31 de julho de 2016
Leituras
Eclesiastes 1,2;2,21-23
Salmo 89/90,3-6.12-14.17
Colossenses 3,1-5.9-11
Lucas 12,13-21
“E PARA QUEM FICARÁ O QUE TU ACUMULASTE?”
1- PONTO DE PARTIDA
Domingo da partilha.
Neste domingo, a Palavra de Deus nos convoca a revermos nossas opções e não
organizar a vida em falsas seguranças. Tudo é vaidade, diz o Eclesiastes. Diz o
autor do livro do Eclesiastes: “Vaidade das vaidades! Tudo é vaidade”. O
apóstolo Paulo convida os colossenses a aspirar às coisas do alto. Jesus chama
de louca a pessoa que coloca sua segurança unicamente nos bens materiais. É
preciso usar os bens com discernimento e ter o necessário para viver.
O mês de
agosto é, na Igreja do Brasil, um tempo dedicado mais particularmente às
vocações. A palavra de hoje é bem apropriada para todos nós, homens e mulheres,
que queremos seguir Jesus, independentemente do modo ou estado de vida. É um
convite para retomar o seguimento de Jesus, que caminha para Jerusalém. O
caminho é a cruz, a entrega. É preciso deixar morrer o que em nós pertence à
terra – despojar-nos do homem(mulher) velho(velha) e revestir-nos do
homem(mulher) novo(a).
Antífona de Entrada: O Senhor é o
libertador, aquele que socorre.
2- REFLEXÃO BÍBLICA,
EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Contemplando os
textos
Primeira leitura – Eclesiastes 1,2;2,21-23.
A primeira leitura é tirada do Livro do Eclesiastes. Esse livro marca uma
fase de desenvolvimento do pensamento religioso de Israel. Surgiu no século III
antes de Cristo durante a dominação do império grego, isto é, em que o
helenismo espalhava idéias novas, abalando a solidez das antigas crenças. O
autor apresenta uma mensagem de desapego das coisas da terra. O refrão
preferido do autor: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade” (1,2). Essa frase
serve de refrão para toda a primeira parte do livro (cf. 1,12-6,12), cujo tema
é a vaidade. Preocupados apenas em acumular, não têm como desfrutar. Apesar de
afirmar que tudo é vaidade, o autor do Eclesiastes não prega alienação, pois,
lembrando a transitoriedade das coisas, faz notar os seus limites e alerta para
o desapego delas.
O autor das
reflexões é um israelita cético, que se afasta decididamente da sabedoria
convencional e das concepções básicas da religião israelita. Quer mostrar a
incapacidade do movimento sapiencial de seu tempo em resolver os problemas
existenciais das pessoas. Põe em xeque o dogma da doutrina da retribuição neste
mundo: a bênção não é a recompensa de uma vida impecável. Até mesmo aquilo que
era tido como a recompensa por uma vida sábia e justa, isto é, a alegria, o bem
estar material, uma vida longa e saudável, além de muitos filhos, é pura
ilusão.
As reflexões
do livro do Eclesiastes são de grande atualidade: Acentuam a absoluta
transcendência de Deus, que não pode ser manobrado pelas conveniências humanas;
despertam o senso crítico diante das injustiças deste mundo e a necessidade de
uma fé viva na presença de Deus na história humana. Por não acreditar que haja
uma recompensa justa neste mundo, o autor de Eclesiastes está a um passo da
crença na recompensa após a morte.
Na Sinagoga o
Livro do Eclesiastes era lido durante a Festa dos Tabernáculos, a festa da
colheita. Nesta ocasião o israelita alegrava-se com canções e danças pelos
frutos de seu trabalho e agradecia a Deus os dons recebidos.
Os pensamentos
do Livro do Eclesiastes sobre a inutilidade do esforço humano servem hoje de
ilustração para as palavras do Evangelho. Jesus na parábola critica o esforço
dos que armazenam os bens transitórios deste mundo, esquecendo de armazenar
riquezas diante de Deus, isto é, para a vida eterna, usando-as como um
instrumento de comunhão com o próximo.
A vaidade é a
distância entre o ideal humano e as realizações às quais ele chega. O coração
humano experimenta um desejo de absoluto que nada consegue satisfazer, isto é,
uma sede de Deus. Isso não é uma conseqüência do pecado, mas simplesmente a
expressão dos limites da condição humana. A vaidade hoje se chama absurdo ou
ambigüidade.
A vaidade
torna-se a falta da pessoa humana que desconhece os limites e os equívocos
impostos ao seu esforço. Ela é a loucura da pessoa humana que não se dá conta
da morte e encontra-se assim brutalmente ridicularizada por ela.
Salmo responsorial – Salmo 89/90,3-6.12-14.17:
O Salmo 89/90 é uma meditação conduzida com sabor sapiencial. O salmista
lembra a eternidade de Deus, o qual já existia antes mesmo da criação do mundo
(cf. versículos 1-2). Daí a súplica nos versículos 12-17 para que Deus ensine o
povo a conhecer a si mesmo diante dele e experimente a alegria especial de
servos, dos que vêem o poder de Deus e os próprios planos confirmados na graça.
O Salmo faz
uma bonita meditação sobre a brevidade da vida humana, com súplica cheia de
esperança. Com o “sempre” divino contrasta a breve vida humana: sentença de
Deus que recorda o pecado de Adão.
Há um
decréscimo marcado nestes versículos: os mil anos para Deus, o ciclo anual das
plantas, os ciclos diurno das flores. Assim se estreita a vida do ser humano na
meditação, porque o limite se apresenta com intensidade.
Aceitar essa
limitação humana com o coração resignado já é uma sabedoria que pedimos a Deus
e que, de certo modo, vence a tristeza. Mas não basta, e dentro da nova secção
as súplicas continuam: “até quando?” é uma pergunta típica da lamentação.
A manhã é a
hora propícia em que Deus ouve, em seu Templo. Ele pode preencher a vida breve
de alegria e de júbilo, recompensando assim os anos maus e tristes. Esta vida
humana é capaz de outra plenitude: contemplar a revelação de Deus na história
humana. A história permanece plena da ação de Deus, e quem contempla se enche
de mistério. Cheios dessa plenitude divina, nossos trabalhos e nossos dias
parecem superar o tempo, e nós saímos da meditação com esperança.
No sentido
cristão, há, contudo uma resposta mais elevada. A condição cristã não mudou a
vida humana em seu caráter temporal: o cristão continua “triste pela certeza de
morrer”. Mas também Cristo entrou nesta limitação humana, passou pela morte,
venceu-a, e com sua ressurreição inaugurou a vida nova, que é plenitude sem
fim. Se nossas obras participam da ressurreição de Cristo, permanecem cheias
para sempre.
O rosto de
Deus no Salmo 89/90. O salmo revela um Deus aliado que caminha com seu povo. É
o Deus do amor e da fidelidade que produzem justiça e direito. O Deus deste
salmo tem os pés no chão e faz história com seu povo.
Jesus Cristo é
a expressão máxima do amor e da fidelidade de Deus (João 1,17), palavras que
atravessam ponta a ponta todo o Salmo 89/90. O tema da Aliança também encontra
em Jesus seu ponto alto. A nova Aliança é selada no Sangue de Cristo.
Cantando este
o Salmo 89/90 na celebração deste domingo, peçamos a Deus que nos dê muita
sabedoria para aceitar a nossa limitação humana, assim teremos um coração
sensato para reconhecer a nossa finitude. Somente assim podemos conhecer melhor
a nós mesmos diante do Mistério de Deus.
VÓS FOSTES, Ó
SENHOR, UM REFÚGIO PARA NÓS.
Segunda leitura – Colossenses 3,1-5.9-11.
A passagem da morte à ressurreição que constituiu Cristo Senhor do universo,
produz-se radicalmente no momento do batismo (Colossenses 2,12-13; 3,1-4) e
termina progressivamente no decorrer da vida “terrestre” (versículo 5).
Um pressuposto
para toda a vida cristã é a ressurreição de Cristo, daí resultando que o
cristão deve procurar uma vida condizente com a condição de ressuscitado, ou
seja, as coisas do alto. A vida de quem ressuscitou com Cristo é descrita como
conduta obediente sob o domínio do Senhor (cf. versículos 9-11). Paulo mostra o
“batismo” como base da nova vida, por isso uma fundamentação cristológica, para
a ética, precede as instruções detalhadas.
A qualificação
“do alto” diz respeito ao céu, é o lugar da chamada Jerusalém celeste (Gálatas
4,26). Ali está a esperança preparada para os cristãos. Assim a luta do cristão
é nesta terra, sem perder, no entanto, a perspectiva do alto, onde Cristo está
entronizado. Precisamos colocar nossa capacidade intelectual e afetiva em busca
do alto. Isto não significa que o cristão deva sair do mundo, mas pensando,
amando, querendo, procurando o que é do alto ele modela sua vida segundo a
obediência ao Senhor.
Paulo faz
várias advertências, começando com a busca das coisas que dizem respeito à vida
espiritual, na qual Cristo tem o lugar de honra ao lado de Deus Pai. Os
cristãos não devem preocupar-se com questões ligadas à vida terrestre, não
espiritual, porque, batizados, morreram para elas. Agora a vida deles está
escondida com Cristo, em Deus. Quando Cristo, nossa vida, aparecer no
julgamento, então os cristãos também se manifestarão na glória com Ele.
Os batizados
devem morrer para o que pertence a este mundo: os vícios, a imoralidade, a
impureza, a paixão, os maus desejos e a cobiça, que é a idolatria, a mentira.
Esses pecados faziam parte da vida cotidiana da comunidade em seu passado
pagão, mas como agora são cristãos devem abandonar tais pecados. Os cristãos
revestiram-se de Cristo. Essa nova existência não depende da formação religiosa
anterior e nem da origem ética ou posição social, pois o que importa é que
Cristo é tudo em todos.
Evangelho – Lucas 12,13-21. O trecho do
Evangelho de hoje tem quatro partes: uma discussão; versículo 15: uma sentença;
versículos 16-20: uma parábola; versículo 21: uma sentença.
A discussão
entre Jesus e os dois irmãos refere-se a uma questão de herança. O mais velho
queria, sem dívida, não dar a parte da herança ao seu irmão, como é de costume;
o mais novo, ao contrário, queria a sua parte (cf. Lucas 15,11-13). Jesus
intervém nesta discussão, para dizer que não pretende absolutamente exercer uma
justiça distributiva.
A discussão
dos versículos 13-14 coloca a questão da relação entre a pregação do Evangelho
e as reivindicações da justiça distributiva, por questão de herança. A resposta
de Jesus mostra que Ele não quis ser envolvido em “negócios” terrestres. Não
que o Evangelho não tem nada a ver com a vida e a justiça, mas porque as coloca
com bases novas. Naquele tempo os rabinos eram chamados para resolverem brigas
de herança. Jesus se recusou sempre a legislar ou decidir como juiz sobre casos
concretos que lhe eram apresentados, porque o seu interesse estava nas próprias
fontes de conduta e não nos atos exteriores. A sentença do versículo 15 mostra
bem que Jesus é juiz num sentido mais profundo. Ele desperta nos envolvidos no
caso o interesse o interesse por uma maneira diferente de encarar a questão.
Jesus mostra que, se não fosse a cobiça, não haveria discussão e, portanto, não
haveria necessidade de árbitro.
Não sabemos se
o homem que procurava Jesus estava em seu direito ou não. Jesus não o atendeu
para evitar equívocos. É evidente que o homem precisa de um mínimo de bens
materiais para se manter. Mas isto não quer dizer que com o aumento dos bens
materiais cresce também a segurança da vida. A vida não é fruto da propriedade
de bens terrestres e da abundância de riquezas materiais, mas um dom de Deus.
Em última análise não é a pessoa humana que dispõe da vida, mas o próprio Deus.
Por isso a avareza pode ser qualificada de idolatria (cf. Efésios 5,5;
Colossenses 3,5). O papa Paulo VI definiu a avareza como sendo “a forma mais
evidente de subdesenvolvimento moral” (Populorum Progressio, 20).
O homem da
parábola, por outro lado, já é rico. A colheita extraordinária o faz pensar que
agora, com esta acumulação inesperada de riquezas, está seguro para muito
tempo. Pelo menos ele não será vítima de eventuais safras fracassadas que
causarão necessidade e fome para outros. A parábola somente quer desmascarar a
insensatez de tais cálculos. O rico não é descrito como materialista ou egoísta
declarado. O seu erro é pensar que é dono da vida por ser dono de grandes
riquezas. A morte está aí para provar que ele nem é dono certo de suas
propriedades. Amanhã podem pertencer a outros. Simplesmente não tem sentido
acumular riquezas.
Os cálculos do
homem da parábola são insensatos e mostram que ele não leva em conta a
eternidade. O versículo 21 acrescenta que aquele homem, além disso, ainda é um
egoísta impiedoso que só quis entesourar para si mesmo e descuidou de acumular
um tesouro no céu por meio da caridade para com os necessitados (cf. versículo
33). Ora, o erro do rico insensato é servir-se de suas riquezas como se
estivesse sozinho sobre a terra.
É pobre diante
de Deus aquele que amontoa riquezas só para si, fechado aos valores do Reino e
a partilhar com os outros; é rico, por seu lado, aquele que mantém a sua vida e
o seu coração abertos a Deus e sabe por ao serviço dos irmãos a sua abundância
ou o pouco que tem.
Lucas não
condena os ricos porque são ricos: o dinheiro não é bom nem mau, não mais do
que a eletricidade. Somente o uso que dele fazemos pode ser bom ou mau.
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
Jesus afirma
que a vida não depende de riquezas. Os bens são necessários, porém não é
correto viver em vista dos bens. A vida de uma pessoa não depende de suas
riquezas. O juízo que Jesus faz na parábola é muito rigoroso: aquele que
calculou tudo certinho, apoiando-se em suas próprias riquezas, como se fosse o
dono do mundo, mereceu ouvir a palavra dura: “Insensato, louco (...)”. Falsos
valores, engano e mentira, tudo isso está fora da perspectiva de Deus. Riqueza
para Deus é convivência fraterna, é não gozar dos bens da terra só para si, mas
repartir porque pertencem ao Pai Celeste. Riqueza para Deus é repartir com os
irmãos. Riqueza para Deus é comunhão e participação.
O papa Paulo
VI, na encíclica Populorum Progressio, sobre o desenvolvimento dos povos diz:
“Tanto para os povos como para as pessoas, possuir mais não é o fim último.
Qualquer crescimento é ambivalente. Embora necessário para permitir ao homem
ser mais homem, torna-o contudo prisioneiro no momento em que se transforma no
bem supremo que impede de ver mais além. Então os corações se endurecem e os
espíritos fecham-se, os homens já não se reúnem pela amizade mas pelo
interesse, que bem depressa os opõe e os desune. A busca exclusiva do ter forma
então um obstáculo ao crescimento do ser e opõe-se à sua verdadeira grandeza:
tanto para as nações como para as pessoas, a avareza é a forma mais evidente do
subdesenvolvimento mortal” (n. 19).
O que fazer? A
Palavra de Deus responde, basta escutá-la e praticá-la. Seria bom, a partir
dessa escuta, rever nossas práticas. Somos insensatos ou sábios? Citando mais
uma vez Paulo VI, ele continua no n. 20 da Populorum progressio: “Se a procura
do desenvolvimento pede um número cada vez maior de técnicos, exige cada vez
mais sábios, capazes de reflexão profunda, em busca de humanismo novo, que
permita ao homem moderno o encontro de si mesmo, assumindo os valores
superiores do amor, da amizade, da oração e da contemplação. Assim poderá
realizar-se em plenitude o verdadeiro desenvolvimento, que é, para todos e para
cada um, a passagem de condições menos humanas a condições mais humanas”.
Na celebração
deste domingo deixemos que a Palavra nos console e alegre o nosso coração com a
promessa de vida e felicidade como dons de Deus. que Ele nos livre da ganância
e da tentação de possuir bens a qualquer preço, sobretudo quando resultam do
empobrecimento e da exploração dos outros. Que se realize em nossas vidas todo
o sentido de partilha e de comunhão experenciado na celebração.
4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO
Nos inícios da
Igreja, quando a simplicidade na vida e no culto era “marca registrada” dos
cristãos, que se diferenciavam unicamente pelo seu modo de ser, sendo iguais
aos demais cidadãos em todo o resto, o costume para a celebração da Eucaristia
era de preparar o pão em casa e levá-lo à comunidade. Uma alusão a este gesto
ainda está presente na Instrução Geral do Missal Romano.
Mas, este
gesto se perdeu para a maioria das igrejas, sobretudo porque o capitalismo,
cada dia mais, assume um lugar cativo na sociedade. Já não preparamos o pão da
Festa mais importante das nossas vidas (o que deveria presumir a experiência do
espírito comunitário desde a casa de quem preparava o pão da Missa), mas o
compramos como mais uma mercadoria nas lojas do gênero.
A liturgia celebrada é um microcosmo
Pensando a
partir da proposta que a Campanha da Fraternidade lançou ao olhar de todos,
precisamos rever nossa caminhada. Pensar nas conseqüências do capitalismo em
nossas relações com o outro e de como o uso desmedido do dinheiro tem afetado
nosso jeito de celebrar. Esta reflexão é importante não pela celebração
litúrgica em si mesma, mas pelo fato de ela ser uma proposta organizada do
mundo. Organizada a partir das leis do Evangelho e não das leis do mercado. E
basta olhar de perto algumas das nossas celebrações para perceber o quanto
nossas liturgias respiram o consumismo e as leis de troca. Basta ver a
mentalidade de supermercado consumista das equipes de canto. Troca de cantos em
todas as celebrações, como se trocasse de roupa, não respeitando o repertório
da memória. Esse tipo de atitude de muitas equipes de canto, faz com que nada
fique na memória do povo. A cada ano voltando os mesmos cantos, eles voltam
amadurecidos de espiritualidade, é a novidade da repetição que temos que tomar
consciência. A pergunta não cala: que tipo de mundo estamos forjando a partir
do interior de nossas celebrações?
Prestemos
atenção, por exemplo, nas bodas (sacramento do matrimonio) que celebramos. O
quanto se gasta em ornamentações pomposas e gestos vazios do ponto de vista
litúrgico. O essencial se perde. O que vale é o exterior, as aparências. Os
ritos que deveriam dar ordem à nossa vida se tornam uma extensão do mundo
desorganizado e consumista em que vivemos. O que se passa em nossa cabeça
quando transformamos o rito de entrada nas bodas cristãs, sinal da Aliança de
Cristo com a Igreja, do Pai com a humanidade, em desfile de moda? O que se
passa também em nossa cabeça quando transformamos o canto de abertura da
celebração eucarística, que deve introduzir a assembléia no mistério celebrado,
com um canto às vezes bonito, animado mas sem sentido? O que celebramos na
liturgia?
No final das
contas como rezar com o salmista: “tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho”.
Aquele pão e vinho que trazemos em procissão é fruto desse nosso trabalho, da
nossa disponibilidade, da nossa vontade de formarmos Corpo.
A expressão:
“Que ele faça de nós uma oferenda perfeita” introduz na liturgia uma novidade:
na Missa com Cristo e em Cristo, a Igreja – enquanto corpo de Cristo –
oferece-se a si mesma. Não somos somente ofertantes, “como afirmam erradamente
certos cantos das oferendas”, somos também oferecidos. Levamos ao altar pão e
vinho como sinais de nós mesmos (cf. Hebreus 10,5-10).
Na narrativa
da ceia (consagração), nossos dons serão a realidade do corpo de Cristo e, ao
mesmo tempo, continuarão a ser também sinal daquilo que nós devemos ser. A
Eucaristia deve fazer de nós uma Igreja simples, pobre e essencialmente
evangélica. Eis o modo com o qual Deus restaura para nós a criação (cf. Oração
do Dia).
5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA
Participar da
celebração eucarística exige de nós despojamento. O essencial não é por a confiança
e segurança nos bens materiais. Nem sempre conseguimos ser pobres, gratuitos.
Apesar de nossas fraquezas, Deus vem em nosso socorro: “Meu Deus, vinde
libertar-nos, apressai-vos, Senhor, em socorrer-nos. Vós sois o nosso socorro e
nosso libertador; Senhor, não tardeis mais” (antífona de entrada). E
continuamos a invocar confiantes: “Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável
bondade para com os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter
como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação, e conservando-a
renovada (...)” (Oração do dia).
A Palavra
proclamada e escutada vai tocando nosso coração, iluminando nossa vida e
indicando-nos onde de fato devemos colocar a nossa confiança. Deus ensina-nos a
contar bem os nossos dias e nos faz pobres, sem orgulho, sem avareza.
Aprendamos do Pai e de Jesus, seu Filho Unigênito, que se fez pobre, nascendo
pobre e vivendo como pobre, entre os pobres.
Na Eucaristia
Jesus se faz pobre por nós: “Cada vez que o Filho de Deus se torna presente
entre nós na ‘pobreza’ dos sinais sacramentais, pão e vinho, é lançado nu mundo
o germe daquela história nova, que verá os poderosos ‘derrubados dos seus
tronos e exaltados os humildes’ (Lucas 1,2” (Eclésia de Eucharistia, n. 58).
Partilhando da
pobreza do Cristo Senhor, somos renovados com o pão do céu, que na sua bondade
infinita nos faz pão para todos. Como Cristo, misturados com ele, nos tornamos
pão para a vida do mundo.
Que o Senhor
nos livre da ganância e da tentação de possuir bens e riquezas, sobretudo quando
causam o empobrecimento e a exploração de outras pessoas. Que o sinal da mesa
partilhada, repartida, leve-nos à mudança de vida.
6. ORIENTAÇÕES GERAIS
1. O mês de
agosto é também chamado de “mês vocacional”, isto é, o mês de destacar a
pastoral vocacional. A comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios
Ordenados e a Vida Consagrada, insiste numa nova terminologia para os domingos
deste mês. Não devemos refletir somente sobre a vocação especifica. É
importante que tenhamos presente esse conteúdo para preparar as preces e alguma
referência particular em relação às vocações:
- 1º Domingo:
vocação para os ministérios ordenados (bispo, presbítero e diácono);
- 2º Domingo: vocação para a vida em família;
- 3º Domingo:
vocação para a vida consagrada (vida religiosa contemplativa e missionária,
institutos seculares, sociedades de vida apostólica e outras novas formas de
vida religiosa);
- 4º Domingo:
vocação para os ministérios e serviços na comunidade e na sociedade.
2. Dia 5, é a
Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior em Roma (Nossa Senhora das Neves) e
também é dia Nacional da Saúde. Dia 6, é a Festa da Transfiguração do Senhor
(Bom Jesus da Lapa, Bom Jesus dos Castores e Senhor do Bom Fim; recordamos
também o dia em que a primeira bomba destruiu Hiroshima 1945).
7- MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas,
executados com atitude espiritual e,
condizentes com cada domingo do Tempo
Comum, ajudam a comunidade a penetrar no mistério celebrado. Portanto, não
basta só saber que os cantos são do 18º Domingo do Tempo Comum, é preciso executá-los com atitude
espiritual. A escolha dos cantos deve ser cuidadosa, para que a comunidade
tenha o direito de cantar o mistério celebrado. Jamais os cantos devem
ser escolhidos para satisfazer o ego de um grupo ou de um movimento ou de uma
pastoral. Não devemos esquecer que toda liturgia é uma celebração da Igreja
corpo de Cristo e não de um grupo, de uma pastoral ou de um movimento. Como a
equipe de canto da sua paróquia executa os cantos durante o Tempo Comum? É com
atitude espiritual?
A função da
equipe de canto não é simplesmente cantar o que gosta, mas cantar o mistério da
liturgia deste 18º Domingo do Tempo Comum, “cantar a liturgia”, e não “na
liturgia”. Os cantos devem estar em sintonia com o ano litúrgico, com a Palavra
proclamada e com o sacramento celebrado. Não devemos esquecer que a “equipe de
canto” faz parte da equipe de liturgia.
Ensina a
Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além
de unir a assembléia, inseri-la no mistério celebrado (IGMR nº 47). Nesse
sentido o Hinário Litúrgico III da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão
gravados nos CDs Liturgia VI e XI.
Dar uma
passada nos cantos (refrão e uma estrofe), seguido de um momento de silêncio e
oração pessoal, ajuda a criar um clima alegre e orante para a celebração. É
fundamental uns momentos de silêncio antes da celebração.
1. Canto de abertura. “Vós sois
meu socorro e meu libertador (Salmo 69/70,2.6) .”Meu Deus, vem libertar-me, não
demores, Senhor, em socorrer!”, melodia da faixa 24, exceto o refrão – CD:
Liturgia VI.
2. Hino de louvor. “Glória a
Deus nas alturas.” Vejam o CD Tríduo Pascal I e II e também no CD
Festas Litúrgicas I; Partes fixas do Ordinário da Missa do Hinário Litúrgico
III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por Irmã Miria Reginaldo Veloso
e outros compositores.
3. Salmo responsorial 89/90. Precariedade
da vida “Vós fostes, ó Senhor, um
refúgio para nós”, Melodia igual à faixa 21- CD: Liturgia XI.
O Salmo
responsorial é uma resposta que damos àquilo que ouvimos na primeira leitura.
Isto mostra que o salmo é compromisso de vida e ele também atualiza e leitura
para a comunidade celebrante. Primeira leitura, Palavra proposta e salmo
Palavra resposta. Por isso deve ser cantado da Mesa da Palavra (Ambão) por ser
Palavra de Deus. Valorizar bem o ministério do salmista.
4. Aclamação ao Evangelho. Felizes
os pobres (Mateus 5,3). “Bem-aventurado quem é pobre diante de Deus”, melodia da
faixa 19, CD: Liturgia XI. O canto de aclamação ao evangelho acompanha os
versos que estão no Lecionário Dominical.
5. Refrão após a homilia. “Onde
estiver teu tesouro irmão. Lá estará inteiro o teu coração”, Ofício Divino das
Comunidades, página 467. Outro refrão importante é Mateus 5,1: “Bem-aventurados
os que têm um coração de pobre”, CD: Festas Litúrgicas IV, melodia da faixa 14.
6. Apresentação dos dons. A escuta
da Palavra e colocá-la em prática, deve gerar na assembléia a partilha para que
ela possa ser sinal vivo do Senhor. Devemos ser oferenda com nossas oferendas.
“A mesa santa que preparamos”, CD Liturgia VI, faixa 23; ou “Alegre em prece,
teu povo agradece...”, CD Liturgia XI, melodia da faixa 22.
7. Canto de comunhão. (Sab 16,20)
O Senhor nos dá o pão do céu, que contém todo sabor e que satisfaz a todo
paladar (Sabedoria 16,20). O pão da vida eterna (João 6,35). “Um tesouro que
não se desgasta.” melodia da faixa 23, exceto o refrão, CD: Liturgia XI.
“Feliz quem
pensa no desvalido, no dia da infelicidade, o Senhor o salva” (Salmo 40/41,1).
“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus”
(Mateus 5,1). A liturgia deste Domingo é um alerta muito sério para os cristãos
que só pensam em acumular e não partilha com o próximo, isto é, não promove os
desvalidos. A Igreja também oferece mais duas opções de canto de comunhão que nos
ajuda a retomar o Evangelho: “Bem-aventurados
os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus”, CD:
Festas Litúrgicas IV, melodia da faixa 14.
4. A comunhão seja nas duas espécies. O canto que acompanha o rito de
comunhão dos fiéis seja: “Vos sois o
caminho, a verdade e a vida”, do CD, “Cantos de Abertura e Comunhão – Tempo
Comum Anos A, B e C”, faixa 10.
8- O ESPAÇO CELEBRATIVO
1. Preparar
bem o espaço celebrativo, de modo que seja acolhedor, aconchegante. De acordo
com a celebração de hoje, evitar enfeites de ostentação, mas sim de
simplicidade, mas belo e acolhedor.
2. “A
decoração da Igreja deve manifestar o caráter festivo da celebração. As flores,
as velas e as luzes devem colaborar para que as celebrações sejam de fato
memória da Páscoa de Jesus.”
9. AÇÃO RITUAL
Enquanto as
pessoas vão chegando, cantar o refrão meditativo: Irmãos, vinde à oração,
irmãos, vinde à oração.
A assembléia
dominical dos cristãos é a reunião dos que foram ressuscitados por Cristo. É
lugar onde a vida nova se exprime e nos encanta para que continuemos tal culto
em espírito e verdade na vida cotidiana.
Ritos Iniciais
1. A procissão
de entrada dever ser valorizada, nesse Domingo, para que mostre, com mais
clareza, a reunião da comunidade convocada para celebrar.
2. Como
preâmbulo da celebração eucarística (cf. IGMR 46) os ritos iniciais são
iniciáticos ao mistério que se celebra naquela ocasião. Giraudo afirma que
aquelas brevíssimas verbis introducere (palavras introdutórias), com as quais o
presidente da celebração ou outro ministro introduzem a assembléia na
celebração do dia, são prolongamento da saudação inicial. Não se trata de
antecipar como uma pré-homilia o que se dará na Liturgia da Palavra, mas de
provocar na assembléia aquele esvaziamento de si mesma, permitindo-lhes pelos próprios
ritos e preces que se farão em seguida, adentrar no mistério divino.
3. Após a
saudação do presidente, após apresentar o sentido litúrgico deste domingo,
fazer uma recordação da vida recordando os acontecimentos que marcaram a semana
que passou, fatos tristes e alegres da comunidade, da cidade, do Estado, do
país e do mundo. Colocamos os fatos da vida numa celebração porque acreditamos
que Deus age na história. Trazer os acontecimentos de forma orante e não como
noticiário.
4. É muito
comum em nossas assembléias que o presidente da celebração, entre o canto de
abertura e a saudação inicial, anteponha palavras suas: bom dia, como passaram
a semana, tudo bem, é uma alegria estar aqui, etc. etc. É bom saber que boa
noite, bom dia, etc. não é saudação litúrgica. Seria importante conceder ao
Senhor que dirija a celebração com sua própria Palavra. Aqui, a importância da
saudação inicial. Por isso, para redescobrir tal unidade e importância dos
ritos iniciais sugerimos que se cante:
a) Sinal da
Cruz
b) Saudação
Inicial
Página 38 do
Hinário Litúrgico III da CNBB
5. A saudação
presidencial, já predispondo a comunidade, pode ser a fórmula “c” do Missal
Romano (2Ts 3,5). Depois disso é que se propõe o sentido litúrgico e não antes
do canto de entrada.
O Senhor, que encaminha os nossos corações
para o amor de Deus e a constância de Cristo, esteja convosco.
6. Em seguida,
dar o sentido litúrgico da celebração. O Missal deixa claro que o sentido
litúrgico da celebração pode ser feito pelo presidente, pelo diácono ou outro
ministro devidamente preparado (Missal Romano página 390).
7. O sentido
litúrgico pode ser proposto, através das seguintes palavras, ou outras
semelhantes:
Domingo da partilha. Na celebração deste
domingo Jesus nos ensina a administrar os bens com sabedoria, pois são dadivas
de Deus para todos. ~E necessário valorizar os bens da criação, assumindo uma
atitude constante de desprendimento e abertura para Deus e ao próximo.
8. Logo depois
se faz uma breve monição, introduzindo os fiéis na celebração do dia, passando
imediatamente para o ato penitencial. A fórmula C-5, da página 394 do Missal
Romano é bastante indicada para esta celebração porque está em perfeita
sintonia com aquilo que ouvimos no Evangelho. Não se trata de uma antecipação,
mas apenas da disposição do espírito da assembléia para a novidade do
Evangelho. Está, também, em perfeita conexão com a Oração do Dia:
Senhor, que
sois a plenitude da verdade e da graça.
(cf.
inesgotável bondade na Oração do Dia)
Senhor, tende
piedade de nós!
Cristo, que
vos tornastes pobre para nos enriquecer,
(cf. aclamação
ao Evangelho: felizes os humildes...)
Cristo, tende
piedade de nós!
Senhor, que
viestes para fazer de nós o vosso povo santo,
(cf. Deus como
criador e guia, na Oração do Dia...)
Senhor, tende
piedade de nós!
9. O Hino de
Louvor (Glória) deve ser cantado solenemente por toda a assembleia. Deve-se
estar atento na escolha dos cantos para o momento do glória. Ideal seria cantar
o texto mesmo, tal como nos foi transmitido desde a antiguidade, que se
encontra no Missal Romano, ou, pelo menos, o mesmo texto em linguagem mais
adaptada para o nosso meio e também a versão da CNBB musicado por Irmã Miria e
outros compositores (como já existe!). Evitem-se, portanto, os “glórinhas”
trinitários! O hino de louvor (glória) não de caráter Trinitário e sim
Cristológico. Cantar com vibração.
10. Na Oração
do Dia, suplicamos a Deus o nosso Criador e Guia que nos renove e nos conserve
renovados. Deus é tão bom que restaura a Criação, conservando-a renovada nos
filhos e filhas.
Rito da Palavra
1. Os leitores
sejam escolhidos antecipadamente e as leituras preparadas previamente, a fim de
que a assembleia celebrante possa acolher bem a Palavra do Senhor
2. A
proclamação da Palavra de Deus deve favorecer o clima de diálogo entre Deus e
seu povo. Como sinal de que é essa a Palavra que orienta a vida dos cristãos,
onde for possível, a comunidade pode ser convidada a se aproximar da mesa da
Palavra, para a proclamação do santo Evangelho.
3. Para isso,
um refrão meditativo, na abertura da Liturgia da Palavra, ajuda a criar um
clima de acolhimento e escuta da Palavra de Deus. Para este domingo sugerimos:
“Eu sei em quem acreditei”, do CD: “Palavras Sagradas de Paulo Apóstolo” – Frei
Luiz Turra. A partitura pode ser encontrada no link:
https://www.paulinas.org.br/pub/ partitura/P1195040113.pdf
4. Enquanto o
refrão meditativo é cantado, uma pessoa acende uma vela que esteja junto ao
ambão
5. Cada vez
mais se tem abandonado o hábito de fazer “procissão com a Bíblia”, já que a
importância e a dignidade do Evangeliário foram recuperadas. A procissão,
portanto, é reservada para o livro dos Evangelhos. Procissão que pode ser
solenizada com incenso, velas e dança.
6. Na homilia,
levar a assembléia a assumir ou apoiar algum projeto alternativo que dê mais
vida aos mais empobrecidos da sociedade.
Rito da Eucaristia
1. Valorizar
nesse dia a procissão das oferendas levadas pelos próprios fiéis, pois “embora
os fiéis já não tragam de casa, como outrora, o pão e o vinho destinados à
liturgia, o rito de levá-los ao altar conserva a mesma força e significado
espiritual” (IGMR, nº 73).
2. Na oração
sobre o pão e do vinho, suplicamos a Deus que santifique nossos dons e aceite a
nós mesmos como verdadeira oferenda, isto é, transformar os dons do pão e do
vinho em sacramento de salvação.
3. Sugerimos,
para este Domingo, o Prefácio I, dos Domingos do Tempo Comum pagina 428 do
Missal Romano: Pelo Mistério Pascal, o Senhor nos chamou das trevas à luz
admirável, fazendo-nos povo de Deus. Seguindo esta lógica, cujo embolismo reza:
“Por ele, nos chamastes das trevas à vossa luz incomparável, fazendo-nos
passar do pecado e da morte à glória de sermos o vosso povo, sacerdócio régio e
nação santa, para anunciar, por todo o mundo, as vossas maravilhas”. O
grifo no texto identifica aqueles elementos em maior consonância com o Mistério
celebrado neste Domingo e que pode ser aproveitado na celebração, ao modo de
mistagogia. Recorde-se que para prefácios móveis, usam-se apenas as Orações
Eucarísticas I, II e III. As demais não podem ter os prefácios substituídos sem
grave prejuízo para a unidade teológica e literária da eucologia.
4. Dar atenção
especial para o Pai-Nosso, que é a oração de todos os batizados e é, por
excelência, a oração dominical.
5. O silêncio
após a comunhão: concluída a comunhão eucarística, reservar um breve momento de
silêncio.
Ritos Finais
1. Na Oração
após a comunhão, suplicamos a Deus que nos recrie e nos sustente, que nos faça
participar também da eterna salvação. Comungar o pão do céu, torna os fiéis
dignos da salvação eterna.
2. Na bênção
em nome da Santíssima Trindade levem-se em conta as possibilidades que o Missal
Romano oferece (bênçãos solenes, na oração sobre o povo). Ela expressa que a
ação ritual se prolonga na vida cotidiana do povo em todas as suas dimensões,
também políticas e sociais. Ver a bênção final do Tempo Comum III do Missal
Romano.
3. As palavras
do rito de envio podem estar em consonância com o mistério celebrado: A vida não consiste na abundancia dos bens.
Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Evangelho
deste domingo nos ajuda, colocando-nos perguntas:
Você pensa
como o rico da parábola?
Você é rico
aos olhos de Deus?
Você
influencia o seu ambiente de trabalho com estes questionamentos?
Você se junta
com outras pessoas para transformar a sociedade através de sua atuação nos
sindicatos e na atividade política?
Assim se cria
espaço para que o Reino de Deus possa crescer, e onde todos vivam aquilo que
são: filhos e filhas de Deus, irmãos uns dos outros e senhores – não escravos –
das riquezas da terra, que Deus destinou a todos.
O objetivo da
Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as
comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa
diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos
Pe.
Benedito Mazeti
Nenhum comentário:
Postar um comentário