30 de novembro de
2014
Leituras
Isaias 63,16b-17.19b;64,2b-7
Salmo 79/80,2-3b.15-16.18-19
1Coríntios 1,3-9
Marcos 13,33-37
“O QUE VOS DIGO, DIGO A TODOS: VIGIAI”
1- PONTO DE PARTIDA
Domingo da
vigilância. Primeira celebração do tempo do Advento, mais centrada sobre a
vinda definitiva do Senhor no fim dos tempos. Vem vindo aquele que sempre vem,
e a atitude fundamental é vigiar, é renovar nossos corações na mesma esperança
que animou, durante tantos séculos, a caminhada do povo de Deus.
O Advento
manifesta as duas fisionomias da vida do Senhor: nas duas primeiras semanas, o
“Advento Escatológico”, ou seja, sua vinda definitiva, e, nas duas últimas
semanas, o “Advento Natalício”, ou seja, sua primeira vinda, o Natal. “Abre as
portas, deixa entrar o rei da Glória. É o tempo, ele vem orientar a nossa
História (Salmo 23). Com o profeta Isaias e com João Batista, acolhemos o apelo
à conversão para que seja superadas todas as formas de dominação, exclusão e
miséria, para que se realize uma sociedade com liberdade e dignidade para
todos. Com Maria, vivemos a alegria e a confiança. “A Virgem, Mãe será, um
Filho à luz dará. Seu nome, Emanuel: conosco Deus do céu; o mal desprezará, o
bem acolherá” (Salmo 147). Com José, o justo, não deixemos a dúvida dominar a
nossa vida. A dúvida deve ser vencida pela obediência da fé.
Mais um final
de ano se aproxima. Percebe-se claramente que a propaganda comercial “natalina”
começa a agitar por todo lado, prometendo muita alegria e felicidade,
ilusoriamente “embutidas” nos produtos de consumo.
De nossa
parte, como comunidade cristã, iniciamos hoje nosso tempo de preparação para o
Natal. Chamamos esse tempo de Advento: tempo de espera, de expectativa, de
esperança. “Quando virá, Senhor, o dia”?... Expectativa de que, afinal? A
Palavra de Deus proclamada no tempo do Advento vai nos dar a resposta.
Com a
celebração do Advento, iniciamos não só um novo tempo litúrgico, mas também um novo ano litúrgico. Somos convocados
a percorrer com Jesus Cristo um itinerário pascal. Nesse caminho, passamos pela
espera ardente do Advento da definitiva vinda do Senhor, pela divinização,
encarnação e manifestação do Filho de Deus em nossa humanidade, celebrada no
Natal e na Epifania.
Hoje acendemos
a primeira vela da coroa do Advento. Ela representa a luz que vem iluminar-nos
para percebermos, em nossa vida, os sinais da manifestação de Deus e também
enxergarmos o que nos afasta de seu caminho e, portanto, exige de nós
conversão. Ela é a luz do Senhor pela qual queremos nos deixar guiar.
2- REFLEXÃO BÍBLICA,
EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Contemplando os
textos
Primeira leitura – Isaias 63,16b-17.19b;64,2b-7.
O trecho proposto para a leitura do Primeiro domingo do Advento, faz parte
integrante de um conjunto maior que abrange Isaias 63,7—64,11. É uma oração
muito comovente feita num momento particularmente delicado da história de
Israel. A maior parte dos especialistas situa esta oração pelo fim do exílio,
provavelmente depois mesmo do edito de Ciro (538 antes de Cristo) que permitiam
aos hebreus retornarem à sua pátria. Deve ter sido composta antes da
reconstrução de Jerusalém (520-515) porque supõe que o mesmo esteja ainda em
ruínas (Isaias 64,11).
A oração é uma
mistura de lamentação, de súplica ardente e de ato penitencial. O longo exílio
com seus sofrimentos e humilhações, as maravilhosas promessas de Ezequiel e do
Dêutero-Isaias (Isaias 40-55), tudo isto fazia os piedosos judeus prorromper
nesta súplica a Deus.
O apelo à paternidade de Deus dá à leitura um
tom íntimo e familiar e permite que o autor, para expressar os sentimentos de
dor e angústia com o prolongamento da triste situação, prorrompa em
interrogações a Deus e exclamações. Deus é pai e só Dele pode vir a salvação.
Depois de reconhecer a Deus como Pai e Único capaz de salvar seu povo, exclama
o profeta num tom emocionante: “Oh, se rompesses os céus e descesses...”. A
liturgia do Advento, assumindo essas palavras, expressa em nome de toda a
humanidade os anseios profundos e veementes para que Deus apresse sua
intervenção libertadora.
No pensamento
do profeta estão presentes todas as maravilhas que Deus realizou ao longo da
história do povo escolhido, especialmente a libertação do Egito e a conquista
da Terra Prometida. De qualquer maneira é uma profissão de fé nas intervenções
de Deus ao longo da história e que fundamenta a certeza de uma nova intervenção
na dolorosa situação presente.
Nos versículos
5-7 Isaias faz uma confissão pública dos pecados do povo. É o reconhecimento de
uma situação de impureza, de indignidade diante de Deus, por causa dos inúmeros
pecados e infidelidades do povo. Só Deus pode nanar essa situação!
O profeta não
se pronuncia aqui sobre a origem do mal; mas somente anuncia sua solução, pela
intervenção de um Deus que romperá os céus e realizará na terra prodígios e
maravilhas que, castigando os inimigos, tudo restabelecerão (Isaias
63,19b64,4a). É a Deus que o ser humano deve entregar-se para livrar-se do mal,
pois ele é pequeno e limitado demais para conseguir isso sozinho.
O versículo 8
retorna ao pensamento inicial, completando-o com a tão conhecida imagem do
oleiro e da argila (Isaias 29,6; Jeremias 18,6; Gênesis 2,7). A súplica retoma
o tom afetuoso e confiante. Verdade é que os pecados cavaram um abismo entre o
povo e Deus, mas Deus continua sendo Pai, Aquele que plasmou o seu povo, como o
oleiro modela um vaso. Deus não pode abandonar a obra de suas mãos.
Salmo responsorial – Salmo 79/80,2-3b.15-16.18-19.
O salmo 79/80 é uma súplica
coletiva. Deus é pastor sobretudo no deserto. Os querubins são os animais que
têm asas que sustentam o trono de Deus; o resplendor indica a aparição ou
teofania. Deus deve atuar, pois trata-se da “tua vinha, que a tua mão direita
plantou, que tu tornaste vigorosa.
Por que surgiu
este Salmo? O Salmo 79/80 é fruto de um conflito internacional. O reino do
Norte (José, Efraim, Benjamim e Manassés, 2-3) está destruído por causa de uma
invasão estrangeira, isto é, um conflito internacional. Tem ligação com os
salmos 77 e 78.
“Iluminai a
vossa face sobre nós, convertei-nos para que sejamos salvos!” O povo clama a
Deus, chamando-o de Pastor de Israel, pedindo que cuide de seu rebanho, que é o
Reino do Norte. Este salmo surge na época da destruição das tribos do Reino do
Norte conhecidas como Israel ou casa de José. Devido aos acontecimentos, Deus
“parece estar dormindo” e o povo pede que Ele acorde. O salmo apresenta várias
imagens: Deus-Pastor, povo-rebanho e vinha. Pede que o Senhor visite a vinha,
mas reconhece que não foi Deus que abandonou a vinha, mas o rebanho que se
afastou do Pastor.
A imagem da
videira é assumida por Cristo no Novo Testamento, como concentração do Povo de
Deus (João 15,5), e depois ela passa para a sua Igreja. Como Cristo, também a
Igreja é pisada e entregue às contendas e gozações dos inimigos. Com Cristo a
Igreja invoca a ajuda de Deus, e em Cristo ela contempla o rosto de Deus que
brilha em poder e clemência.
Qual o rosto
de Deus neste Salmo? A imagem do pastor é sugestiva. Pastor é quem tira dos
currais e conduz para as pastagens. Foi o que Deus fez no passado, quando
libertou seu povo do curral do Faraó levando seu rebanho para a Terra
Prometida. Sem dúvida é uma das imagens mais bonitas do Primeiro Testamento que
mostra Deus como pastor juntamente com o Salmo 22/23. Jesus no Evangelho de
João, assume as características de Javé pastor, libertador e aliado (João 10). As
imagens de Deus pastor (versículos 2-3) e agricultor (versículos 9-16) são
tiradas da terra. Com isso descobrimos que o Deus deste Salmo está comprometido
com a defesa e a posse da terra. É o Deus aliado, representado na Arca da
Aliança, sobre a qual estão os querubins (versículo 2b), que tem as mãos e os
pés ocupados na defesa de uma terra para o seu povo.
Cantando este
salmo na celebração deste domingo, peçamos ao Senhor que Ele nos visite, que
não nos abandone, porque somos a sua vinha preciosa e precisamos de seu cuidado
e carinho para produzirmos ótimas uvas. Por isso com o Salmo 79/80, pedimos que
sejamos iluminados e convertidos pelo Senhor:
R: ILUMINAI A
VOSSA FACE SOBRE NÓS,
CONVERTEI-NOS, PARA QUE SEJAMOS SALVOS!
Segunda leitura –1Coríntios 1,3-9. Paulo,
de Éfeso, escreve sua primeira carta à comunidade cristã de Corinto, fundada
por ele no final da segunda viagem. Deseja-lhes bens espirituais: a graça e a
paz de Deus Pai e de Jesus Cristo. A “graça” é a benevolência de Deus, ao passo
que a “paz” encerra o conjunto dos bens cristãos. Podem ser sinônimos, como
saudação cristã grega (cháire!) e hebraica (shalôm!), como voto de bênçãos,
desejando uma euforia geral de vida psicossomática. É uma saudação com uma
dimensão universal da salvação. A graça pode também indicar a bondade de Deus,
como causa da paz, ou os dons messiânicos, cuja fonte última é Deus Pai e Jesus
Cristo. A fé cristã associou a Deus Pai o nome de Jesus Cristo, na mesma linha
divina. O título “Senhor” indica ser Jesus Cristo Deus, como o Pai, visto que no
Primeiro Testamento “Kýrios” se atribuía somente a Deus. Além disso, “Senhor”
considera Jesus em seu estado de glória, devida a ressurreição, em oposição ao
estado de “kênose” ( esvaziamento) em que viveu desde a Encarnação até à morte
(Filipenses 2,5-11).
Paulo sugere
aos coríntios que não que ponha a confiança na suficiência humana, mas nos dons
de Deus, conferidos em Cristo Jesus (versículo 4), graças aos seus méritos, em
virtude de nossa incorporação a Ele
(romanos 3,24s; 6,2-11). Semelhantes dos se reduzem aos da “palavra” e aos do
“conhecimento”. A “palavra” seria a doutrina e a pregação evangélica (cf.
Gálatas 6,6; Efésios 1,13; 1Tessalonicenses 1,6), enquanto o “conhecimento”
representaria o conteúdo, uma compreensão mais profunda do Evangelho.
A fidelidade
divina é fator de salvação no dia do retorno glorioso de Cristo (versículos
7-9). A melhor definição do “cristão” está no versículo 9: “chamado à comunhão
de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor”, isto é, chamado a participar da
filiação do Filho em íntima comunhão de vida com Ele, como seu membro (Romanos
6,3-11; 8,17; Gálatas 3,26-28). Aqui está a base, o centro da vida cristã: fé,
esperança, caridade. Tudo isto graças à união com Cristo (koinonia =
comunhão).
Evangelho – Marcos 13,33-37. O primeiro
versículo (33) e o último (37) obriga os cristãos à vigilância perpétua. Esta
vigilância perpétua é ilustrada com o que originalmente eram duas parábolas, a
saber, a Parábola dos Talentos e a Parábola do Porteiro.
As parábolas
sobre a vigilância não faltam em Mateus, Marcos e Lucas. Em Mateus 24,42-44, a
vigilância deveria ter sido a qualidade do dono da casa surpreendido pelo
ladrão, assim como a dos judeus despreocupados no momento da queda de Jerusalém
e do Templo. Em Lucas 12,35-40, são os servos, pelo contrário, que devem
vigiar, à espera de um patrão que lhes pedirá contas. Pensemos, imediatamente,
na prestação das contas do fim do mundo (cf. Mateus 25). Na versão de Marcos,
que contemplamos na liturgia de hoje, somente o porteiro foi encarregado de
vigiar, enquanto os outros servos permanecem no trabalho. E vai além: o dono da
casa, ao voltar, não exige nenhuma prestação de contas. Este último relato
poderia, pois, inspirar-se numa reflexão referente a primazia de Pedro ( o
porteiro).
Na versão de
Marcos, o fato de não haver nenhuma referencia à prestação de contas, permite
supor que a parábola não visa uma vigilância indispensável como preparação para
o julgamento. Refere-se àquela vigilância especial que repousa primeiramente
sobre Pedro (cf. as palavras “casa”, “porteiro” e “poder” acrescentadas por
Marcos no versículo 34 e a referência à atitude de Pedro no Getsemâni nos
versículos 45-36).
Pedro é
encarregado de vigiar e firmar a fé dos seus irmãos (Lucas 22,32): não é ele a
pedra sobre o qual Cristo edifica um templo muitíssimo mais sólido do que
aquele de Sião destinado à destruição? (Mateus 16,18). O ensinamento de Marcos
revela a parte que a hierarquia assume na atenção da Igreja inteira aos sinais
da vinda do Senhor. Enquanto o dono está
ausente, cada servo tem a sua “tarefa” (versículo 34), e embora o dever de
“vigiar” seja próprio do porteiro, a última palavra de Jesus estende-se a
todos.
A última frase
do texto: “O que vos digo, digo a todos: vigiai!” (versículo 37), mostra bem
que, na mente de Marcos o discurso já não se dirige somente aos discípulos de
Jesus ou aos quatro deles mencionados em 13,3, mas a todos os cristãos. Esta
nova orientação transparece também já no versículo 35, onde se exige vigilância
de todos, e não somente do porteiro da parábola.
A combinação
da Parábola do Porteiro com a dos Talentos pode ser resumida desta maneira:
“fiquem vigiando, não somente esperando, mas trabalhando! Vigiem, não porém
esperando a volta do Senhor de braços cruzados, permanecendo à toa (cf.
2Tessolonicenses 3,6-12), mas trabalhando e valendo-se da “autoridade” que o
Senhor delegou aos seus servos e desincumbindo-os das tarefas confiadas a cada
um”(versículo 34b).
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
É
o primeiro domingo do Advento. Começo de mais um Ano Litúrgico. Início de mais
um ciclo de leituras. Mais um Natal que nos é dado a celebrar. E para bem
celebrá-lo somos convidados, através das celebrações litúrgicas deste período,
a uma preparação séria, fecunda e renovadora. Como diz o refrão meditativo para
o acendimento da coroa do Advento: “Arrumemos nossa casa co’ alegria! Dentro
dela o Senhor vai chegar...”
Como vimos,
vigiar é ter para com Jesus a atenção que suscita o amor. Essa atenção se
expressa no “forte chamado para promover uma globalização diferente, que esteja
marcada pela solidariedade, pela justiça e pelo respeito aos direitos humanos,
fazendo da América Latina e do Caribe não só o Continente da esperança, mas
também o Continente do amor” (Documento de Aparecida, 64).
O Advento,
como tempo de preparação para o Natal, é um momento de alegria. A esperança da
intervenção de Deus no mundo é repleta de amor por aquele que vem. Não há nada
fácil nessa atitude, pois a vigilância é necessária. A confiança em Deus deve
ser acompanhada da obediência à ordem do Mestre: “Vigiai”.
Sentimos que
esta voz de Deus é também dirigida a nós, que vivemos muitas vezes dormindo,
sonolentos e desatentos ao que acontece a nossa volta. Por isso, hoje cantamos
para Deus, com o Salmo 79/80: “Iluminai a vossa face sobre nós, convertei-nos,
para que sejamos salvos! Despertai vosso poder, ó nosso Deus, e vinde logo nos
trazer a salvação”.
Tempo de
Advento é período de renovar a fé no Deus que sempre quer nosso bem: “Visitai a
vossa vinha e protegei-a! foi a vossa mão direita que a plantou; protegei-a, e
ao rebento que firmastes!” (Salmo 79/80).
Brote
sinceramente de nosso coração o pedido do salmista: “Pousai a mão sobre vosso
protegido, o filho do homem que escolhestes para vós! E nunca mais vos
deixaremos, Senhor Deus! Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome!”.
4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO
As três vindas do Senhor
Estamos
acostumados a falar na segunda vinda de Jesus, esquecemos de considerar, em
nossa espiritualidade e existência, uma outra vinda, a que São Bernardo de
Claraval chama de “intermediária” e que nos liga à primeira e à ultima, quando
Deus for tudo em todos.
Nossa vivência
cristã do Advento deve haver um equilíbrio das três vindas do Senhor Jesus:
passada, presente e futura, que se celebram e confluem no tempo de graça e
bênção que começamos no Primeiro Domingo. Como a esperança cristã, o Advento é
como um cheque ao portador que o cristão já tem na mão, mas que ainda não
cobrou. Essa é a tensão escatológica da esperança cristã entre o “já sim” e o
“ainda não”. Isso não é motivo de desgosto ou falta de identidade para o
cristão, mas de vigilância permanente, espera ativa e esperança alegre e segura
na fé, que é a garantia do futuro esperado (Hebreus 11,1).
A Oração do
Dia deste primeiro domingo do Advento fala do encontro que acontece entre o
“Cristo que vem” e os fiéis que a Ele acorrem, portanto, consigo uma vida
justa, segundo seus preceitos: “acorrendo com nossas boas obras.” Falando desse
encontro no presente, seu fruto também se dá no “hoje” de nossa existência:
tomar parte na comunidade dos justos. Toda esta linguagem nos remete não para o
cumprimento da promessa de comunhão com Deus num futuro desconhecido, mas no
“hoje” da nossa existência, mediante o sinal eclesial: a Igreja.
Este encontro
com o Senhor no “hoje” da nossa vida é o que se chama “vinda intermediária”.
Matias Auge fala das “vindas de Cristo” com muita clareza: “A liturgia celebra
a vinda epifânica do Senhor colocando em evidencia as diversas fases em que ela
se desenvolve entre memória, presença e expectativa: a preparação profética do
Primeiro Testamento; a vinda histórica do Senhor no seu nascimento e
manifestação sobre a terra; a realização mística desta vinda no presente da
Igreja; e, finalmente, a ultima vinda do Senhor, no fim dos tempos, chamada de
escatológica”
Vem, Senhor Jesus!
No coração da
Oração Eucarística, que a reforma litúrgica explicitou na aclamação anamnética,
a comunidade dos fiéis de pé entoa: “Anunciamos Senhor, a vossa morte e
proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus.” Esta súplica vem na
linha de compreensão do pensamento patrístico a respeito do Advento do Senhor,
que afirma as duas vindas de Cristo e que associam cruz-presépio (primeira
vinda) a glória-fim dos tempos (segunda vinda). A aclamação memorial recorda
este acontecimento, ápice e fonte da vida cristã. Mas tal memória não nos
remete a um evento perdido no passado ou refém das nossas esperanças para o
além-túmulo. Ela realiza sacramentalmente no seio da Igreja a vinda
intermediária, na linguagem de São Bernardo de Claraval. Vinda esta que precisa
ser buscada, percebida, acolhida e anunciada no “hoje” da nossa vida.
5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA
O eterno plano
de amor e o caminho aberto da salvação foram para nós realizados pela vida,
morte, ressurreição de Jesus e presença do seu Espírito em nós. Páscoa esta que
nos garantiu e garante que, no final dos tempos, veremos concretizar plenamente
seu Reino de justiça, paz e vida para todos os justos. Coragem! Vigiai!
Na celebração
eucarística celebramos este mistério. Este é o “mistério da fé”. Por isso
cantamos em cada celebração eucarística:
“Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde,
Senhor Jesus!”. Ou como rezamos no Pai Nosso: “Venha a nós o vosso Reino!”. Ou
ainda no embolismo, a oração que segue o Pai Nosso: “Vivendo a esperança,
aguardamos a vinda do Cristo Salvador!”
Que nossa
participação na Páscoa de Jesus, neste primeiro Domingo de preparação para o
Natal, nos ajude a andar por este caminho transitório de tal maneira que, como
peregrinos, abracemos o Reino que de fato nunca se acaba, eterno, e pelo qual
vale a pena investir tudo o que temos! Assim rezamos na oração após a comunhão:
“Aproveite-nos, ó Deus, a participação nos vossos mistérios. Fazei que eles nos
ajudem a amar desde agora o que é do céu e, caminhando entre as coisas que
passam, abraçar as que não passam”.
6. ORIENTAÇÕES GERAIS
3. O ambiente da igreja
deve ser enfeitado com moderação e simplicidade para não antecipar a alegria do
Natal do Senhor.
4. A Coroa do
advento seja colocada em local apropriado, onde possa ser visualizada pela
assembléia. De preferência, seja feita de ramos verdes. A Coroa é plena de
simbologia, seja por sua forma em círculo, que representa a eternidade, seja
pelas quatro velas que representa a luz que vem do Senhor e apontam para os
quatro pontos cardeais, mostrando que Jesus veio para todos os povos.
5. Motivar as
pessoas para que façam uma Coroa do Advento em suas casas, colocando-a num
lugar de destaque, e para que rezem em família a novena em preparação para o
Natal. Pode-se também colocar um sinal do Advento na porta da casa.
6. Os instrumentos
musicais (órgãos, violão, teclado e outros) sejam usados com moderação,
conveniente ao caráter próprio deste tempo, de modo a não antecipar a plena
alegria do Natal do Senhor. Cuidado com as bandas barulhentas. O mesmo vale
para as ornamentações com flores: discrição, comedimento, expressando o tempo
de espera por algo bom que vai chegar.
7. É importante
lembrarmos às comunidades a Coleta Campanha para a Evangelização, que será
realizada no 3º Domingo do Advento, no dia 14 de dezembro. A Campanha para a
Evangelização é, na Igreja do Brasil, uma resposta firme e significativa de
todos aqueles que acreditam e assumem a responsabilidade evangelizadora. A
Boa-Nova da salvação deve chegar a todos os cantos de nosso país: das grandes
cidades às pequenas aldeias, das periferias às comunidades rurais, alcançando
as crianças, os jovens, os adultos, os ricos e os pobres, de modo especial a
todos aqueles que sofrem. Nossa generosidade seja uma oferta viva ao Cristo,
que por nós se encarnou no ventre da Virgem Maria.
8. Revitalizar na
Igreja, através do Advento, o espírito missionário de anúncio do Messias a
todos os povos e a consciência de ser sinal concreto de esperança. Desafia-nos
a um amor concreto por todos, preferencialmente pelos pobres, através de
práticas solidárias e ações sócio-transformadoras.
7- MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas,
executados com atitude espiritual e,
condizentes com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério
celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são do Tempo do Advento, é
preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos deve ser
cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério
celebrado. A função da equipe de canto não é
simplesmente cantar o que gosta, mas cantar o mistério da liturgia deste 1º
Domingo do Advento. Os cantos devem estar em sintonia com o Ano Litúrgico, com
a Palavra proclamada e com o sacramento celebrado. Não devemos esquecer que
toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de
uma pastoral ou de um movimento.
A equipe de
canto faz parte da assembléia. Não deve ser um grupo que se coloca à frente da
assembléia, como se estivesse apresentando um show. A ação litúrgica se dirige
ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo. Portanto, a equipe de canto deve se
colocar entre o presbitério e a assembléia e estar voltada para o altar, para a
presidência e para a Mesa da Palavra.
Ensina a
Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além
de unir a assembléia, “inseri-la no mistério celebrado” (IGMR nº 47). Nesse
sentido o Hinário Litúrgico I da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão
gravados no CD: Liturgia VIII. Encontramos também no Ofício Divino das
Comunidades ótimas opções.
1. Canto de abertura. “A Ti,
Senhor, elevo minha alma” (Salmo 25/24,1-3). Para este Primeiro Domingo do
Advento do Ano B, é muito interessante o canto de inspiração bíblica “Quando
virá, Senhor, o dia, em que apareça o Salvador” CD: Liturgia VIII-ADVENTO,
melodia da faixa 1. Também se encontra no Hinário Litúrgico I da CNBB, página
85.
2- Canto para o acendimento das velas da
Coroa do Advento. “Acendamos a lamparina”, CD, Cristo, Clarão do Pai,
melodia da faixa 2, Paulus. Ver o google.
3. Salmo responsorial 79/80. O
Pastor que vem salvar seu rebanho, o Senhor que cuida de sua vinha. A CNBB em
seu Hinário I propõe uma versão muito e popular deste Salmo que está gravado no
CD: Liturgia VIII, melodia da faixa 2: “Mostrai-nos, ó Senhor, a vossa face, e
a vossa salvação nos concedei”.
Para a
Liturgia da Palavra ser mais rica e proveitosa, há séculos um salmo tem sido
cantado como prolongamento meditativo e orante da Palavra proclamada. Ele
reaviva o diálogo da Aliança entre Deus e seu povo, estreita os laços de amor e
fidelidade. A tradicional execução do Salmo responsorial é dialogal: o povo
responde com um refrão aos versos do Salmo, cantados um ou uma salmista. Deve
ser cantado da mesa da Palavra. De cunho lírico, deve normalmente ser cantado,
pelo menos o refrão, que neste caso é intercalado com a leitura calma do salmo.
Deus fala e a comunidade responde na fé, na esperança e no amor. Além da
resposta, o Salmo atualiza a primeira leitura para a comunidade celebrante. Valorizar
bem o ministério do salmista.
4. Aclamação ao Evangelho. “Mostra
tua misericórdia e dá tua salvação” (Salmo 84/85,8). De maneira muito adequada
e popular é a versão de Reginaldo Veloso que a CNBB oferece: “Aleluia... Vem
mostrar-nos, ó Senhor, tua grande compaixão, Dá-nos tua salvação!”, CD:
Liturgia VIII música igual a faixa 9. O canto de aclamação ao evangelho
acompanha os versos que estão no Lecionário Dominical.
5- Refrão para a resposta das preces
R: Vem, vem,
Senhor Jesus, vem,/ Vem, bem-amado Senhor! (bis); Hinário Litúrgico I, página
88-89.
6. Apresentação dos dons. A escuta
da Palavra e colocá-la em prática, deve despertar na assembléia a vigilância constante.
A partilha nos torna sinal vivo do Senhor. O canto de apresentação dos dons,
conforme orientamos em outras ocasiões, não necessita versar sobre pão e vinho.
Seu tema é o mistério que se celebra acontecendo na fraternidade da Igreja
reunida em oração. Podemos entoar: “A nossa oferta apresentamos no altar”, CD:
Liturgia IV, música da faixa 4; “Pão e vinho apresentamos com louvor..., do Pe.
José Weber, Hinário Litúrgico da Arquidiocese de Campinas; “É tempo do meu
Advento... Isaias”, Hinário Litúrgico I, página 70.
7. O canto do Santo. Um lembrete
importante: para o canto do Santo, se for o caso, sempre anunciá-lo antes do
diálogo inicial da Oração Eucarística. Nunca quando o presidente da celebração
termina o Prefácio convidando a cantar. Se o (a) comentarista comunica neste
momento o número do canto no livro, quebra todo o ritmo e a beleza da ligação
imediata do Prefácio como o canto do Santo.
8. Canto de comunhão. Deus dá
sua bênção, nós os frutos (Salmo 84/85,13). Deus nos mostra que a salvação está
perto, e que amor e fidelidade unidos se encontrarão. É muito interessante e
adequada a versão muito boa e popular de Reginaldo Veloso que a CNBB-PAULUS nos
oferece do Salmo 84/85 com a Antífona também de caráter popular. “Vigiai,
vigiai, eu vos digo” articulada com o Salmo 84/85, CD: Liturgia IV, melodia da
faixa 5. Este canto retoma o Evangelho na comunhão de maneira autentica. Veja
orientação abaixo.
De fato de a
Antífona da Comunhão, em geral, retomar um texto do Evangelho do dia revela a
profunda unidade entre a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística e
evidencia que a participação na Ceia do Senhor, mediante a Comunhão, implica um
compromisso de realizar, no dia-a-dia da vida, aquela mesma entrega do Corpo e
do Sangue de Cristo, oferecidos uma vez por todas (Hebreus 7,27).
O Missal
oferece muita flexibilidade na organização da comunhão, não diz que se deve
cansar a assembleia com muitos cantos. Também não tem sentido depois que os
fiéis comungarem, continuar executando o canto até a última estrofe cansando a
assembleia. É uma regra de bom senso.
9. Canto de louvor a Deus após a
comunhão: Durante o Tempo do Advento omite-se este canto.
8- O ESPAÇO CELEBRATIVO
1. Durante o
tempo do Advento, como já é costume, tem destaque a Coroa do Advento. Evite-se
utilizar flores e matérias artificiais e espalhafatosos, muitas vezes típicos
da linguagem comercial: pisca-pisca, festões, papai noel, etc. Fiel à sua
origem, a Coroa do Advento é confeccionada apenas com galhos verdes em forma
circular, símbolo do eterno que mergulha e se deixa entrever no tempo. A nossa exagerada criatividade fez a
coroa tomar outras formas e, conseqüentemente, perder seu sentido. As quatro
velas acesas uma a cada domingo, de forma crescente, anunciam que a Luz vence
as Trevas. Proclamam o porvir da Páscoa do Natal. A Coroa pode ser colocada
próximo ao Altar ou da mesa da Palavra.
9. AÇÃO RITUAL
Neste tempo em que
se celebra a manifestação do Verbo na história humana, é interessante que se dê
importância ao Evangeliário e também à imagem ou ícone de Nossa Senhora, Mãe do
Senhor e imagem da Igreja fiel á Palavra de Deus.
Ritos Iniciais
1. É
importante não exagerar nos elementos dos Ritos Iniciais, para que transpareça
seu caráter preparatório, introdutório e de exórdio, conforme indica o IRMR n.
46. Em se tratando, ainda, de um tempo preparatório, em que é própria a reserva
simbólica (omitem-se o Glória e o uso de flores é bem moderado), aproveite-se
para “despojar” os Ritos Iniciais, deixando-os mais simples. Pode-se escolher
como elemento a ser valorizado a “saudação inicial” que progressivamente,
forneça à assembleia aquela frutuosa compreensão do que se celebra neste tempo.
Para o Primeiro Domingo, poderia ser usada a seguinte fórmula, inspirada na
saudação apostólica de Paulo e em sua ação de graças a Deus, 2Coríntios 1,2-3:
“A vós, irmãos e irmãs, que esperais
vigilantes a manifestação do Deus da Vida, graça e Paz da parte de Deus, o Pai
das misericórdias e Senhor de toda consolação”.
2. Com a
intenção de exprimir o sentido da Coroa do Advento e de recuperar o seu sentido
original e litúrgico, sugerimos que, a cada Domingo, nos ritos iniciais, depois
do sinal da cruz, da saudação do presidente e da recordação da vida, antes de
dar o sentido litúrgico, acende-se solenemente cada vela da coroa com a
seguinte oração de benção, dentro do rito proposto. Lembre-se que as velas não são símbolo, mas a luz que elas irradiam,
sim. Portanto, a cor das velas não
interfere no significado da Coroa do Advento, podendo, pois, utilizar quatro
velas brancas.
- Acendimento
Solene da Coroa do Advento:
Alguém se
aproxima da coroa, trazendo uma pequenina chama ou uma vela pequena acesa
(evitem-se os fósforos que criam ruído, apagam-se facilmente, enfraquecendo a
ação simbólica, do ponto de vista exterior, o que acarreta na assembléia
dispersão e impaciência). Depois de acesa a primeira vela, cantar este refrão
que está no CD, Cristo Clarão do Pai, melodia da faixa 2, Paulus. Se a equipe
de canto não tiver o CD, é só entrar no google que encontra-se a música e
também a partitura.
Acendamos a lamparina, acendamos a
lamparina.
Sentinela a vigiar:
logo o Senhor virá, logo o Senhor virá.
Deus-Conosco: luz a brilhar. Deus-Conosco:
luz a brilhar!
3. Terminada
esta ação ritual, dirigi-se para a Mesa do Altar e do Ambão para acender as
velas que ladeiam tais peças.
4. Essa ação
ritual pode ser usada nos quatro domingos do Advento.
5. Em seguida
quem preside, ou um diácono ou um leigo ou leiga dar o sentido litúrgico da celebração:
Domingo da vigilância. Neste
Primeiro Domingo do Advento contemplamos sobre a vinda definitiva do Senhor no
fim dos tempos. Vem vindo aquele que sempre vem, e a atitude fundamental é
vigiar, é renovar nossos corações para não ser pego de surpresa.
6. Ato
penitencial. Não se trata de Rito penitencial, mas Ato penitencial. O Ato
penitencial é concluído pela absolvição do presidente, absolvição que, contudo,
não possui a eficácia do Sacramento da Penitencia. Por confissão geral, se
entende não a descrição de pecados, mas da condição pecadora do fiel, no
sentido de evidenciar aquela humildade de que fala o Evangelho. Não é para
pedir perdão dos pecados, mas para reconhecer-se pecador e dignos da Mesa do
Senhor. É para tornar a assembléia atenta ao apelo de Jesus que diz:
“Convertei-vos e crede na Boa-Nova” (Marcos 1,15 e para obedecer à ordem de
reconciliar os irmãos antes de apresentar a oferenda (Mateus 5,24), que a
Igreja celebra a penitência ao iniciar sua celebração. Seria interessante que
seja cantado. O canto de abertura previsto pelo Missal Romano é retirado do
Salmo 24/25,1-
7. Neste tempo
preparatório, em que a conversão é uma dimensão muito enfatizada, pode-se
realizar o Ato Penitencial sob a segunda formula, diálogo com os versículos
sálmicos:
Tende
compaixão de nós, Senhor.
Todos: Porque
somos pecadores.
Manifestai,
Senhor, a vossa misericórdia.
Todos: E
dai-nos a vossa salvação.
Deus
Todo-Poderoso tenha compaixão de nós...
8. A oração do
dia começa suplicando a Deus o desejo de possuir o Reino celeste. Só tem
sentido ir ao encontro do Senhor que sempre vem, com as nossas boas obras.
Rito da Palavra
1.
Neste Primeiro Domingo do Advento onde for possível, colocar a Coroa do Advento
junto à Mesa da Palavra. Pode-se abrir a Liturgia da Palavra, exprimindo a
“vigilância” da comunidade de fé que, reunida, espera confiante na Palavra de
Deus destacando a vela que foi acesa no coroa. Antes da Primeira Leitura em vez
de comentário que já caiu do uso, é interessante cantar a repetição do Ofício
Divino das Comunidades preparando o coração da assembléia para acolher a
Palavra:
- Em pé vigilantes, juntos na oração, (bis)
- Vamos ao seu encontro, lâmpadas nas mãos! (bis)
2. Destacar a
procissão com o Evangeliário do Altar para a Mesa da Palavra.
3. Deixar sempre uns
instantes de silêncio após cada leitura e também após a homilia, para um
diálogo orante de amor e compromisso da comunidade com o Senhor.
4. Se a celebração
for à tardinha ou à noite, durante a aclamação e proclamação do Evangelho, além
das duas lanternas que acompanha a procissão do Evangeliário, onde for possível
toda a assembléia ou um grupo de pessoas pode ter velas acesas nas mãos,
expressando a atitude de vigilância
que o Advento nos pede. A leitura do Evangelho pode ser feita num tom solene de
grande proclamação. A frase mais importante é: “O que vos digo, digo a todos:
vigiai!”.
5. A resposta das
preces poderá ser cantada e expressar desejo e expectativa, retomando o clamor
das comunidades do Apocalipse: “Vem, Senhor Jesus!” Por exemplo: “Vem, Senhor,
libertar o teu povo! Ou outro semelhante. Veja em Música Ritual , nº 7,
item 6.
6. Nos quatro domingos do Advento, as preces podem ser
cantadas na forma de Ladainha do Advento, do CD: “Luz do Universo”, do Mosteiro
da Anunciação do Senhor, cidade de Goiás, ou também numa bonita versão de Ir.
Miria Kolling. Quem não tiver o CD, a Litania do Advento (Ladainha) pode ser
recitada no momento das preces, substituindo-as. Em todos os domingos,
preceda-se assim:
Oh, Senhor...
Aleluia! Sabedoria...
Aleluia!
Vem, Messias...
Maranatha! Vem, nos
renova... Maranatha!
Oh, Justiça... Aleluia! Nosso desejo... Aleluia!
Mora entre nós...
Maranatha! Nosso
anseio... Maranatha!
Misericórdia...
Aleluia! Oh prometido... Aleluia!
Vive entre nós...
Maranatha! Nosso Messias... Maranatha!
Nossa força...
Aleluia! Oh Esperado... Aleluia!
Dentro de nós...
Maranaths Luz das nações... Maranaths!
Liberdade...
Aleluia! Luz das trevas... Aleluia!
Salva teu povo...
Maranatha! Ressuscitado... Maranatha!
Nossa cura...
Aleluia! Senhor da Glória... Aleluia!
Tira a dor...
Maranatha! Oh
Desejado... Maranatha!
Oh conforto...
Aleluia! Oh
Amado... Aleluia!
Dá esperança...
Maranatha! Entre nós... Maranatha!
Nossa alegria...
Aleluia!
Dentro de nós... Aleluia!
Nos preencha...
Maranatha!
Rito da Eucaristia
1. Os prefácios do Tempo do Advento têm sua
característica própria para vivenciarmos a espera do Salvador. Neste domingo da
vigilância é muito adequado o Prefácio do Advento, IA que destaca Cristo,
Senhor como Juiz da História fará do mundo presente novo céu e nova terra.
Pode-se escolher também o Prefácio do Advento I, que contempla as duas vindas
de Cristo. Nas missas do Advento e em todas as outras, desde o primeiro domingo
até 16 de dezembro, exceto nas Missas com prefácio próprio.
2. Na oração
sobre as oferendas suplicamos a Deus que Ele receba as nossas oferendas. É o
oferecimento dos dons que Deus nos deu e, pedimos o alimento para a nossa
salvação.
Ritos Finais
1. A oração
depois da comunhão destaca que a celebração eucarística permite-nos participar
do Mistério Pascal e, pedimos que ele nos ajude a amar desde agora a realidade
eterna para a qual caminhamos.
2. Seria muito
oportuno dar a bênção especial própria para o Advento que se encontra no Missal
Romano na página 519.
3. As palavras
do rito de envio podem estar em consonância com o mistério celebrado: Vigiai, o
Senhor, sempre vem ao nosso encontro. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
4. É comum
além, de entrar em procissão no início da celebração guiados pela cruz, também
retirar-se do espaço sagrado em procissão, igualmente guiados pela cruz.
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
A expectativa
da vinda do Senhor é um motivo para viver na alegria. Alegria, porque ela nos
liberta por uma libertação interior. Esta nos faz sair do nosso comodismo e nos
põe de prontidão para enfrentarmos corajosamente as grandes lutas por um mundo
melhor.
O objetivo da
Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as
comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa
diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos
Pe.
Benedito Mazeti
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