte, atraindo-nos para si e libertando-nos pelo mistério da Páscoa
de seu Filho. Neste caso, a Oração Eucarística a ser utilizada é a I e a III, a
II admite troca de prefácio. Outra opção é o Prefácio II para os Domingos do
Tempo Comum que enfatiza que Cristo se compadece da fraqueza humana.
3. Quanto ao Prefácio:
quem preside procure proclamá-lo com ênfase, mas ao mesmo tempo calmamente, de
forma serena e orante. Frase por frase. Cada frase é importante, anunciadora do
mistério que hoje celebramos. Basta prestar bem atenção nelas! A boa
proclamação do Prefácio, como abertura solene da grande oração eucarística (bem
proclamada também), tem um profundo sentido evangelizador, pois, por seu
conteúdo e, sobre tudo, por ser oração, toca fundo no coração da assembléia.
4. Solenizar
sempre a Oração Eucarística, a parte mais importante da celebração eucarística.
Quem preside deve ter uma atitude orante e expressiva de identificação como
mistério. A oração presidencial deve brotar do coração. Não pode ser uma
simples leitura do Missal. Lembrar que a Oração Eucarística não é um discurso.
Todo o nosso ser é convidado a subir com Cristo em direção ao Pai.
5. Valorizar o
rito da fração do Pão, devidamente acompanhado pela assembléia com o canto
profundamente contemplativo e orante do Cordeiro
de Deus. O canto do Cordeiro de Deus, deve ser entoado por um(a) solista
para não perder o seu caráter de Ladainha.
6. Neste
Domingo é muito oportuno apresentar o pão e o vinho para o convite à comunhão
utilizando o Salmo 33/34,9: “Provai e
vede, como o Senhor é bom, Feliz de quem nele encontra seu refúgio. Eis o
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo...”
7. Jesus veio
trazer vida em abundância para todos. Neste Domingo é muito oportuno no momento
da comunhão cantar: “Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida
plenamente”.
8. Da mesma
forma, valorize-se, na medida do possível, a comunhão do cálice, sob a espécie
de vinho, para todos os fiéis, pois assim se “ressalta mais perfeitamente o
sinal do banquete eucarístico, e expressa-se com mais clareza a vontade segundo
a qual a nova e eterna Aliança, foi selada no sangue do Senhor, e, ainda, a
relação entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico no Reino do Pai
(cf. Mt 27-29)” (Guia Litúrgico Pastoral, p. 30).
Ritos finais
1. Na Oração depois
da comunhão, pedimos a Deus que a comunhão com Cristo e os irmãos nos faça
produzir frutos de salvação na sociedade em que vivemos.
2. Nos Ritos finais,
faça-se a oração sobre o povo n. 24, página 534 do Missal Romano , em seguida a
bênção final.
3. As palavras do
rito de envio podem estar em consonância como mistério celebrado: Anunciai a
todos que Jesus Cristo nos liberta de todos os males. Ide em paz e que o Senhor
vos acompanhe.
5. O canto final não
deve servir para segurar o povo que foi despedido, mas para acompanhá-lo na
saída da Igreja, e para motivar sua missão pelo mundo enquanto sai.
6. É comum
além, de entrar em procissão no início da celebração guiados pela cruz, também
retirar-se do espaço sagrado em procissão, igualmente guiados pela cruz.
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
O último
culpado do sofrimento é o Maligno. Com a vitória de Cristo o Maligno e a morte
foram derrotados e inaugurou-se uma nova terra. Nunca percam os cristãos de
vista o fato de que o justo sofredor se acrisola e se prepara, passando por
entre as coisas que passam, para a transfiguração de seu ser.
O objetivo da
Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as
comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa
diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos
Pe. Benedito
Mazeti
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