sábado, 24 de setembro de 2016

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C

25 de setembro de 2016

Leituras

         Amós 6,1a.4-7-7
         Salmo 146/145,7-10
         1Timóteo 6,11-16
         Lucas 16,19-31


“ELES TÊM MOISÉS E OS PROFETAS QUE OS ESCUTEM”


1- PONTO DE PARTIDA

Domingo do rico e do pobre Lázaro. O domingo é Páscoa semanal. Ele nos mergulha na dinâmica da compaixão de Deus, que acolhe o pobre oprimido e excluído, rejeita a ganância do rido avarento. Que a celebração deste domingo se transforme no hino de louvor a Deus, entoado pela assembléia reunida, por todas as ações e gestos de solidariedade das pessoas que, vencendo a alienação do comodismo, se sensibilizam com o sofrimento e a desumana realidade dos pobres e se dispõem a integrar a caminhada dos que lutam por mais dignidade de vida.

O Espírito do Senhor deseja abrir os ouvidos e o coração para a escuta atenta da “Palavra viva e eficaz” que brota da situação sofrida dos empobrecidos, liberta-nos da alienação e da indiferença e indica-nos a solidariedade como caminho de salvação. Quem crê nas Escrituras, naquilo que pessoas falaram em nome de Deus, se converte e alcança o Reino.

2- REFLEXÃO BÍBLICA, EXEGÉTICA E LITÚRGICA

Contemplando os textos

Primeira leitura – Amós 6,1a.4-7-7.  Amós dirige-se às lideranças da capital de Israel, a Samaria, onde foi profetizar. Ele tem uma palavra dura contra aqueles que são os responsáveis pela violência social. Eles, para manterem seu alto padrão de vida, desrespeitam, sem nenhum escrúpulo, o direito dos mais fracos.

O profeta intervém no reino do Norte sob o reinado de Jeroboão III. A conjuntura política e econômica do século VIII acarretou, tanto no Norte quanto no Sul, uma separação profunda entre a classe dos ricos, que tiraram o máximo proveito dos acontecimentos, e a classe dos pobres, mais pobres do que nunca.

Amós é um homem do deserto e, por isso mesmo, é mais sensível à injustiça social sob todas as suas formas. Não pode suportar que o luxo dos grandes (versículos 4-6) insulte a tal ponto a miséria dos oprimidos. E, em nome de Deus, condena vigorosamente os gozadores e sua falsa segurança. Javé não pode tolerar que seu povo viva na opressão, e seu castigo já se descortina no horizonte (versículo 7). As denuncias do profeta lhe custou a expulsão.

Contra essa classe dominadora que se considerava a melhor parte da população, a sentença profética é drástica: “serão deportados à frente (versículo 7) dos cativos” que irão ao exílio. A ameaça do exílio, repetida outras vezes por Amós (cf. 4,3; 5,27; 7,11.17; 9,14) se verificou pouco mais tarde, em 722 antes de Cristo, com a queda da capital Samaria.

As críticas levantadas por Amós contra as injustiças sociais de seu tempo e a parábola do rico avarento e do pobre Lázaro (Lucas 16,19-31), que hoje lemos, são uma severa advertência contra a nossa sociedade capitalista e opressora que teima em manter um alto padrão de vida de uma minoria que esbanja energia, alimentos, bens e riquezas às custas da exploração humilhante de grande parte da população trabalhadora do campo e das cidades.

Salmo responsorial – Salmo 146/145,7-10. É um hino de louvor, celebrando o projeto de Deus e o que Ele produz, em oposição aos projetos dos poderosos e injustos. Junto ao afeto básico do louvor, abre-se passagem para a confiança do salmista, como experiência própria e como convite a todo o povo de Deus. Para os judeus, começa aqui o louvor da manhã, terceiro louvor do povo de Deus (112-117; 135; 145-150).

Depois de lembrar a ação criadora, reconta uma série de obras de misericórdia, que caracterizam a Deus. Nisto consiste o reino do Senhor. O Deus do universo é o Deus de Sião, porque escolheu um povo e um templo.

O rosto de Deus. Em tudo e sempre, é aliado dos justos, contra os injustos, fiel. Feliz quem nele se apóia.Este salmo, é um nítido contraste com a atitude dos chefes do povo acusados na primeira leitura, apresenta o rosto misericordioso do Deus que faz “justiça” aos pobres: “dá pão aos que têm fome”; “dá liberdade aos cativos” (versículo 7); “ilumina os olhos dos cegos” (versículo 8); “protege os peregrinos” [...] o órfão e a viúva, e atrapalha o caminhos aos pecadores” (versículo 9). Felizes os que confiam n’Ele!

Os contatos deste salmo com a vida de Jesus são inúmeros. Basta lembrar Seu programa de vida (Lucas 4,18-21) e as conseqüências disso: oprimidos de toda espécie libertados, famintos que comem até fartar-se, “prisioneiros” libertados, cegos e encurvados curados, o carinho que Jesus teve pelos estrangeiros, viúvas e órfãos, o Reino que anunciou, trouxe para dentro de nossa caminhada e entregou aos pobres (Lucas 6,20s; Mateus 5,1-12. Não podemos esquecer a atitude de Jesus contra os poderosos, ensinando o povo a não confiar neles.

A misericórdia de Deus foi revelada no Primeiro Testamento, preparando a grande revelação da misericórdia divina em Cristo. Na sinagoga de Nazaré, Cristo leu um dia uma passagem de Isaias que expõe o mesmo tema do salmo, e comentou: “Hoje cumpriu-se esta Escritura que acabastes de ouvir” (Lucas 4,21).

Quando depositamos nossa confiança em Deus, Ele faz justiça aos que são oprimidos e dá alimento aos famintos. Cantando este salmo, bendigamos ao nosso Deus porque Ele rejeita o jogo perverso das elites dominadoras e se põe solidário com os pobres e fracos da terra.

BENDIZE, MINHA ALMA, E LOUVA AO SENHOR!

Segunda leitura – 1Timóteo 6,11-16. Visando Timóteo, Paulo traça aqui o retrato do pastor ideal, que contrasta com o dos falsos doutores (1Timóteo 4,1-3; 6,3-5). O pastor ideal é antes de tudo aquele que combate o combate da fé (versículo 12). O tema do “combate” é um dos mais importantes na doutrina do apóstolo Paulo (cf. 1Timóteo 1,18;4,10; 2Timóteo 4,7; 1Coríntios 9,24; Colossenses 1,29). Trata-se do combate da fé. O essencial neste combate não é lutar contra os inimigos da fé cristã. A fé é um combate porque escolher acreditar acarreta automaticamente a fidelidade e a constância, a luta consigo mesmo para obter a palma individual, e o cuidado da fé e da salvação dos outros, sobretudo quando se é responsável por uma comunidade.

No quadro deste combate, o “batismo” aparece como o momento em que ressoa o apelo de Deus (versículo 12) para uma vida em comunhão com Ele, em que se exprime a profissão de fé do cristão (versículo 12) diante da comunidade reunida e dos “fiadores” de seu testemunho, a saber, Deus e seu Cristo (versículo 13), o momento, enfim, em que é formulado o “mandamento” (versículo 14), o conjunto dos comportamentos que a fé impõe aos cristãos. Na realidade, referindo-se ao apelo de Deus à profissão de fé e ao mandamento, Paulo convida Timóteo a conservar intacta e sem compromisso a doutrina do Espírito do Senhor até o dia de sua plena manifestação (versículo 14).

No versículo 12, Paulo usa uma comparação esportiva. A correspondência ao chamado é uma verdadeira luta. O prêmio é a vida eterna, não coroas perecíveis (1Coríntios 9,24-25; 2Timóteo 4,7-8). O chamado aqui no versículo 12 se refere diretamente à vida eterna. É o chamado à vida em Cristo (cf. Romanos 1,6-7; 1Coríntios 1,2.24-26 etc.). O versículo 13 parece fazer parte de uma fórmula batismal, onde se menciona o Pai como Criador e o Filho como Redentor. Esta bela profissão de fé diante de Pôncio Pilatos deve referir-se, portanto, ao testemunho da paixão e morte de Jesus. Aqui, o versículo 13 serve de introdução solene à ordem que Paulo vai dar a Timóteo, e a ordem é essa: guarda o mandamento imaculado, irrepreensível. Que mandamento é esse? Esse mandamento é todo o depósito confiado a Timóteo.

O termo “aparição” no versículo 14 é uma referência à “parusia” do Cristo (cf. 2Timóteo 4,1-8 e Tito 2,13).

Os versículos 15 e 16 formam um hino dirigido ao Pai. Paulo mais uma vez se entusiasma e seu pensamento se transforma em oração de louvor. Trata-se de um hino litúrgico (cf. 1,17; 3,16; 2Timóteo 2,11-13) provavelmente de origem judaica uma vez que não traz nada de especificamente cristão. Todos os títulos encontram correspondência no Primeiro Testamento. Esses títulos reais aplicados a Deus Pai são, sem dúvida, escolhidos como nota polêmica contra os cultos ao imperador romano. Aos imperadores eram atribuídos títulos de Senhor, Rei imortal, Sol resplandecente e outros mais com características divinas.

Sob a forma de doxologia, isto é, de glorificação, Paulo conta esta “futura manifestação do Senhor”. Ele faz em termos tomados ao cerimonial da divinização dos imperadores romanos e às preces judaicas da sinagoga.

Para salientar toda a distância que separa os imperadores de Deus, Paulo designa este último por substantivos (rei, Senhor), enquanto que os imperadores são designados por verbos no presente (“aqueles que reinam, aqueles que exercem a soberania”) como se o seu poder não fosse senão momentâneo em relação à imortalidade (versículo 16) de Deus.

Evangelho – Lucas 16,19-31. A caravana de Jesus e seus discípulos segue o caminho para Jerusalém. Os fariseus e mestres da Lei andam pela mesma trilha, observando tudo e contestando o modo de proceder de Jesus. O Filho de Deus, concentrado em sua missão, continua alertando sobre os riscos e as exigências do ser discípulo. Em meio às riquezas, corre-se o perigo da insensibilidade ante os sofrimentos dos pobres e da perda do rumo que conduz à vida plena.

A parábola do rico e do indigente Lázaro, no primeiro momento, mostra o rico opulento banqueteando-se e esbanjando os bens adquiridos às custas da miséria dos pobres, aqui personalizados no indigente Lázaro, a quem não é permitido sequer se alimentar das migalhas que caem da farta mesa (Lucas 16,20-21). A morte nivela a ambos, mas seus destinos são diferentes. Lázaro, em vida ferido no corpo e na dignidade, é levado pelos anjos para junto de Abraão (Lucas 16,22): o rico, que gozara a vida sem se importar com a eternidade, mergulha nos tormentos do inferno (Lucas 16,23).

A realidade se inverte. Aquele que não dera ouvidos às súplicas do pobre Lázaro, agora, clama para que lhe suavizem os sofrimentos (Lucas 16,24) e assinale, em tempo, aos seus irmãos, o modo correto de viver para que não caiam na mesma desgraça (Lucas 16,30). Todavia, para quem já tem a Moisés e aos Profetas e, mesmo assim, é surdo à palavra deles e insensível aos pobres que o cercam, nem mesmo um fato miraculoso vai fazê-lo tomar consciência da necessidade de mudar seu modo de viver (Lucas 16,29-30). A história do rico e do pobre Lázaro pode ser vista gratuita e diariamente nos palcos da vida social. Ela explicita a pedagogia de Deus em favor dos menos favorecidos da história e constitui uma severa advertência sobre o uso correto dos bens, para quem os possui.

O profeta Amós critica os nobres e poderosos por depositarem sua confiança em falsas seguranças: na riqueza acumulada às custas do sofrimento dos pobres; na violência contra os indefesos; na administração pública em benefício próprio em vez de zelar pela paz e bem estar social (primeira leitura). Certo está quem deposita sua confiança em Deus, pois ele faz justiça aos que são oprimidos e dá alimento aos famintos (Salmo 146[145]).

Paulo sugere a Timóteo que se afaste de tudo o que possa comprometer o anúncio da Boa-Nova e que siga o ideal cristão de justiça, piedade, fé, firmeza e mansidão , convicto de que Jesus Cristo é o único Senhor e Salvador (segunda leitura).

3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA

A liturgia da Palavra acena para o modo de agir no tempo presente, em meio às riquezas materiais, a fim de não comprometer a realidade futura, pois, aqui na terra, é que se decide o destino eterno. Não adianta deixar para depois. Após a morte, a situação se torna irreversível. A parábola proclamada – do rico e do pobre Lázaro –, além de convidar ao discernimento sobre a coerência de vida que garanta o futuro, questiona os seguidores a respeito dos valores nos quais eles depositam sua confiança. Lázaro, vivendo a situação de indigente, suportou a condição de excluído e encontrou a compaixão de Deus. O rico, que em vida recebeu tudo e se banqueteava lautamente, não teve a mesma sorte.

O Evangelho desqualifica o rico, não porque ele roubou, praticou injustiças ou simplesmente por ser rico. Mas por ter passado a vida centrado em sua riqueza, em seu bem-estar, a ponto de se tornar incapaz de pensar em Deus, de demonstrar um simples gesto de sensibilidade para com o pobre morrendo de fome à porta de sua casa. Seus bens podiam ter sido sinais de compaixão. Ao contrário, a atitude de ganância do rico criou um abismo intransponível entre ele e o irmão indigente. Está fisicamente próximo, mas o coração encontra-se a quilômetros de distância. O rico encontra-se tão alienado em sua riqueza que não tem sequer um pequenino gesto de solidariedade. Tornou-se cego à miséria e ao sofrimento alheio. Por isso, a parábola de hoje, mais do que falar do fogo do inferno, constitui um frito de alerta contra a desumanização trazida pelo acúmulo de riquezas. É um protesto dos oprimidos contra os que nada fazem por eles. É, ao mesmo tempo, um aviso: na outra vida vocês irão sofrer!

Todos os humanos são convidados por Deus a tomarem parte no banquete do Reino. O uso das riquezas encerra uma sabedoria e uma ironia. Elas podem ser responsáveis de que o convite ao banquete seja aceito ou rejeitado. Aqueles que confiam demasiadamente nos bens deste mundo, apostando tudo nesta vida, verão que sobrará pouco ou nada para a outra vida. Notemos que o problema não está nas riquezas em si, mas na sua aquisição e no seu uso. Muitos se enriquecem pelas vias da injustiça e da desonestidade. O enriquecimento ilícito tiraniza e ignora os necessitados. Em vez de edificar, aprofunda o abismo.

Jesus, através da parábola do rico e do pobre Lázaro, ilumina a realidade da vida após a morte. Cessam as mediações. Entre o paraíso de Lázaro e o inferno do rico não há mais comunicação. O bem-aventurado Lázaro não tem como levar água nem como enviar algum sinal par aos irmãos do rico. Enfim, cada lugar e cada tempo possuem mediações próprias para acolher ou rejeitar o convite ao Reino.
A quem centrou seu projeto de vida nos prazeres e faz das riquezas e do bem-estar deste mundo sua infalível segurança, nada mais o convence a mudar. No inferno, agora, o rico tem compaixão de seus irmãos e tenta modificar sua trajetória para que não sofram a mesma desgraça. Ele esquece que na terra existem sinais suficientes para crer e acolher o Reino. Se os irmãos do rico esbanjador se fizerem surdos à Palavra e viverem egoisticamente alienados aos seus bens, nem mesmo fatos extraordinários como, a ressurreição de um morto ou a aparição de um fantasma, os converterá. Ocorre que, no egoísmo, o ser humano se nega à ação do Espírito Santo, que move os corações e faz acontecer a partilha solidária.

O discípulo de Jesus deve ser alguém sábio que deposita sua confiança em algo sólido para não comparecer à presença do Senhor de mãos vazias, a exemplo do rico opulento. A escuta atenta da Palavra é o meio privilegiado que ilumina o discernimento sobre a vontade de Deus e a fidelidade ao seu projeto. Quem se distancia da Palavra de Deus corre o perigo de se tornar insensível e incapaz de gestos gratuitos de solidariedade. Conseqüentemente, cava um abismo entre ele e Deus, entre ele e os irmãos. Escutar Moisés, os Profetas e o Evangelho favorece o desapego e abre os olhos às necessidades do próximo.

4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO

A liturgia deste domingo conforme mostra a oração do dia insiste na misericórdia de Deus. Isso não quer dizer que a ação perdoante e misericordiosa de Deus age no mundo de uma forma mágica, mas é orientação de vida para a comunidade. O poder de Deus é mostrado na pessoa de Jesus como amor. Esse amor é uma atitude radical de preferência pelos tantos “Lázaros” do mundo.

E mais ainda, Jesus Cristo é tão solidário com os pobres que Deus o fez também um “Lázaro” como podemos perceber no canto de aclamação ao Evangelho para este domingo: “Jesus Cristo, sendo rico, se fez pobre, por amor; para que sua pobreza nos, assim, enriquecesse”.

Só alcançaremos plenamente a realização da vida quando nosso coração se assemelhar ao de coração de Jesus nessa opção preferencial pelos pobres. Não somente os pobres sociais, mas principalmente os que não são reconhecidos enquanto dignos de amor e atenção. O sentido da oração do dia desta liturgia quando diz que “caminhando ao encontro das vossas promessas, alcançaremos os bens que nos reservais”, é que quando assumirmos as mesmas atitudes de Jesus poderemos nos sentir realizados enquanto cristãos.

De modo algum podemos entender isso como mera retribuição de Deus por nossas ações, como muito se compreende certas “teologias” por aí, mas ao contrário, o serviço aos pequenos é o testemunho da experiência com o Cristo Servo.

5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA

A celebração da memória de Jesus Cristo, que por sua paixão, morte e ressurreição se solidarizou com “os lázaros” de todos os tempos, resgata o sentido humano e comunitário de nossa vida, relativiza nossas efêmeras seguranças e consolida nossos gestos de solidariedade com os feridos no corpo e na dignidade.

Que a escuta atenta da Palavra faça brotar em nós a ação de graças ao pai, por ele ser a fonte que sacia, alimenta e dignifica a vida de seu povo. Que seu Espírito de amor nos encha de forças para a vivência da Palavra que convoca À partilha com os irmãos e para reconhecer Jesus como único Senhor e Salvador.

Que a Palavra proclamada e acolhida com gratuidade ilumine nossa realidade para que não esmoreçamos na prática da solidariedade que nos constitui em sinais do amor misericordioso de Deus pelos excluídos.

6. ORIENTAÇÕES GERAIS

1. A mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia formam um só ato de culto; portanto, é preciso manter um equilíbrio de tempo entre as duas. Demasiada atenção dada à procissão com o Lecionário ou com a Bíblia, homilias prolongadas, introduções antes das leituras parecendo comentários ou pequenas homilias, tudo isso prejudica o rito eucarístico, que em conseqüência acaba sendo feito às presas.

2. “É muito recomendável que os fiéis recebam o Corpo do Senhor em hóstias consagradas na mesma Missa e participem do cálice nos casos previstos, para que, também através dos sinais, a comunhão se manifeste mais claramente como participação do Sacrifício celebrado” (IGMR nº 56 h). Um dos mais graves abusos nas celebrações da eucaristia é a distribuição da comunhão do sacrário como prática normal. Assim pecamos contra toda a dinâmica da ceia eucarística, que consta da preparação das oferendas, da ação de graças sobre os dons trazidos, da fração do pão consagrado e da sua distribuição àqueles que, com a oblação deste pão, se oferecem a si mesmos com Jesus ao Pai.

3. Dia 30, celebramos a memória de São Jerônimo, grande biblista. Dia 01 de outubro, celebramos a memória de Santa Terezinha do Menino Jesus, padroeira das missões. Dia 2, fazemos memória dos Santos Anjos da Guarda e lembramos o massacre na casa de detenção no Carandiru, em São Paulo, onde morreram 111 pessoas. É bom lembrar que no dia 2 de outubro, é também aniversário de nascimento de Gandhi e Dia Internacional da Não-Violência (declarado pelas Nações Unidas). Dia 04, celebramos a memória de São Francisco de Assis (1182-1226) o trovador de Deus e pai dos pobres. Dia 05, celebramos a memória de São Benedito, o negro.

7- MÚSICA RITUAL

O canto é parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas, executados com atitude espiritual e, condizentes com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são do 26º Domingo do Tempo Comum, é preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos deve ser cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério celebrado.

A equipe de canto faz parte da assembléia. Não deve ser um grupo que se coloca à frente da assembléia, como se estivesse apresentando um show. A ação litúrgica se dirige ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo. Portanto, a equipe de canto deve se colocar entre o presbitério e a assembléia e estar voltada para o altar, para a presidência e para a Mesa da Palavra.

A função da equipe de canto não é simplesmente cantar o que gosta, mas cantar o mistério da liturgia deste 26º Domingo do Tempo Comum, “cantar a liturgia”, e não “na liturgia”. Os cantos devem estar em sintonia com o ano litúrgico, com a Palavra proclamada e com o sacramento celebrado. Não devemos esquecer que a “equipe de canto” faz parte da equipe de liturgia.

Ensina a Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além de unir a assembléia, inseri-la no mistério celebrado (IGMR nº 47). Nesse sentido o Hinário Litúrgico III da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão gravados nos CDs Liturgia VI, VII, XI e Cantos de Abertura e Comunhão.

1. Canto de abertura. Deus fez bem em nos castigar, pois pecamos; mas que agora nos trate com conforme sua misericórdia (Daniel 3,31.29.30.43.42), articulado com as estrofes do Salmo 124/125, que nos convida a colocar nossa confiança em Deus, porque quem confia no Senhor a sua vida não será abalada. “Senhor, tu tens razão”, CD: Liturgia VII, melodia da faixa 9, exceto o refrão.

Outra opção como canto de abertura, sugerimos: “Aqui chegando, Senhor”, CD: Cantos de Abertura e Comunhão, melodia da faixa 3.

2. Hino de louvor. “Glória a Deus nas alturas.” Vejam o CD Tríduo Pascal I e II e também no CD Festas Litúrgicas I; Partes fixas do Ordinário da Missa do Hinário Litúrgico III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por Irmã Miria Reginaldo Veloso e outros compositores.

O Hino de Louvor, na versão original e mais antiga, é um hino cristológico, isto é, voltado para Cristo, que exprime o significado do amor do Pai agindo no Filho. O louvor, o bendito, a glória e a adoração ao Pai (primeira parte do Hino de Louvor) se desdobram no trabalho do Filho Único: tirar o pecado do mundo, exprimindo e imprimindo na história humana a compaixão do Pai. Lembremo-nos: o Hino de Louvor não se confunde com a “doxologia menor” (Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo). O Hino de Louvor encontra-se no Missal Romano em prosa ou nas publicações da CNBB versificado numa versão que facilita o canto da assembléia. 

3. Salmo responsorial 145/146. Deus protege os necessitados e ama os justos. “Bendize, minha alma, e louva ao Senhor!”CD: Liturgia XII, melodia da faixa nº 6- CD Liturgia XII.

O Salmo responsorial é uma resposta que damos àquilo que ouvimos na primeira leitura. Isto mostra que o salmo é compromisso de vida e ele também atualiza e leitura para a comunidade celebrante. Primeira leitura, Palavra proposta e salmo Palavra resposta. Por isso deve ser cantado da Mesa da Palavra (Ambão) por ser Palavra de Deus. Valorizar bem o ministério do salmista.

4. Aclamação ao Evangelho. “Felizes vos, que agora tendes fome, porque sereis saciados. Felizes vós, que agora chorais, porque havereis de rir” (Lucas 6,21). “Aleluia... Felizes são vocês, que, agora passam fome, porque serão saciados...”, CD: Liturgia XII, melodia da faixa 7. O canto de aclamação ao evangelho acompanha os versos que estão no Lecionário Dominical.

5. Refrão após a homilia. “Onde estiver teu tesouro irmão. Lá estará inteiro o teu coração”, Ofício Divino das Comunidades, página 467.

6. Apresentação dos dons. O canto de apresentação das oferendas, conforme orientamos em outras ocasiões, não necessita versar sobre pão e vinho. Seu tema é o mistério que se celebra acontecendo na fraternidade da Igreja reunida em oração. A escuta da Palavra e colocá-la em prática, deve gerar na assembléia a partilha para que ela possa ser sinal vivo do Senhor. Devemos ser oferenda com nossas oferendas. Quando temos compaixão dos necessitados, o nosso coração nos chama a partilhar. Nem a riqueza nos pode separar do amor de Cristo. “Quem nos separará, quem vai nos separar...” CD: Festas Litúrgicas II, melodia da faixa 21.

7. Canto de comunhão. “Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos... (Lucas 16,22-23 e estrofes articuladas com o Salmo 11/112). É feliz toda pessoa que teme o Senhor e ama seus mandamentos. Somos felizes quando ajudamos os outros. “O pobre foi conduzido pra junto de Abraão”, CD: Liturgia XII, melodia da faixa 9, exceto o refrão.

Muitos se enriquecem pelas vias da injustiça e da desonestidade. O enriquecimento ilícito tiraniza e ignora os necessitados. Em vês de edificar, aprofunda o abismo. “Bem-aventurado quem pensa no fraco e no indigente, no dia da infelicidade o Senhor o salva” (Salmo 40,2) ou “Bem-aventurados os pobres em espírito porque deles é o Reino dos Céus” (Mateus 5,3). Somos bem-aventurados quando praticamos a justiça e a caridade para com os excluídos. Nesse sentido a Igreja oferece mais duas opções para retomar o Evangelho na comunhão. “Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!,articulado com o Salmo 24, CD: Festas Litúrgicas IV, melodia da faixa 14 ou Hinário Litúrgico III da CNBB, página 345. “Ó ricos, chorai”, Hinário Litúrgico III da CNBB, página 363.

8. Desafio para os instrumentistas. É transformar as ondas sonoras do violão, do teclado e dos outros instrumentos na voz de Deus, isto é, em sintonia com o coração de Deus. Muitas vezes os instrumentistas acham que para agradar a Deus e o povo é preciso barulho e agitação. É preciso uma conscientização maior dos instrumentistas de que Deus não gosta do barulho. Assim fala o Senhor: “Afasta de mim o barulho de teus cantos, eu não posso ouvir o som de tuas harpas” (Amós 5,23). Deus gosta da brisa leve, da serenidade, da mansidão, do silêncio... Veja o exemplo da experiência que o profeta Elias fez de Deus na brisa suave e não na agitação do furacão, nem do terremoto e nem do fogo (1Reis 19,11-13). É preciso muito cuidado com os instrumentos de percussão. As equipes de canto e as bandas barulhentas, não expressam aquilo que Deus é, mas aquilo que os músicos são. “O barulho não faz bem, o bem não faz barulho” (São José Marello). Nossos cantos devem agradar ao Senhor e não descontentá-Lo, “Hoje seja-lhe agradável o meu canto!” (Salmo 102/103,34). O convite aos cantores e instrumentistas é para homenagear o Senhor e cantar de coração de forma suave: “Instalou diante do altar tocadores de harpa, a fim de tornar doce a melodia de seus cânticos” (Eclesiástico 47,9 se for o texto grego é o versículo 11).

8- O ESPAÇO CELEBRATIVO

Preparar bem o espaço celebrativo, de modo que seja acolhedor, aconchegante, sóbrio e sem ostentação como nos pede o Evangelho de hoje.

9. AÇÃO RITUAL

A celebração do Mistério Pascal de Cristo é a recordação de que “Deus é por nós”, conforme nos lembra Paulo em suas cartas. Deus não poupa esforços para nos inserir em sua vida, de modo que o mundo e a humanidade reconciliados com Ele manifestem sua maneira de ser, reconhecida por nós como “Amor”.
Ritos Iniciais

1. Já é costume em algumas comunidades, transpor pra dentro da celebração o que seria antigamente o “comentário inicial”. Faz-se (corretamente!) uma monição do tipo “introdutória” e até mesmo “exortiva” (cf. Liturgia do Domingo de Ramos), motivando os fiéis para que bem celebrem o Mistério Pascal de Jesus, segundo o enfoque da liturgia naquele dia. Não pode “antecipar” o que virá depois na Liturgia da Palavra, à moda de pré-homilia. São brevíssimas palavras que servem de iniciação da assembléia, segundo o Missal Romano. Cesare Giraudo recorda que é uma espécie de desdobramento da saudação inicial, que é de tipo sacral. Neste sentido, esta introdução com o sentido litúrgico feito pelo presidente da celebração ou por outro ministro, é muito mais pastoral se oportuna (página 390 do Missal Romano). Não é obrigatória, e pode ser empregada na própria exortação ao Rito Penitencial como dobradiça entre a saudação e o Ato Penitencial, sobretudo quando o canto de entrada já cumpriu com sua função de constituir a assembléia no seio do mistério celebrado.

2. A opção “C”, da saudação inicial, é uma boa opção para essa celebração:

O Senhor, que encaminha os nossos corações para o amor de Deus e a constância de Cristo, esteja convosco.

3. Em seguida, dar o sentido litúrgico da celebração. O Missal deixa claro que o sentido litúrgico da celebração pode ser feito pelo presidente, pelo diácono um leigo/a devidamente preparado (Missal Romano página 390).

4. O sentido litúrgico pode ser proposto, através das seguintes palavras, ou outras semelhantes:

Domingo do rico e do pobre Lázaro. O Senhor nos conta a parábola de Lázaro e o rico, e nos chama a atenção para levarmos mais a sério a Sua Palavra. Celebramos a Páscoa de Jesus Cristo em todas as pessoas e grupos que têm na Palavra de Deus um fundamento sólido de vida.

5. Após a saudação e o sentido litúrgico, fazer a recordação da vida trazendo os fatos que são as manifestações da Páscoa do Senhor na vida. Trazer os fatos de maneira orante e não como noticiário.

6. Em seguida o presidente faz a motivação 2 para o Ato penitencial, utilizando a Fórmula 2 do Missal Romano:

No início desta celebração eucarística, peçamos a conversão do coração, fonte de reconciliação e comunhão com Deus r com os irmãos e irmãs.

7. Após um momento de silêncio seria muito oportuno o presidente ou outro ministro propor a invocação 5 da página 394 do Missal Romano, na qual contemplamos Cristo como plenitude da verdade e da graça e que se tornou pobre para nos enriquecer:

Senhor, que sois a plenitude da verdade e da graça,
Cristo, que vos tornastes pobre para nos enriquecer,

8. O Hino de louvor é um canto dos que foram redimidos e se alegram em Deus porque a sua Glória no Céu se desdobra em Paz na terra. É uma imagem do Pai que desce em Jesus para alcançar sua criação e realizar no mundo e na humanidade seus desígnios de amor. Não é um “agradecimento” por nossas pequenas vitórias pessoais, mas verdadeiro elogio (eulogeo/oração) ao Pai e ao Cordeiro por seus planos de amor e não por nossos impulsos, por melhores que possam ser (cf. Oração depois da comunhão). Por isso não deve ser substituído por outra peça musical. É um direito da assembléia ter a letra dos cantos na mão e evitar músicas complicadas.

9. A Oração do Dia nos deixa claro que Deus mostra seu poder no perdão e na misericórdia.

Liturgia da Palavra

1. Como canto para dispor o coração dos fiéis à escuta da Palavra sugerimos “Fala Senhor, fala da vida”, conforme site www.calbh.com.br.

2. Destacar a mesa da Palavra (ambão), preparando o ambiente com flores e velas acesas na hora da proclamação das leituras – lembrando o encerramento do mês da Bíblia e chegada da primavera. A proclamação da Palavra na ação litúrgica desperta e alimenta o desejo de muitos cristãos conhecerem a Boa Nova do Pai.

3. Em todo o rito, a Palavra se conjuga com o silêncio. Momentos de silêncio após as leituras, o salmo e a homilia, fortalecem a atitude de acolhida da Palavra. O silêncio é o momento em que o Espírito Santo torna fecunda a Palavra no coração da comunidade. Nem tudo cabe em palavras.

4. Cantar com particular solenidade o Salmo responsorial.

5. Destacar o Evangeliário. Depois da procissão de entrada deve permanecer sobre a Mesa do Altar até a procissão para a Mesa da Palavra como é costume no Rito Romano.

6. Após a homilia, seria oportuno um refrão pós-homilético para ajudar a fixar na memória da assembléia a Palavra de Deus celebrada neste domingo. Sugerimos “Onde estiver teu tesouro irmão. Lá estará inteiro o teu coração. (Ofício Divino das Comunidades, página 467).

7. Em seguida onde for oportuno, quem preside convida a assembléia a renovar sua adesão à Palavra de Deus. Alguém toma Evangeliário segurando um pouco elevado.

Silêncio

Pr: Para praticar a justiça e a caridade.
T: GUIAI-NOS, SENHOR, POR VOSSA PALAVRA.
Pr: Para respeitar os direitos pobres e excluídos.
Pr: Para construir uma sociedade justa e solidária.
Pr: Para transformar esta cultura individualista numa cultura de partilha.
Pr: Para transformar esta sociedade suicida numa cultura da vida.
Pr: Atendei, Senhor, nossas súplicas e, por meio de vossa Palavra, viva e eficaz, venha nos conduzir sempre em vossos caminhos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Em seguida fazer a Profissão de fé.

Liturgia Eucarística

1. “Quem nos separará” é uma boa sugestão de canto de preparação às oferendas. Está gravado no CD: Festas Litúrgicas II para a missa de Pedro e Paulo. Numa aplicação litúrgica ao abismo que separa Lázaro e o homem rico, os cristãos assumem a postura, antes da Ação de Graças (Oração Eucarística) de que nada pode separar-nos do amor de Cristo que se dá no amor aos irmãos, sobretudo mais pobres. Nem riqueza, nem poder, nada nos separará. Ver acima em Música Ritual.

2. Na preparação dos dons leva-se pão e vinho para o altar. Ao serem levados ao altar, eles podem ser acompanhados por outros dons (frutos do trabalho e da generosidade da comunidade para serem repartidos no final da celebração ou até por flores saudando a chegada da primavera).

3. Na Oração sobre o pão e o vinho suplicamos ao Deus de misericórdia que “por esta oferenda abra-se para nós a fonte de toda a bênção”.

4. Proclamar o Prefácio dos Domingos do Tempo Comum II que contempla a compaixão e a ressurreição de Cristo. Nunca é demais lembrar que as Orações Eucarísticas I, II e III, admitem troca de Prefácio.

5. Proclamar com vibração a ação de graças (Oração Eucarística). Na Oração Eucarística, “compete a quem preside, pelo seu tom de voz, pela atitude orante, pelos gestos, pelo semblante e pela autenticidade, elevar ao Pai o louvor e a oferenda pascal de todo o povo sacerdotal, por Cristo, no Espírito”.

6. O amém final deve ser cantado ou proclamado com exultação, é a assinatura do povo à prece eucarística que o ministro ordenado, em nome da Igreja inteira, elevou a Deus por Cristo, com Cristo, em Cristo, na unidade do Espírito Santo
.
7. Valorizar o rito da fração do pão, “gesto realizado por Cristo na última ceia, que no tempo apostólico deu o nome a toda a ação eucarística, significa que muitos fiéis pela Comunhão no único pão da vida, que é o Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo, formam um só corpo (1Coríntios 10,17” (IGMR, nº 83).

8. Distribuir a comunhão de maneira orante e sob as duas espécies, pois como diz a Instrução Geral do Missal Romano (IGMR): “A comunhão realiza mais plenamente o seu aspecto de sinal quando sob as duas espécies. Sob esta forma se manifesta mais perfeitamente o sinal dom banquete eucarístico e se exprime de modo mais claro a vontade divina de realizar a nova e eterna Aliança no Sangue do Senhor, assim como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico do Reino do Pai” (n. 240).

Ritos Finais
1. Na oração pós-comunhão pedimos a Deus que a Eucaristia que recebemos renove a nossa vida e nos dê a herança eterna.

2. Os ritos iniciais remetem aos ritos finais, pois neles somos convocados para estar com o Senhor e sermos enviados em missão (cf. Marcos 3,14), para sermos sacramento de unidade e da salvação de todo o ser humano (cf. Lumem Gentium 1).

3. Na bênção em nome da Santíssima Trindade levem-se em conta as possibilidades que o Missal Romano oferece (bênçãos solenes, na oração sobre o povo). Ela expressa que a ação ritual se prolonga na vida cotidiana do povo em todas as suas dimensões, também políticas e sociais. Ver a bênção final do Tempo Comum V do Missal Romano a qual motiva o povo a estar atento à Palavra de Deus.

4. Destacar, nos ritos de envio em missão, o compromisso da comunidade de ter gestos concretos de partilha.

5. As palavras do rito de envio podem estar em consonância com o mistério celebrado: Tirai do vosso coração todo desejo de acumular. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.

6. É comum além, de entrar em procissão no início da celebração guiados pela cruz, também retirar-se do espaço sagrado em procissão, igualmente guiados pela cruz.

10- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Jesus fala do dinheiro porque conhece profundamente o ser humano. Ele conhece o poder de fascínio que o dinheiro tem sobre nós. Por isso precisamos entrar num processo contínuo de conversão. E a prova desse processo de conversão é a caridade para com os necessitados.

O objetivo da Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.

Um abraço fraterno a todos
           
Pe. Benedito Mazeti

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