09 de outubro de 2016
Leituras
2Reis 5,14-17
Salmo 97/98,1-4
2Timóteo 2,8-13
Lucas 17,11-19
“JESUS, MESTRE, TEM COMPAIXÃO DE NÓS”
1- PONTO DE PARTIDA
Domingo dos dez
leprosos. Neste domingo dos dez leprosos, animados pela atitude do leproso
samaritano que voltou para agradecer, caminhemos ao encontro do Senhor,
conscientes de que tudo o que somos e temos é graça do Senhor. Ao mesmo tempo,
deixemo-nos tocar pela compaixão de nosso Salvador para que sejamos solidários
ante as situações de exclusão que marginalizam tantas vidas. Que Deus Pai
venha, com seu Espírito, em socorro de nossa fraqueza.
Neste Dia do
Senhor, provemos o “sabor da Páscoa”, fazendo memória do amor generoso de nosso
Deus que, em seu Filho Jesus, assume a “lepra da humanidade”, restitui-lhe vida
plena e indica o caminho para a convivência fraterna e feliz.
Lembramos,
hoje, de modo especial, os doentes e tantas pessoas excluídas da convivência e
da participação social, assim como as crianças, cujo dia celebramos nesta
semana, juntamente com a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.
2- REFLEXÃO BÍBLICA,
EXEGÉTICA E LITÚRGICA
Contemplando os
textos
Primeira leitura – 2Reis 5,14-17. No
tempo do profeta Eliseu, as relações entre os israelitas e os sírios eram
sempre de tensão, inimizade e até de guerra. Na Síria, morava um homem chamado
Naamã. Era um militar, chefe do exército da Síria e tinha prestígio. Um dia ele
ficou doente de lepra e tinha em casa uma moça israelita, roubada de Israel por
soldados sírios. Ela o aconselha a ir até o profeta de Deus na Samaria. E ele
obedeceu a moça israelita.
Em meados do
século IX antes de Cristo o reino de Israel passou por penosas crises no plano
internacional e interno. O relato de hoje, um dos episódios mais famosos do
profeta Eliseu, se coloca no reinado de Joram, rei de Israel (849-842). Após os
choques entre Israel e Damasco que resultaram na morte do rei Acab (1Reis
22,1-40). Compreende-se que Eliseu fosse visto com simpatia em Damasco e
tivesse fácil acesso junto à corte do rei arameu, Bem-Hadad, onde exercia certa
influência política (cf. 1Reis 19,15; 2Reis 6,8-17; 8,7-15). A finalidade do
relato é mostrar que o Senhor é um Deus universal, por isso conduz também os
destinos de Aram.
Naamã foi
banhar-se sete vezes no rio Jordão. Imediatamente ficou curado de sua lepra
(versículo 14), termo que pode significar qualquer doença de pele (cf. Levítico
13). Cheio de gratidão Naamã se converte, reconhecendo o Deus de Israel como o
único e verdadeiro Deus (versículo 15). Contudo, a mais importante lição do
episódio de Naamã é sem dúvida, uma lição de gratuidade. No entanto, Eliseu não
aceita nenhum presente e não exige nenhum pagamento de Naamã; ele o convida a
mergulhar sete vezes nas águas do rio Jordão. Eliseu recusou os ricos presentes
porque servia a Deus e não às riquezas (2Reis 5,16).
Naamã queria
concretizar sua proposta de conversão pela prática do culto. Por isso levou
consigo duas cargas de terra a fim de sobre ela construir um altar em Damasco e
oferecer sacrifícios ao Deus de Israel, pois seu país era impuro por causa dos
ídolos (cf. Amós 7,17; Oséias 9,3s).
A religião
verdadeira não é difícil: basta habituar-se a receber. O mais duro é não querer
conquistá-la através de ações heróicas e penosas, ou à custa de consideráveis
sacrifícios. Deus não aceita ser pago: Ele se dá gratuitamente.
O paralelo
deste relato com o Evangelho de hoje (Lucas 17,11-19) é evidente: Eliseu e
Jesus mandam cumprir um rito; o estrangeiro Naamã e um samaritano mostram
gratidão pela cura e se convertem, preanunciando a conversão dos pagãos. Ao
Evangelho.
Salmo responsorial – Salmo 97/98,1-4. O
Salmo 97/98 começa segundo a fórmula clássica, convidando ao louvor e
enunciando o motivo. As vitórias de Deus são ações salvadoras na história: o
braço de Deus se manifesta com poder irresistível. E a vitória, ganha para
salvar um povo escolhido, é revelação para todas as nações; por que é uma
vitória justa, isto é, salvadora do fraco e do oprimido.
Esta vitória
histórica não é um fato particular, mas um ponto numa linha coerente de amor: o
Senhor é fiel a si mesmo, lembra-se de sua fidelidade. Seu amor por Israel é
revelação para todo o mundo.
O rosto de
Deus deste Salmo é muito parecido com o dos Salmos 95/96 e 96/97. A expressão
“amor e fidelidade” (versículo 3a) recorda que esse Deus é o parceiro de Israel
na Aliança. Mas é também o aliado de todos os povos e de todo o universo em
vista da justiça e da retidão. É um Deus ligado com a história e comprometido
com a justiça. Seu governo fará surgir o Reino.
Todos os evangelistas
gostam de apresentar Jesus como Messias, o Ungido do Pai para a implantação do
Reino, que faz surgir nova sociedade e nova história. Justiça e retidão foram
Suas características. De acordo com os evangelistas, o trono do Rei Jesus é a
cruz. E na sua ressurreição, Deus manifestou sua justiça às nações, fazendo
maravilhas, de modo que os confins da terra puderam celebrar a vitória do nosso
Deus.
Neste salmo,
nós nos unimos a todos os povos, principalmente aos mais humilhados e
sofredores, para agradecer o carinho que Deus nos manifestou conduzindo-nos à
libertação e à vida.
Segunda leitura – 2Timóteo 2,8-13. Paulo,
da prisão, escreve a seu discípulo Timóteo, recomendando vivamente que ele
conserve a fé e que exerça fielmente seu ministério de transmiti-la aos irmãos
e irmãs.
Estamos dentro
do grande contexto, onde Paulo encoraja Timóteo a professar a fé (1,3-2,13).
Conferir ao 27º Domingo do Tempo Comum. Hoje abordamos a quinta consideração
que Paulo faz para encorajar Timóteo.
Paulo acaba de
desenhar, em consideração a Timóteo, o quadro da vida apostólica. Não se trata
de combates e de trabalhos freqüentemente penosos, e o apóstolo lembra que ele
mesmo suporta as cadeias do cativeiro (2Timóteo 2,1-7). Mas a paixão gloriosa
de Cristo (versículos 8-10) e a certeza da transfiguração de sua própria
existência (versículos 11-12, reproduzindo um hino litúrgico das primeiras
comunidades) devem encorajar o ministro de Deus.
A ressurreição
de Cristo é a verdade primeira inscrita no evangelho de Paulo. O apóstolo
encontrou-se com Cristo ressuscitado no caminho de Damasco e fez deste encontro
a base de seu “querigma”. Contudo, Paulo, acrescenta à citação da ressurreição
a da filiação davídica de Jesus (versículo 8), mostrando assim que este não é
somente um ser celeste, mas um homem integral, próximo da condição dos
apóstolos. A referência à descendência de Davi mostra que esta antiga fórmula
de profissão de fé tem uma origem judeu-cristã (cf. Romanos 1,3-4). É uma
afirmação de que o Ressuscitado é o Messias prometido (Atos 2,25-33). Por causa
deste Evangelho, Paulo está agora sofrendo no cárcere de Roma, como se fosse um
malfeitor.
Nos versículos
11-13 estamos sem dúvida diante de um antigo hino cristão (cf. 1Timóteo 3,16;
6,15). Para alguns o hino se refere ao martírio, para outros se trata de um
hino batismal. O tema principal do hino que, em seguida Paulo transcreve, é a
identificação entre o sofrimento e a glória de Cristo, de um lado; o sofrimento
e a glória das pessoas, do outro. Esta identificação é o fruto do “batismo” e
do mistério da morte e de vida com Cristo realizado por este sacramento
(versículo 11). Desde o batismo, toda a vida cristã se define em três momentos:
a morte já realizada (verbo no aoristo), os sofrimentos atuais (verbos no
presente: versículo 12) e o Reino por vir (verbos no futuro). Mas este
desenrolar só será efetivo se o cristão permanecer fiel à sua fé batismal
(versículos 12b-13). Quanto a Cristo, permanecerá fiel, pois não pode renegar
sua palavra.
Evangelho – Lucas 17,5-10. A subida de Jesus para Jerusalém já foi
mencionada anteriormente duas vezes por Lucas (9,15 e 13,22). Entramos agora na
última parte do percurso (17,11-19,27).
O contexto já
indica que o objetivo primordial na narração não é de contar a cura dos dez leprosos
mas sim a gratidão do samaritano. No sofrimento e na dor caem os preconceitos e
as barreiras humanas; isto explica a presença de um estrangeiro no meio dos
leprosos judeus. Antes de mais nada, temos dez leprosos, companheiros da mesma
infelicidade, e todos eles serão atendidos por Jesus. Entretanto, um só voltou
para agradecer: o samaritano. Ele glorifica a Deus (versículo 16 e 18), autor
principal do milagre.
Logo depois de
uma manifestação divina (Lucas 2,20) ou, sobretudo de um milagre, Lucas gosta
de apresentar os interessados e o público glorificando a Deus pelas suas
maravilhas (5,25.26; 7,16; 13,13; 18,43; Atos 4,21), dando-lhe graças (18,43;
19,37; Atos 3,8.9). Aqui, quem recebeu o milagre dá graças a Jesus, depois de
ter lançado aos seus pés “com o rosto por terra” (versículo 16), em sinal de
adoração, sem medo de ser afastado. Tal prostração é usada só diante de Deus
(Mateus 17,6; 26,39; 1Coríntios 14,25; Apocalipse 7,11; 11,16), salvo em Lucas 5,12
(onde se trata igualmente de um leproso). Pela sua atitude e pelos seus
louvores, o samaritano reconhece a divindade de Jesus.
Os outros nove
que receberam o milagre não voltam pra agradecer a Jesus, prisioneiros das
prescrições legalistas. Ou então, acham normal o milagre, devido à sua
descendência de Abraão. As perguntas levantadas por Jesus não têm como objetivo
de informá-lo, visto que ele os compara ao samaritano, mas sim de destacar a
ingratidão dos judeus. O fato de pertencer à raça de Abraão deveria ser um
motivo a mais para agradecer a Deus.
Os leprosos
(judeus) obedeceram a Palavra de Jesus porque o que Ele mandou está escrito na
lei, não por acreditar nele. Julgaram-se merecedores da cura por serem filhos
de Abraão; por isso não voltaram para agradecer.
O leproso
portador desta enfermidade trará suas vestes rasgadas e seus cabelos
despenteados; cobrirá o bigode e clamará: “Impuro! Impuro! Enquanto durar a sua
enfermidade, ficará impuro e, estando impuro, morará à parte: sua habitará será
fora do acampamento” (Levítico 13,45-46). Os leprosos eram totalmente
excluídos; estando impuros, podiam conviver com outro (o samaritano) mas não
podiam contaminar os “puros”. Por isso pararam à distancia (versículo 12).
O vocabulário
e o estilo da narração são tipicamente de Lucas. Podemos notar já a fórmula de
ligação. “E aconteceu que...” do versículo 11 que reaparece ainda do versículo
14b “Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados”. A expressão
“glorificar a Deus” é particularmente cara a Lucas que a utiliza 8 vezes no seu
evangelho e três vezes nos Atos dos Apóstolos (contra duas em Mateus, uma vezes
em Marcos e João).
Ao enviar os
leprosos para se mostrarem aos sacerdotes, Cristo se submete às exigências da
lei judaica. Nove dentre eles vão, de fato, até os sacerdotes. Mas o décimo,
que é samaritano, não está obrigado a ser examinado pelo sacerdócio judaico e,
por conseguinte, pode voltar e exprimir todo o seu reconhecimento a Cristo. Os
sacerdotes judeus encerravam os leprosos curados no Tempo de Jerusalém, pois
somente eles tinham o direito de declarar vencida a doença.
Ainda
hoje encontramos cristãos parecidos com os nove leprosos judeus: praticam
muito, mas não sabem contemplar; muitas vezes comungam, mas não sabem dar
graças. Sua ética é sem horizonte, voltada sobre si mesma; a minúcia e o
escrúpulo invadem sua vida moral. Seu Deus contabiliza... Ao mesmo tempo,
sentem-se incapazes de abrir-se realmente à iniciativa do grande Outro, à
gratuidade.
3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA
A gratidão é
uma das atitudes que enobrecem a pessoa humana. Desde criança somos educados
para retribuir com gratidão a quem faz o bem, como forma de valorizar tal
gesto.
À primeira
vista, o que mais choca os ouvintes da parábola dos dez leprosos é que somente
um tenha tido a grandeza de espírito de voltar e agradecer a Jesus a graça da
cura. O próprio Jesus se admira e pergunta: “Não foram dez os curados? E os
outros nove, onde estão?” (17,17). Além do mais, aquele que regressou para
agradecer era estrangeiro. Ao que parecem a graça de Deus é mais bem recebida
por quem não pertence à comunidade. Os “de casa” acham que tudo o que recebem é
por direito e, portanto, não há o que agradecer. Talvez a familiaridade
favoreça a consciência de que tudo é direito ao qual se faz jus. O samaritano
proclama, no gesto de retornar e agradecer, que reconhece a cura como graça.
Estar a
caminho com Jesus é uma questão de fé que brota da gratuidade, mais do que uma
obrigação preceitual. Os dez leprosos confiantes na palavra do Mestre, no
caminho, encontram a cura. Todavia, somente um retornou a Jesus para agradecer
e glorificar o autor da graça: Deus Pai. O leproso samaritano reconhece na
ordem de Jesus a ação salvadora de Deus, prostra-se a seus pés, confessando sua
fé. Observamos que, tanto em Naamã quanto no Samaritano, a fé se manifesta no
reconhecimento do benefício recebido e no louvor a Deus, fonte de toda a graça
e bênção.
Jesus
surpreende-se não tanto por esperar ser reconhecido e admirado por todos, mas
sim pelo fato de os outros nove curados não se terem dado conta de que ele, o
Mestre, estava comunicando uma nova relação entre Deus e as pessoas. Uma
relação que não passa mais pelo Templo. Ocorre que os leprosos judeus
obedeceram à palavra de Jesus por entenderem que ela era o cumprimento da Lei,
e não por acreditarem nela. Julgaram-se contemplados pela cura pelo fato de
serem filhos de Abraão. Por isso, sentiram-se dispensados de regressar para
agradecer. Eles não fizeram a experiência da verdadeira cura, em contrapartida,
o samaritano, sim, por compreendê-la como experiência de Deus. Por isso, ele se
prostra aos pés de Jesus.
Para agradecer
a Deus não é suficiente a execução de ritos sagrados, por mais importantes e
belos que sejam. O que move a atitude da gratidão é a “experiência da graça”.
Só quem discernir, no caminho da vida, os inúmeros sinais da graça de Deus será
capaz de voltar para trás e agradecer. Se soubéssemos ler os sinais da graça de
Deus, perceberíamos quantas vezes sua presença forte se reveste da fragilidade
de nossos irmãos. A gratidão é a atitude que brota do coração de quem se sente
amado e querido pelo amor de Deus.
É costume
agradecer por algo bom que recebemos. Agradecer ao Deus da vida, do amor, da
paz e da justiça, até que é fácil. Mas se torna muito difícil quando o
sofrimento, a incompreensão, a perseguição desafiam nossa fé no Deus da vida e
da graça. À luz do mistério da paixão de Jesus, podemos entender que as
provações da vida nos tornam resistentes e perseverantes. Então, por que não
agradecer ao pai pelos sofrimentos que passamos?
Nesta
celebração, iniciemos diante do Senhor os nossos corações, como fez o
samaritano ao sentir-se curado de suas feridas... Ao mesmo tempo, deixemos que
a compaixão do nosso Salvador nos faça pessoas solidárias frente a “lepra” que,
de tantas maneiras, devora a vida humana. Que o Pai venha, com o seu Espírito,
em auxílio de nossa fraqueza.
4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO
É justo e nos faz todos ser mais santos
O texto mais
antigo de uma anáfora cristã – que possivelmente pode coincidir com a fórmula
que Jesus usou na “Última Ceia” – encontra-se na Didaché também conhecida por
Doutrina dos Doze Apóstolos, escrito que data do fim do primeiro século (anos
90-100). O capítulo X desse documento nos traz o que seria o germe da Oração
Eucarística como a temos hoje, sobretudo
do Prefácio que inicia assim: “Nós te damos graças, Pai Santo...”. por
conseqüência todos os prefácios da Igreja de Rito Romano começam desta forma.
Dar graças a Deus é o primeiro gesto a que o fiel é chamado. Aliás, o nome que
a missa recebeu e perdura até hoje é também esse: eucharistia, isto é, ação de
graças.
A ação de
graças nos faz mais santos, conforme reza o Prefácio da Oração eucarística V
porque é próprio da bênção desentranhar o sentido profundo dos acontecimentos e
referi-los a Deus. A História do Mundo é compreendida como História da
Salvação, na qual somos conduzidos por Deus, isto é, levados à participar de
sua Santidade. Dizia Orígenes: “Nós dizermos que o culto se cumpre nesta vida
de maneira conveniente quando, lembrando-nos do Criador e das ações que lhe são
agradáveis, tudo fazermos para agradar a Deus.” Fazer ação de graças é
reconhecer o tratamento que Deus dá a sua criação, realizando coisas boas (Deus
é chamado em algumas anáforas orientais de Divino Filantropo), para que os
seres humanos, em resposta, permitam que esta mesma graça os leve a dar atenção
ao bem que devem fazer (cf. Oração do Dia).
Nossa
participação, portanto, na vida de Deus, se dá mediante a ação de graças. É ela
quem nos faz capazes de Deus, isto é, de nos percebermos envolvidos pela sua
generosa atuação no mundo que tem por ápice a Páscoa de seu Filho (cf.
Leitura). Por isso, na ação de graças cristã, por excelência, que é a Missa
devemos nos lembrar de Jesus Ressuscitado dentre os mortos, pois com Ele
morremos e vivemos, nele estamos firmes e com ele reinamos (cf. II Leitura).
Aqui está o sentido da realidade simbólico-sacramental do pão e Vinho
Eucarísticos – isto é, sobre os quais se fez a ação de graças – ser memória
(anamnesis) da Páscoa de Jesus que nos envolve e nos faz ser mais santos,
conduzindo o mundo inteiro para o Reinado de Deus.
5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA
Eucaristia
quer dizer “ação de graças”. Celebrar a Eucaristia é antes de tudo agradecer,
bendizer. No início da oração eucarística a assembléia é convidada solenemente:
“Demos graças ao Senhor, nosso Deus”. Celebrar a Eucaristia é transbordar de
alegria no Espírito Santo e agradecer ao pai porque, por Cristo, por sua morte
e ressurreição, assumiu a “lepra” da humanidade e a libertou.
Voltemo-nos
para o Senhor cheios de gratidão, como fez o leproso samaritano ao se perceber
curado: reconheçamos que nossa vida é formada pela ação amorosa, sempre
curativa e libertadora de Deus.
A Eucaristia
supõe gratuidade e gratidão. Deus dá de graça: a vida, seu Filho Jesus, seu
Espírito, nossa filiação, nossa comunhão de vida com ele etc. Nós reconhecemos
que é ele quem nos dá tudo isso e ficamos repletos de gratidão e a expressamos
com alegria, em atitude de adoração, como povo santo e escolhido para proclamar
a bondade e a grandeza do Senhor (cf. 1Pd 2,9-10): “Sim, ó Pai, é nosso dever e
nossa salvação, é um prazer dar-vos graças, de todo coração!”. Quem agradece,
proclama que Deus é a origem e o destino de tudo e de todos.
A assembléia
reunida na ação litúrgica, consciente e reconhecida, une sua voz ao
Ressuscitado aclamando: “Cheios de admiração e reconhecimento, unimos nossa voz
à voz das multidões do céu para cantar o poder de vosso amor misericordioso e a
alegria de nossa salvação” (Oração Eucarística sobre a Reconciliação, I).
Na oração
eucarística, unimo-nos ao reconhecimento e à proclamação da Igreja pela
grandeza de Deus: “Ó Pai, querido, como é grande nossa alegria em vos agradecer
e, unidos com Jesus, cantar vosso louvor. Vós nos amais tanto que fizestes para
nós este mundo tão grande e tão bonito. Pai, vós nos amais tanto que nos destes
vosso Filho Jesus para que ele nos leve até vós” (Oração Eucarística com
Crianças, II). A Eucaristia em si é fonte e ápice da missão. Ela só será
plenamente missionária se for experiência densa e transformadora de Cristo
ressuscitado.
Hoje, voltemos
também para o Senhor cheios de gratidão, conscientes de que nossa vida é
cotidianamente renovada pela ação amorosa, sempre libertadora, de Deus. “Sim, ó
Pai, vós sois muito bom: amais a todos nós e fazeis por nós coisas
maravilhosas”...”Por este amor tão grande queremos agradecer” (Oração
Eucarística com Crianças).
Que por esta
celebração o Pai nos conceda seu Espírito para sermos solidários e
comprometidos com a “cura” daqueles marcados pelas lepras, as quais, em nosso
tempo, continuam consumindo a vida e a dignidade de tantas pessoas.
6. ORIENTAÇÕES GERAIS
1. A equipe de
acolhida, incluindo quem preside, recebe as pessoas que vão chegando,
saudando-as cordialmente.
2. O ensaio de
cantos com a assembléia, seguido de um momento de silêncio e oração, ajuda a
criar um clima alegre e orante para a celebração. Seria pelo menos o refrão de
cada canto, no mais somente uma estrofe dependendo do canto.
3. A mesa da
Palavra e a mesa da Eucaristia formam um só ato de culto; portanto, é preciso
manter um equilíbrio de tempo entre as duas. Demasiada atenção dada à procissão
com o Lecionário ou com a Bíblia, homilias prolongadas, introduções antes das
leituras parecendo comentários ou pequenas homilias, tudo isso prejudica o rito
eucarístico, que em conseqüência acaba sendo feito às presas.
4. Recordar
que no dia 15, lembramos a memória de Santa Teresa de Ávila, doutora da Igreja
e também Dia do Professor.
7- MÚSICA RITUAL
O canto é
parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para
animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas,
executados com atitude espiritual e,
condizentes com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério
celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são do Tempo Comum, é
preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos deve ser
cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério
celebrado. A função da equipe de canto não é
simplesmente cantar o que gosta, mas cantar o mistério da liturgia deste 25º
Domingo do Tempo Comum. Os cantos devem estar em sintonia com o Ano Litúrgico,
com a Palavra proclamada e com o sacramento celebrado. Não devemos esquecer que
toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de
uma pastoral ou de um movimento.
Ensina a
Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além
de unir a assembléia, inseri-la no mistério celebrado (IGMR nº 47). Nesse
sentido o Hinário Litúrgico III da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão
gravados nos CDs Liturgia VI, VII, XII e CD: Cantos de Abertura e Comunhão,
gravados pela Paulus.
1. Canto de abertura. Se Deus
observar nossa culpa, quem poderá subsistir? (Salmo 129/130,3-4), articulado
com as estrofes do Salmo 139/120. “Exulte de alegria quem busca a Deus”, CD:
Liturgia VII, melodia da faixa 14.
Outra opção
seria o canto “Senhor, se as faltas apontas”, Hinário Litúrgico da CNBB, página
128, mesma melodia de “Exulte de alegria quem busca a Deus”.
2. Hino de louvor. “Glória a
Deus nas alturas.” Vejam o CD Tríduo Pascal I e II e também no CD
Festas Litúrgicas I; Partes fixas do Ordinário da Missa do Hinário Litúrgico
III da CNBB e também a versão da CNBB musicado por Irmã Miria e Reginaldo
Veloso e outros compositores.
O Hino de
Louvor, na versão original e mais antiga, é um hino cristológico, isto é,
voltado para Cristo, que exprime o significado do amor do Pai agindo no Filho.
O louvor, o bendito, a glória e a adoração ao Pai (primeira parte do Hino de
Louvor) se desdobram no trabalho do Filho Único: tirar o pecado do mundo,
exprimindo e imprimindo na história humana a compaixão do Pai. Lembremo-nos: o
Hino de Louvor não se confunde com a “doxologia menor” (Glória ao Pai, ao Filho
e ao Espírito Santo). O Hino de Louvor encontra-se no Missal Romano em prosa ou
nas publicações da CNBB versificado numa versão que facilita o canto da
assembléia.
3. Salmo responsorial 95/94. Louvor
universal a Deus por sua bondade. “O Senhor fez conhecer a salvação e às nações
revelou sua justiça”, CD: Liturgia XII, melodia da faixa 10.
O Salmo
responsorial é uma resposta que damos àquilo que ouvimos na primeira leitura.
Isto mostra que o salmo é compromisso de vida e ele também atualiza e leitura
para a comunidade celebrante. Primeira leitura, Palavra proposta e salmo
Palavra resposta. Por isso deve ser cantado da Mesa da Palavra (Ambão) por ser
Palavra de Deus. Valorizar bem o ministério do salmista.
4. Aclamação ao Evangelho. Mas
vós sois a raça eleita, um sacerdócio real, uma nação santa, o povo de sua
particular propriedade... (1Pedro 2,9). “Aleluia... Vocês são uma raça
escolhida, real sacerdócio vocês...”, CD: Liturgia XII, melodia da faixa 20.
5. Refrão após a homilia. “Eu
vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente”, e a estrofe
n. 2. CD: Tríduo Pascal, melodia da faixa 19.
6. Apresentação dos dons. A escuta
da Palavra e colocá-la em prática, deve gerar na assembléia a partilha para que
ela possa ser sinal vivo do Senhor. Devemos ser oferenda com nossas oferendas. Quando
temos compaixão dos enfermos, o nosso coração nos chama a partilhar. “Bendito
seja Deus Pai, do universo criador“, CD: Liturgia VII, faixa 12.
7. Canto de comunhão. Tomando a
palavra, Jesus lhe disse: “Os dez não ficaram curados? Onde estão os outros
nove?” (Lucas 17,17-19). É muito importante observar que o refrão está
articulado com as estrofes do Salmo 102/103. “Foram dez os curados não foram”,
CD: Liturgia XII, melodia da faixa 11.
Jesus Cristo
nos veio libertar de todos os males. A Liturgia deste Domingo é um louvor a
Deus que cura as nossas enfermidades. Outra ótima opção para o canto de
comunhão que nos ajuda a retomar o Evangelho seria: “Eu vim para que todos
tenham vida”, CD: Tríduo Pascal I, melodia da faixa 19.
8- O ESPAÇO CELEBRATIVO
1. O
simbolismo da cruz traz presente o anúncio da paixão e ressurreição do Senhor.
A cruz processional, a mesma que será usada na procissão de abertura, esteja na
entrada da Igreja, por onde todos passam. É uma forma de trazer presente o
mistério que será celerado. Ela pode ficar aí até o início da celebração,
ladeada de velas e flores, de forma que chame a atenção de todos os que vão
chegando para a celebração. A cruz é símbolo da fraqueza humana fortalecida
pela graça de Deus. Nela ficou exposta toda a fragilidade e se manifestou a
misericórdia de Deus ao ressuscitar seu Filho Jesus Cristo.
2. A cruz dos
cristãos (referência à vida gasta em favor do próximo) deve ser assumida,
carregada pelo caminho da vida, à maneira de Jesus. Cláudio Pastro diz que ela
é sinal da nossa vitória. Por isso “Uma procissão atrás da Cruz, traz presente
a Igreja peregrina que segue a Cristo e caminha sob sua bandeira”.
9. AÇÃO RITUAL
A prática
litúrgica de nos reunirmos para agradecer a Deus pelos benefícios que Ele
realiza no mundo e na história humana dá sentido à nossa existência como
cristãos e cristãs. A celebração do Memorial da Páscoa de Cristo Jesus que se
expressa nos diversos benefícios de Deus para com a obra criada, manifestação
de seu cuidado conosco, torna-se oportunidade para proclamarmos a chegada, em
definitivo, do Reinado de Deus.
Ritos Iniciais
1. A celebração
tem início com a reunião da comunidade cristã (IGMR 27.47). O canto de abertura
começa tendo em conta essa realidade eclesial, e vai introduzir a assembleia no
Mistério celebrado. A celebração não inicia com comentário inicial.
2. Para esta
celebração, muito recomendada é a saudação presidencial “f’, do Missal Romano:
“Irmãs eleitos segundo a
presciência de Deus Pai, pela santificação do Espírito para obedecer a Jesus
Cristo e participar da bênção da aspersão do seu sangue, graça e paz vos sejam
concedidas abundantemente” (1Pedro 1,1-2)
3. Em seguida,
dar o sentido litúrgico da celebração. O Missal deixa claro que o sentido
litúrgico da celebração pode ser feito pelo presidente, pelo diácono um leigo/a
devidamente preparado (Missal Romano página 390).
4. O sentido
litúrgico pode ser proposto, através das seguintes palavras, ou outras
semelhantes:
Domingo dos dez leprosos. O Senhor
manifesta compaixão por nós e nos purifica. Fazemos nossa a atitude do leproso
samaritano que voltou para agradecer. Celebramos a Páscoa de Jesus Cristo em
todas as culturas, religiões e Igrejas que buscam e louvam o rosto de Deus.
5. Após a
saudação inicial, apresentar o sentido da celebração, abrindo para a recordação
da vida, com acontecimentos que marcaram a semana que passou: fatos tristes e
alegres da comunidade, do país e do mundo que são as manifestações da Páscoa do
Senhor na vida. Trazer os fatos de maneira orante e não como noticiário.
6. Para o ato
penitencial, sugerimos a invocação 4 da página 394 do Missal Romano, na qual
contemplamos Cristo a procura de quem estava perdido e dando a sua vida em
resgate por muitos.
Senhor, que vistes procurar quem estava perdido, tende piedade de nós.
Ó Cristo, que viestes dar a vida em resgate de muitos, tende piedade de
nós.
Senhor, que congregais na unidade os vossos filhos dispersos, tende
piedade de nós.
7. O Hino de
Louvor, como tal como se apresenta nos textos litúrgicos, começa com uma
explicita e excelente ação de graças que se desdobra em súplica ao Cordeiro de
Deus e Filho Jesus Cristo: “Nós vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos
adoramos, nós vos glorificamos, nós vos damos graças por vossa imensa glória.”
Trocar este texto por cantos de louvor à Trindade ou doxologias menores (Glória
ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo) significa ferir o próprio sentido da
celebração que é primeiro ação de graças e depois súplica. Sugerimos que se
cante a versão do Missal Romano, na melodia composta por Joel Postma gravada no
CD: Tríduo Pascal I (cf. partitura p. 69). Lembremos aqui que a assembleia
celebrante é o sujeito ritual desse Hino, por isso sugerimos que seja executado
em diálogo de coros. Enquanto isso pode haver queima de incenso aos pés do
altar ou mesmo ao seu redor, sobre o qual descansa o Verbo da Vida, simbolizando
no Evangeliário.
8. Diante da
liturgia de hoje recomendamos que se valorize de forma especial o silêncio que
antecede a oração do dia, precedido pelo convite “Oremos”.
9. Na Oração
do Dia deste domingo nos convida a “estarmos sempre atentos ao bem que devemos
fazer”. De fato, além do bem praticado em conseqüência à obediência e da
prática dos mandamentos (cf. Marcos 10,19-20) é preciso partilhar.
Rito da Palavra
1. A Palavra
de Jesus é a força que nos provoca a sermos seus seguidores e seguidoras, gente
de fé que tem o coração agradecido. Por isso, os leitores e leitoras sejam bem
preparados para proclamarem a Palavra de Deus no meio da assembleia celebrante.
2. Em todo o
rito, a Palavra se conjuga com o silêncio.
Momentos de silêncio após as leituras, o salmo e a homilia, fortalecem a
atitude de acolhida da Palavra. O silêncio é o momento em que o Espírito Santo
torna fecunda a Palavra no coração da comunidade. Nem tudo cabe em palavras.
3. Após o
silêncio que segue a homilia, cantar o refrão: “Eu vim para que todos tenham
vida”, com a estrofe n. 2. Ver acima em Música ritual.
4. As preces
são elevadas a Deus como oração da Igreja. Sugerimos que nesse Domingo elas
sejam valorizadas, bem proclamadas e que após cada súplica preserve-se um momento
de silêncio. Recomendamos que as preces sejam sempre preparadas em resposta à
Palavra de Deus proclamada na liturgia e ligadas com a vida, isso mostra que a
oração da Igreja é efeito da Palavra acolhida.
Rito da Eucaristia
1. Na Oração
sobre o pão e o vinho suplicamos a Deus que acolha nossas ofertas e preces,
para que alcancemos a glória eterna.
2. A
celebração eucarística, da qual participamos, é a ação de graças que a Igreja
eleva a Deus por todo o bem que ele nos fez. A Oração eucarística é a prece que
reúne nosso agradecimento a Deus pela salvação que ele nos comunicou em Jesus.
Sugerimos que se reze a Oração Eucarística V (do Congresso de Manaus). Ela dá o
tom agradecido dos corações brasileiros, cheios de fé e gratidão.
3. Se for
escolhida as Orações Eucarísticas I, II e III sugerimos o Prefácio para os
Domingos do Comum IX que contempla o Dia do Senhor e a Igreja família de Deus
que se reúne para escutar a Palavra e repartir o Pão consagrado. “Hoje,
vossa família, para escutar vossa Palavra e repartir o Pão consagrado, recorda
a Ressurreição do Senhor, na esperança de ver o dia sem ocaso, quando a
humanidade inteira repousará junto de vós. Então, contemplaremos vossa face e
louvaremos sem fim vossa misericórdia”. O grifo no texto identifica aqueles
elementos em maior consonância com o Mistério celebrado neste Domingo e que
pode ser aproveitado na própria, ao modo de mistagogia. Usando este prefácio, o
presidente deve escolher a I, II ou a III Oração Eucarística. Nunca é demais
lembrar que a Oração Eucarística II, admite troca de Prefácio. As demais não
podem ter os prefácios substituídos sem grave prejuízo para a unidade teológica
e literária da eucologia.
4. Proclamar
com vibração a ação de graças (Oração Eucarística). Na Oração Eucarística, “compete
a quem preside, pelo seu tom de voz, pela atitude orante, pelos gestos, pelo
semblante e pela autenticidade, elevar ao Pai o louvor e a oferenda pascal de
todo o povo sacerdotal, por Cristo, no Espírito”.
5. Distribuir
a comunhão de maneira orante e sob as duas espécies, pois como diz a Instrução
Geral do Missal Romano (IGMR): “A comunhão realiza mais plenamente o seu
aspecto de sinal quando sob as duas espécies. Sob esta forma se manifesta mais
perfeitamente o sinal dom banquete eucarístico e se exprime de modo mais claro
a vontade divina de realizar a nova e eterna Aliança no Sangue do Senhor, assim
como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico do Reino
do Pai” (n. 240).
Ritos Finais
1. Na oração
pós-comunhão pedimos a Deus que a comunhão eucarística como corpo e sangue de
Cristo nos torne participantes de sua divindade.
2. Na bênção
em nome da Santíssima Trindade levem-se em conta as possibilidades que o Missal
Romano oferece (bênçãos solenes, na oração sobre o povo). Ela expressa que a
ação ritual se prolonga na vida cotidiana do povo em todas as suas dimensões,
também políticas e sociais. Ver a Oração sobre o Povo n. 2 que expressa a súplica
a Deus pedindo a saúde:
Concedei, ó Deus, aos vossos filhos e
filhas, vossa assistência e vossa graça: dai-lhes saúde de alma e corpo, fazei
que se amem como irmãos e estejam sempre ao vosso serviço. Por Cristo, nosso
Senhor.
3. Destacar,
nos ritos de envio em missão, o compromisso da comunidade de ter gestos
concretos de misericórdia para os enfermos.
4. As palavras
do rito de envio podem estar em consonância com o mistério celebrado: Tende
compaixão dos que sofrem. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Frente ao
sofrimento das pessoas, que é uma verdade, e frente ao nosso sofrimento, outra
verdade desafiadora, cumpre-nos assumir uma atitude de combate: no que estiver
ao nosso alcance, aliviemos a carga que pesa sobre as pessoas, limpemos as
instituições de suas injustiças que tantas dores causam, demos nosso apoio a
tudo quanto se destina à libertação das pessoas. Mas junto não deixemos de
assumir a atitude mística da fé: ver no sofrimento uma forma de serviço à
humanidade.
O objetivo da
Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as
comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa
diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo.
Um abraço
fraterno a todos
Pe. Benedito
Mazeti
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