14 de agosto de 2016
Leituras
Jeremias 38,4-6.8-10
Salmo 39/40,2-4.18
Hebreus 12,1-4
Lucas 12,49-53
“NÃO VIM TRAZER A PAZ, MAS A DIVISÃO”
1- PONTO DE PARTIDA
Domingo da
verdadeira paz de Jesus. A Palavra de Deus neste Domingo, não é uma crítica às
famílias, quando Jesus fala de divisões familiares. Jesus não quer provocar
desunião nas famílias. É preciso compreender essas palavras de Jesus no
contexto de sua época e de sua catequese. No seu tempo e até hoje no Oriente
não cristão, receber o batismo era adesão à Igreja.
Agosto
mês vocacional. Hoje junto com o mistério celebrado, trazemos presente na
liturgia a vida dos pais. A paternidade humana é um reflexo da paternidade do
Criador. A paternidade humana engrandece os pais porque é obra de Deus Pai.
2- REFLEXÃO BÍBLICA,
EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Primeira leitura – Jeremias 38,4-6.8-10.
Estamos nos últimos dias de Jerusalém, antes de cair nas mãos dos babilônios e
do exílio do povo. A cidade está cercada e sofre com fome. Jeremias continua a
pregar a queda iminente de Jerusalém e aconselha a rendição ao exército inimigo
(cf. Jeremias 37,17;38,17-18), mas os chefes do povo não querem ouvi-lo e o rei
é muito fraco para vence-los. O profeta sofre falsas acusações por causa da
Palavra de Deus.
Vamos observar,
no ano 587 antes de Cristo, uma Jerusalém assediada pelo exército babilônico de
Nabucodonosor. O rei Sedecias (597-586 antes de Cristo) e seus conselheiros não
sabiam mais a quem recorrer. O Egito era rechaçado pela Babilônia e a Assíria
totalmente destruída. Não havia uma saída. Mesmo assim, os dirigentes do país
procuravam ignorar o perigo, dizendo que “tudo vai bem, tudo vai bem, quando
tudo ia mal” (Jeremias 6,14). E a religião era usada para encobrir esta
desorientação, tentando resolver a crise política através de ritos alienantes e
vazios.
Jeremias, no
meio de tudo isso, não perdia ocasião para denunciar as falsas soluções
políticas, magníficas coberturas para as maiores injustiças sociais possíveis.
Chegamos,
assim ao capítulo 38 do Livro do Profeta Jeremias, escrito por Baruc,
secretário do profeta. Encontramos Jeremias prisioneiro do governo, acusado
injustamente de querer passar para o lado do inimigo. E a questão não parou aí.
Jeremias 38,4-6.8-10 narra como os príncipes judeus (uma nova classe dirigente
que subira ao poder após a deportação da antiga classe em 597 antes de Cristo)
colocaram-no dentro de uma cisterna seca com a intenção de matá-lo.
Por que
eliminar o profeta? Não via saída para a situação trágica em que se encontrava
Jerusalém e repetia sempre que tudo era inútil. De qualquer maneira os
babilônios tomariam a cidade (38,2-3). Seu destino já estava traçado. O país
estava condenado, e esta condenação era o julgamento justo de Javé pela
violação da Aliança.
Por isso as
autoridades acusaram Jeremias de desanimar o povo e os soldados, de
entreguismo, de derrotismo, de subversão, isto é, queriam que o profeta
animasse o povo com uma falsa esperança. Se não fosse a intervenção de um amigo
junto ao rei, que até gostava de ouvi-lo, Jeremias teria sido morto.
Que
alternativa oferecia Jeremias? O povo abandonara o caminho da justiça, a
começar pelo rei, cada um construía o seu própria Deus, isto é, um
individualismo religioso conforme os seus interesses: por isso não havia
salvação política ou militar para Jerusalém. Tudo estava perdido, tudo estava
podre.
A única saída
seria: “Praticai a justiça desde o nascer do dia, livrai o oprimido das mãos do
opressor, para que meu furor não se inflame como o fogo braseiro que não se
pode extinguir” (Jeremias 21,12).
Ele é uma
pessoa incapacitada e insegura, dá ouvidos aos chefes (versículos 4-5) e
depois, aconselhado por um eunuco da corte (trata-se de um funcionário,
versículo 1), procura remediar a sua atitude, fazendo que o profeta saia da
cisterna (versículos 9-10). Apesar disso, o rei Sedecias continua a não confiar
plenamente na palavra do profeta Jeremias.
Sedecias é
mesmo a caricatura de um rei! Ele deveria governar o seu povo com um pastor,
isto é, dar segurança, mas, pelo contrário, deixa-se governar pelos seus
assessores, em vez de governar é governado por eles. Sobretudo, como soberano
de Israel, deveria fazer um discernimento sobre a vontade do Senhor, mas
mostra-se continuamente incerto e incapaz de tomar decisões. Trata-se de um rei
que não é mau, mas é simplesmente incapaz de tomar decisões: ouve a todos e não
escuta a Palavra de Deus.
É preciso
saber que a história do profeta Jeremias se repete, hoje, na história de muitos
profetas. Basta olhar os nossos governantes que passam um ânimo falso para o
povo dizendo que o país está bem, que a economia vai bem, que estamos
combatendo a corrupção e na verdade é mentira.
Salmo responsorial – 39/40,2-4.18. O
Salmo 39/40 começa com a ação de graças, contando sua libertação: a pessoa humana
pôs sua esperança em Deus, Deus respondeu “salvando da cova”, isto é, do grave
perigo da morte. É um salmo de ação de graças, inspirado numa pessoa que passou
por grave situação e clamou por Deus. Ela foi ouvida e agora vem agradecer,
provavelmente no Templo de Jerusalém, cercada por muitos peregrinos, curiosos
em saber como tudo aconteceu.
A consequência
da libertação é, para o salmista, um canto de ação de graças: é o próprio Deus
que põe em sua boca, porque lhe permitiu viver e louvar esse Deus libertador. O
salmo mostra Deus que ouve o clamor e liberta, fazendo a pessoa cantar a ação
de graças.
Além da
obediência sincera aos mandamentos da Aliança, Deus quer a resposta do louvor,
em forma pública, para ensinamento dos outros. O salmista protesta diante de
Deus por ter cumprido seu ofício perante a “assembleia”: neste louvor, a pessoa
humana se torna portadora da revelação para a sua comunidade.
O rosto de
Deus no salmo 39/40. Um Deus que inclina o ouvido, isto é, se aproxima
(versículo 2), faz subir, coloca o fiel em pé sobre a rocha e firma seus passos
(versículo 3), provocando nele a ação de graças (versículo 4). Um Deus que quer
a prática da justiça em lugar de sacrifícios (versículos 7-9), pois Ele próprio
é justo, fiel, salvador, amoroso e verdadeiro (versículos 10-11).
A Carta aos
Hebreus 10,7, aplica a Jesus este salmo que cumpriu plenamente a vontade de
Deus entregando sua vida por nós na cruz. Nos evangelhos, encontramos como
Jesus realizou a vontade do Pai.
Cantando este
Salmo, peçamos ao Senhor a força do seu Espírito, para que sejamos capazes de
compreender a nossa vocação e possamos ser fiéis cumpridores de sua vontade.
R: PROVAI E
VEDE QUÃO SUAVE É O SENHOR!
Segunda leitura – Hebreus 12,1-4. Depois
de ter contemplado no capítulo 11 a fé de numerosas testemunhas do Primeiro
Testamento, “Rodeados de tão grande número de testemunhas”, versículo 1, o
capítulo 12 da Carta aos Hebreus coloca a ênfase sobre o testemunho de Cristo,
que está na origem da sua fé e lhe dá cumprimento. A Sua confiança e
determinação diante da “cruz” (versículo 2) deve amparar os cristãos perante os
sofrimentos, as perseguições e as adversidades (versículos 3-4).
O cristão deve
desatar-se das cadeias do pecado, que deprime a vida, levando-a cair em outros.
O pecado é um mal que anda por perto (“eu-perí-staton”) sob forma de tentações,
em ocasiões de pecado que o mundo, a carne, o próximo e o diabo oferecem em
quantidade (cf. 1Pedro 2,1; 1João 2,16), travando a caminhada para Deus.
“Cadeias do pecado” são o peso do pecado cometido ou a aflição de quem errou.
Tal peso, além dos pecados, podem ser as práticas superadas do judaísmo, os
ritualismos, os formalismos e legalismos, as tradições, as tradições superadas
(João 5,44).
Se o versículo
2 consideram as testemunhas da fé no Primeiro Testamento, muito mais deve-se
olhar para Jesus Cristo (“aphorôntes” = fixar o olhar de longe e desejar), de
quem elas eram prefiguração e em quem se recapitulam todas as suas perfeições.
No versículo 3
os cristãos são intimados a considerar repetida e atentamente (“analogísasthe”
conota cálculo, ponderação, contemplação, reflexão) a Cristo redentor, que
sofreu tamanha contradição e perseguição da parte dos pecadores, a ponto de as
contrariedades que passam os fiéis, comparadas com aquelas, serem
insignificantes. Portanto, a Cruz é remédio para qualquer tribulação: – nela se
encontra o afeto aos pais, porque foi ali que Jesus confiou sua Mãe ao
discípulo predileto, – nela se acha a caridade para com o próximo, visto quer o
Redentor orou pelos seus carrascos. Na Cruz se reconhece a paciência nas
contrariedades, se exercita a perseverança até o fim. Com razão se afirma que
na Cruz se descobre o exemplar de todas as virtudes. Dizia Santo Agostinho: “A
Cruz era escola... o lenho em que Jesus pendeu, tornou-se a cátedra de onde se
ensinava” (Sermão 234,2).
O sacrifício
de Cristo é motivo de confronto, de discernimento, a fim de que, fortalecidos
na fé, os cristãos possam viver a sua vida humana com participação plena. Dizia
a propósito São Gregório Magno: “Se se lembra da Paixão de Cristo, nada há tão
difícil que não se tolere de bom ânimo”. Tal era o perigo dos cristãos de
Jerusalém, os quais em consequência das duras provações, estavam para desanimar
e desesperar.
É neste
sentido que Jesus dá início à fé e a leva a cumprimento (cf. versículo 2b). Ele
é “autor” enquanto a fé tem n’Ele o único ponto de referência e só n’Ele pode o
cristão colocar toda a sua esperança; “cumprimento” enquanto Jesus com a
salvação que brota da sua Cruz e da Sua ressurreição torna a fé capaz de atuar
plenamente na vida.
Evangelho – Lucas 12,49-53. Não podemos perder de vista que o trecho
proposta pela liturgia de hoje se encaixe na longa “relação de Lucas a respeito
da viagem de Jesus para Jerusalém” (9,51-18,14). Viagem dramática que o levará
a sofrer a Paixão e a morte. Os versículos 49 e 50 nos relembram a dura
realidade destas profecias: o Messias está angustiado diante do “batismo” (da
morte) que está por certo esperando-O em Jerusalém. Jesus não foi um super-homem
insensível. Não poderíamos imaginar que a vida pública do Cristo foi um
perpétuo Getsêmani?
Lucas se
preocupa em mostrar-nos em Jesus de Nazaré a imagem e a realidade do Kyrios, do
Senhor escondido e glorificado (Lucas 24,13-35) que age no meio da Igreja
nascente. Por cauda disto, Lucas vai “apagar” um pouco todas as declarações do
original Marcos acentuando o rosto humano de Jesus de Nazaré. Temos aqui uma
das poucas passagens do Evangelho de Lucas revelando a face humana e angustiada
de Jesus. Por isso tem um relevo muito especial.
O discípulo
não está acima do Mestre. Ele também conhecerá o sofrimento, a perseguição e a
incompreensão. A começar pela própria família, não há de se estranhar. Isto faz
parte das recomendações e advertências que Jesus está fazendo aos seus
discípulos. Eles devem ser vigilantes, no sentido de ser plenamente no sentido
de ser disponíveis para a missão. A pobreza não é só um problema de dinheiro:
ela é antes de, mais nada uma doação total a Deus e ao próximo, mesmo se isto
exija da gente romper com os próprios parentes e a sociedade.
Uma questão
aparece nitidamente: Jesus não está falando de um fogo material, destruidor e
vingador como em Lucas 9,54. O fogo aqui tem um sentido simbólico. Pode ser o
fogo do castigo e do julgamento (cf. Isaias 66,15-16; Ezequiel 38,22; 39,6;
Malaquias 3,19; Judite 16,17; Zacarias 13,9), o fogo da provação e a da
purificação (Malaquias 3,2s; Eclesiástico 2,5), o fogo da paixão interior
(Eclesiástico 9,8; 22,16). Os padres da Igreja viam aqui o fogo da caridade
(1Coríntios 13) e do Espírito Santo.
Esta última interpretação parece ser a mais correta porque é ligada ao tema do
batismo que aparece no versículo seguinte. Por outro lado, Lucas descreve o dia
de Pentecostes utilizando a imagem das “línguas de fogo” (Atos 2,3.19).
Os versículos
49-50 são como dois membros paralelos, com a oposição fogo-água. Jesus veio
acender o fogo na terra, mas, antes tem que “ser batizado num batismo” que gera angústia
extrema. Os termos são misteriosos mas deixam entender que o Messias deverá
sofrer uma prova muito dolorosa. O batismo tem também um sentido simbólico: é
uma referência à própria Paixão e morte, bastante clara para nós, mas que deve
ter ficado misteriosa para os discípulos.
Jesus, sinal
de contradição (versículo 51-53). Os tempos messiânicos foram desde sempre
anunciados pelos profetas como um tempo de paz e de salvação. Porém, a paz
trazida por Jesus não é uma falsa paz suave e mítica ignorando os conflitos.
Ela exige tomada de posição que podem provocar a incompreensão e até a
perseguição. Os discípulos devem estar prontos a sofrer tudo isto por causa do
Evangelho. Portanto, não se perturbem, não tenham medo!
O tema da
espada é utilizado por Lucas em correlação com a ideia de divisão: “Eis que
este menino foi colocado para a queda a para o reerguimento de muitos em
Israel, e como um sinal de contradição” (Lucas 2,34). No versículo 51 Lucas não
fala de mais de espada mas só de divisão.
Não podemos
esquecer que os primeiros cristãos eram todos convertidos vindos do judaísmo e
do paganismo. Lucas pensa mais nos cristãos vindos do paganismo porque era
sírio de Antioquia, foi discípulos dos Apóstolos e, mais tarde seguidor de
Paulo (cf. o prólogo antimarcionista ao Evangelho de Lucas, composto no século
II). O batismo de um elemento da família, quase sempre um adulto (o batismo de
crianças surgirá bem depois), provocava muitas vezes separações e divisões na
própria casa. Naquela época o batismo era realmente adesão à Igreja e nunca,
como acontece infelizmente hoje, um ato de rotina de cunho meramente social
para agradar aos pais ou à pessoa...
Em Miquéias
capítulo 7,2 temos um quadro geral de corrupção da humanidade onde “não há um
elemento reto entre todos”. Porém virá o dia do castigo “porque o filho
despreza o pai e a filha se revolta contra sua mãe, a nora contra a sogra, e os
inimigos de cada um são os de sua casa” (Miquéias 7,6). Mateus e Lucas citam o
trecho do profeta Miquéias, entretanto, de maneira diferente. Prolongando o
tema da espada, Mateus focaliza a ideia de separação (Miquéias 35) sem
praticamente modificar a citação de Miquéias. Lucas retoma o tema da divisão
(versículo 51) e insiste nela introduzindo uma problemática numérica ausente em
Mateus: “numa casa com cinco pessoas, estarão dividas três contra duas e duas
contra três” (versículo 52). Temos aqui um prelúdio ao versículo 53 onde
encontramos seis apelações (pai/filho/mãe/filha/sogra/nora) mas só cinco
pessoas porque a noiva sendo introduzida na casa, a sua sogra é ao mesmo tempo
a mãe do seu esposo.
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
A Liturgia da
Palavra de hoje nos conduz a percorrer um itinerário em três passagens
importantes.
A história do
profeta Jeremias e o salmo responsorial nos colocam perante a temática do
sofrimento do justo: o profeta é rejeitado, porque a sua palavra é verdadeira.
Existe portanto uma verdade que cada cristão deve esculpir na sua vida: levar a
Palavra de Deus nunca será fonte de sucesso ou motivo de consentimento humano.
Certamente, como nos testemunha o salmo responsorial, é fonte de libertação
(Salmo 39,2-3), desde que esta libertação seja toda e somente atribuída a Deus.
O tema do sofrimento do justo encontra em Jesus a sua expressão mais completa,
como nos recorda a Carta aos Hebreus. Não se trata apenas de um sofrimento
parecido com generosa resignação: é escolhido por amor e em obediência ao Pai
(prefácio dos domingos do Tempo Comum VII), como instrumento de salvação para
todos.
Também os
cristãos são chamados a viver esta discórdia, devido à sua fé comprometida com
o Reino de Deus. A pacificação interior jamais pode ser fruto de compromissos:
ela acontece na consciência de viver até o fim o chamamento a serem discípulos
de Jesus. Perante esta prioridade não há nada a fazer: não há afetos, domínios
ou falsas pacificações. Coloca-se aqui portanto, a segunda passagem: o cristão
é chamado a viver um discernimento na sua vida quotidiana para compreender,
aqui e agora, o chamamento do Senhor, no qual se podem assentar os pés, como
“sobre a rocha” (Salmo 39,3).
Este
discernimento é fonte de fadigas, enquanto impõe ao discípulo que saiba
descobrir a vontade de Deus, no meio das hesitações e das ambiguidades da
História. Que critérios e instrumentos se devem utilizar para o realizar? Como
se pode verificar, de cada vez, se está certo ou errado? Como fazer para não
sermos um “rei errado”, como sucedeu a Sedecias? Eis então a terceira passagem
que nos é indicada pela Carta aos Hebreus com uma frase lapidar: “fixando os
olhos em Jesus, guia da nossa fé e autor da sua perfeição” (Hebreus 12,2). Só
Jesus Cristo, e mais ninguém, por mais sábio ou santo que seja, pode ser o
nosso ponto de referência. Confiamos que seja Ele a nos ajudar a cumprir o
nosso ato de fé e de caridade e, deste modo, a tornar firmes os nossos passos,
para “corrermos” (cf. Hebreus 12,1) dentro da nossa vida em obediência ao Pai.
As três
passagens expostas na celebração constituem a espinha dorsal de um Cristianismo
autêntico, que não reduz a fé a uma consolação da alma ou a um para raio dos
nossos medos, mas sim a uma fé que se empenha com generosidade na construção de
um mundo melhor e do Reino de Deus.
4- A PALAVRA SE FAZ
CELEBRAÇÃO
Inflamados
pelo Espírito de Jesus, temos a missão de manter aceso o fogo do amor e da
justiça do reino de Deus, para que se realize o sonho de uma sociedade a
serviço da vida para todos. “O profeta é aquele que anuncia a verdade profunda
dos fatos” e promove ações capazes de mudar os rumos da história.
Na Eucaristia
damos graças a Deus e ao repartir entre nós o pão e o vinho eucaristizados
renovemos nossa fé e perseveremos na vontade de Deus, mesmo em meio a conflitos
e dificuldades.
5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA
Em cada
celebração participamos da Páscoa de Jesus ao receber a semente da vida eterna,
busca fundamental de nossa vida. Celebrar a Eucaristia é um encontro com o
Senhor que vem ao nosso encontro na Palavra, no pão e vinho eucaristizados e
nos fatos da vida. É ocasião para perceber que o projeto de Jesus causa
conflitos e oposições na família e na sociedade. Ele não nos pede uma paz
individualista e suave sem compromisso, mas uma paz que exige tomada de posição
que podem provocar a incompreensão e até a perseguição por amor ao Reino de
Deus. A celebração eucarística nos convida a rever a nossa consagração batismal
como compromisso na transformação da sociedade para que todos tenham vida. Um
exemplo forte de que o batismo é adesão à Igreja e ao Reino de Deus é o exemplo
dos mártires. Cada celebração que participamos, comungando a Palavra e o corpo
e sangue do Senhor, somos chamados a entrar num processo contínuo de conversão
para que encontremos a “verdadeira paz”. Corpo entregue e Sangue derramado:
“Fazei isso em memória de mim”.
6- ORIENTAÇÕES GERAIS
3. Convidar
grupos de famílias para se reunirem durante a semana a fim de refletirem sobre
sua missão na sociedade.
4. O mês de
agosto é também chamado de “mês vocacional”, isto é, o mês de destacar a
pastoral vocacional. A comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados
e a Vida Consagrada, insiste numa nova terminologia para os domingos deste mês.
Não devemos refletir somente sobre a vocação especifica. É importante que
tenhamos presente esse conteúdo para preparar as preces e alguma referência
particular em relação às vocações:
- 1º Domingo:
vocação para os ministérios ordenados (bispo, presbítero e diácono);
- 2º Domingo: vocação para a vida em família;
- 3º Domingo:
vocação para a vida consagrada (vida religiosa contemplativa e missionária,
institutos seculares, sociedades de vida apostólica e outras novas formas de
vida religiosa);
- 4º Domingo:
vocação para os ministérios e serviços na comunidade e na sociedade.
5. O CD:
Liturgia VI, Ano A, CD: Liturgia IX, Ano B e o CD: Cantos de Abertura e
Comunhão Tempo Comum I e II, da coleção Hinário Litúrgico da CNBB nos oferecem
cantos adequados para cada Domingo. O repertório bem ensaiado manifestará, mais
harmonicamente, o mistério celebrado.
7- MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas,
executados com atitude espiritual e,
condizentes com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério
celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são do Tempo Comum, é
preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos deve ser
cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério
celebrado. A função da equipe de canto não é
simplesmente cantar o que gosta, mas cantar o mistério da liturgia deste 20º
Domingo do Tempo Comum. Os cantos devem estar em sintonia com o Ano Litúrgico,
com a Palavra proclamada e com o sacramento celebrado. Não devemos esquecer que
toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de
uma pastoral ou de um movimento.
Dar uma
passada nos cantos (refrão e uma estrofe), seguido de um momento de silêncio e
oração pessoal, ajuda a criar um clima alegre e orante para a celebração. É
fundamental uns momentos de silêncio antes da celebração. O repertório bem
ensaiado previamente e com o povo, minutos antes da celebração, irá colaborar
para a participação de todos.
A celebração
tem início com a reunião da comunidade cristã (IGMR 27.47). O canto de abertura
começa tendo em conta essa realidade eclesial.
1. Canto de abertura. “Deus, protege teu ungido; um dia contigo é melhor que
mil sem ti” (Salmo 83/84,10-11). Para o canto de abertura, sugerimos esta antífona
que está articulada com o Salmo 85/86, que coloca a comunidade em forma de
súplica pedindo que o Senhor ensine Seus caminhos. “Deus, nosso Pai protetor,
dá-nos hoje um sinal de tua graça!”, CD: Liturgia VII, mesma melodia da faixa 1.
As estrofes são do Salmo 85/86/32, nos dá a certeza de que somente Deus é o
Senhor e sabe governar o mundo com justiça.
2. Hino de louvor. “Glória a
Deus nas alturas...” Vejam o CD: Tríduo
Pascal I e II e também no CD: Festas Litúrgicas I.
O Hino de
louvor “Glória a Deus nas alturas” é antiqüíssimo e venerável, com ele a
Igreja, congrega no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro.
Não é permitido substituir o texto desse hino por outro (cf. IGMR n. 53). O CD:
Festas Litúrgicas I propõe, na faixa 2, uma melodia para esse hino que pode ser
cantado de forma bem festivo, solista e assembleia. Ver também nos outros CDs
que citamos acima.
3. Salmo responsorial 39/40. Súplica
de socorro, atendida por Deus. É o Deus aliado que nos livra dos perigos e
coloca canto novo em nossos lábios. “Socorrei-me, Senhor, e vinde logo em meu
auxílio!”, melodia igual à faixa 21 do CD: Liturgia XI.
Para a
Liturgia da Palavra ser mais rica e proveitosa, há séculos um salmo tem sido
cantado como prolongamento meditativo e orante da Palavra proclamada. Ele
reaviva o diálogo da Aliança entre Deus e seu povo, estreita os laços de amor e
fidelidade. A tradicional execução do Salmo responsorial é dialogal: o povo
responde com um refrão aos versos do Salmo, cantados um ou uma salmista. Deve
ser cantado da mesa da Palavra.
4. Aclamação ao Evangelho. “Lídia...
O Senhor lhe abrira o coração para que entendesse a o que Paulo dizia” (Atos 16,14).
“Vem abrir nosso coração, Senhor”, CD: Liturgia XII, melodia da faixa 1. O
canto de aclamação ao evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário
Dominical. Portanto, preserve-se a aclamação ao Evangelho cantando o texto
proposto pelo Lecionário Dominical. Ele ajudará a manifestar o sentido
litúrgico da celebração, conforme orientações da Igreja na sua caminhada litúrgica.
Outra opção é colocar nesta letra a melodia: “Eu confio em nosso Senhor, com fé
esperança e amor”. É uma melodia antiga que todos conhecem, e para as gerações
mais jovens vale a pena aprender esse tesouro de séculos na Igreja.
Aleluia é uma
palavra hebraica “Hallelu-Jah” (“Louvai ao Senhor!”), que tem sua origem na
liturgia judaica, ocupa lugar de destaque na tradição cristã. Mais do que
ornamentar a procissão do Evangeliário, sempre foi a expressão de acolhimento
solene de Cristo, que vem a nós por sua Palavra viva, sendo assim manifestação
da fé presença atuante do Senhor.
5. Canto de Apresentação dos dons.
Neste Domingo seria muito oportuno que o canto de apresentação das oferendas
evidencie a família diante do altar, por ser dia dos pais. Nesse sentido
sugerimos o canto: “A mesa santa que preparamos... pais, mães e filhos diante
do altar”, CD: Liturgia VI, melodia da faixa 23.
6. Canto de comunhão. “Eu vim
para lançar fogo a terra e como gostaria que já estivesse aceso” (Lucas 12,49).
“Vim lançar sobre a terra um fogo, um incêndio eu vim atear”, CD: Liturgia XI, mesma
melodia da faixa 23, exceto o refrão.
Este canto
também permite estabelecer e experimentar a unidade das duas mesas,
considerando a Liturgia um único ato de culto. O canto de comunhão deve retomar
o sentido do Evangelho do dia. Esta é a sua função ministerial. Na realidade,
aquilo que se proclama no Evangelho nos é dado na Eucaristia, ou seja: é o
Evangelho que nos dá o “tom” com o qual o Cristo se dirige a nós em cada
celebração eucarística reforçando estes conteúdos bíblico-litúrgicos,
garantindo ainda mais a unidade entre a
mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia.
8- ESPAÇO CELEBRATIVO
1.
Preparar o espaço da celebração bem festivo, porque cada domingo é Páscoa
semanal. Os enfeites não podem ofuscar as duas mesas principais: mesa da
Palavra e o Altar.
2. O ambão,
segundo a tradição cristã, faz referência ao sepulcro vazio, ao lugar da
Ressurreição e do anúncio do Cristo vivo. Ao lado dele, no Tempo Pascal e
quando há celebrações de Batismo e Crisma, se coloca o símbolo de Cristo
Ressuscitado, o Círio Pascal. Para isso, haja espaço suficiente para um belo
candelabro e, se for oportuno, em algumas circunstâncias, um arranjo floral. Em
outras oportunidades se pode também colocar a Menorá (candelabro de sete
braços).
3.
A cor litúrgica é o verde nos paramentos no ambão. Pode-se também destacar com
um detalhe o verde na mesa do altar.
9. AÇÃO RITUAL
A equipe de
acolhida, incluindo quem preside, recebe as pessoas que vão chegando de maneira
afetuosa, saudando-as cordialmente.
Convidar
alguns pais para participarem da procissão de entrada (mas não fazer este
convite na última hora – é importante que eles sejam preparados e orientados de
como proceder durante a procissão, ao chegar ao presbitério, se farão
genuflexão ou inclinação, o lugar em que permanecerão etc.).
Ritos Iniciais
1. A
celebração tem início com a reunião da comunidade cristã (IGMR 27.47) e não com
palavras do comentarista. O canto de abertura começa tendo em conta essa
realidade eclesial, e vai introduzir a assembléia no Mistério celebrado.
2. Hoje é Dia
dos Pais. Alguns pais podem acompanhar a procissão de entrada, com velas
acesas, expressando a atitude de vigilância na família. Um pai pode conduzir o
Evangeliário e, ao chegar à frente, colocá-lo sobre o altar.
3. A opção
“c”, do Missal Romano para a saudação presidencial é muito oportuna para
iluminar o sentido litúrgico deste domingo:
“O Senhor, que encaminha os nossos corações
para o amor de Deus e a constância de Cristo, esteja convosco” (2Tessalonicenses
3,5).
4. O sentido
litúrgico, após a saudação do presidente, pode ser feito por quem preside, pelo
diácono ou um ministro devidamente preparado com palavras semelhantes às que
seguem:
Domingo da verdadeira paz de Jesus. Escutando
a palavra do Senhor, nós o reconhecemos como aquele quer ascender em nós o fogo
da paz e da misericórdia. O Senhor nos orienta a paz como tomada de posição. Celebramos
a Páscoa de Jesus Cristo em todas as pessoas e grupos que se preocupam com a
vida do povo.
5. Em seguida
fazer a “recordação da vida” trazendo os fatos que são as manifestações da
Páscoa do Senhor na vida da comunidade, do país e do mundo, mas de forma orante
e não como noticiário. Deve ter presente
a realidade de sofrimento em que vive hoje a multidão de empobrecidos, a grande
massa sobrante e excluída do processo de desenvolvimento social, econômico e
político em nosso país e no mundo usando alguns símbolos. Trazer os
acontecimentos de maneira orante e não como noticiário.
6. Se a opção
é rezar o ato penitencial, sugerimos que a motivação para o Ato Penitencial
seja a fórmula I da página 390 do Missal Romano:
O Senhor Jesus, que nos convida à mesa da
Palavra e da Eucaristia, nos chama à conversão.
Após uns momentos
de silêncio rezar ou cantar o Ato Penitencial da formula 1, para os domingos do
Tempo Comum na página 393 do Missal Romano, que destaca Cristo como Caminho,
Verdade e Vida.
7. Cada
Domingo do Tempo Comum é Páscoa semanal. Cantar de maneira festiva o Hino de
louvor (glória).
8. Na Oração
do Dia admiramos a bondade de Deus que nos prepara bens espirituais e ao mesmo
tempo supliquemos a Deus para ascender em nossos corações os dons da caridade.
Rito da Palavra
1. Espiritualmente
alimentada nas duas mesas, a Igreja, em uma, instrui-se mais, e na outra
santifica-se mais plenamente; pois na Palavra de Deus se anuncia a Aliança
divina, e na Eucaristia se renova esta mesma Aliança nova e eterna. Numa
recorda-se a história da salvação com palavras; na outra, a mesma história se
expressa por meio dos sinais sacramentais da Liturgia (Elenco das Leituras da
Missa, Lecionário Dominical, página 17).
2. As
leituras, bem preparadas e proclamadas pelos ministros leitores, ajudarão as
comunidades a se desprenderem dos folhetos e a acolher a Palavra de Deus como
discípulos atentos que ouvem o próprio Cristo que lhes fala ao coração.
3. Antes de
ler, é preciso primeiro mergulhar na Luz Palavra, rezar a Palavra. Pois “na
liturgia da Palavra, Cristo está realmente presente e atuante no Espírito
Santo. Daí decorre a exigência para os leitores, ainda mais para quem proclama
o Evangelho, de ter uma atitude espiritual de quem está sendo porta-voz de Deus
que fala ao seu povo”. Portanto, dar real importância à proclamação das
leituras e do Salmo.
4. O Salmo
responsorial, muito caro à piedade do povo, seja cantado, de tal forma que a
assembléia responda à primeira leitura de forma orante e piedosa.
5. É bom na
homilia falar sobre a missão dos pais à luz das leituras do dia.
6. Antes da
Profissão de Fé, trazer uma vela grande. O presidente da celebração ou um pai
acende-a, dizendo: Bendito sejas, Senhor,
vigia do teu povo! Acende em nós (principalmente nos pais) teu clarão para
acolhermos com alegria a salvação.
Vigiemos e acolhemos o santo Evangelho na nossa vida. (A partir
desta luz, vão-se acendendo as velas da assembleia). Seria muito interessante
as esposas, entregarem as velas aos pais. Na ausente de esposas os filhos ou
alguém da família pode entregar a vela.
Rito da Eucaristia
1. Valorizar
nesse dia a procissão das oferendas levadas pelos próprios fiéis, pois “embora
os fiéis já não tragam de casa, como outrora, o pão e o vinho destinados à
liturgia, o rito de levá-los ao altar conserva a mesma força e significado espiritual”
(IGMR, nº 73).
2. Neste
domingo por ser Dia dos Pais, uma família pode levar o pão e o vinho até o
Altar.
3. Na Oração
sobre o pão e o vinho suplicamos a Deus que acolha nossas oferendas pelas quais
entramos em comunhão com Ele.
4. Se for escolhida
outra oração eucarística sugerimos o Prefácio para os Domingos do Comum III,
página 430 do Missal Romano o qual destaca A salvação pela morte de Cristo.
Seguindo esta lógica, cujo embolismo reza: “Nós reconhecemos ser digno da
vossa glória vir em socorro dos mortais com a vossa divindade. E servir-vos da
nossa condição mortal, para nos libertar da morte e abrir-nos o caminho da
salvação, por Cristo, Senhor nosso”. O grifo no texto identifica aqueles
elementos em maior consonância com o Mistério celebrado neste Domingo e que
pode ser aproveitado na própria, ao modo de mistagogia. Usando este prefácio, o
presidente deve escolher a I, II ou a III Oração Eucarística. A II admite troca
de prefácio. As demais não podem ter os prefácios substituídos sem grave
prejuízo para a unidade teológica e literária da eucologia.
5. A fração do
pão, durante o Cordeiro, seja um momento importante para a assembleia. Cristo é
“o pão descido do céu que é dado a todos que o buscam”. Quem preside deve
realçar bem o gesto da “fração do pão” e da partilha do Pão da Vida, no momento
da comunhão, acompanhado pelo canto do “Cordeiro de Deus”. Durante a fração do
pão e sua mistura no cálice, o grupo de cantores canta a invocação “Cordeiro de
Deus” à qual o povo responde tende piedade de nós. Para preservar o caráter de
ladainha do Cordeiro de Deus, seria interessante que um solista cantasse a
primeira parte e a assembléia respondesse o tende piedade de nós e por último o
dai-nos a paz. Quando se usa o pão ázimo demora-se mais para terminar a fração
do pão. É bom saber que o canto do “Cordeiro de Deus”, deve durar até o término
da fração do pão como diz o Missal Romano e não somente cantar três vezes.
6. A comunhão
expressa mais nitidamente o mistério da Eucaristia quando distribuída em duas
espécies, como ordenou Jesus na última ceia, “tomai comei, tomai bebei”. Vale
todo esforço e tentativa no sentido de se recuperar a comunhão no Corpo e
Sangue do Senhor para todos, conforme autoriza e incentiva a Igreja. “A
comunhão realiza mais plenamente o seu aspecto de sinal quando sob as duas
espécies. Sob essa forma se manifesta mais perfeitamente o sinal do banquete
eucarístico e se exprime de modo mais claro a vontade divina de realizar a nova
e eterna Aliança no Sangue do Senhor, assim como a relação entre o banquete
eucarístico e o banquete escatológico no Reino do Pai” (IGMR, nº 240).
Ritos Finais
1. A Oração
depois da comunhão nos dá a certeza de que a Eucaristia nos une a Cristo
assemelhando-nos a Ele.
2. Bênção
especial para as famílias e pais presentes. Aproveitar as sugestões do Ritual
de Bênçãos, próprias para as famílias. Aqui vai uma proposta:
Pr. O Senhor esteja convosco.
T. Ele estás no meio de nós.
Pr. Deus, Pai da família humana, guarde
e faça prosperar o lar de todos vós.
T. Amém!
Pr. O Senhor Jesus, que viveu na
família de Nazaré, faça de nossas casas e moradias um lugar de aconchego,
respeito, diálogo e harmonia cristã.
T. Amém!
Pr. O Espírito Santo, que ilumina,
anima e unifica, transforme nossas igrejas e comunidades em verdadeiras
famílias, abertas, acolhedoras e dedicadas aos mais pobres.
T. Amém!
Abençoe-vos...
3. As palavras
do rito de envio devem estar em consonância com o mistério celebrado: “Ascendei
em vós o fogo do amor de Deus”. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe!
4. É comum
além, de entrar em procissão no início da celebração guiados pela cruz, também
retirar-se do espaço sagrado em procissão, igualmente guiados pela cruz.
5. Se houver
condições, fazer um ágape fraterno após a celebração com as famílias. Pode ser
um café comunitário como costumam fazer os orientais após a celebração.
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Pai hoje nos
convida a uma maior disponibilidade para seguir Jesus, que vem ao encontro de
nosso esmorecimento e fraqueza e se oferece como sustento, pão que satisfaz,
responde às nossas angústias e nos anima a prosseguir, com coragem, seu
caminho.
O objetivo da
Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as
comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa
diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos
Pe. Benedito
Mazeti
Nenhum comentário:
Postar um comentário