quarta-feira, 26 de novembro de 2014

1º DOMINGO DO ADVENTO - ANO B

30 de novembro de 2014

Leituras

         Isaias 63,16b-17.19b;64,2b-7
         Salmo 79/80,2-3b.15-16.18-19
         1Coríntios 1,3-9
         Marcos 13,33-37  

“O QUE VOS DIGO, DIGO A TODOS: VIGIAI”


1- PONTO DE PARTIDA

Domingo da vigilância. Primeira celebração do tempo do Advento, mais centrada sobre a vinda definitiva do Senhor no fim dos tempos. Vem vindo aquele que sempre vem, e a atitude fundamental é vigiar, é renovar nossos corações na mesma esperança que animou, durante tantos séculos, a caminhada do povo de Deus.

O Advento manifesta as duas fisionomias da vida do Senhor: nas duas primeiras semanas, o “Advento Escatológico”, ou seja, sua vinda definitiva, e, nas duas últimas semanas, o “Advento Natalício”, ou seja, sua primeira vinda, o Natal. “Abre as portas, deixa entrar o rei da Glória. É o tempo, ele vem orientar a nossa História (Salmo 23). Com o profeta Isaias e com João Batista, acolhemos o apelo à conversão para que seja superadas todas as formas de dominação, exclusão e miséria, para que se realize uma sociedade com liberdade e dignidade para todos. Com Maria, vivemos a alegria e a confiança. “A Virgem, Mãe será, um Filho à luz dará. Seu nome, Emanuel: conosco Deus do céu; o mal desprezará, o bem acolherá” (Salmo 147). Com José, o justo, não deixemos a dúvida dominar a nossa vida. A dúvida deve ser vencida pela obediência da fé.

Mais um final de ano se aproxima. Percebe-se claramente que a propaganda comercial “natalina” começa a agitar por todo lado, prometendo muita alegria e felicidade, ilusoriamente “embutidas” nos produtos de consumo.

De nossa parte, como comunidade cristã, iniciamos hoje nosso tempo de preparação para o Natal. Chamamos esse tempo de Advento: tempo de espera, de expectativa, de esperança. “Quando virá, Senhor, o dia”?... Expectativa de que, afinal? A Palavra de Deus proclamada no tempo do Advento vai nos dar a resposta.

Com a celebração do Advento, iniciamos não só um novo tempo litúrgico, mas também um novo ano litúrgico. Somos convocados a percorrer com Jesus Cristo um itinerário pascal. Nesse caminho, passamos pela espera ardente do Advento da definitiva vinda do Senhor, pela divinização, encarnação e manifestação do Filho de Deus em nossa humanidade, celebrada no Natal e na Epifania.
Hoje acendemos a primeira vela da coroa do Advento. Ela representa a luz que vem iluminar-nos para percebermos, em nossa vida, os sinais da manifestação de Deus e também enxergarmos o que nos afasta de seu caminho e, portanto, exige de nós conversão. Ela é a luz do Senhor pela qual queremos nos deixar guiar.

2- REFLEXÃO BÍBLICA, EXEGÉTICA E LITÚRGICA

Contemplando os textos

Primeira leitura – Isaias 63,16b-17.19b;64,2b-7. O trecho proposto para a leitura do Primeiro domingo do Advento, faz parte integrante de um conjunto maior que abrange Isaias 63,7—64,11. É uma oração muito comovente feita num momento particularmente delicado da história de Israel. A maior parte dos especialistas situa esta oração pelo fim do exílio, provavelmente depois mesmo do edito de Ciro (538 antes de Cristo) que permitiam aos hebreus retornarem à sua pátria. Deve ter sido composta antes da reconstrução de Jerusalém (520-515) porque supõe que o mesmo esteja ainda em ruínas (Isaias 64,11).

A oração é uma mistura de lamentação, de súplica ardente e de ato penitencial. O longo exílio com seus sofrimentos e humilhações, as maravilhosas promessas de Ezequiel e do Dêutero-Isaias (Isaias 40-55), tudo isto fazia os piedosos judeus prorromper nesta súplica a Deus.

 O apelo à paternidade de Deus dá à leitura um tom íntimo e familiar e permite que o autor, para expressar os sentimentos de dor e angústia com o prolongamento da triste situação, prorrompa em interrogações a Deus e exclamações. Deus é pai e só Dele pode vir a salvação. Depois de reconhecer a Deus como Pai e Único capaz de salvar seu povo, exclama o profeta num tom emocionante: “Oh, se rompesses os céus e descesses...”. A liturgia do Advento, assumindo essas palavras, expressa em nome de toda a humanidade os anseios profundos e veementes para que Deus apresse sua intervenção libertadora.

No pensamento do profeta estão presentes todas as maravilhas que Deus realizou ao longo da história do povo escolhido, especialmente a libertação do Egito e a conquista da Terra Prometida. De qualquer maneira é uma profissão de fé nas intervenções de Deus ao longo da história e que fundamenta a certeza de uma nova intervenção na dolorosa situação presente.

Nos versículos 5-7 Isaias faz uma confissão pública dos pecados do povo. É o reconhecimento de uma situação de impureza, de indignidade diante de Deus, por causa dos inúmeros pecados e infidelidades do povo. Só Deus pode nanar essa situação!

O profeta não se pronuncia aqui sobre a origem do mal; mas somente anuncia sua solução, pela intervenção de um Deus que romperá os céus e realizará na terra prodígios e maravilhas que, castigando os inimigos, tudo restabelecerão (Isaias 63,19b64,4a). É a Deus que o ser humano deve entregar-se para livrar-se do mal, pois ele é pequeno e limitado demais para conseguir isso sozinho.

O versículo 8 retorna ao pensamento inicial, completando-o com a tão conhecida imagem do oleiro e da argila (Isaias 29,6; Jeremias 18,6; Gênesis 2,7). A súplica retoma o tom afetuoso e confiante. Verdade é que os pecados cavaram um abismo entre o povo e Deus, mas Deus continua sendo Pai, Aquele que plasmou o seu povo, como o oleiro modela um vaso. Deus não pode abandonar a obra de suas mãos.

Salmo responsorial – Salmo 79/80,2-3b.15-16.18-19. O salmo 79/80 é uma súplica coletiva. Deus é pastor sobretudo no deserto. Os querubins são os animais que têm asas que sustentam o trono de Deus; o resplendor indica a aparição ou teofania. Deus deve atuar, pois trata-se da “tua vinha, que a tua mão direita plantou, que tu tornaste vigorosa.

Por que surgiu este Salmo? O Salmo 79/80 é fruto de um conflito internacional. O reino do Norte (José, Efraim, Benjamim e Manassés, 2-3) está destruído por causa de uma invasão estrangeira, isto é, um conflito internacional. Tem ligação com os salmos 77 e 78.

“Iluminai a vossa face sobre nós, convertei-nos para que sejamos salvos!” O povo clama a Deus, chamando-o de Pastor de Israel, pedindo que cuide de seu rebanho, que é o Reino do Norte. Este salmo surge na época da destruição das tribos do Reino do Norte conhecidas como Israel ou casa de José. Devido aos acontecimentos, Deus “parece estar dormindo” e o povo pede que Ele acorde. O salmo apresenta várias imagens: Deus-Pastor, povo-rebanho e vinha. Pede que o Senhor visite a vinha, mas reconhece que não foi Deus que abandonou a vinha, mas o rebanho que se afastou do Pastor.

A imagem da videira é assumida por Cristo no Novo Testamento, como concentração do Povo de Deus (João 15,5), e depois ela passa para a sua Igreja. Como Cristo, também a Igreja é pisada e entregue às contendas e gozações dos inimigos. Com Cristo a Igreja invoca a ajuda de Deus, e em Cristo ela contempla o rosto de Deus que brilha em poder e clemência.

Qual o rosto de Deus neste Salmo? A imagem do pastor é sugestiva. Pastor é quem tira dos currais e conduz para as pastagens. Foi o que Deus fez no passado, quando libertou seu povo do curral do Faraó levando seu rebanho para a Terra Prometida. Sem dúvida é uma das imagens mais bonitas do Primeiro Testamento que mostra Deus como pastor juntamente com o Salmo 22/23. Jesus no Evangelho de João, assume as características de Javé pastor, libertador e aliado (João 10). As imagens de Deus pastor (versículos 2-3) e agricultor (versículos 9-16) são tiradas da terra. Com isso descobrimos que o Deus deste Salmo está comprometido com a defesa e a posse da terra. É o Deus aliado, representado na Arca da Aliança, sobre a qual estão os querubins (versículo 2b), que tem as mãos e os pés ocupados na defesa de uma terra para o seu povo.

Cantando este salmo na celebração deste domingo, peçamos ao Senhor que Ele nos visite, que não nos abandone, porque somos a sua vinha preciosa e precisamos de seu cuidado e carinho para produzirmos ótimas uvas. Por isso com o Salmo 79/80, pedimos que sejamos iluminados e convertidos pelo Senhor:

R: ILUMINAI A VOSSA FACE SOBRE NÓS,
     CONVERTEI-NOS, PARA QUE SEJAMOS SALVOS!
Segunda leitura –1Coríntios 1,3-9. Paulo, de Éfeso, escreve sua primeira carta à comunidade cristã de Corinto, fundada por ele no final da segunda viagem. Deseja-lhes bens espirituais: a graça e a paz de Deus Pai e de Jesus Cristo. A “graça” é a benevolência de Deus, ao passo que a “paz” encerra o conjunto dos bens cristãos. Podem ser sinônimos, como saudação cristã grega (cháire!) e hebraica (shalôm!), como voto de bênçãos, desejando uma euforia geral de vida psicossomática. É uma saudação com uma dimensão universal da salvação. A graça pode também indicar a bondade de Deus, como causa da paz, ou os dons messiânicos, cuja fonte última é Deus Pai e Jesus Cristo. A fé cristã associou a Deus Pai o nome de Jesus Cristo, na mesma linha divina. O título “Senhor” indica ser Jesus Cristo Deus, como o Pai, visto que no Primeiro Testamento “Kýrios” se atribuía somente a Deus. Além disso, “Senhor” considera Jesus em seu estado de glória, devida a ressurreição, em oposição ao estado de “kênose” ( esvaziamento) em que viveu desde a Encarnação até à morte (Filipenses 2,5-11).

Paulo sugere aos coríntios que não que ponha a confiança na suficiência humana, mas nos dons de Deus, conferidos em Cristo Jesus (versículo 4), graças aos seus méritos, em virtude de nossa incorporação  a Ele (romanos 3,24s; 6,2-11). Semelhantes dos se reduzem aos da “palavra” e aos do “conhecimento”. A “palavra” seria a doutrina e a pregação evangélica (cf. Gálatas 6,6; Efésios 1,13; 1Tessalonicenses 1,6), enquanto o “conhecimento” representaria o conteúdo, uma compreensão mais profunda do Evangelho.

A fidelidade divina é fator de salvação no dia do retorno glorioso de Cristo (versículos 7-9). A melhor definição do “cristão” está no versículo 9: “chamado à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor”, isto é, chamado a participar da filiação do Filho em íntima comunhão de vida com Ele, como seu membro (Romanos 6,3-11; 8,17; Gálatas 3,26-28). Aqui está a base, o centro da vida cristã: fé, esperança, caridade. Tudo isto graças à união com Cristo (koinonia = comunhão).    

Evangelho – Marcos 13,33-37. O primeiro versículo (33) e o último (37) obriga os cristãos à vigilância perpétua. Esta vigilância perpétua é ilustrada com o que originalmente eram duas parábolas, a saber, a Parábola dos Talentos e a Parábola do Porteiro.

As parábolas sobre a vigilância não faltam em Mateus, Marcos e Lucas. Em Mateus 24,42-44, a vigilância deveria ter sido a qualidade do dono da casa surpreendido pelo ladrão, assim como a dos judeus despreocupados no momento da queda de Jerusalém e do Templo. Em Lucas 12,35-40, são os servos, pelo contrário, que devem vigiar, à espera de um patrão que lhes pedirá contas. Pensemos, imediatamente, na prestação das contas do fim do mundo (cf. Mateus 25). Na versão de Marcos, que contemplamos na liturgia de hoje, somente o porteiro foi encarregado de vigiar, enquanto os outros servos permanecem no trabalho. E vai além: o dono da casa, ao voltar, não exige nenhuma prestação de contas. Este último relato poderia, pois, inspirar-se numa reflexão referente a primazia de Pedro ( o porteiro).

Na versão de Marcos, o fato de não haver nenhuma referencia à prestação de contas, permite supor que a parábola não visa uma vigilância indispensável como preparação para o julgamento. Refere-se àquela vigilância especial que repousa primeiramente sobre Pedro (cf. as palavras “casa”, “porteiro” e “poder” acrescentadas por Marcos no versículo 34 e a referência à atitude de Pedro no Getsemâni nos versículos 45-36).

Pedro é encarregado de vigiar e firmar a fé dos seus irmãos (Lucas 22,32): não é ele a pedra sobre o qual Cristo edifica um templo muitíssimo mais sólido do que aquele de Sião destinado à destruição? (Mateus 16,18). O ensinamento de Marcos revela a parte que a hierarquia assume na atenção da Igreja inteira aos sinais da vinda do Senhor.  Enquanto o dono está ausente, cada servo tem a sua “tarefa” (versículo 34), e embora o dever de “vigiar” seja próprio do porteiro, a última palavra de Jesus estende-se a todos.

A última frase do texto: “O que vos digo, digo a todos: vigiai!” (versículo 37), mostra bem que, na mente de Marcos o discurso já não se dirige somente aos discípulos de Jesus ou aos quatro deles mencionados em 13,3, mas a todos os cristãos. Esta nova orientação transparece também já no versículo 35, onde se exige vigilância de todos, e não somente do porteiro da parábola.

A combinação da Parábola do Porteiro com a dos Talentos pode ser resumida desta maneira: “fiquem vigiando, não somente esperando, mas trabalhando! Vigiem, não porém esperando a volta do Senhor de braços cruzados, permanecendo à toa (cf. 2Tessolonicenses 3,6-12), mas trabalhando e valendo-se da “autoridade” que o Senhor delegou aos seus servos e desincumbindo-os das tarefas confiadas a cada um”(versículo 34b).

3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
           
            É o primeiro domingo do Advento. Começo de mais um Ano Litúrgico. Início de mais um ciclo de leituras. Mais um Natal que nos é dado a celebrar. E para bem celebrá-lo somos convidados, através das celebrações litúrgicas deste período, a uma preparação séria, fecunda e renovadora. Como diz o refrão meditativo para o acendimento da coroa do Advento: “Arrumemos nossa casa co’ alegria! Dentro dela o Senhor vai chegar...”

Como vimos, vigiar é ter para com Jesus a atenção que suscita o amor. Essa atenção se expressa no “forte chamado para promover uma globalização diferente, que esteja marcada pela solidariedade, pela justiça e pelo respeito aos direitos humanos, fazendo da América Latina e do Caribe não só o Continente da esperança, mas também o Continente do amor” (Documento de Aparecida, 64).

O Advento, como tempo de preparação para o Natal, é um momento de alegria. A esperança da intervenção de Deus no mundo é repleta de amor por aquele que vem. Não há nada fácil nessa atitude, pois a vigilância é necessária. A confiança em Deus deve ser acompanhada da obediência à ordem do Mestre: “Vigiai”.

Sentimos que esta voz de Deus é também dirigida a nós, que vivemos muitas vezes dormindo, sonolentos e desatentos ao que acontece a nossa volta. Por isso, hoje cantamos para Deus, com o Salmo 79/80: “Iluminai a vossa face sobre nós, convertei-nos, para que sejamos salvos! Despertai vosso poder, ó nosso Deus, e vinde logo nos trazer a salvação”.

Tempo de Advento é período de renovar a fé no Deus que sempre quer nosso bem: “Visitai a vossa vinha e protegei-a! foi a vossa mão direita que a plantou; protegei-a, e ao rebento que firmastes!” (Salmo 79/80).

Brote sinceramente de nosso coração o pedido do salmista: “Pousai a mão sobre vosso protegido, o filho do homem que escolhestes para vós! E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus! Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome!”.

4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO

As três vindas do Senhor

Estamos acostumados a falar na segunda vinda de Jesus, esquecemos de considerar, em nossa espiritualidade e existência, uma outra vinda, a que São Bernardo de Claraval chama de “intermediária” e que nos liga à primeira e à ultima, quando Deus for tudo em todos.

Nossa vivência cristã do Advento deve haver um equilíbrio das três vindas do Senhor Jesus: passada, presente e futura, que se celebram e confluem no tempo de graça e bênção que começamos no Primeiro Domingo. Como a esperança cristã, o Advento é como um cheque ao portador que o cristão já tem na mão, mas que ainda não cobrou. Essa é a tensão escatológica da esperança cristã entre o “já sim” e o “ainda não”. Isso não é motivo de desgosto ou falta de identidade para o cristão, mas de vigilância permanente, espera ativa e esperança alegre e segura na fé, que é a garantia do futuro esperado (Hebreus 11,1).

A Oração do Dia deste primeiro domingo do Advento fala do encontro que acontece entre o “Cristo que vem” e os fiéis que a Ele acorrem, portanto, consigo uma vida justa, segundo seus preceitos: “acorrendo com nossas boas obras.” Falando desse encontro no presente, seu fruto também se dá no “hoje” de nossa existência: tomar parte na comunidade dos justos. Toda esta linguagem nos remete não para o cumprimento da promessa de comunhão com Deus num futuro desconhecido, mas no “hoje” da nossa existência, mediante o sinal eclesial: a Igreja.

Este encontro com o Senhor no “hoje” da nossa vida é o que se chama “vinda intermediária”. Matias Auge fala das “vindas de Cristo” com muita clareza: “A liturgia celebra a vinda epifânica do Senhor colocando em evidencia as diversas fases em que ela se desenvolve entre memória, presença e expectativa: a preparação profética do Primeiro Testamento; a vinda histórica do Senhor no seu nascimento e manifestação sobre a terra; a realização mística desta vinda no presente da Igreja; e, finalmente, a ultima vinda do Senhor, no fim dos tempos, chamada de escatológica”

Vem, Senhor Jesus!

No coração da Oração Eucarística, que a reforma litúrgica explicitou na aclamação anamnética, a comunidade dos fiéis de pé entoa: “Anunciamos Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus.” Esta súplica vem na linha de compreensão do pensamento patrístico a respeito do Advento do Senhor, que afirma as duas vindas de Cristo e que associam cruz-presépio (primeira vinda) a glória-fim dos tempos (segunda vinda). A aclamação memorial recorda este acontecimento, ápice e fonte da vida cristã. Mas tal memória não nos remete a um evento perdido no passado ou refém das nossas esperanças para o além-túmulo. Ela realiza sacramentalmente no seio da Igreja a vinda intermediária, na linguagem de São Bernardo de Claraval. Vinda esta que precisa ser buscada, percebida, acolhida e anunciada no “hoje” da nossa vida.

5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA

O eterno plano de amor e o caminho aberto da salvação foram para nós realizados pela vida, morte, ressurreição de Jesus e presença do seu Espírito em nós. Páscoa esta que nos garantiu e garante que, no final dos tempos, veremos concretizar plenamente seu Reino de justiça, paz e vida para todos os justos. Coragem! Vigiai!

Na celebração eucarística celebramos este mistério. Este é o “mistério da fé”. Por isso cantamos em cada celebração  eucarística: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”. Ou como rezamos no Pai Nosso: “Venha a nós o vosso Reino!”. Ou ainda no embolismo, a oração que segue o Pai Nosso: “Vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo Salvador!”

Que nossa participação na Páscoa de Jesus, neste primeiro Domingo de preparação para o Natal, nos ajude a andar por este caminho transitório de tal maneira que, como peregrinos, abracemos o Reino que de fato nunca se acaba, eterno, e pelo qual vale a pena investir tudo o que temos! Assim rezamos na oração após a comunhão: “Aproveite-nos, ó Deus, a participação nos vossos mistérios. Fazei que eles nos ajudem a amar desde agora o que é do céu e, caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam”.

6. ORIENTAÇÕES GERAIS

1. A comunidade reunida é sinal da espera do Advento do Senhor. Dar atenção especial aos ritos iniciais, cuja finalidade é de constituir a assembléia, formando o Corpo vivo do Senhor. Fazer uma acolhida afetuosa às pessoas, reconhecendo em cada uma delas a presença do Senhor que chega entre nós.

2. A cor própria do Tempo do Advento é o roxo. Lembra-nos que é período de recolhimento, de contida alegria, de expectativa e preparação. Não cantaremos o Hino de Louvor (a não ser nas solenidades e festas, como Imaculada e em alguma celebração especial); fica reservado para a noite de Natal, quando juntamos nossa voz à dos anjos para dar glória a Deus pela salvação que realiza em nosso meio. O Aleluia..., no entanto, continua ressoando.

3. O ambiente da igreja deve ser enfeitado com moderação e simplicidade para não antecipar a alegria do Natal do Senhor.

4. A Coroa do advento seja colocada em local apropriado, onde possa ser visualizada pela assembléia. De preferência, seja feita de ramos verdes. A Coroa é plena de simbologia, seja por sua forma em círculo, que representa a eternidade, seja pelas quatro velas que representa a luz que vem do Senhor e apontam para os quatro pontos cardeais, mostrando que Jesus veio para todos os povos.

5. Motivar as pessoas para que façam uma Coroa do Advento em suas casas, colocando-a num lugar de destaque, e para que rezem em família a novena em preparação para o Natal. Pode-se também colocar um sinal do Advento na porta da casa.

6. Os instrumentos musicais (órgãos, violão, teclado e outros) sejam usados com moderação, conveniente ao caráter próprio deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor. Cuidado com as bandas barulhentas. O mesmo vale para as ornamentações com flores: discrição, comedimento, expressando o tempo de espera por algo bom que vai chegar.

7. É importante lembrarmos às comunidades a Coleta Campanha para a Evangelização, que será realizada no 3º Domingo do Advento, no dia 14 de dezembro. A Campanha para a Evangelização é, na Igreja do Brasil, uma resposta firme e significativa de todos aqueles que acreditam e assumem a responsabilidade evangelizadora. A Boa-Nova da salvação deve chegar a todos os cantos de nosso país: das grandes cidades às pequenas aldeias, das periferias às comunidades rurais, alcançando as crianças, os jovens, os adultos, os ricos e os pobres, de modo especial a todos aqueles que sofrem. Nossa generosidade seja uma oferta viva ao Cristo, que por nós se encarnou no ventre da Virgem Maria.

8. Revitalizar na Igreja, através do Advento, o espírito missionário de anúncio do Messias a todos os povos e a consciência de ser sinal concreto de esperança. Desafia-nos a um amor concreto por todos, preferencialmente pelos pobres, através de práticas solidárias e ações sócio-transformadoras.

7- MÚSICA RITUAL

O canto é parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas, executados com atitude espiritual e, condizentes com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são do Tempo do Advento, é preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos deve ser cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério celebrado. A função da equipe de canto não é simplesmente cantar o que gosta, mas cantar o mistério da liturgia deste 1º Domingo do Advento. Os cantos devem estar em sintonia com o Ano Litúrgico, com a Palavra proclamada e com o sacramento celebrado. Não devemos esquecer que toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de uma pastoral ou de um movimento.

A equipe de canto faz parte da assembléia. Não deve ser um grupo que se coloca à frente da assembléia, como se estivesse apresentando um show. A ação litúrgica se dirige ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo. Portanto, a equipe de canto deve se colocar entre o presbitério e a assembléia e estar voltada para o altar, para a presidência e para a Mesa da Palavra.

Ensina a Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além de unir a assembléia, “inseri-la no mistério celebrado” (IGMR nº 47). Nesse sentido o Hinário Litúrgico I da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão gravados no CD: Liturgia VIII. Encontramos também no Ofício Divino das Comunidades ótimas opções.

1. Canto de abertura. “A Ti, Senhor, elevo minha alma” (Salmo 25/24,1-3). Para este Primeiro Domingo do Advento do Ano B, é muito interessante o canto de inspiração bíblica “Quando virá, Senhor, o dia, em que apareça o Salvador” CD: Liturgia VIII-ADVENTO, melodia da faixa 1. Também se encontra no Hinário Litúrgico I da CNBB, página 85.

2- Canto para o acendimento das velas da Coroa do Advento. “Acendamos a lamparina”, CD, Cristo, Clarão do Pai, melodia da faixa 2, Paulus. Ver o google.

3. Salmo responsorial 79/80. O Pastor que vem salvar seu rebanho, o Senhor que cuida de sua vinha. A CNBB em seu Hinário I propõe uma versão muito e popular deste Salmo que está gravado no CD: Liturgia VIII, melodia da faixa 2: “Mostrai-nos, ó Senhor, a vossa face, e a vossa salvação nos concedei”.

Para a Liturgia da Palavra ser mais rica e proveitosa, há séculos um salmo tem sido cantado como prolongamento meditativo e orante da Palavra proclamada. Ele reaviva o diálogo da Aliança entre Deus e seu povo, estreita os laços de amor e fidelidade. A tradicional execução do Salmo responsorial é dialogal: o povo responde com um refrão aos versos do Salmo, cantados um ou uma salmista. Deve ser cantado da mesa da Palavra. De cunho lírico, deve normalmente ser cantado, pelo menos o refrão, que neste caso é intercalado com a leitura calma do salmo. Deus fala e a comunidade responde na fé, na esperança e no amor. Além da resposta, o Salmo atualiza a primeira leitura para a comunidade celebrante. Valorizar bem o ministério do salmista.

4. Aclamação ao Evangelho. “Mostra tua misericórdia e dá tua salvação” (Salmo 84/85,8). De maneira muito adequada e popular é a versão de Reginaldo Veloso que a CNBB oferece: “Aleluia... Vem mostrar-nos, ó Senhor, tua grande compaixão, Dá-nos tua salvação!”, CD: Liturgia VIII música igual a faixa 9. O canto de aclamação ao evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário Dominical.

5- Refrão para a resposta das preces

R: Vem, vem, Senhor Jesus, vem,/ Vem, bem-amado Senhor! (bis); Hinário Litúrgico I, página 88-89.

6. Apresentação dos dons. A escuta da Palavra e colocá-la em prática, deve despertar na assembléia a vigilância constante. A partilha nos torna sinal vivo do Senhor. O canto de apresentação dos dons, conforme orientamos em outras ocasiões, não necessita versar sobre pão e vinho. Seu tema é o mistério que se celebra acontecendo na fraternidade da Igreja reunida em oração. Podemos entoar: “A nossa oferta apresentamos no altar”, CD: Liturgia IV, música da faixa 4; “Pão e vinho apresentamos com louvor..., do Pe. José Weber, Hinário Litúrgico da Arquidiocese de Campinas; “É tempo do meu Advento... Isaias”, Hinário Litúrgico I, página 70.

7. O canto do Santo. Um lembrete importante: para o canto do Santo, se for o caso, sempre anunciá-lo antes do diálogo inicial da Oração Eucarística. Nunca quando o presidente da celebração termina o Prefácio convidando a cantar. Se o (a) comentarista comunica neste momento o número do canto no livro, quebra todo o ritmo e a beleza da ligação imediata do Prefácio como o canto do Santo.

8. Canto de comunhão. Deus dá sua bênção, nós os frutos (Salmo 84/85,13). Deus nos mostra que a salvação está perto, e que amor e fidelidade unidos se encontrarão. É muito interessante e adequada a versão muito boa e popular de Reginaldo Veloso que a CNBB-PAULUS nos oferece do Salmo 84/85 com a Antífona também de caráter popular. “Vigiai, vigiai, eu vos digo” articulada com o Salmo 84/85, CD: Liturgia IV, melodia da faixa 5. Este canto retoma o Evangelho na comunhão de maneira autentica. Veja orientação abaixo.

De fato de a Antífona da Comunhão, em geral, retomar um texto do Evangelho do dia revela a profunda unidade entre a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística e evidencia que a participação na Ceia do Senhor, mediante a Comunhão, implica um compromisso de realizar, no dia-a-dia da vida, aquela mesma entrega do Corpo e do Sangue de Cristo, oferecidos uma vez por todas (Hebreus 7,27).

O Missal oferece muita flexibilidade na organização da comunhão, não diz que se deve cansar a assembleia com muitos cantos. Também não tem sentido depois que os fiéis comungarem, continuar executando o canto até a última estrofe cansando a assembleia. É uma regra de bom senso.

            9. Canto de louvor a Deus após a comunhão: Durante o Tempo do Advento omite-se este canto.

8- O ESPAÇO CELEBRATIVO

1. Durante o tempo do Advento, como já é costume, tem destaque a Coroa do Advento. Evite-se utilizar flores e matérias artificiais e espalhafatosos, muitas vezes típicos da linguagem comercial: pisca-pisca, festões, papai noel, etc. Fiel à sua origem, a Coroa do Advento é confeccionada apenas com galhos verdes em forma circular, símbolo do eterno que mergulha e se deixa entrever no tempo. A nossa exagerada criatividade fez a coroa tomar outras formas e, conseqüentemente, perder seu sentido. As quatro velas acesas uma a cada domingo, de forma crescente, anunciam que a Luz vence as Trevas. Proclamam o porvir da Páscoa do Natal. A Coroa pode ser colocada próximo ao Altar ou da mesa da Palavra.

2. A respeito do uso do data-show nas celebrações, a CNBB orienta que deve ser colocado somente os cantos, produções de imagens para a homilia e avisos. Não se deve colocar as leituras bíblicas e nem a Oração Eucarística para que não seja ofuscado as duas peças principais do espaço celebrativo que é o Altar da ceia e a mesa da Palavra ou ambão. Ultimamente podemos observar que o atenção exagerada ao data-show, desvaloriza as duas mesas principais da celebração da Ceia do Senhor: o Altar e o Ambão. A CNBB é muito clara nas orientações.

9. AÇÃO RITUAL

Neste tempo em que se celebra a manifestação do Verbo na história humana, é interessante que se dê importância ao Evangeliário e também à imagem ou ícone de Nossa Senhora, Mãe do Senhor e imagem da Igreja fiel á Palavra de Deus.
Ritos Iniciais

1. É importante não exagerar nos elementos dos Ritos Iniciais, para que transpareça seu caráter preparatório, introdutório e de exórdio, conforme indica o IRMR n. 46. Em se tratando, ainda, de um tempo preparatório, em que é própria a reserva simbólica (omitem-se o Glória e o uso de flores é bem moderado), aproveite-se para “despojar” os Ritos Iniciais, deixando-os mais simples. Pode-se escolher como elemento a ser valorizado a “saudação inicial” que progressivamente, forneça à assembleia aquela frutuosa compreensão do que se celebra neste tempo. Para o Primeiro Domingo, poderia ser usada a seguinte fórmula, inspirada na saudação apostólica de Paulo e em sua ação de graças a Deus, 2Coríntios 1,2-3:

“A vós, irmãos e irmãs, que esperais vigilantes a manifestação do Deus da Vida, graça e Paz da parte de Deus, o Pai das misericórdias e Senhor de toda consolação”.

2. Com a intenção de exprimir o sentido da Coroa do Advento e de recuperar o seu sentido original e litúrgico, sugerimos que, a cada Domingo, nos ritos iniciais, depois do sinal da cruz, da saudação do presidente e da recordação da vida, antes de dar o sentido litúrgico, acende-se solenemente cada vela da coroa com a seguinte oração de benção, dentro do rito proposto. Lembre-se que as velas não são símbolo, mas a luz que elas irradiam, sim. Portanto, a cor das velas não interfere no significado da Coroa do Advento, podendo, pois, utilizar quatro velas brancas.

- Acendimento Solene da Coroa do Advento:

Alguém se aproxima da coroa, trazendo uma pequenina chama ou uma vela pequena acesa (evitem-se os fósforos que criam ruído, apagam-se facilmente, enfraquecendo a ação simbólica, do ponto de vista exterior, o que acarreta na assembléia dispersão e impaciência). Depois de acesa a primeira vela, cantar este refrão que está no CD, Cristo Clarão do Pai, melodia da faixa 2, Paulus. Se a equipe de canto não tiver o CD, é só entrar no google que encontra-se a música e também a partitura.

Acendamos a lamparina, acendamos a lamparina.
Sentinela a vigiar:
logo o Senhor virá, logo o Senhor virá.
Deus-Conosco: luz a brilhar. Deus-Conosco: luz a brilhar!
3. Terminada esta ação ritual, dirigi-se para a Mesa do Altar e do Ambão para acender as velas que ladeiam tais peças.

4. Essa ação ritual pode ser usada nos quatro domingos do Advento.

5. Em seguida quem preside, ou um diácono ou um leigo ou leiga dar o sentido litúrgico da celebração:

Domingo da vigilância. Neste Primeiro Domingo do Advento contemplamos sobre a vinda definitiva do Senhor no fim dos tempos. Vem vindo aquele que sempre vem, e a atitude fundamental é vigiar, é renovar nossos corações para não ser pego de surpresa.
6. Ato penitencial. Não se trata de Rito penitencial, mas Ato penitencial. O Ato penitencial é concluído pela absolvição do presidente, absolvição que, contudo, não possui a eficácia do Sacramento da Penitencia. Por confissão geral, se entende não a descrição de pecados, mas da condição pecadora do fiel, no sentido de evidenciar aquela humildade de que fala o Evangelho. Não é para pedir perdão dos pecados, mas para reconhecer-se pecador e dignos da Mesa do Senhor. É para tornar a assembléia atenta ao apelo de Jesus que diz: “Convertei-vos e crede na Boa-Nova” (Marcos 1,15 e para obedecer à ordem de reconciliar os irmãos antes de apresentar a oferenda (Mateus 5,24), que a Igreja celebra a penitência ao iniciar sua celebração. Seria interessante que seja cantado. O canto de abertura previsto pelo Missal Romano é retirado do Salmo 24/25,1-

7. Neste tempo preparatório, em que a conversão é uma dimensão muito enfatizada, pode-se realizar o Ato Penitencial sob a segunda formula, diálogo com os versículos sálmicos:

Tende compaixão de nós, Senhor.
Todos: Porque somos pecadores.
Manifestai, Senhor, a vossa misericórdia.
Todos: E dai-nos a vossa salvação.

Deus Todo-Poderoso tenha compaixão de nós...

8. A oração do dia começa suplicando a Deus o desejo de possuir o Reino celeste. Só tem sentido ir ao encontro do Senhor que sempre vem, com as nossas boas obras. 

Rito da Palavra

            1. Neste Primeiro Domingo do Advento onde for possível, colocar a Coroa do Advento junto à Mesa da Palavra. Pode-se abrir a Liturgia da Palavra, exprimindo a “vigilância” da comunidade de fé que, reunida, espera confiante na Palavra de Deus destacando a vela que foi acesa no coroa. Antes da Primeira Leitura em vez de comentário que já caiu do uso, é interessante cantar a repetição do Ofício Divino das Comunidades preparando o coração da assembléia para acolher a Palavra:

- Em pé vigilantes, juntos na oração, (bis)
- Vamos ao seu encontro, lâmpadas nas mãos! (bis)

2. Destacar a procissão com o Evangeliário do Altar para a Mesa da Palavra.

3. Deixar sempre uns instantes de silêncio após cada leitura e também após a homilia, para um diálogo orante de amor e compromisso da comunidade com o Senhor.

4. Se a celebração for à tardinha ou à noite, durante a aclamação e proclamação do Evangelho, além das duas lanternas que acompanha a procissão do Evangeliário, onde for possível toda a assembléia ou um grupo de pessoas pode ter velas acesas nas mãos, expressando a atitude de vigilância que o Advento nos pede. A leitura do Evangelho pode ser feita num tom solene de grande proclamação. A frase mais importante é: “O que vos digo, digo a todos: vigiai!”.

5. A resposta das preces poderá ser cantada e expressar desejo e expectativa, retomando o clamor das comunidades do Apocalipse: “Vem, Senhor Jesus!” Por exemplo: “Vem, Senhor, libertar o teu povo! Ou outro semelhante. Veja em Música Ritual, nº 7, item 6.

6. Nos quatro domingos do Advento, as preces podem ser cantadas na forma de Ladainha do Advento, do CD: “Luz do Universo”, do Mosteiro da Anunciação do Senhor, cidade de Goiás, ou também numa bonita versão de Ir. Miria Kolling. Quem não tiver o CD, a Litania do Advento (Ladainha) pode ser recitada no momento das preces, substituindo-as. Em todos os domingos, preceda-se assim:
Oh, Senhor... Aleluia!                                Sabedoria... Aleluia!
Vem, Messias... Maranatha!                      Vem, nos renova... Maranatha!
Oh, Justiça... Aleluia!                                 Nosso desejo... Aleluia!
Mora entre nós... Maranatha!                     Nosso anseio... Maranatha!
Misericórdia... Aleluia!                              Oh prometido... Aleluia!
Vive entre nós... Maranatha!                      Nosso Messias... Maranatha!
Nossa força... Aleluia!                               Oh Esperado... Aleluia!
Dentro de nós... Maranaths                        Luz das nações... Maranaths!
Liberdade... Aleluia!                                  Luz das trevas... Aleluia!
Salva teu povo... Maranatha!                     Ressuscitado... Maranatha!
Nossa cura... Aleluia!                                 Senhor da Glória... Aleluia!
Tira a dor... Maranatha!                             Oh Desejado... Maranatha!
Oh conforto... Aleluia!                               Oh Amado... Aleluia!
Dá esperança... Maranatha!                        Entre nós... Maranatha!
Nossa alegria... Aleluia!                             Dentro de nós... Aleluia!
Nos preencha... Maranatha!

Rito da Eucaristia

 1. Os prefácios do Tempo do Advento têm sua característica própria para vivenciarmos a espera do Salvador. Neste domingo da vigilância é muito adequado o Prefácio do Advento, IA que destaca Cristo, Senhor como Juiz da História fará do mundo presente novo céu e nova terra. Pode-se escolher também o Prefácio do Advento I, que contempla as duas vindas de Cristo. Nas missas do Advento e em todas as outras, desde o primeiro domingo até 16 de dezembro, exceto nas Missas com prefácio próprio.

2. Na oração sobre as oferendas suplicamos a Deus que Ele receba as nossas oferendas. É o oferecimento dos dons que Deus nos deu e, pedimos o alimento para a nossa salvação.

Ritos Finais

1. A oração depois da comunhão destaca que a celebração eucarística permite-nos participar do Mistério Pascal e, pedimos que ele nos ajude a amar desde agora a realidade eterna para a qual caminhamos.
                       
2. Seria muito oportuno dar a bênção especial própria para o Advento que se encontra no Missal Romano na página 519.

3. As palavras do rito de envio podem estar em consonância com o mistério celebrado: Vigiai, o Senhor, sempre vem ao nosso encontro. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.

4. É comum além, de entrar em procissão no início da celebração guiados pela cruz, também retirar-se do espaço sagrado em procissão, igualmente guiados pela cruz.

10- CONSIDERAÇÕES FINAIS

A expectativa da vinda do Senhor é um motivo para viver na alegria. Alegria, porque ela nos liberta por uma libertação interior. Esta nos faz sair do nosso comodismo e nos põe de prontidão para enfrentarmos corajosamente as grandes lutas por um mundo melhor.

O objetivo da Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.

Um abraço fraterno a todos
            Pe. Benedito Mazeti


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